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Métodos de irrigação
Qual a diferença de métodos e sistemas de irrigação?

• Método: maneira de agir ou fazer as coisas; modo de


proceder.

• Sistema: sistema de irrigação é o conjunto de


equipamentos, acessórios, formas de operação e manejo, e
que de forma organizada realizará o ato de irrigar as
culturas.

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Métodos de irrigação
1. Introdução aos métodos de irrigação

O método de irrigação é a forma pela qual a água pode ser


aplicada às culturas.

Basicamente existem os métodos:


- irrigação por superfície
- irrigação por aspersão
- irrigação localizada ou microaspersão
- irrigação por subsuperfície

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Métodos de irrigação

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Métodos de irrigação
A agricultura irrigada se desenvolve nas mais diferentes
condições, atendendo uma variedade de culturas e poder
econômicos, de forma que não é possível existir um único sistema
de irrigação ideal, capaz de atender da melhor maneira a todas as
condições e objetivos envolvidos.

Deve-se selecionar o sistema de


irrigação mais adequado a cada
condição em particular.

O processo de seleção deve ser baseado em uma criteriosa


análise das condições presentes, em função das exigências de cada
sistema de irrigação.
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Métodos de irrigação
Fatores a serem analisados na escolha do sistema de irrigação:
- Recursos hídricos
potencial hídrico
qualidade da água
custo da água
- Topografia
dimensões e forma da área
uniformidade topográfica
acidentes topográficos

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Métodos de irrigação
- Solo
capacidade de retenção de água
capacidade de infiltração
características químicas
profundidade do solo
- Clima
precipitação
vento
temperatura
evaporação 173

Métodos de irrigação
Fatores a serem analisados na escolha do sistema de irrigação:
- Culturas
sistema e densidade de plantio
profundidade do sistema radicular
altura das plantas
exigências fitossanitárias sistemáticas
valor econômico das culturas

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Métodos de irrigação
Fatores a serem analisados na escolha do sistema de irrigação:
- Aspectos econômicos

custos do capital (investimento inicial)

custos anuais (operação, manutenção, reparos, m.o)

- Aspectos humanos
hábitos
preferências
tradições
preconceitos
nível educacional 175

Métodos de irrigação
• sistemas de irrigação de custo inicial elevado, como
os de irrigação localizada, são recomendados para
cultivos de maior valor, por exemplo: sementes e
milho verde.

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Métodos de irrigação
• os custos operacionais, principalmente energia, são
geralmente maiores nos sistemas de irrigação por
aspersão, intermediários nos de irrigação localizada e
menores nos sistemas superficiais.
Custo operacional

Maior custo
Intermediário
Menor custo 177

Métodos de irrigação
• os custos de manutenção são geralmente elevados
nos sistemas de irrigação por superfície, o que pode
levar à frustração de muitos irrigantes.

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Métodos de irrigação
Sistemas de irrigação adequadamente selecionados possibilitam
a redução dos riscos do empreendimento, uma potencial melhoria
da produtividade e da qualidade ambiental.

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Métodos de irrigação
1. Irrigação superficial
No método de irrigação por superfície a distribuição da água se
dá por gravidade através da superfície do solo.

A água é derivada à parcela na parte


mais alta do terreno, promovendo a
irrigação ao escoar sobre a
superfície.
Essa condição pode ser conseguida
por sistematização do terreno ou por
simples uniformização da
superfície.

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Métodos de irrigação
As principais vantagens do método de superfície são:
(1) - menor custo fixo e operacional;

(2) - requer equipamentos simples;

(3) - não sofre efeito de vento;

(4) - menor consumo de energia quando comparado com aspersão;

(5) - não interfere nos tratos culturais;

(6) - permite a utilização de água com sólidos em suspensão.

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Métodos de irrigação
As principais limitações são:
(1) - dependência de condições topográficas;
(2) - requer sistematização do terreno (nivelamento);
(3) - o dimensionamento envolve ensaios de campo
(4) - o manejo das irrigações é mais complexo;
(5) - requer frequentes reavaliações de campo para assegurar bom
desempenho;
(6) - se mal planejado e mal manejado, pode apresentar baixa
eficiência de distribuição de água;
(7) - desperta pequeno interesse comercial, em função de utilizar
poucos equipamentos.

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Métodos de irrigação
O método divide-se em sistemas:

• Irrigação por sulcos: o qual se faz passar água nos sulcos


entre as linhas de cultura.

• Irrigação por inundação: a água é aplicada sobre toda a área e


se acumula na superfície do solo.
 faixas
 tabuleiros

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Métodos de irrigação
Irrigação por Sulcos consiste na condução da água através de
pequenos canais ou sulcos feitos na superfície do solo, paralelos
às fileiras das plantas, durante o tempo necessário para que a
água infiltrada ao longo do sulco seja armazenada no perfil de
solo em quantidade necessárias pela cultura.
Existem diferentes tipos de sulcos:
- retilíneos com gradiente,
- retilíneos em nível,
- em contorno,
- corrugações,
- em ziguezague, em dentes, etc. 185

Métodos de irrigação

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Métodos de irrigação
Sulco reto em declive

Sulco em contorno em declive

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Métodos de irrigação
Características específicos da irrigação por sulco
- a irrigação não molha toda a superfície do solo, molhando
normalmente de 30 a 80% da superfície do solo, dependendo
do espaçamento entre sulcos e da cultura a ser irrigada.
- devido as baixas eficiências de aplicação de água, exigem alta
demanda de água: 0,2 a 2 L/s por sulco.
- a declividade do sulco segue a declividade média do terreno,
não devendo exceder a 2% para se evitar problemas de erosão.

Recomenda-se valores de declividades entre:


0,2 a 0,5% para solos mais arenosos e
0,5 a 1,5 % para solos mais argilosos.
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Métodos de irrigação
- a água se infiltra no fundo e nas
laterais do sulco se movimentando
vertical e horizontalmente no perfil
do solo.

- não é recomendável para solos com alta capacidade de


infiltração (solos arenosos), devido a elevadas perdas por
percolação.
- o espaçamento entre sulco depende do espaçamento das
plantas e o tipo de solo.
Regra prática: o espaçamento nunca
deve ser maior que 2 vezes a
profundidade efetiva das raízes. 189

Métodos de irrigação
Irrigação por inundação consiste da inundação total por
contenção da água na superfície do solo.
A aplicação de água é feita por meio de
bacias ou tabuleiros, que são áreas quase
planas, de tamanho variado desde:
- 1 m², usados na irrigação de vegetais ou
frutíferas, até
- > 5 ha, usados na irrigação do arroz.
Estas áreas são margeadas por pequenos diques ou taipas
para prevenir a perda de água.
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Métodos de irrigação
Irrigação por Inundação
Faixa

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Métodos de irrigação
Tabuleiros

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Métodos de irrigação
Sistemas de distribuição de água na irrigação superficial
Pode-se encontrar geralmente cinco tipos de sistemas de
aplicação de água que permitem ao agricultor o controle da vazão
aplicada:
Canais com sifões,

Canais com saídas laterais,

Canais com desvio manual,

Tubos janelados e

Tubulações de distribuição enterradas com válvulas de subida.


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Métodos de irrigação
Canais com sifões
Canais com desvio manual

Canais com saídas laterais

Tubulações de distribuição
enterradas com válvulas de
Tubos janelados subida.

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Métodos de irrigação
2. Irrigação por aspersão
No método de irrigação por aspersão a água é aplicada sobre a
folhagem da cultura e sobre o solo em forma de chuva por
emissores, chamados aspersores.

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Métodos de irrigação
Características gerais
- Pode ser usada em
combate a geadas,
aumentar a umidade relativa,
reduzir o aumento da temperatura e
descarte de resíduos.
- Dispensa o preparo do solo.
- Permite bom controle da lâmina de irrigação.
- Alto custo de implantação e gastos de funcionamento.
- Favorece desenvolvimento de algumas doenças.
- Imprópria para água com alto teor de sais.
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Métodos de irrigação
O método divide-se nos sistemas:

• Convencional  fixo – permanente


 fixo – portátil
 móvel – portátil

• Mecanizado  lateral rolante


 pivô-central
 sistema lateral
 autopropelido

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Métodos de irrigação
Sistema Convencional
são os sistemas que utilizam os componentes convencionais de
aspersão: motobombas, tubulações (principal, secundarias e
laterais) e aspersores.

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Métodos de irrigação
Aspersores

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Métodos de irrigação
Aspersores

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Métodos de irrigação
Aspersores

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Métodos de irrigação
- Sistema Convencional Fixos Permanentes: apresentam as
tubulações enterradas e apenas as hastes dos aspersores e dos
registros permanecem à superfície do terreno.

Tem alto custo inicial, justificando-se


seu uso em pequenas áreas, culturas de
alto valor econômico, e em locais onde
a mão-de-obra é escassa e/ou cara.

É bem adaptados a condições de solo


arenoso, com baixa capacidade de
retenção de água e climas com alta
demanda evaporativa.
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Métodos de irrigação
- Sistema Convencional Fixos Portátil: as linhas secundárias e
principais permanecem fixas, enterradas ou não e as laterais
deslocando-se nas diferentes posições da área irrigada.
As tubulações são leves, dotadas de juntas ou conexões de
acoplamento rápido.

Os aspersores são
conectados diretamente
sobre os tubos da linha
lateral ou sobre acessórios
especiais acoplados nas
extremidades dos tubos.

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Métodos de irrigação
- Sistema Convencional Móvel Portátil: todas as linhas que
compõem o sistema são móveis, fabricadas de material leve
como alumínio e PVC, e deslocam progressivamente na área
irrigada.
Até mesmo a unidade de bombeamento pode ser deslocada.

O sistema deve ser capaz de


irrigar toda área em um tempo
igual ou inferior ao turno de rega
projetado e operar por um tempo
suficiente para aplicar a lâmina
bruta de irrigação.

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Métodos de irrigação
Sistema Mecanizado
os aspersores ou sprays são instalados em estruturas que se
movem ao longo da área para efetuar a irrigação.

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Métodos de irrigação
- Rolamento lateral
- é um sistema com movimento intermitente, constituído por
uma linha lateral contendo os aspersores, operando como um eixo
com rodas metálicas regularmente espaçadas.
- uma mangueira flexível conecta a extremidade da linha lateral
a um hidrante.
- é um sistema que irriga áreas de até 40 ha,
- apresenta grande dependência da altura das plantas, da
geometria da área e da regularidade topográfica, e
- teve pouco uso no Brasil

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Métodos de irrigação

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Métodos de irrigação
- Pivô central
Consiste de uma única lateral, que gira em torno do centro de
um círculo (pivô) formada por segmentos de linha metálica,
suportadas por torres em formato de "A" e conectados entre si por
juntas flexíveis.

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Métodos de irrigação
- Reduz o custo por hectare em função do aumento da área
irrigada.

- Caminhamento impulsionado
por pequeno motor elétrico, colocado
em cada torre, permite o acionamento
independente de cada segmento de
linha.

- O suprimento de água é feito através do ponto pivô,


requerendo que a água seja conduzida até o centro por adutora
enterrada ou que a fonte de água esteja no centro da área.

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Métodos de irrigação
Pivôs podem ser empregados para irrigar áreas de até 117 há,
ideal, não ultrapasse 50 a 70 ha.

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Métodos de irrigação
- Quanto a limitações de topografia:
alguns autores afirmam que, para vãos
entre torres de até 30 metros,
declividades de até 30% na direção
radial podem ser suportadas,

outros autores indicam que essa


declividade máxima só pode ser
tolerada na direção tangencial (ao
longo dos círculos).

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Métodos de irrigação
- O pivô central pode ser equipado com um mecanismo de
aplicação de água mais eficiente, LEPA ("low energy
precision application").

A água é aplicada
diretamente na superfície
do solo, o que reduz as
perdas por evaporação e
evita o molhamento das
plantas.

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Métodos de irrigação
- Sistema Linear
Semelhante ao pivô central.
Indicado para áreas retangulares.
Utilizado para irrigação complementar.

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Métodos de irrigação
- Sistema autopropelido
Um único canhão ou minicanhão é montado num carrinho, que
se desloca longitudinalmente ao longo da área a ser irrigada.

o aspersor utilizado é do tipo


canhão, com alcance superior a
30 m, pressão de operação
superior a 300 kPa e o setor
angular de cobertura superior a
180o.

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Métodos de irrigação
- A conexão do carrinho aos
hidrantes da linha principal é feita
por mangueira flexível.

- A propulsão do carrinho é
proporcionada pela própria pressão
da água

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Métodos de irrigação
3. Irrigação localizada
A água é aplicada em pequenas vazões sob a copa das plantas
ou na região do sistema radicular.
- Reduz a superfície do solo molhada.
- Não folha as folhas.
- Reduz plantas invasoras.
- Alta eficiência de aplicação.
- Fertirrigação.
- Baixas pressões.
- Alto custo implantação.
- Sensível a entupimentos.
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Métodos de irrigação

O método divide-se nos sistemas:

 Gotejamento (operam a baixas pressões de 10 kPa a 25 kPa e


vazões menores que 16 L h-1)
 Superficial
 Subsuperficial (enterrado)

 Microaspersão (operam a medias pressões - 100 kPa a 250 kPa e


vazões maiores - 30 L h-1 a 300 L h-1)

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Métodos de irrigação
- Gotejamento superficial
Os Israelenses foram os que mais se dedicaram ao
desenvolvimento e divulgação da microirrigação no mundo.
Bastante utilizado em árvores frutíferas, morango, tomate,
café, plasticultura, paisagismo, ...
Indicado culturas espaçadas ou de alto valor.
Processo de aplicação de água é em alta
frequência e baixo volume, mantendo com alto
grau de umidade um pequeno volume de solo
que contém o sistema radicular das plantas.

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Métodos de irrigação
No gotejamento, a água é conduzida por mangueiras e
aplicada de forma pontual (denominado “bulbo úmido”)
através de gotas diretamente ao solo por meio emissores.

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Métodos de irrigação
Emissor esse componente dissipa a pressão da água e
descarrega na atmosfera uma vazão pequena e uniforme.

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Métodos de irrigação
Emissor “in-line” é aquele que foi
projetado para instalação entre dois
trechos de tubo em uma lateral de
irrigação;

Emissor “on-line” é aquele que foi


projetado para instalação na parede de
uma lateral de irrigação, quer diretamente
ou indiretamente por meio de
microtubos.

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Métodos de irrigação
Tubo emissor – é um modelo de tubulação com estrutura de
emissão de água na própria linha de irrigação, o emissor ou
gotejador e a linha lateral são fabricado simultaneamente.

Fita de gotejamento com


labirinto modelados

Gotejador integrado – Tipo bob

Gotejador integrado – Tipo


pastilha
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Métodos de irrigação
Tubos exudantes: tubos com micro perfurações feita com laser,
ao longo de toda sua extensão.

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Métodos de irrigação
- Gotejamento subsuperficial
É parecido o com o sistema
de gotejamento superficial,
porém, fica totalmente enterrado.
Reduz perdas por evaporação
na superfície do solo.
Utilizado em cana-de-açúcar,
tomate, melão, gramados e
jardins.
Aplicação de água residuária.

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Métodos de irrigação
Reduz a incidência de plantas invasoras.

Estimula crescimento do sistema radicular.

Alto custo de instalação.

Dificuldade de manutenção.

Apresentas problemas com intrusão radicular.

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Métodos de irrigação

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Métodos de irrigação
- Microaspersão
A água cobre uma pequena área
próxima ou abaixo da copa da
planta.

Bastante utilizada em
paisagismo e campos de golf.

Menos problemas com


entupimento.

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Métodos de irrigação
Os microaspersores podem ser classificado como:

microaspersores rotativos ou estacionários (“spray”).

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Métodos de irrigação
Os microaspersores rotativos variam de acordo com a pressão
de serviço, vazão e características de aplicação de água, como
precipitação, dimensão das gotas, número de bocais e padrão de
distribuição de água. O movimento são produzidos por
mecanismos de impacto, de reação e de engrenagens.

Os microaspersores estacionários não possuem movimento de


rotação, mas funcionam de forma parecida aos rotativos.

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Métodos de irrigação
4. Irrigação por subsuperfície
Também chamado de subirrigação, proporciona maior produção
e melhor eficiência no uso da água.

Consiste em controlar o nível do


lençol freático

Irrigação associada à drenagem

A ação capilar atrairá a água do solo


para a zona radicular.

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Aspersão

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Projetos de irrigação por


aspersão
O sistema de aspersão é caracteriza-se pela conduta da água e
aplicação nas áreas por meio de equipamentos, como:

- Sistema de bombeamento,

- Acessórios,

- Tubulações, e

- Aspersores.
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Projetos de irrigação por


aspersão
Sistema de bombeamento
é responsável pela captação da água,
impulsionando-a, sob pressão, pela tubulação até
os aspersores, por meio de bomba d’água acionada
por um motor (conjunto moto-bomba).

Formado:
- Bomba de sucção
- Motor de acionamento
- Linha de sucção
- Linha de recalque
- Peças especiais.
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Projetos de irrigação por


aspersão
Tubulação
é responsável pela condução da água desde o sistema de
bombeamento até os aspersores no campo.

Materiais usados:
- Ferro fundido,
- Aço zincado,
- Alumínio,
- PVC ou Polietileno.

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Projetos de irrigação por


aspersão
Temos as tubulações:
- Sucção,
- Recalque,
- Linha principal, e
- Linhas laterais.

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Projetos de irrigação por


aspersão
Assessórios
são peças especiais necessários para a montagem do sistema no
campo.

Os mais comuns são:


-Registro, - Curvas variadas,
-Nipe, -Tampão,
-Tê, - Redução,
-Cotovelo, - Manômetro,
-Braçadeira, - Válvula.

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Projetos de irrigação por


aspersão
Aspersores:
é responsável pela pulverização do jato d’água e pela distribuição
da água na superfície do terreno.
Apresentam diversas características e particularidades, como:
- Pressão de serviço
- Número de bocais
- Sistema de giro
- Tamanho
- Espaçamento de serviço

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Projetos de irrigação por


aspersão

Convencional Micro-aspersor rotativo Micro-aspersor spray

Canhão Pop-Up Rotor 238

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Projetos de irrigação por


aspersão
 Sistema móvel - manual

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Projetos de irrigação por


aspersão
 Sistema móvel – mecânico

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Projetos de irrigação por


aspersão
 Sistemas fixos

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Projetos de irrigação por


aspersão
 Um projeto deve ser totalmente direcionado para a cultura e o
local escolhidos.
Assim, é necessário analisar alguns pontos, como:
- Características da área do projeto,

- Características do solo,

- Características do clima,

- Fonte de água, e

- Tipo de cultura.
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Projetos de irrigação por


aspersão
Características da área do projeto
O sistema de irrigação a ser usado não depende apenas do
tamanho da área, algumas limitações que devem ser
consideradas:

Área muito estreita e longa - dificultam o manejo da irrigação


por aspersão com sistemas
portáteis.
Área de forma
irregular - requerem linhas laterais de
diferentes comprimentos, o que
Área de dificulta o manejo.
forma Área de forma
quadrada retangular
243

Projetos de irrigação por


aspersão
Características do solo
Com relação ao solo, é de fundamental importância a
determinação das características físico-hídricas do solo, como:
- Capacidade de Campo (CC)
- Ponto de Murcha (PM)
- Densidade do solo (Ds)
- Velocidade de infiltração básica (VIB),

Outro ponto importante é sob a Intensidade


de aplicação de água pelo aspersor (Ia)
Ia < VIB
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Projetos de irrigação por


aspersão
Características do clima
Ao realizar um projeto de irrigação em uma determinada área,
deve-se fazer o levantamento do maior número de informações
das características climáticas do local, como:
- Temperaturas,
- Precipitações,
- Umidade do ar,
- Evapotranspiração, e
- Direção, velocidade e frequência do vento.

245

Projetos de irrigação por


aspersão
Fonte de água
É de extrema importância, devendo ser realizado um análise dos
parâmetros físicos, químicos e microbiológicos da água a ser
utilizada na irrigação.
- Essas análises são fundamentais quando se pretende irrigar
culturas que serão consumidas “in natura;
- Água com alto teores de sódio e cloro, pode depositar sais nas
folhas molhadas e causar problema para a cultura;
- O funcionamento e a durabilidade dos equipamentos, também
podem ser afetado pela qualidade físico-química da água.

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Projetos de irrigação por


aspersão
Tipo de cultura
Plantas com sistema radicular pouco profundo
requerem irrigações mais frequentes, com
aplicação de pequenas lâminas por irrigação,
fácil de conseguir com os sistemas de aspersão.

Altura elevada de certas culturas e com alta


densidade de planta, favorecem a irrigação
por aspersão com Canhão Hidráulico ou
Pivô-Central.

Outro ponto a ser considerado é a maior incidência de doença 247

Projetos de irrigação por


aspersão
 Dimensionamento da irrigação por aspersão
Didaticamente, o dimensionamento de um sistema de irrigação por
aspersão, pode ser dividido em:
1. Levantamento de informação de campo;
2. Quantificação da água requerida no projeto;
3. Definição do tipo de sistema de aspersão a ser usado no projeto;
4. Distribuição do sistema no campo;
5. Hidráulica e dimensionamento da Linha Lateral;
6. Hidráulica e dimensionamento da Linha Principal e Secundária;
7. Hidráulica e dimensionamento da linha de Recalque e Sucção;
8. Cálculo da altura manométrica do sistema;
9. Dimensionamento do Conjunto MotoBomba.
248

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Projetos de irrigação por


aspersão
1. Levantamento de informações de campo, como:
- Mapa planialtimétrico;
- Qualidade, quantidade e tipo de fornecimento de água;
- Dados climatológicas: evapotranspiração e precipitação efetiva;
- Propriedades física-hídrica do solo: CC, PM, Ds e VIB;
- Característica da cultura: Profundidade efetiva do sistema
radicular, fator de disponibilidade (f) e período de cultivo
- Disponibilidade de mão-de-obra
- Disponibilidade de energia.
249

Projetos de irrigação por


aspersão
2. Quantificação da água requerida no projeto.

1º Passo: determinar lâmina de Irrigação Real Necessária (IRN)


IRN = (CC – PM).Ds.f.dZ – Pe ou IRN= ETc – Pe
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CC – Capacidade de campo (% peso); ETc = evapotranspiração da cultura (mm);
PM – Ponto de murcha (% peso); Pe = precipitação efetiva esperada (mm).
Ds – densidade do solo (g/cm3);
f – fator de disponibilidade;
dZ – profundidade efetiva das raízes (cm).

No caso, do uso da ETc, como o sistema de irrigação deve atender a maior


demanda de irrigação, usa-se a maior ETc obtida durante o ciclo da
cultura. 250

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Projetos de irrigação por


aspersão
2º Passo: determinar a Irrigação Total Necessária (ITN)

ITN= IRN
EA

EA = eficiência de aplicação de água (decimal), normalmente, de 80%.

251

Projetos de irrigação por


aspersão
3º Passo: determinar o:
- Turno de Rega (TR): Intervalo, em dias, entre duas irrigações
sucessivas em um mesmo local
TR= IRN – Pe
ETc

- Período de Irrigação (PI): é o número de dias gastos para irrigar


uma determinada área e deve ser igual ao TR menos uma folga
para o irrigante ou para manutenção do sistema.

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Projetos de irrigação por


aspersão
4º Passo: estimar a vazão do sistema (Qs)
A vazão do sistema pode ser calculada com base na ITN ou na
ETc (irrigação suplementar):

Qs= 2,78 (ITN – Pe) A


A – Área do projeto (ha);
Ec . PI . TDF TDF – tempo de funcionamento por dia (h);
ou Ec – Eficiência de condução (decimal);
Qs= 2,78 (ETc – Pe) A TR
Ec . EA . PI . TDF
Obs.: TDF – deve ser estimado com base na disponibilidade de energia.
No caso, do uso da energia elétrica, deve-se evitar o período de pico,
entre as 18 e 21 horas, restando no máximo 21 horas de serviço. 253

Projetos de irrigação por


aspersão
5º Passo: estimar a intensidade de aplicação de água (Ia)

Ia = ITN
ti
ti = tempo de irrigação por posição (h).

Ia = VIB: para evitar perdas por escoamento superficial.

Caso Ia < VIB: o tempo de irrigação por posição deve ser


aumentado.

254

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Projetos de irrigação por


aspersão
6º Passo: calcular o Tempo necessário por posição (TNP)

TNP = ti + tm
tm = tempo necessário à mudança do sistema para uma nova posição.

Devendo o TNP ser um submúltipo do tempo diário de


funcionamento (TDF).

255

Projetos de irrigação por


aspersão
3. Tipo de sistema de aspersão a ser usado no projeto

Nesta etapa devem-se considerar os diversos tipos de irrigação


por aspersão, selecionando o mais apropriado, tendo como
critério todas as informações levantadas anteriormente.

- Sistemas autopropelido ou pivô central, seus


dimensionamentos são de responsabilidade do fabricante,
sendo necessário apenas dimensionar o
sistema de bombeamento e condução
até os sistemas.
256

45
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Projetos de irrigação por


aspersão
4. Distribuição do sistema no campo
1º Passo: escolher o aspersor
Os aspersor deve ser escolhidos por meio dos catálogos dos
fabricantes, devendo atender às necessidades do projeto, como:

Vazão do aspersor (qa) = Intensidade de aplicação (Ia)

Exemplo: Catalogo Amanco

257

Projetos de irrigação por


aspersão
Caso, Iac ≠ Ia:
pode-se alterar a qa do catálogo para ficar igual a Ia,
modificando a pressão de serviço (PS), adequando assim
a qa ao projeto:

PsM = (Ia/IaC)2 PaC


PsM= Pressão de serviço do aspersor modificado (kPa); Ia = intensidade de
aplicação estimada (mm/h); IaC = intensidade de aplicação do aspersor
escolhido ou comercial; PaC = Pressão de serviço obtida do catálogo (kPa).

258

46
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
O catálogo do fabricante, além da vazão do aspersor, deve trazer
outras informações, como:

259

Projetos de irrigação por


aspersão
2º Passo: estimar o Número total de Aspersores Necessário (NTA)
NTA= Qs/qa

3º Passo: definição do esquema de funcionamento das linhas


laterais e a localização da linha principal.
Por exemplo:

260

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Projetos de irrigação por


aspersão
4º Passo: determinação do Número de Linhas Laterais (NLL)
Do esquema de funcionamento do projeto obtém o Comprimento
da Linha Lateral (L) e, consequentemente, define:
- Número de Aspersores por Linha Lateral (NAPL)
NAPL= L/S1
S1 = espaçamento entre aspersores (m).

- Número de Linhas Laterais (NLL)


NLL = NTA/NAPL

261

Projetos de irrigação por


aspersão
5. Hidráulica e dimensionamento da Linha Lateral
1º Passo: estimar a perda de carga fictícia na tubulação
- O diâmetro e o comprimento de uma linha lateral, deve ser tal,
que a diferença da pressão entre o primeiro e o último aspersor
na linha não deve ser maior que 20% da pressão média.

hfl = (Ps . 0,2) ± Dn

hfl = perda de carga (mca); Dn = Diferença de nível (desnível) na linha lateral


(m).

262

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Projetos de irrigação por


aspersão
- Como a linha lateral possui múltiplas saídas a perda de carga
(hfl) deve ser ajustada por Fator de múltiplas saídas (F),
obtendo assim, a perda de carga fictícia (hf’):

hf’ = hf/F
F pode ser calculado ou obtido em tabelas.

F = 1/ (m+1) + 1/2n + [raiz(m-1)/(6n2)


m – expoente da vazão na equação de perda de carga (Hazen-Williams, m= 1,85); e
n – número de saídas.

263

Projetos de irrigação por


aspersão

264

49
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
2º Passo: cálculo do diâmetro interno da tubulação
Com a determinação da perda de carga fictícia (hf’) da tubulação,
o diâmetro da linha lateral pode determinado pela Equação de
Hazen-Williams:
hf’ = 10,641 (QL/C)1,85 L/D4,87
D = [10,641 (QL/C)1,85 L/hf’]0,205
D= diâmetro interno da tubulação (m); hf’ = perda de carga fictícia (mca); QL – vazão
da linha lateral (m3/s) QL = qa . NAPL; L – comprimento da linha lateral (m); D
– diâmetro interno da linha lateral (m); C – coeficiente de rugosidade da tubulação
(decimal).

- Caso, o diâmetro calculado não seja comercializado, deve-se


optar pelo diâmetro comercial logo acima. 265

Projetos de irrigação por


aspersão
3º Passo: calcular a pressão no início da linha lateral
A variação da pressão ao longo da linha lateral não é linear como
em tubulações com vazões constantes.
-Aproximadamente 75% da perda de carga ocorre até a metade da
linha lateral com um único diâmetro.

-Para linhas laterais com


dois diâmetros, a variação
da perda de carga é mais
linear e esse valor é de 63%.

266

50
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Logo a pressão no início (Pin) pode ser determinada para:
- Linha com um diâmetro:
Pin = Ps + 0,75 hfl + 0,5 Dn +Aa
- Linha com dois diâmetro:
Pin = Ps + 0,63 hfl + 0,5 Dn +Aa
Aa = altura do aspersor, que deve ser aproximadamente 20 cm maior que a altura da
cultura.

267

Projetos de irrigação por


aspersão
6. Hidráulica e dimensionamento da Linha Principal e
Secundária

1º Passo: dimensionar a linha principal e da secundárias (quando


existente) existem basicamente três métodos:
- Limite de velocidade

- Análise econômica

- Limite de perda de carga.

268

51
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Limite de velocidade
Consiste em limitar a velocidade de escoamento na tubulação
entre 1 a 2 m.s-1 e determinar a vazão requerida ao longo da
linha, podendo o diâmetro ser a estimada pela equação da
continuidade:
D=(4Q/Π V)0,5
Q = QL . NLLserviço
Q= vazão requerida (m3/s), V = velocidade de escoamento (m/s).

269

Projetos de irrigação por


aspersão
Análise econômica
Consiste na seleção da tubulação, por tentativas, que forneçam um soma
mínima do custo anual (CAF + CAV), para as diversas combinações de
diâmetros.

- Custo anual fixo (CAF)


C= valor do investimento; R= valor de resgate
CAF= (C-R).(1+i)n .i
do equipamento (10% do valor inicial); i= taxa
(1+i)n – i anual de juros e n= vida útil do equipamento.

- Custo anual variável (operação – CAV): corresponde aos custos anuais de:
* Energia: depende da fonte de energia
* Operação e Manutenção da tubulação: 0,5% do valor inicial.
270

52
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão

271

Projetos de irrigação por


aspersão
7. Hidráulica e dimensionamento da Linha Recalque e Sucção

As linhas de recalque são


dimensionadas semelhantemente à
linha principal, assim, deverá ter o
mesmo diâmetro do primeiro
trecho da linha principal.

Por sua vez, as linhas de sucção


devem ter o diâmetro comercial
imediatamente superior ao da
linha de recalque.
272

53
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Projetos de irrigação por


aspersão
Exemplo: Diâmetro comerciais de tubulações para irrigação

273

Projetos de irrigação por


aspersão

Outra fator importante


relacionado a tubulação
são suas características
impressas na mesma.

274

54
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
8. Cálculo da altura manométrica do sistema;
Corresponde à pressão máxima que a bomba deve fornecer, sendo
estimada em função:

Hm= Pin + hfp + DNp + hfr + DNr + hfs + Dns + hfloc

Pin= pressão no início da linha lateral (mca); hfp= perda de carga na linha
principal, estimada igual a hfl (mca); DNp= diferença de nível ao longo da linha
principal (m); hfr= perda de carga na linha recalque, estimada igual a hfl (mca);
DNr= diferença de nível de recalque (m); hfs= perda de carga na linha sucção,
estimada igual a hfl (mca); DNs= altura de sucção (m); hfloc= perda de carga
localizada (mca).

275

Projetos de irrigação por


aspersão
- As perdas de carga (hf) das linhas principais, de recalque e
sucção devem ser real e calculadas pela Equação de Hazen-
William:

hf = 10,641 (Q/C)1,85 L/D4,87

considerando as característica de cada tubulação.

276

55
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
- As perdas de carga localizadas
(hfloc) são devido ao uso de
peças especiais, como registros,
redução, válvula de pé com
crivo, entre outros, tendo seu
valor de perda de carga tabela.

Entretanto, pode-se assumem


que a hfl é de aproximadamente
de 5% das perdas de cargas da
linha principal (hfp).

277

Projetos de irrigação por


aspersão
9. Dimensionamento do Conjunto MotoBomba.
Entre as bombas atualmente disponíveis no mercado, as bombas
centrífugas são as mais utilizadas nos sistemas de irrigação.

278

56
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
A bomba é escolhida usando a Vazão do sistema (Qs) e a Altura
manométrica do sistema (Hm) no catálogo do fabricante, na qual
deve-se selecionar aquela que ofereça o maior rendimento.

279

Projetos de irrigação por


aspersão

Ponto de máxima
eficiência

Curvas de
eficiência

Modelo da
bomba

Curva de
operação

280

57
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
No catálogo do fabricante deve ser obtido outras informações
importantes, como:

- Potência necessária no eixo da bomba ou Potência do motor


(Pm), que também pode ser estimada:

Pm= Qs.Hm/(75Eb)
Eficiência da bomba (Eb), obtida no catálogo do fabricante.

281

Projetos de irrigação por


aspersão
- Índice de cavitação, denominado NPSH
Cavitação é a entrada de ar na bomba devido condições
inadequadas de sucção, reduzindo ou parando o fluxo de líquido.
NPSH requerido pela bomba < NPSH disponível (não ocorrerá)

NPSHd= Po – Pv + ∆Z – hf
ρg
Po= pressão na superfície da água; Pv= pressão de vapor (saturação) para o fluido a uma
determinada temperatura; ∆Z= diferença na altura da superfície da água e a bomba; ρ =
a densidade do fluido; g= aceleração.

De forma prática: ΔZ maiores de 3 m possuem alta vulnerabilidade


a cavitação. 282

58
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão

283

Projetos de irrigação por


aspersão
Exercício prático - Dimensionamento de sistema de
irrigação por aspersão convencional

 Um fazendeiro de Palmeiras de Goiás cultiva milho sem


irrigar, com plantio em novembro. De maio a outubro ele
deseja plantar feijão irrigado por aspersão, tirando duas
safras no período em que a área fica subutilizada, além de
fazer uma irrigação suplementar na cultura do milho.

284

59
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Levantamento de informação de campo
 Área

285

Projetos de irrigação por


aspersão
 Dados climatológicos

286

60
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
 Fonte de água – curso de água natural, cuja cota da
superfície da água é 100 m.
 Solo – Textura argilosa: CC = 38% e PM = 18% base
peso, Densidade = 1,17 g cm-3 e VIB = 12 mm h-1.
 Cultura – feijão, raízes 35 cm.
 Mão-de-obra – não há limitação de mão-de-obra
 Energia – Energia elétrica, com período de operação de
17 às 21 horas.

287

Projetos de irrigação por


aspersão
Quantificação da água requerida no projeto
Irrigação necessária (ITN)
IRN = ((CC – PM).Ds.f.dZ)/10 – Pe
IRN = ((38 – 18) . 1,17 . 0,42 . 35)/10 – 0 => IRN = 35 mm
ou
IRN = ETc – Pe => (Etomaxima . Kcmaximo) - Pe
IRN = (6,3 . 1.1) – 0 => IRN = 6,93 mm

ITN = IRN / Ea
ITN = 35 / 0,8 => ITN = 44 mm
288

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Turno de rega (TR) e período de irrigação (Pi)
TR = ((CC – PM).Ds.f.dZ)/10)/ETc
TR = 35 / 6,93
TR = 5 dias

Pi = não será deixada nenhuma folga entre as irrigações e logo, o


Pi também será de 5 dias.

289

Projetos de irrigação por


aspersão
Intensidade de aplicação
Ia = ITN / Ti
Ia ≤ VIB
Como não se pode operar das 17 às 21 horas, restam apenas 20
horas, (Ti).
Ia = 44 / 20 => 2,2 mm
Ia <<< VIB

290

62
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Assim, para maximizar o tempo de operação, a linha lateral
deverá irrigar duas posições de 10 horas cada uma delas.
Portanto, serão admitidas 9 horas de funcionamento efetivo (Ti),
mais uma para mudança da linha lateral para uma nova posição.
Ia = 44 / 9 => Ia = 4,9 mm
=> 4,9 mm < 12 mm

291

Projetos de irrigação por


aspersão
Escolha do aspersor
Em um catalogo foi escolhido o aspersor com as características:
- Diâmetro dos cocais = 3,6 x 2,6 mm;
- Pressão de serviço (Pac) = 2 atm;
- Vazão (qac) = 1,07 m3h-1
- Espaçamento (S1 x S2) = 12 x18 m;
- Precipitação = 5 mm h-1; e
- Eficiência de aplicação (Ea) = 77,1%

292

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Observa-se que a precipitação do aspersor é maior que a
intensidade de aplicação desejada, necessitando, ajuste da Pa:
Pa = (qa / qac)2 . Pac
qa = (Ia . S1 . S2) / 1000

qa = (4,9 . 12 . 18) / 1000 => 1,06 m3h-1

Pa = (1,06 / 1,07)2 . 2 => 1,96 atm = 19,6 m c.a.

293

Projetos de irrigação por


aspersão
Vazão do sistema
Qs= 2,78 (ITN) A
Ec . Pi . TDF

Qs = 2,78 (35 /0,77) 17,41


0,99 . 5 . 18

Qs = 0,025 m3s-1

294

64
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Número de linhas laterais
NTA = Qs / qa
qa em L/s-1 = 1,06 m3h-1 = 0,29 Ls-1
NTA = 25 /0,29 => NTA = 86 aspersores

NAPL = L / S1
NAPL = 156 / 12
NAPL = 13 aspersores / lateral

NL = NTA / NAPL
NL = 86 / 13 => NL = 6 linhas
295

Projetos de irrigação por


aspersão
Como são 6 linhas e 13 aspersores em cada, o número total de
aspersores será de 78 e a vazão 22,62 Ls-1 (0,29 x 78).

296

65
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Diâmetros das linha laterais
Q = NAPL . qa
L = 150 m
C(PVC) = 140
hf’ = Hf / f
Hf = 0,20 Pa ± Dn (Dn : desnível do terreno)
f = 1 / (2,85) + 1 / (2 N) + 0,92 / (6 N2) (N : número de aspersores/linha)
D = 1,625 . (Q/C)0,38 (L/hf)0,205

297

Projetos de irrigação por


aspersão
Q = 13 . 0,29 => Q = 3,77 Ls-1 = 0,0038 m3s-1

Hf = 0,20 . 19,6 – 0 => 3,92 m c.a.

f = 1 / (2,85) + 1 / (2 . 13) + 0,92 / (6 . 132) => 0,39

hf’ = 3,92 / 0,39 => 10,05 m c.a.

D = 1,625 . (0,0038/140)0,38 (150/10,05)0,205

D = 0,052 m = 52 mm
298

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Usando o diâmetro interno mais próximo da tubulação disponível
de 50 mm, tem-se:
hf = 10,65 (Q/C)1,852(L/D4,87)

hf = 10,65 (0,0038/140)1,852(150/0,054,87) => 12,09 m c.a.

Como a perda de carga em tubulação com múltiplas saídas


equidistantes
hf’’ = hf x F.

299

Projetos de irrigação por


aspersão
F = Fator de atrito

hf’’ = 12,09 . 0,39


hf’’ = 4,71 m c.a. = 24 % da Pa, maior que o limite máximo de
23,5%.
300

67
10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Assim, devem-se utilizar dois trechos na linha lateral, sendo um
com 75 mm e outro com 50 mm.
- Comprimento de cada trecho pode ser calculados pelas:
L2 = (((D1/D)4,87 – 1) / ((D1/D2)4,87 – 1))0,35 . L
L2 = (((75/52)4,87 – 1) / ((75/50)4,87 – 1))0,35 . 150
L2 = 138,6 m
como, os tubos são vendidos com 6 m, o comprimento real do
trecho 2 será 138 m.

L1 = 150 – 138 = 12 m

301

Projetos de irrigação por


aspersão
- Pressão na linha
hf1 = 10,65 (0,0038/140)1,852(12/0,0754,87)

hf1 = 0,13 m c.a.

hf2 = 10,65 (0,0038/140)1,852(138/0,054,87)

hf2 = 11,12 m c.a.

hf = (0,13 + 11,12) . 0,39 => 4,38 m c.a. (22% do Pa => ok)

302

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Pressão no início da linha lateral
Para irrigação do feijão e milho, pode-se trabalhar com o tubo de
elevação de 2,0 m.
- Linha com um diâmetro:
Pin = Pa + 0,75 hfl + 0,5 Dn +Aa (altura do aspersor)
- Linha com dois diâmetro:
Pin = Pa + 0,63 hfl + 0,5 Dn +Aa

Pin = 19,6 + 0,63 . 4,38 + 0,5 . 0 + 2 => 24,3 m c.a.

303

Projetos de irrigação por


aspersão
Dimensionamento da linha principal
Analisando a distribuição das linhas
laterais, a linha principal deve ser deve
ser dividida em 6 trechos, com
comprimento de 90 m e cada um
conduzirá uma vazão máxima conforme
a localização das linhas laterais.

Utilizando o método do limite de velocidade (2 m/s) pela equação


da continuidade, têm-se os diâmetros de cada trecho.
D = (4 Q /(3,14 V))1/2
304

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
- Diâmetro da tubulação (Vmáx = 1,5 m/s)
D = (4 Q /(3,14 V))1/2
D1 = (4 . 0,02262/(3,14 . 1,5))1/2
D1 = 139 mm => Dcomercial = 150 mm
Vcomercial = (4 Q /3,14 D2)
Vcomercial.1 = (4 . 0,02262/(3,14 . 0,01252) => 1,28 m/s

- Perda de carga da Linha Principal (CPVC = 150)


hf = 10,65 (Q/C)1,852(L/D4,87)
hf1 = 10,65 (0,02262/150)1,852(90/0,01254,87)
hf1 = 0,83 m c.a.
305

Projetos de irrigação por


aspersão
Todos os trechos principais

Diâmetro Diâm. Veloc. Comprim. hf


Trecho Vazão
(mm) comercial (m/s) (m) (m c.a.)
1 0,0226 139 150 1,28 90 0,84
2 0,0188 127 125 1,54 90 1,46
3 0,0150 113 125 1,23 90 0,96
4 0,0113 98 100 1,44 90 1,68
5 0,0075 80 75 1,71 90 3,22
6 0,0037 57 75 0,85 90 0,89
hfLP 9,05

306

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Linhas de recalque e sucção
- Linha de recalque
Diâmetro deve ser igual ao do primeiro trecho da linha principal.
Drecalque = 150 mm

Perda de carga, como o diâmetro e comprimento são igual ao do


primeiro trecho a perda de carga também é igual.
hfrecalque = 0,84 m c.a.

307

Projetos de irrigação por


aspersão
- Linha de sucção
Diâmetro deve ser imediatamente superior ao de recalque, e
comprimento máximo de 6 m.
Dsucção = 175 mm

Perdas de carga no recalque: calculada igual a linha principal.


hf = 10,65 (Q/C)1,852(L/D4,87)
hfsucção = 10,65 (0,02262/175)1,852(6/1504,87)
hfsucção = 0,40 m c.a.

308

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
Altura manométrica do sistema

Cota 100 m
103 m 107,95 m 134,95 m

Hm = Pin + hflp + Dnlp + hfr + Dnr + hfs + Dns + hfloc


hfloc = 5% da hflp + hfr
hfloc = 0,05 * (9,05 + 0,84) = 0,49 m c.a.
Hm = 24,3 + 9,05 + 27 + 0,84 + 4,95 + 0,4 + 3 + 0,49
Hm = 70,03 m c.a.

309

Projetos de irrigação por


aspersão
Conjunto motobomba
- Bomba
Com os catálogos dos fabricantes, seleciona a bomba com as
características:
Q = 22,62 L/s e Hm = 70,03 m c.a.

310

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10/11/2017

Projetos de irrigação por


aspersão
- Motor
O motor é selecionado com base na potencial necessária pela
bomba, podendo ser calculada pela equação:
Pm = Q Hm / (75 Ev) (Ev é o rendimento da bomba =
76%)
Pm = 22,6 . 70,03 / (75 . 0,76) = 27,76 cv
Pc = Pm / Rm (Rm é o rendimento do motor = 88%)
Pc = 27,76 / 0,88 = 31,54 , o motor comercial, com pontencia
imediatamente superior, é de 35 cv.

311

Projetos de irrigação por


aspersão
- Motobomba

312

73
10/11/2017

313

Fertirrigação
 Termo fertirrigação
A fertirrigação consiste na aplicação de fertilizantes as plantas via
da água de irrigação.

 Situação da fertirrigação
É um sistema que teve início na Califórnia (1930), em sistemas
de irrigação por aspersão em pomares.
- USA: maior superfície com fertirrigação (1 milhão de ha);
- Espanha: a segunda maior (450 mil de ha);
- Israel: 80% da superfície irrigada é com fertirrigação.

314

74
10/11/2017

Fertirrigação
- No Brasil: embora a fertirrigação
esteja sendo utilizada em algumas
áreas irrigadas, falta informação:
* Dosagens
* Tipo de fertilizante
recomendado
* Formação de precipitados
* Modo e época de aplicação
reflete a necessidade de se realizar
pesquisas nessa área.

315

Fertirrigação
 Sistema de fertirrigação
O sistema de fertirrigação além dos fertilizantes pode ser
utilizados para aplicar outros produtos agrícolas, como:
- Herbicidas,
- Inseticidas,
- Fungicidas,
- Nematicidas,
- Reguladores de crescimento,
- dentre outros produtos

A práticas de aplicação de químicos em geral por via da água de irrigação é


denominada Quimigação.
316

75
10/11/2017

Fertirrigação
 Vantagens no uso da fertirrigação
* Melhor aproveitamento dos equipamentos de irrigação;
* Economia de mão-de-obra e praticidade;
* Menor custo da adubação e da irrigação;
* Aplicação mais precisa e eficiente dos nutrientes;
* Distribuição uniforme e localizada dos fertilizantes;
* Aplicação em qualquer fase de desenvolvimento da cultura;
* Aplicação de micro-nutrientes;
* Fácil automação da fertilização;
* Redução da compactação do solo e dos danos mecânicos à
cultura; 317

Fertirrigação
* Maior eficiência do uso dos fertilizantes pela planta;

Variação do nitrogênio total na planta proveniente do fertilizante


(NTPPF) e do solo (NTPPS, e da testemunha, ao longo do
período da cultura. TAG – tempo após a germinação

318

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Fertirrigação
* Maior produtividade.

Efeito da fertirrigação em relação a adubação convencional em


sistemas irrigados por gotejamento.

319

Fertirrigação
 Desvantagens no uso da fertirrigação
* Custo inicial elevado;
* Entupimento da tubulação e ou de emissores (aspersores,
gotejadores, microaspersores etc.);
* Aumento excessivo da salinidade da água;
* Corrosão de peças metálicas;
* Eliminando alguns micronutrientes, que aparecem como
impurezas em adubos tradicionais.
É importante ressaltar que nem todas essas desvantagens se
deve ao método em si, mas sim ao manejo incorreto e à falta de
informações que existe com relação à nutrição das plantas.
320

77
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Fertirrigação
 Vantagem x Desvantagem
- As grandes vantagens do sistema de fertirrigação compensam
em muito os inconvenientes citados.
- Por exemplo:
O custo inicial pode ser amortizado com o tempo, e a obstrução
dos gotejadores pode ser evitada seguindo uma tecnologia de
fertirrigação adequada.

Ou ainda, profissionais competentes podem ser formados


mediante cursos especializados e publicações que ilustrem as
dificuldades dos usuários.
321

Fertirrigação
 Para fazer a fertirrigação, é necessário que o sistema de
irrigação possua os seguintes componentes:

Contudo, o principal componente são os injetores, merecendo


uma discussão a parte.
322

78
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Fertirrigação
Existe diferentes tipos de injetores que variam de acordo com a
forma de energia utilizada para seu funcionamento, seus custos e
sua eficiência.

Esses métodos podem ser


classificados em 3 grupos, aqueles
que utilizam:
- Pressão efetiva positiva;
-Diferença de pressão; e
- Pressão efetiva negativa.

323

Fertirrigação
* Pressão efetiva positiva
Injeção feita por gravidade
Consiste no aproveitamento da energia da
diferença de posição (∆h) existente entre o
reservatório com os fertilizantes e o nível
da linha principal do sistema de irrigação.

- É um método de injeção de custo


relativamente baixo.
∆h - Porém, só pode ser utilizado em
condições onde os sistemas de irrigação
trabalham com baixa pressão.
324

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Fertirrigação
Bombas injetoras
As bombas injetoras aplicam a solução de nutrientes de um
tanque de armazenamento diretamente na tubulação principal
do sistema de irrigação.

* Vantagens: são precisas, não


causam perdas de carga e
possibilitam a automação.
* A grande desvantagem é seu
alto custo.

325

Fertirrigação
Existe vários tipos de bombas injetoras.
As principais são:
- Bomba injetora tipo diafragma
Essas bombas apresentam a vantagem de
introduzir a solução na água de irrigação
com taxa constante.

- Bomba injetora tipo pistão


É o sistema mais exato de injeção e o mais
desenvolvido. Possibilita a automação,
podendo-se regular sua programação a
partir de um cronograma de irrigação.
326

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Fertirrigação
- Bombas centrifugas
Normalmente, são pequenas bombas (booster).

São comercializadas, normalmente,


- motores elétricos de potência de 1 CV
- material da bomba em contato com o
adubo é , em geral, de inox ou plástico.

É de fácil manuseio e garante uma vazão


de injeção constantes durante toda
fertirrigação e seu custo é relativamente
baixo. 327

Fertirrigação
* Diferença de pressão
Tanque de derivação
É um recipiente geralmente metálico de forma cilíndrica
conectado à tubulação principal de irrigação.

As principais vantagens desse sistema são o


baixo custo e a pequena perda de carga do
sistema.
Porém, apresenta dificuldade no controle da
vazão de injeção, podendo ocorrer uma alta
variação na concentração da solução com o
tempo de fertirrigação.
328

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Fertirrigação
* Pressão efetiva negativa
Venturi
Foi o responsável pela popularização da fertirrigação,, devido ao
baixo custo e à simplicidade.
O princípio de funcionamento do
Venturi consiste em tubo, geralmente
de plástico, com uma grande constrição
interna, na qual devido variação da
velocidade do fluxo nesse ponto,
proporciona uma pressão negativa
(vácuo parcial).
Esse pressão negativa é o responsável pela sucção da solução de
fertilizantes, por meio de um conector instalado na constrição 329

Fertirrigação
O injetor Venturi é geralmente
instalado em paralelo à
tubulação principal de água, e
usa de 20% a 50% da pressão de
serviço do sistema de irrigação.

Na prática, esse fato representa


gasto extra de energia, pois o
sistema de irrigação tem que ser
dimensionado com essa pressão
adicional, utilizada somente
quando há fertirrigação.
330

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Fertirrigação
Para contornar esse problema, usualmente, usa-se uma bomba
injetora para proporcionar a pressão extra necessária ao
funcionamento do Venturi.

331

Fertirrigação
Mas qual o melhor sistema de injeção de fertilizantes?
Não existe o melhor sistema de injeção, mas sim, o mais
adaptado as condições especificas do projeto.

A escolha de um equipamento injetor de fertilizante, deve-se


levar em consideração vários fatores, como:
- Volume e capacidade do equipamento,
- Precisão de injeção do equipamento,
- Capacidade de automação do sistema,
- Forma de operação ou funcionamento, e
- Sua mobilidade.
332

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Fertirrigação
Para se ter uma fertirrigação adequada, além do tipo de injetor
utilizado no sistema de irrigação, outro fator a ser considerado
e analisado são as:
 Características dos fertilizantes

333

Fertirrigação
As plantas necessitam de diferentes tipos de nutrientes para
sobreviverem. Podendo, agrupa-los em 2 categorias, de acordo
com a quantidade exigida pelas plantas:
- Macronutrientes: Carbono, Hidrogênio,
Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo, Potássio,
Cálcio, Magnésio e Enxofre.

- Micronutrientes: Ferro, Manganês,


Cobre, Zinco, Boro, Molibdênio e Cloro.

334

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Fertirrigação
A escolha da melhor fonte do(s) nutriente (s) ou fertilizantes
(produtos) a ser aplicado via água de irrigação, deve ser em
função de alguns aspectos importantes, tais como:
- a solubilidade do produto na água,
- a compatibilidade dos produtos,
- o poder acidificante do solo e água de irrigação do produto,
- o poder corrosivo do produto,
- o riscos ambientais, e
- o custo/benefício com a fertirrigação.
335

Fertirrigação
Solubilidade do produto na água
A solubilidade do produto é considerada um
dos fatores mais importantes na fertirrigação,
uma vez que os produtos pouco solúveis
podem causar obstruções nas tubulações e
emissores do sistema de irrigação.
Os fertilizantes com possibilidade de uso na fertirrigação podem
ser classificados em 3 grupos:
- Fertilizantes líquidos;
- Fertilizantes sólidos de fácil solubilidade; e
- Fertilizantes de baixa solubilidade.
336

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Fertirrigação
* Os fertilizantes ricos em
Nitrogênio, Potássio e os
Micronutrientes são na sua
maioria solúveis em água e não
apresentam problemas de uso.

337

Fertirrigação
* Já os fertilizantes fosforados por serem na sua maioria
insolúveis em água são mais problemáticos para serem
utilizados via fertirrigação. Embora existam alguns fertilizantes
fosforados solúveis:

338

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Fertirrigação
Compatibilidade dos produtos
A compatibilidade refere-se a capacidade que alguns nutrientes
possui em reagir entre si e/ou com os íons presentes na água de
irrigação formando precipitados, que como os fertilizantes
poucos solúveis, causam as obstruções da tubulações e
emissores.

Assim, nem todos os fertilizantes são compatíveis e podem ser


aplicados juntos. Necessitando ser aplicados separadamente,
por exemplo, um pela manhã e outro à tarde.

339

Tabela. Compatibilidade dos principais fertilizantes

340

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Fertirrigação
Alguns exemplos clássicos de incompatibilidade, pode-se citar:

* A aplicação de produtos contendo cálcio deve ser evitado em


razão do cálcio poder trazer riscos com a formação de
precipitados.
O mais recomendado, nesse caso, é a utilização do nitrato de
cálcio como fonte de cálcio.

* Outra incompatibilidade clássica é a mistura de sulfato de


amônia e cloreto de potássio que reduz significativamente a
solubilidade do fertilizante no tanque.
341

Fertirrigação
Poder acidificante do solo e água de irrigação do produto
Antes de aplicar os fertilizantes via água de irrigação, deve-se
verificar o pH da solução (água + fertilizantes) e ter o cuidado de
fazer sua correção.
O pH da solução deve ser corrigido
para valores entre 6,5 a 8,4, valores
esses, considerados normais para
água de irrigação (FAO, 1974).

Contudo, pH da solução superior a 7,5 favorece o acumulo de


Ca e Mg (quando existente) nos equipamentos do sistema de
irrigação. 342

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Fertirrigação
Tabela. Valores de pH e de
condutividade elétrica (CE)
de alguns fertilizantes usados
na fertirrigação conforme a
concentração.

343

Fertirrigação
Poder de corrosão dos produtos
O problema de corrosão afeta, principalmente, os equipamento
metálicos que entram em contato a solução, reduzindo a vida útil
dos mesmos e inviabiliza muitas vezes a prática da fertirrigação.

Cada equipamento apresenta


uma capacidade de sofrer a
corrosão, dependendo do
produto utilizado na fertirrigação
e do tipo de material utilizado na
sua fabricação.
344

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Fertirrigação
Tabela. Corrosão relativa de vários metais, após quatro dias de
imersão em soluções de fertilizantes comerciais com concentração
de 120 g/l de água (Burt et al., 1995).

*Identificação dos produtos: A = Nitrato de Cálcio; B Nitrato de Sódio; C =


Nitrato de Amônio; D= Sulfato de Amônio; E = Uréia; F = Ácido Fosfórico; G=
DAP; H = Solução 17-10-10. Escala de corrosão: 0 = nula; 1 = baixa; 2 =
moderada; 3 = severa; 4 = muito severa. 345

Fertirrigação
Risco do meio ambiente
Em razão da fertirrigação utilizar produtos químico, muitas vezes
considerado “agrotóxicos”, a falta de manuseio correto dos
mesmos, pode-se tornar um risco de contaminação do homem,
de fontes de água, do solo e demais componentes ambientais.

346

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Fertirrigação
Relação custo/benefício
No Brasil a grande maioria dos trabalhos tem avaliado apenas o
custo da fertirrigação ou o benefício da fertirrigação, não tendo
conhecimento de trabalhos completos do custo/benefício.

Assim, existe a necessitada de estudos, levando em conta, além


das práticas de cultivo:
- as diferentes culturas,
- os sistemas de irrigação,
- os diferentes tipos de solos,
- a qualidade de água,
- o clima, e
- o meio ambiente. 347

Fertirrigação
 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existem vários métodos de aplicação de fertilizantes, a escolha


de um deles dependerá principalmente das condições
financeiras do agricultor, do sistema de irrigação utilizado, de
fatores edáficos, topográficos, valor comercial da cultura e
sensibilidade da mesma a variações de concentração de
nutrientes no sistema.

348

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