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A questão é que essa chamada pirataria moderna envolve ilícitos e o Estado não
poderia atuar sem uma definição específica. Por isso, o ordenamento jurídico brasileiro
estabelece um conceito legal para a pirataria. De acordo com o art. 1º do Decreto nº 5.244,
de 2004, que regulamenta o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a
Propriedade Intelectual – CNCP, constitui crime de pirataria: “a violação aos direitos
autorais de que tratam as Leis nos 9.609 e 9.610, ambas de 19 de fevereiro de 1998“. Esse
conceito remete para duas leis, que regulamentam respectivamente “os direitos de autor de
programa de computador” e “os direitos de autor e os que lhe são conexos“.
Entretanto, essa definição legal não é nada precisa. Entre as interpretações mais
endurecedoras da lei e as exceções de aplicação cada vez mais residuais, as fronteiras dos
direitos de autor e conexos não podem ser delimitadas de forma clara, gerando uma grande
área cinzenta em que não se sabe ao certo quais práticas são ou não ilícitas.