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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO – UEMAnet


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL E ESCOLAR
PROFESSOR: DR. SEVERINO VILAR DE ALBUQUERQUE
DISCIPLINA: FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO E GESTÃO DE RECURSOS
PÚBLICOS NA ESCOLA

MARIA ODETE DA SILVA LIMA

ATIVIDADE VIRTUAL DE RECUPERAÇÃO

PRESIDENTE DUTRA – MA
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO – UEMAnet
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EDUCACIONAL E ESCOLAR
PROFESSOR: : DR. SEVERINO VILAR DE ALBUQUERQUE
DISCIPLINA: FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO E GESTÃO DE RECURSOS
PÚBLICOS NA ESCOLA

MARIA ODETE DA SILVA LIMA

ATIVIDADE VIRTUAL DE RECUPERAÇÃO

Atividade apresentada à Disciplina


Administração e Gestão no Contexto
Histórico-Político-Social Brasileiro como
requisito para obtenção de nota.

PRESIDENTE DUTRA – MA
2018
ATIVIDADE RECUPERAÇÃO VIRTUAL

A década de 90 marca o início de um considerável avanço no que diz


respeito ao Financiamento da Educação Básica no País. Destacam-se nesse período
a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394/96 e a
Lei 9424/96 – que criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, contudo, o FUNDEF como
o próprio nome diz, preocupava-se apenas, com o Ensino Fundamental. Somente no
ano de 2007 foi instituída a lei 11.494 que criou o FUNDEB com vistas a alcançar a
educação básica excetuando-se ainda a educação infantil.
Cury (2007) apud Rossinholi (2008, p. 143) destaca como pontos positivos
do FUNDEB em relação ao FUNDEF: “a ampliação da abrangência do Fundo para a
Educação Básica como um todo; o aperfeiçoamento do controle social; o
estabelecimento de valores de complementação da União e o estabelecimento de um
piso salarial”. É perceptível, portanto, que o FUNDEB pode contribuir
consideravelmente para o alcance do patamar educacional desejado no país.
Além dos recursos do FUNDEB, a União através do Fundo de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) financia alguns programas com vistas a
melhoria na qualidade da educação dentre os quais se destaca o Programa Dinheiro
Direto na Escola – alvo do presente trabalho.
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) como sugere o próprio
nome é um recurso repassado para ser administrado pela própria escola sem
interferência de outros órgãos com a finalidade de garantir um adequado
funcionamento da mesma.
Em seu capítulo VI, Artigo 24, a Lei 11.494/2007 que regulamenta o
FUNDEB, versa sobre o acompanhamento e o controle social com vistas a fiscalizar
os gastos públicos com educação. A Lei trata ainda sobre a instituição de conselhos
específicos para esse fim.
Neste contexto, surge o Conselho Escolar como elemento que efetiva a
participação da comunidade na gestão pública, podendo desempenhar as seguintes
funções: função fiscalizadora, função mobilizadora, função deliberativa e função
consultiva.
Conforme Rossinholi (2008, p. 108)
Destaca-se também que pela nova lei ocorre uma ampliação da função dos
Conselhos de Acompanhamento e Controle Social, que passam a ter, além
das funções de supervisão do Censo Escolar e acompanhamento e
fiscalização dos recursos, a função de supervisionar a elaboração da
proposta orçamentária anual, acompanhar a aplicação dos recursos e
prestação de contas [..]

Observa-se que a função do Conselho Escolar requer uma atuação


expressiva no cotidiano da escola. Sua missão não se reduz à eleição nem tampouco
aprovação de contas, vai muito além disso, envolvendo, inclusive o planejamento e
acompanhamento dos gastos do dinheiro público. Os Referidos Conselhos Devem ter
entre seus membros representantes dos pais de alunos, um representante dos
professores, um representante da supervisão de ensino ou da orientação escolar, um
representante do grupo ocupacional operacional e um representante da comunidade.
A criação do Conselho Escolar e a ocupação das funções por membros da
comunidade escolar, bem como pais e alunos, está em consonância com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/96) que estabelece orientações
no que diz respeito à participação dos atores escolares, e a integração entre escola e
comunidade.
Nesse contexto, apresentaremos o Conselho Escolar da Escola Municipal
Ana Joaquina de Araújo fazendo uma análise crítica da atuação de seus membros
acerca das questões de interesse da escola.
A Escola Municipal Ana Joaquina de Araújo está localizada na Rua Altino
Gomes, bairro Vila Militar, Presidente Dutra - MA, funciona nos turnos matutino e
vespertino e tem como gestora a Senhora Cleonice Luz de Andrade que está na
função há 6 anos. A referida escola recebe recursos do PDDE e tem seu Conselho
composto pelos seguintes membros:
Cleonice Luz de Andrade – presidente
Vanda Simplício Costa – suplente
Francilene de Medeiros Silva – tesoureira
Diomar de Sousa Siqueira – secretária
Ana Lúcia da Conceição Silva – representante dos pais
João Antonio Ribeiro – representante dos pais
Joana Marques Rodrigues – representante do grupo ocupacional
operacional
Maria das Graças Sousa Silva – representante dos Professores
Pelas informações colhidas foi possível observar que o referido conselho
deixa a desejar em sua função. Parece haver um certo distanciamento entre a teoria
e a prática em virtude de os membros demonstrarem pouco interesse na efetiva
participação. Pelo que foi observado, os membros do Conselho entendem que seu
papel resume-se à assinatura de documentos, e fiscalização de notas. Não
perguntam, não questionam, nem tampouco opinam sobre o que deve ser feito
durante as reuniões.
Tais atitudes podem ser decorrentes da pouca informação acerca da nobre
missão de ajudar a administrar os recursos públicos destinados ao oferecimento de
uma educação de qualidade e poderiam ser diferentes caso houvesse treinamento
com as devidas orientações.
Para que os membros do Conselho Escolar atuem com eficiência devem
antes conhecer as metas e objetivos traçadas no Plano Nacional de Educação,
conhecer o cotidiano escolar, andar pelo prédio observando necessidades de
intervenção com reparos, analisar os recursos didáticos e a necessidade de reposição
de material, ter conhecimento profundo sobre o PDDE e estarem cientes de que
podem ajudar a mudar a realidade do atual cenário educacional do país.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei 11.494/2007. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11494.htm

ROSSINHOLI, Marisa. Política De Financiamento Da Educação Básica No Brasil:


Do FUNDEF ao FUNDEB. Piracicaba, SP: 2008.

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