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Gostaria de avisar que, após a aula de teoria dos Jogos (aula 06),
nós teremos terminado o conteúdo de Microeconomia do curso. Após isso,
vou disponibilizar uma lista adicional de questões do CESPE (vou fazer
uma varredura nas provas mais recentes do CESPE), disponibilizando uma
aula extra com estas questões comentadas. Assim, ao final das aulas de
Micro, já teremos comentado mais de 300 questões do CESPE (ou seja,
no final do curso, é bem provável que passemos bastante do nosso
objetivo inicial de 500 questões).
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1. TIPOS DE MERCADOS
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É o caso, por exemplo, de regiões em que há várias fazendas de
gado e apenas um frigorífico. Naturalmente, este frigorífico será o
único comprador (monopsonista) da carne das fazendas.
COMENTÁRIOS:
A maior dificuldade da questão era relacionada ao Português, afinal, o
que significa “não-colusiva”? Operar de forma “não-colusiva” significa
operar de forma que não seja imprópria. Desta forma, está correta a
assertiva, pois as firmas inseridas em uma concorrência monopolísitca
concorrem “ferozmente” entre si, o que as diferencia de uma
concorrência perfeita é o fato de que cada firma possui monopólio sobre
o seu produto. Ou seja, elas adotam estratégias de diferenciação para
seus produtos.
GABARITO: CERTO
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aliada a relativa homogeneidade do produto e à inexistência de
barreiras à entrada, faz que esse mercado seja uma boa
ilustração da concorrência perfeita.
COMENTÁRIOS:
A agricultura é o exemplo clássico da existência da concorrência perfeita.
Em qualquer livro de microeconomia, o autor exemplificará esta estrutura
de mercado citando a agricultura.
GABARITO: CERTO
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No primeiro caso, a firma está estimulada a aumentar a produção,
uma vez que o fazendo, estará aumentando os lucros. Isto ocorre
justamente porque a receita adicional decorrente da produção adicional
(receita marginal) é superior ao custo adicional (custo marginal). Ou seja,
produzir mais significa ter mais lucro, uma vez que o acréscimo de receita
será superior ao acréscimo de custo.
No segundo caso, a firma deve reduzir a produção, uma vez que o
fazendo, estará aumentando os lucros. Isto ocorre porque se reduzir a
produção, o decréscimo de custo (custo marginal) será superior ao
decréscimo de receita (receita marginal). Ou seja, reduzindo a produção,
o custo total será reduzido em montante maior que a redução na receita
total, fazendo os lucros aumentarem.
Esquematicamente, temos o seguinte:
Nível de
produção
Rmg > Cmg Rmg < Cmg
(Q)
Rmg = Cmg
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Diante do exposto, percebe-se que, nos casos em que os valores da
receita e custo marginal são diferentes, a firma estará sempre buscando
aumentar ou reduzir a produção. O único ponto em que ela estará em
equilíbrio (não sendo possível aumentar os lucros) é onde o custo
marginal é igual à receita marginal.
Por fim, destaco que esta condição de maximização de lucros reflete
um dos princípios da racionalidade econômica, que explica que os agentes
econômicos pensam “na margem”. Isto é, quando algum consumidor ou
empresa toma uma decisão econômica, ele(a) pensará naquela decisão
em uma perspectiva incremental, adicional, “na margem”, ou marginal;
sendo este último o termo preferido dos economistas.
Assim, uma empresa que está na dúvida se aumenta ou não a
produção, se contrata ou não mais um empregado, pensará assim:
quanto a mais eu vou ganhar3? Quanto a mais eu vou ter de gastar4? Se,
por exemplo, o que ela ganhar a mais (marginalmente) superar o que vai
ter de gastar a mais (marginalmente), a produção será aumentada; caso
contrário, não. Se o ganho adicional for igual ao gasto adicional, nada
será feito (a produção não se altera).
Por fim, ressalto mais uma vez que esta condição de maximização
de lucros vale para qualquer estrutura de mercado (concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio, concorrência monopolística, etc), tanto para o curto
quanto para o longo prazo.
COMENTÁRIOS:
Moleza, não?! Esta nem precisa comentar, certo!?
GABARITO: CERTO
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GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Aplica-se a qualquer estrutura de mercado.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Quando o aumento no custo total é superior ao aumento na receita total,
o custo marginal é superior à receita marginal. Nesse caso, deve-se
reduzir a produção, pois haverá redução do custo marginal em montante
superior à redução da receita marginal, de forma que o custo total será
reduzido em montante maior que a redução da receita total, havendo,
portanto, aumento dos lucros. Restringir a produção neste caso,
portanto, não contradiz, mas se alinha com a hipótese de maximização
de lucros.
GABARITO: ERRADO
3. CONCORRÊNCIA PERFEITA
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O fato de o mercado em concorrência perfeita (também chamado
de mercado competitivo) ser inteiramente impessoal, nos leva, portanto,
à conclusão da não existência de “rivalidade” entre os vendedores no
mercado; ao mesmo tempo, os compradores não reconhecem a sua
competitividade vis-à-vis5. Vale ressaltar que estamos falando da
rivalidade no sentido de concorrência direta entre os agentes econômicos.
Quando vemos a concorrência entre as empresas produtoras de
automóveis, por exemplo, há uma concorrência direta ou pessoal entre as
firmas. É possível para os compradores reconhecer a competitividade vis-
à-vis; sabe-se que a Fiat é rival da Ford, e que essas duas são rivais da
GM. Ou seja, os consumidores percebem uma competição de forma mais
pessoal ou vis-à-vis entre as firmas. Este conceito de concorrência,
entretanto, aplica-se ao mundo empresarial, mas não à teoria econômica.
Para esta, a concorrência perfeita é aquela em que há total
impessoalidade nas transações de mercado.
Assim, quando a Hyundai vai à televisão e diz que o Tucson é o
melhor carro do mundo (?!) e, na propaganda seguinte, a Volkswagen diz
que os seus carros são os mais confiáveis, temos um exemplo de
concorrência, mas apenas para o mundo empresarial. Esta concorrência é
feita de forma pessoal, vis-à-vis. Este mercado, portanto, para a teoria
econômica, não configura uma concorrência perfeita.
Por outro lado, quando você vai à Rua 25 de Março, em São Paulo,
ou à Rua Uruguaiana, no Rio de Janeiro, comprar DVDs pirateados a R$
2,00 a unidade, certamente, a concorrência entre os vendedores é feita
de forma impessoal e os compradores não reconhecem a competitividade
vis-à-vis, de forma pessoal ou personalizada, então, neste caso, temos
um mercado que se assemelha ou poderia ser enquadrado como
concorrência perfeita para a teoria econômica.
Basicamente, são quatro as condições que definem a concorrência
perfeita. Juntas, estas condições garantem um mercado livre e impessoal,
no qual as forças da demanda e da oferta determinam os preços e as
quantidades transacionadas. Explicaremos agora essas quatro condições:
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Desta forma, o preço dos bens é decidido pelo mercado e os vendedores e
consumidores apenas aceitam este preço. Podemos dizer, portanto, que,
em concorrência perfeita, empresas e consumidores são tomadores
(ou aceitadores) de preços6.
O fato de a empresa ser uma aceitadora de preços, bastante
pequena em relação ao mercado, tem uma importante consequência para
a curva de demanda com a qual a empresa individualmente se defronta.
Por ser tomadora de preços, a empresa praticará exatamente o preço
determinado pelo mercado. Se decidir vender o produto acima deste
preço determinado pelo mercado, nenhum consumidor adquirirá o
produto. Ao mesmo tempo, não venderá abaixo do preço de mercado,
pois a firma não é boba! Deste modo, a curva de demanda com a qual a
empresa se defronta será uma reta horizontal exatamente no nível do
preço de mercado. Por isso, dizemos que a curva de demanda
individual da empresa, em concorrência perfeita, é uma reta
horizontal. Veja:
Demanda para a
firma competitiva
DMERCADO
Veja, através da figura 1.b, que o preço que a firma isolada deve
praticar é aquele mesmo preço de equilíbrio do mercado (PE1). Se a firma
praticar um preço acima de PE1, simplesmente não haverá interseção
entre este preço (PE2) e a curva de demanda, pois só há qualquer
demanda quando o preço é PE1. Isto é, ela deve praticar exatamente o
preço de equilíbrio decidido pelo mercado (PE1). Se praticar um preço
acima do mercado, ninguém comprará o produto. De forma oposta, pela
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racionalidade econômica, ela não venderá o produto por um preço abaixo
do preço de mercado, pois estará sendo “burra” se o fizer.
Por fim, o fato de a curva de demanda para a firma ser horizontal
nos permite concluir que a demanda para a firma em concorrência
perfeita é infinitamente elástica ou perfeitamente elástica, conforme
aprendemos na aula 00.
2) Produto homogêneo
Uma segunda condição da concorrência perfeita é que o produto de
qualquer vendedor num mercado de concorrência perfeita deve ser
homogêneo ao produto de qualquer outro vendedor. Esta homogeneidade
pode ser encontrada quando os produtos de todas as empresas em um
mercado são substitutos perfeitos entre si.
Neste caso, nenhuma empresa pode elevar o preço de seu produto
acima do preço de mercado, porque todos os consumidores trocariam o
consumo do seu produto pelo consumo dos produtos das outras
empresas, que são substitutos perfeitos, em virtude da homogeneidade.
Um exemplo clássico de produtos homogêneos são os produtos
primários (matérias-primas, produtos agrícolas, etc). Como a qualidade
destes produtos primários é bastante similar entre os produtores, não faz
diferença para os compradores de quem eles estão comprando o produto.
Ou seja, temos uma impessoalidade nas transações.
Como exemplo destes produtos primários, temos os produtos
agrícolas (feijão, milho, algodão), petróleo, gás, minérios, metais como o
ferro, alumínio, cobre, ouro, etc. Esses produtos caracterizados pela sua
homogeneidade são chamados de commodities.
Em contrapartida, quando os produtos não são homogêneos, cada
empresa pode elevar seu preço acima do preço praticado pelo
concorrente, desde que seu produto seja de qualidade superior,
descaracterizando, portanto, a homogeneidade.
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• Os fatores de produção estão disponíveis para todas as empresas,
ou seja, não existe insumo ou fator de produção que seja
monopolizado por um proprietário ou produtor.
• Novas empresas podem entrar e sair livremente, sem maiores
dificuldades. Neste ponto, ressalto que se, grandes investimentos
ou patentes/licenças iniciais são necessários, então, não temos livre
entrada e saída, nem livre mobilidade de recursos.
4) Perfeito conhecimento
Os consumidores devem ter perfeito conhecimento dos preços, caso
contrário eles podem comprar a preços altos quando outros menores
estão disponíveis. Os produtores, similarmente, devem conhecer seus
custos tão bem quanto os preços, a fim de atingir o lucro máximo.
Lembre-se de que supomos que as firmas sempre buscam maximizar os
lucros e a existência de desinformações que afastem a firma desse seu
objetivo não se coaduna com as características da concorrência perfeita.
Vendo estas quatro características acima, podemos ser levados à
conclusão de que não existe nenhum mercado perfeitamente competitivo
(concorrência perfeita). Essa é uma questão polêmica, mas várias bancas
(o CESPE/Unb é uma delas) aceitam os mercados agrícolas como um
exemplo clássico de concorrência perfeita. Mas a regra geral é que os
mercados, na vida real, no cotidiano, não sejam organizados sob a forma
de concorrência perfeita. A partir daí, você pode se perguntar: por que é
que estudamos algo que é extremamente difícil de ser verificado na
realidade?
Existem várias respostas, mas, para os nossos objetivos, basta
uma: devemos estudar porque cai no concurso.
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Ou seja, a receita média de uma firma é o próprio preço
unitário de mercado do bem (Rme=P).
Obs: essa afirmação de que a receita média é igual ao preço também é
válida para qualquer estrutura de mercado (concorrência perfeita,
monopólio, etc).
A receita marginal (Rmg) é o acréscimo na receita total (∆RT)
decorrente da venda adicional de 01 produto (∆Q). Acompanhe a figura
02 e raciocine comigo. Qual será a receita marginal se a empresa
aumentar a produção de 1 para 2? Ao vender mais um produto no
mercado (∆Q=1), a firma receberá exatamente o valor de seu preço.
Neste caso, o acréscimo de receita (∆RT) será igual a P e o ∆Q será igual
a 1. Assim,
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P (R$)
+RT=P
P0
+Q=1
Quantidade
0 1 2 3 4 5 6 produzida (Q)
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Custo
em R$
Cmg
Cme
B
CVme
A
(Q)
0
Custo
em R$
Cmg
A B
P
(Q)
0 QA QB
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Importante: como na concorrência perfeita, Rmg=P, e o equilíbrio
(maximização de lucros) de qualquer firma é atingido quando Rmg=Cmg,
então, na concorrência perfeita (somente nela), a firma se
equilibra quando Cmg=P. Este nível de preço existente na concorrência
perfeita, que é igual ao custo marginal, é chamado de preço
socialmente ótimo.
A princípio, pode nos parecer que há dois equilíbrios (pontos A e B),
pois há dois níveis de produção, QA e QB, em que o Cmg=P=Rmg. No
entanto, apenas em um deles o lucro é maximizado. Observe que o ponto
A não pode ser o ponto de maximização de lucros, uma vez que, se
aumentarmos a produção além de QA, o lucro será aumentado. À direita
de QA e à esquerda de QB, a receita marginal (acréscimo de receita) é
maior que o custo marginal (acréscimo de custos), o que indica que os
lucros serão aumentados se aumentarmos a produção além de QA até QB.
Se é assim, o que temos então no ponto A, ao nível de produção
QA? No ponto A, ao nível de produção QA, onde Rmg=Cmg=P, ocorre o
ponto de prejuízo total máximo. O prejuízo (Prej) pode ser entendido
como a diferença entre os custos totais (CT) e a receita total (RT). Assim,
Prej = CT – RT
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Primeiro, você deve verificar se se trata de concorrência perfeita. Se
não for concorrência perfeita, então é errado (apenas em concorrência
perfeita, temos P=Cmg, nas outras estruturas, temos Rmg=Cmg).
Agora, se for concorrência perfeita, você deve marcar certo, pois
esta é a regra geral (lucro máximo " P=Cmg). Agora, se vier algo do tipo
“sempre que tivermos preço igual ao custo marginal, em concorrência
perfeita, haverá lucros máximos”, aí, neste caso, você deve marcar
errado, pois a palavra sempre torna a assertiva incorreta, tendo em vista
que se tivermos custo marginal decrescente e, ao mesmo tempo, P=Cmg,
teremos prejuízo máximo e não lucro máximo.
!∀
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Custo
em R$
Cmg
A
P P=Rme=Rmg
Cme
Cme
B
(Q)
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Q
Q1 Q2 Q3 Q1 Q2 Q3
a) Posições de equilíbrio a b) Quantidades ofertadas nos
curto prazo para a firma. equilíbrios de curto prazo da firma.
Custo Cmg
em R$ Cme
CVme
3
P3 P3=Rmg3=Rme3=Cmg3
CVme A 2
P2 P2=Rmg2=Rme2=Cmg2
1
P1 P1=Rmg1=Rme1=Cmg1
(Q)
0 Q1 Q2 Q3
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a produção, pois assim teria que pagar todos os custos fixos. Dessa
forma, se pára, tem que pagar todo o custo fixo. Se produz, a receita
total permite pagar todos os custos variáveis e ainda uma parte dos
custos fixos, de tal forma que o prejuízo será menor.
Se o preço for P2, no ponto de mínimo do CVme, em que temos o
equilíbrio P2=Cmg, a receita média (P2) será exatamente igual aos custos
variáveis médios; por conseguinte, a receita total será igual aos custos
variáveis. Neste caso, será indiferente para a firma produzir ou não, pois,
produzindo ou não, o prejuízo será exatamente igual ao valor dos custos
fixos8.
Diante do exposto, resumimos assim as possíveis situações em que
pode se encontrar o preço do produto em relação ao nível de custos
variáveis médios da firma:
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
[
!∴03.&]/.#⊥0=_&ΣΠΙΘΝΙ!ΣΟ!∴03.&]/.#⊥0=_&ΣΠΙΘ!ΝΓ!ΘΝΡ!ΣΟ!#!ΠΙΣΝΡ<!#4−2&<!∴03.&]/.#⊥0=_&Σ!ΘΝΓ8!
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curva de oferta da firma, em curto prazo e em concorrência perfeita, será
o trecho ascendente da curva de custo marginal que estiver acima da
curva do custo variável médio.
Como a curva de custo marginal intercepta a curva do custo
variável médio em seu ponto de mínimo, podemos finalmente escrever a
proposição que define a derivação da curva de oferta da firma:
A curva de oferta de curto prazo de uma firma em
concorrência perfeita é, precisamente, a curva de custo marginal
para todos os níveis de produção iguais ou maiores que o nível de
produção associado ao custo variável médio mínimo. Para os
preços de mercado menores que o custo variável médio mínimo, a
quantidade ofertada de equilíbrio é zero.
Preço
Cmg Oferta
s
P1
D1
Q1 Quantidade 100Q1
de produtos
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
α
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podemos entender que a curva de oferta do mercado é a soma
horizontal das curvas de ofertas individuais.
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o preço de equilíbrio de mercado, reduzindo o prejuízo econômico até o
ponto em que tivermos novamente lucro econômico zero ou lucro normal.
Assim, vê-se que o equilíbrio competitivo de longo prazo é a
situação em que há lucro econômico zero (RT = CT). Como, nesta
situação, temos RT=CT, então, obrigatoriamente, temos também
Rme=Cme. Em concorrência perfeita, nós já vimos que a Rme é igual ao
preço, que é igual à Rmg. Então, no equilíbrio competitivo10 de longo
prazo, temos:
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∃δ
!ε0∗4∀&!,∗)∗6&+!#6!#Β0()=∋.(&!3&6/#−(−(>&<!#+−∗6&+!Β0#.#4∀&!,∗)∗.!#6!#Β0()=∋.(&!4∗!3&43&..;43(∗!
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Custo,
Preço
CmgLP
P = Rme = Rmg = Cmg = Cme
C
Po
O Equilíbrio de longo prazo
acontece quando temos
CmeLP mínimo.
Quantidade
0 Qo produzida (Q)
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!
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Mas veja que isso é uma situação em que temos a curva de oferta
do setor, indústria ou mercado. Note que não se aplica para a análise da
curva de oferta de uma firma individual. Nós podemos ter curvas de
oferta positivamente inclinadas para cada firma, mas se o setor, como um
todo, possuir custos decrescentes (economias de escala, ou rendimentos
crescentes), a curva de oferta do setor será negativamente inclinada,
ainda que as curvas individuais possuam inclinação ascendente.
Outra observação importante é que estamos falando de longo
prazo. Afinal, toda a análise envolvendo rendimentos ou economias de
escala só tem sentido no longo prazo, que é o prazo no qual podemos
variar todos os fatores de produção. Se estivermos no curto prazo, não
podemos variar todos os fatores de produção, logo, não há meios de se
verificar, por exemplo, se a produção possui rendimentos crescentes11 de
escala, nem se há economias de escala12.
Assim, se tivermos concomitantemente os seguintes fatores:
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∃∃
! Υ∗.∗! >#.(,(3∗.6&+! +#! 06∗! /.&∀012&! /&++0(! .#4∀(6#4−&+! 3.#+3#4−#+! ∀#! #+3∗)∗<! 4φ+! ∀#>#6&+!
60)−(/)(3∗.! −&∀&+! &+! ,∗−&.#+! ∀#! /.&∀012&! /&.! 06! 4χ6#.&! Β0∗)Β0#.! #! >#.(,(3∗.! +#! ∗! /.&∀012&!
.#+0)−∗4−#! 3.#+3#4−#! #6! 06∗! /.&/&.12&! 6∗(&.8! Ζ0! +#⊥∗<! +#! 60)−(/)(3∗6&+! −&∀&+! &+! ,∗−&.#+! ∀#!
/.&∀012&!/&.!06!4χ6#.&<!+(74(,(3∗!Β0#!#+−∗6&+!>∗.(∗4∀&!−&∀&+!&+!,∗−&.#+!∀#!/.&∀012&8!γ+−&!(4∀(3∗!
Β0#!#+−∗6&+!4&!)&47&!/.∗_&8!
∃9
! :! 3&43)0+2&! +&∋.#! ∗! #Μ(+−;43(∗! ∀#! #3&4&6(∗+! ∀#! #+3∗)∗! ϑ! #Μ−.∗=∀∗! ∀∗! 30.>∗! ∀#! 30+−&! 6ϑ∀(&! ∀#!
)&47&!/.∗_&8!∴&7&<!+0∗!>#.(,(3∗12&!#!&3&..;43(∗!+2&!#+−.(−∗6#4−#!)(7∗∀∗+!∗&!)&47&!/.∗_&8!
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!
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Pois bem, quando temos retornos constantes de escala (= custos
constantes) no longo prazo, isso faz com que a curva de oferta do setor
seja uma reta horizontal. Ou seja, como o custo é constante, ele não
muda de acordo com o nível de produção. Neste caso, não importa se a
produção é baixa ou alta, o custo será o mesmo, o que implica dizer que
o setor cobrará o mesmo preço pelo produto, não importando o nível de
produção.
Neste caso, então, em que temos custos constantes (ou
rendimentos constantes de escala) a curva de oferta do setor em
longo prazo será uma reta horizontal.
A exemplo do que foi abordado no item 3.9, isto também é
raramente cobrado em provas, mas já aconteceu.
Antes de prosseguirmos para as questões de concorrência perfeita,
segue um resumo para facilitar a sua memorização:
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COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 3.3, o ponto de maximização de lucros na
concorrência perfeita exige que o custo marginal seja crescente. Se o
custo marginal for decrescente, estaremos no ponto de prejuízo máximo.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Realmente o mercado em concorrência perfeita é muito difícil de ser
encontrado, mas não podemos dizer que é praticamente inexistente na
economia mundial (o mercado agrícola e de commodities são exemplos
de concorrência perfeita).
Ademais, nem sempre a concorrência perfeita é o mercado ideal para o
consumidor. Quando existem economias crescentes de escala no
processo de produção, conforme veremos na próxima aula, o monopólio
(natural) é o tipo de mercado que poderá oferecer o produto ao
consumidor com o menor preço, já que os custos de produção do
monopolista serão muito menores do aqueles que seriam verificados caso
tivéssemos um mercado concorrencial.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Na concorrência perfeita, os empresários têm lucro zero no longo prazo.
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No curto prazo, podem ter lucro ou prejuízo econômico, desde que
igualem o preço ao custo marginal.
GABARITO: ERRADO
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
No curto prazo, a firma competitiva, em equilíbrio, poderá ter lucro
econômico positivo, nulo ou negativo. Apenas no longo prazo, o equilíbrio
ocorrerá obrigatoriamente com lucro econômico zero.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Na concorrência perfeita, em longo prazo, as empresas possuem
lucro econômico zero, em que a receita total é o valor que exato que
cobre as remunerações dos fatores de produção. Ou seja, em longo
prazo, a receita total cobre o exatamente custo total e isso faz com que a
firma permaneça no mercado.
GABARITO: ERRADO
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COMENTÁRIOS:
No equilíbrio de longo prazo da concorrência perfeita, o ponto de
equilíbrio acontece no ponto de mínimo da curva de custo médio, ou
seja, com o menor custo médio de produção possível (ver figura 22).
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Em regra, a curva de oferta de longo prazo do mercado (=indústria)
competitivo é ascendente e não perfeitamente inelástica (vertical).
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A assertiva não especificou se devemos considerar o curto ou o longo
prazo.
GABARITO: CERTO
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COMENTÁRIOS:
A curva de oferta no curto prazo corresponde à curva de custo marginal
acima da curva de custo variável médio.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A curva de demanda de uma empresa competitiva é ao mesmo tempo
sua curva de receita marginal e receita média. A curva de custo marginal
da firma competitiva nos dá a curva de oferta da firma competitiva.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A assertiva utilizou indevidamente a expressão “custos marginais”. O
correto seria:
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, veja que a questão não nos fala se se trata de um
mercado de concorrência perfeita. Como nós acabamos de ler a aula,
você sabe que a assertiva está correta, pois define de modo preciso a
curva de oferta de curto prazo.
Apenas fique atento que se a banca omitir o tipo de mercado de que se
trata, geralmente, ela está falando da concorrência perfeita, que é o
referencial teórico usualmente adotado.
GABARITO: CERTO
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COMENTÁRIOS:
Para maximizar seus lucros, as firmas devem escolher o nível de
produção em que a diferença entre Rmg e Cmg seja nula. Ou seja,
quando Rmg=Cmg.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 3.9, quando temos um setor/indústria com a
existência de economias de escala, sua curva de oferta de longo prazo
será negativamente inclinada (ou seja, não terá inclinação positiva como
é o usualmente aceito).
Nesta questão, ainda, não era necessário a banca dizer que se trata da
curva de oferta de longo prazo, pois ela fala da existência de economias
de escala. Logo, já fica implícito que a situação descrita envolve uma
análise de longo prazo.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Quando a questão fala em custos decrescentes, ela quer se referir à
existência de economias de escala. Conforme comentamos na questão
passada, e no item 3.9, tal situação coaduna-se com uma curva de oferta
negativamente inclinada, onde aumentos da quantidade ofertada
coexistem com reduções no preço do produto.
GABARITO: CERTO
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!22!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
! 2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS
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!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
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09. (CESPE/Unb - Economista – DFTRANS – 2008) - Em um mercado
concorrente perfeito, os empresários têm lucro zero no curto prazo e,
portanto, estão sempre insatisfeitos, o que força o governo a subsidiar
esses empresários.
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!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
!
2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
!
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(6∆!
oferta de curto prazo dessa empresa coincidirá com a curva de custo
marginal.
GABARITO
01 C 02 C 03 C 04 C 05 E 06 E 07 C
08 E 09 E 10 E 11 E 12 E 13 C 14 E
15 C 16 E 17 E 18 E 19 C 20 E 21 E
22 C
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!23!∀#!23!