Introdução

Os ossos exibem uma grande capacidade de cicatrização, sendo capaz de

regenerar-se e reparar a fratura, realizada por um acidente, levando em média
6-8 semanas em pessoas adultas, já em idosos leva mais tempo e em crianças
menos tempo. Durante esse processo encontramos dois fatores, o fator
mecânico e fator biológico.
Fator mecânico, é a estabilização do osso, para que as bordas da fratura entre
em contato, para que tenha a formação do calo ósseo e mais tarde osso
consolide sem complicações.
Fator biológico está relacionado com a contribuição sanguínea, pois nela irá ser
utilizado as células sanguíneas, mediadores químicos inflamatórios, células
osteogênicas e células de preenchimento.
Consolidação da fratura.
Logo após ocorrer a fratura, haverá um grande sangramento no local e a
formação de coágulo nas bordas do osso ferido, devido a ruptura dos vasos
sanguíneos presentes no interior do osso. Em seguida os capilares e
fibroblastos envolvem esse coágulo, modificando em uma massa dura,
semelhante a uma cartilagem, chamada de calo temporário. Nesta primeira
fase, pode-se notar a presença de osteoclastos, realizando a retirada da parte
quebrada do osso e outros componentes.

No calo temporário sucede uma grande reprodução de células osteogênicas,

capazes de forma o osso, os osteoblastos formam o calo ósseo, que com o
tempo vai substituindo o calo temporário, porém ainda é sensível e apenas
evita que o osso seja movimentado.

Com o decorrer do tempo, esse calo ósseo é trocado por um osso campacto,
todavia, é um processo longo, podendo durar anos, dependendo do indivíduo.
Essa modificação pode ocasionar o acumulo de osso, porém, logo é absorvido,
chamando esse processo de remodelação.

A cicatrização de um osso, depende do tipo de osso que foi fraturado, o local e

a idade do paciente. Para que ocorra de forma perfeita, deverá haver uma
aproximação precisa das extremidades fraturas do osso lesionado. Essa
aproximação precisa deverá ser feita por um médico, que na maioria dos
casos, precisará utilizar talos ou outros mecanismos de imobilização do osso,
para que esteja bem alinhado e estabilizado.

Estágios da consolidação do osso.

Como mencionado na introdução deste trabalho, para a cicatrização do osso,
obtemos fatores mecânicos e biológicos, quando não feitas de forma correta,
pode ocasionar a não-consolidação e a Pseudoartrose.

Pseudoartrose, é uma doença caracterizada pela não-consolidação do osso ou

como uma falsa articulação, não sendo uma doença rara, porém não conhecida
popularmente. É bastante comum na área femoral proximal.

Pseudoartrose da perna esquerda de uma criança.

Conclusão.

Para a cicatrização do osso, existem estágios, como, no primeiro estágio, é o

hematoma, quando o osso sofre a fratura e ocorre o sangramento e os
coágulos.
No segundo estágio, temos o processo inflamatório, chegada de células
inflamatórias, para a “limpeza” do local e facilitar a chegada de fibroblastos,
condroblastos, fatores de crescimento tecidual, interleucinas (proteínas
produzidas por leucócitos), prostaglandinas (mediadores) e células
mesenquimais.
No terceiro estágio é formação do calo temporário, no quarto estágio é o calo
ósseo e no quinto estágio, a remodelação óssea.
Referência

Junqueira, Luiz Carlos Uchôa; Carneiro, José. Histologia básica. 12ed.

Editora Guanabara Koogan.

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