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PRÓDROMO

Dilação! Tenho algo para lhes dizer... - Na noite em que antecedi para criar esta obra, tive um leve delírio, não sabia por certo
que horas seriam; sei que fiquei sentado por no mínimo, uma duração total, até as ultimas badaladas dos ponteiros por dizer-
se, trinta minutos (meia hora). E não parava de pensar naquilo... no pesadelo, no diabo, na morte? Amedronto-me, que sejas
por estas terríveis obras do meu destino? – oras... mas e se não for nada! Talvez deva ser até por conta do jantar mal
indigesto? Ou até mesmo por contas de uma das minhas narrativas fúnebres poéticas, Que de certa forma, certas frases
especificas devem ter colado aos meus pensamentos “jaz sóbrios”. Com efeito, o tamanho fervor em que os lia. Ah, mas se ao
menos pudessem ver, se ao menos estivessem lá dentro do pesadelo! – acordei exausto da fadiga, da labuta, da sufocação, o
esgotamento, o fastio e canseira. Oh tudo e mais um pouco, ó senhor mais e, - digo-lhes, - mais e mais um pouco! Por um
misero instante, uma misera a mais fração do segundo, por um momento até pensei que meu coração fosse explodir. E então,
sentia a atmosfera mais pesada, mais violenta, ah, mais maquiavélica. - era como se alguém estivesse aqui comigo. – eu
sussurro... - Leonardo? E mais uma vez as mãos frias, e mais uma vez o meu corpo ainda vivo ameaçado. Ah de que adianta,
sei que daqui a pouco não estarei..., estarei em ouro mundo. Pois sei. Estou ciente, Leonardo ira vira aqui esta noite. – mas
não é nada? , demônios não existem. Quanto menos este? Mas afinal, quem seria que lhe tira do elucido sonho e o coloca
dentro da realidade horrível deste mundo que vivemos? Minhas pupilas seriam como borrachas, e meus cílios... como
elásticos. Fechava-os e em seguida destilavam-se, de fato o meu pavor devia ser imerso. Lembro-me que nunca fiquei assim.
Nem em velhos, antigos tempos, que fui ameaçado de morte por um dos meus próprios familiares! Tinham de ter visto,
quantas e quantas vezes suplicaram por mim. Suplicavam os pastores da igreja, para fugir-me e socorrer-se há eles. E quantos
e quantos dias a da velha trombeta da morte que alardeava meus tímpanos. Meus dias de repouso da podre doença não
existiam, e todo dia, a putrefata catarata zurzia-me de forma indomável, impiedosa, - assim por dizer para os meus ordinários
amigos ignotos! A minha batalha diária, seria uma reunião contra a minha cova. O coveiro do capuz negreiro viria me buscar.
De hoje eu já não passaria. E nem de hoje? Já não aguentaria. Jaz os ouço, - jaz os ouço as risadas graçolantes das almas
perdidas do limbo. Essas rodeavam-me de forma odienta. Eles não estavam ali, mas eu sabia, sim eu sabia mais do que
ninguém. Maldita hora, maldita! Acharam que a profecia do louco seria falha? Pois agora os digo mais, os loucos nada podem
saber, e se você está começando a entende-los, então talvez já seja hora de procurar ajuda. Por céus, os loucos também
seriam aqueles que não têm o dom da mente aberta; - ah estou ouvindo enquanto escrevo esta carta, sim eu ouço alguns
passos lesados, vagarosos. Eles podem se definir-se como se alguém estivesse chegando cada vez mais perto de mim, e a cada
palavra que falo que sai da minha boca e pouse até as escritas deste texto, sentia mais a sua aproximação. Era como se cada
sentimento fosse dobrado, por longos tempos da morte. Da minha janela que a olho neste exato momento desde o ultimo
brilho da lua que olho, durava eternamente mais. O som cada vez mais vivo e agudo, agudamente incomodante! Pelo céus
sentia que cada passo que se aproximava da janela, era como os sons dos ponteiros abafados que circularam lentamente, e
calculam-te, para a chegada da minha morte. Via e era como se tudo fosse calculado cronometricamente. Cada atraso do som
das pisadas, não seria. Pois até mesmo destes espaços de tempo dos sons agudos dos passos eram calculados! Oh Deus que
tomento, que tortura. E tudo isso só se resumia dentro dos trinta e três segundos... Segundos do pânico. Euforia, agonia. Céus
cheguei até mesmo em pensar no suicídio. Esta ideia do momento descrevia como salvação... oh pelo sacrifícios. – seria como
se fosse um livramento, ou pelo menos já deveria expor as cordas no meu pescoço caso eu escute mais um estrepido do qual
eu não tenha feito, pois moro sozinho. Nenhum som infernal eu fizera. Quanto menos sair da cama eu sai, se algum barulho
insistir em perturbar-me logo ao imediato saberei em que as obras dos demônios ou espíritos se estavam por se manifestar. –
um demônio chamado Leonardo, ou outro demônio tendo pesadelo cuja sonhou com o “nome Leonardo”. Pobre diabo sou, -
de modo literal, como pude sequer imaginar que teria medo que alguém como o mesmo, desça aqui nas ordens dos
primórdios da maldade! - Quem diria este home seria tão diabólico que nem o mais dos “anjos caídos sequer hesitariam em
seus exílios”, citar tais palavras inteiras de seu nome. Do meu quarto do purgatório, me encontro diante ao abismo da morte
pedindo para entrar. Invadir meus portais tanto quanto mentais e espirituais; mas que seja este o problema? Imaginava de
certa cautela, de ao menos certa forma. Que quem poderia aterrorizar um homem seria ele mesmo. - que quem dita seria o
ditador, e que quem menti, seria o próprio acusador. E, pois sim, este retorno ao regresso. Consagrar tais modos para que eu
possa retornar a uma vida frugal, normal e pacata! Pacatamente melancólica, a dor da qual já vivi seria a ponto das estremas
unções. E novamente lhes digo tudo isso, se resumira dentro dos trinta segundos. Dentro dos malditos trinta segundos!

Desejo-lhes, uma ótima leitura! – (Por: David A. Mascaro)


O ESTRANHO DOM DE LEONARDO
Aquele que mente, tera sua língua rasgada perante aos diabos que te humilham! – Prefacio final do seu tempo.

(Por: David A. Mascaro)

A
h sim como muitos artistas, sempre procuram obter certas inspirações para colocarem em suas devidas obras. Com
efeito, não sou diferente. - posso dizer-lhes na realidade que de “muito belo já vivi” e talvez ainda viverei ao longo
passar dos meus anos. Creio que ultimamente venho tirando inspirações das naturezas do todo poderoso. Algumas
obras de pinturas, outras de esculturas. Mas venho trabalhando em uma que de certo modo não venho conseguindo me
expressar de forma literária. É como se todas minhas preocupações estivessem concentradas em uma só coisa, isso de fato
vem me deixando frustrado e odiento! – já não é a primeira noite que tomo duas ou três xicaras de chá, para relaxar-me, não.
De certa forma esta seria a nona terceira! A razão honesta pela qual eu não venho estado muito calmo seria simples; venho
estado meio distraído, mas ai então vocês me perguntam, oque ocorreu para que eu fique tão aflito? Oh céus, como posso-
lhes explicar... Na noite de quarta feira, - por volta das horas da morte. Fui vitima de uma cena de crime. Para lhes explicar
melhor, não sabia oque teria acontecido ao bar do qual eu estaria frequentando. Apenas posso dizer-lhes que a ultima coisa
da qual me lembrara seria uns leves gritos graves, graves e não fortes, a cena era a seguinte. – encontrava-me sentado com
minha cabeça erguida sobre meus braços cruzados perante a mesa do armazém lamentando minhas angustias. Quando tinha
acabado de sair de uma cerimonia do funeral de um velho amigo meu; simplesmente resolvi aconchegar-me a uns velhos
hábitos jaz abandonados por mim. Estava completamente sem forças de erguer-me para ver oque estaria acontecendo.
(sempre procuro contar isso de forma loquaz, se não estarei fazendo papel de um retardado) os bandidos que nos
bombardearam teriam nos feito de seus reféns e para meu azar nem ao menos pude ajudar os peritos nas devidas
confirmações dos criminosos. – de qualquer forma, acabo de lembrar-me, os miseráveis forçava-nos a tratar-lhes como
pessoas respeitosas e de altos padrões das mais altas elegâncias. – isso segundo é claro, o que eu teria escutado pelo fato de
estar embriagado. Por final, um pouco antes dos bárbaros saírem. Um deles acabam abusando de uma mera petiz, uma
verdadeira virtuosa e lírica garotinha de uns meros oito a nove anos de idade. E isto foi só oque eu teria visto. Logo após
reinou-se o silencio e a treva. Quando acordo-me, logo me levanto de pronto e ainda sim, considerando a detestável
enxaqueca, empenho-me em ver em que lugar eu estaria. – minhas visões vão se tornando mais nítidas e limpas, as primeiras
coisas que eu enxerguei com clareza era há devida luz das velas em conjunto me iluminado. E um rosto que olhara para mim.
Logo após dizia... – ele acordou. - Nem preciso especifica-me o quanto atônito eu estava. Logo após sentia fortes repuxões do
lado esquerdo da minha barriga, um pouco depois cerca de vinte dedos de comprimento que fazia direção ao meu antebraço.
– estes repuxões eram os mesmos do qual tinha me despertado da coma! Quando tomo-me forças para olhar, logo via que
estavam me costurando. – a vermelhidão do meu sangue, fluía como uma correnteza de horrores e odores putrefatos. A
ferida, da qual aberta e suja de barro, se misturavam com metade da pele rasgada sobre as camadas ainda limpas e recém-
feridas. A assemelhação dos cortes não se distinguiam muito com a de uma folha rasgada ao meio. Em logico, berrei-me com
todas as minhas forças que ainda me restavam. E logo após do grito desafinado, surgiu-me a angustia. – não sentia nenhum
musculo de minhas pernas, nem do braço esquerdo. – passava-me em minha mente que ficaria assim por toda vida. Uma
historia começou a passar pela minha mente de como seria a meu futuro sem as utilidades dos meus membros. Considerando
ainda que sou um artista ou pelo menos era... – eis ai é que estais, não haveria futuro há mim. Pediria logo ao medico, que me
leve ao estado morto! - uma injeção paralisaria o coração e tudo se resume ao perdão. A morte seria a única que poderia me
acolher. Suplicaria ao doutor, que me “elimine”. Eu sabia que não sou do tipo que completaria o plano de suicídio... Nunca fui
forte para isso. Sou do tipo que não mataria nem uma mosca sequer, - (disse mosca, insetos), lembro-me que até na época do
colégio, minhas aulas de biologia se resumiam em zero. Mas quando os assuntos se tratam de HOMICIDIO! Daí então a coisa
muda de figura. Disse que sou um artista, mas ainda não lhes contei a história toda... Pense da seguinte forma. Suponhamos
que quando uma pessoas morre, seu estado de corpo começa a sofrer a putrefação, e seria exatamente ai, que “meus talentos
começam a se realizar”. – pode-se dizer que caso me aparecera algum curador, conhecer-me melhor; eu já teria deixado
algumas amostras do meu serviço para ele estudar, analisar. – minhas matérias primas favoritas seriam... A pele jovem. Petizes
tem o melhor tipo de pele, não é laceada e não é dura... É meio termo, perfeito para modelar as posições da qual eu queira
que fique. Já a pele dos de meia idade ou até velhos. Não seriam muito boas, essas já não facilitam tanto o meu serviço como
eu gostaria. – começo por fases divididas por tópicos dentre elas seriam: matar, esquartejar, lubrificar e modelar! - a parte
mais difícil seria a primeira, “matar”, de todos que já apunhalei, só um por cento não gritou. (este morreu devidas causas de
envenenamento). Continuo a procurar novos meios eficazes de abatimento. Aqui perto de casa, há uma loja onde vende-se
fermentas para construção. Serventes, tijolos e entre outros objetos infames como: serra, alicate, tesouras e cabos de aço. –
estes seriam ótimos quando você quiser sua vitima sem muitas marcas no corpo. E como ultimamente o meu trabalho vem me
dado despesas mais do que consigo lucrar, eu de fato precisaria de um certo ajudante. Mas como se já e de se esperar,
sempre é fácil ser julgado sem ao menos terem olhado direito a capa do livro; assim como já foi em certas épocas, alguns
Trabalhos só podiam ser feitos por homens. Com tudo, seria certo afirmar que “nestes termos”, isto teria o nome de
preconceito! Os cremes usados para empalhar animais não funcionam com os cadáveres humanos, com efeito, a desgraça e a
pobreza falam mais alto. Meus produtos acabaram. E nunca tive sequer um cliente, um misero algarismo de porcentagem...
Nada, zero! – Ah mas isto não seria problema para alguém que se chama Leonardo. – não sou ladrão, caso se eu fosse... Se
não, seria certeza que já teria roubado algo para comer?! Não, não isto está fora dos meus protagonizados princípios. Não sou
nem louco de desobedecer às leis. Tenho boa cultura, inclusive lhes digo que vim de uma família de altos padrões. No entanto
ao morrerem “perdi tudo”. –ou quase tudo. Nada me sobrara da prata nem do ouro. – ouro hipotético, ou seja riquezas do
bom senso. “A herança” foi vendida logo após as mortes, mas não que me importe muito agora. Sou de fato um pouco
orgulhoso! – quero dizer. – pretendo levantar meu próprio império com o meu suor. Sem dizer é claro, que a mulher da qual
vendeu a herança – “minha por direito”. Já se encontra pronta em minha coleção para colocar nas vitrines. – seu abatimento
não foi muito demorado: apenas se encontrava no lugar errado e na hora errada. Mas como vinha ao lhes dizer, meu produto
acabou. Pelos sons do passado. lembrei-me de um amigo da família que sempre devia favores aos meus pais, - a nova senhora
que tera me adotado. Com tudo simplesmente seria ele quem vem me alimentando, enquanto me escondo deste mundo
falso. O motivo seria meu rosto... – não sou bonito, sei que não. Meu vale do apodrecimento se distingue de formas
diferentes os dos humanos. Ciente, estou de que humano sou! Mas por raios que partam este soldado abatido, seres como
estes só destroem, a peste que nunca se é exterminada, a peste do pior tipo que evolui. – roubam, matam e destroem... oras,
quem é o monstro comparado comigo agora? Continuo a procura do amigo para ajudar-me, e para minha surpresa ele
também estara me procurando. Segundo ele, “dizia que eu venho andado meio desaparecido e não dou noticias de como
venho vivendo diariamente. - Já lhes disse que nunca o vi antes? O velho era doente! – “penso, acredito que ele deva estar
bem preocupado, senão porque diabos ele perguntaria”, ainda mais sendo que ele já fora o amante do meu pai!(presumo) –
pode-se dizer que minha família tinha gostos meios peculiares, e os olhos deste “ex, galã,” tera se acabado junto ao seu
contrato com o diabo! Sua aparência era extraordinariamente acabada. Suas olheiras escuras e suas pupilas dilatadas feito o
olho da catarata amarelada. De seu nariz fluía a pura nojeira, que era a protagonizam-te, que alguém possa ter em pior
cuidados da higiene. E seu jeito de andar horripilo, corcunda e lamentador. – como os uivados dos demônios do passado, ao
surgirem em suas piores formas... o remorso. Com tanto aquele inútil velho fez-me uma proposta. – um pacto para selar o
juramento. – e pelo menos com a sua aparência desprezível não me sentiria tão inútil. O trato seria o seguinte, ele traria os
suplementos de que preciso e ajudar-me vender as esculturas. Em troca, ai é que está. E em troca oque ele pediria a mim?
Atualmente não me vem nenhuma oferta da qual eu poderia entregar-lhe, oferecer-lhe. E claro já o pergunto, logo após a
resposta não foi como da qual eu gostaria de ouvir. – dizia-me ele que na hora de pagar eu veria... – e disse isso nem ao menos
acrescentar mais uma única palavra! Com tudo só poderia haver duas explicações, ou este velho sabe negociar, ou ele é
deveras burro. Um verdadeiro lunático em acreditar que cumprirei minhas partes do acordo. Mas isto há meu ver, seria o de
menos. Quer dizer, se ele quiser se vingar de mim teria que ser extremante astuto. De qualquer forma o que eu realmente
quero neste momento da minha vida, seria vender algumas de “minhas obras”. – após termos negociado o velho decide
apertar nossas mão e por fim dizer que o contrato já esta selado. Ele se despede e por fim sai de minha hospedaria. Minha
casa onde me aprisiono desde a aquela noite, angustiada. Não sei que mal a mim fizeram, apenas sei que meu maldito desejo
ainda circula plena correntes sanguíneas. E faz bombear, meu talentoso dom! Dom doce e colorido. E então ouço um
estrepido mortal na porta!

- boa noite Leonardo, - diz o velho que saiu daqui cerca de três horas atrás.

- o que você quer, vamos me diga. Não estais vendo que estava dormindo homem senil! – eu auto dizia ao velho.

- “calma Leonardo”, não esta vendo que apenas estou lhe adiantando algumas coisas? Como pode ver, aqui está “o seu
agrado”. – e logo em seguida o velho não só me entrega o agrado (creme dos cadáveres), mas também a minha confiança por
ele. De fato este verme parasita sabia jogar!

Eu o agradeço e sem perder tempo, pego o creme e me apresso de passar nos corpos ainda recém mortos. – como minha
confiança com o mesmo já era considerável; por suposto eu o convido para passar o resto da noite e também ver como faço as
minhas obras. Tudo isso ocorria por voltas das quatro em ponto. E cada ponto que dava ao costurar os olhos dos semimortos
que deixei ainda vivos sofrendo, debatendo. - Para que não fique com mau odor, já que o creme teria acabado. Ah mas eu
sabia que como o velho era peculiar ele não hesitaria em aceitar o meu funesto convite. – ótimo... e o mormaço abichornado
se fundido junto ao ar frio que entrara, uma vez que a porta estava horrorosamente aberta. Deixava tudo um pouco mais
convidativo.
- ei meu bom rapaz, espero que eu não esteja te atrapalhando em seus aposentos. Só espero que me entenda, afinal quis te
fazer este favor. E, ainda mais a hora que sera, creio eu, que não seria muito apropriado para sair! – o velho dizia
lamentavelmente.

Pouco estava ligando para os seus devidos lamentos, eu apenas gostaria que fosse meu escravo. Mas como sempre ninguém
vive de favor, ao menos gostaria de asfixia-lo ao amanhecer e por fim completar minha coleção acrescentando mais uma
vitima, ou melhor. Mais uma escultura.

- não teria pelo o que se preocupar meu bom senhor! – dizia a ele. – o senhor está certo, alias queria te pedir humildemente
desculpas! Mas reconsidere-me... em geral a estas horas, eu fico... - como posso dizer-lhe. – ah sim “meio perturbado”. –
completei dizendo ao nojento velho.

- não precisa admoestar-se, “eu te entendo perfeitamente”. – disse o velho com um sorriso estampado estranho e
ameaçador em seu rosto.

E então a noite foi ficando cada vez mais longa. O meu sono já havia se perdido em mares do esquecimento e, minha paciência
ao madrugar com ele era desprezível-mente pequena. – preparava então seguidas xicaras de chá e café, mas nenhuma que
retarde sobre oque eu estaria passando. - Os sons dos ponteiros faziam musica. A atmosfera daquela casa era concentram-te.
- Os dois. – eu e ele olhávamos um para o outro sentado de prontamente frente diante a mesa da cozinha. A janela era aurora
como outro ponto de partida para o velho pensar em mais assuntos entediantes e lerdos. – ria em ver como o velho ficara sem
graça ao se esforçar para não ficar tímido! Suas palavras mudavam de jeitos graçolantes... – exemplo: ao iniciar uma palavra se
direcionando para um assunto. Ele logo em seguida mudava para se referir há outra. E assim consecutivamente.

- meu bom garoto, você já reparou que o tempo está com “cara de que vai chover”, chover aqui acredito que não irá. O
telhado é bem forte. – dizia o velho.

Eu já como sou direto e detesto perder meu tempo, eu o encaro de forma penetrante bem em seus olhos e digo.

- meu bom senhor. Caso não tenha assunto frugalmente, não diga nada! – e disse a ele, enquanto levantava minha xicara de
café e a levava subindo para minha boca, lerdamente.

Nem preciso dizer-lhes que o velho já estava sem ação! Pelo o que eu via sua timidez, chegou até obliterar os limites de sua
consciência. E enquanto eu o via, o quanto este pederasta era um pobre doente quase morto. Onde não teria onde sequer
cair. O silencio prosseguia cautelosamente. Do alto do andar da minha escada, que levara para o segundo andar. Ouvia um
som de que algo. “alguma coisa teria caído,” segundo aos meus prognósticos. Logo imaginei que seria o próprio telhado que o
velho vinha dizendo anteriormente. Mas quando subi para ver oque era; via que seria apenas um dos semimortos que tinha
pendurado para secar seus suores de puro pânico. – este quase consegue escapar, para minha sorte. Este faltava apenas mais
um dia para morrer de desidratação e fome. Eu o estara deixando morrer aos poucos para que a sua carne fique mais macia ao
processo de modelagem. – lembram quando eu vinha lhes dito que matar seria mais difícil comparado ao resto das outras
etapas? Muito bem, aqui lhes deixo a prova.
Mas não seria nem o velho, nem os “cadáveres” que caiam de forma repentina que me incomodavam. Ah, ah não era nada
destas fúteis possiblidades. Apenas era o medo constante, a fobia horripila-te, que eu tera de perder as minhas tão
maravilhosas ideias! A minha maravilhosa criatividade e dom, eram oque eu mais tinha de valor e também oque eu mais teria
medo de perder! – já venho perdendo minhas coisas e não seria só de hoje. Ao que posso dizer? Todos em determinada vida
ou até mesmo nesta, já fomos vitimas das próprias garras do azar, a famosa “por dizer-se vidalita”! Enquanto a outros,
simplesmente nadam em boas aguas sublimes! Com efeito, revoltado. De fato a vida seria o melhor professor. Já não serei
mais vitimas do falso amor! Para começar isso seria prova verídica que estamos vivendo em um sonho e que nada existe. Nem
mesmo a suposta dor que minha mãe sentiu quando a empalhei ainda viva. Mas não sou mal, pode-se dizer que apenas tenho
ótimos gostos para arte, inclusive foi ela mesma quem se ofereceu. – apenas a perguntei...

- mãe a senhora pode ser a minha primeira voluntaria para dar inicios as minhas inspirações? – eu a pergunto, e logo vi que a
surpreendi.

- mas é claro filho, - ela dizia de forma orgulhosa.

Então após ter perguntado se ela estaria pronta, eu pego um balde de agua fervente que tinha deixado já aposto, - justapor.
Para dar inicio ao meu experimento. Antes que ela pudesse levantar-se, eu a jogo novamente contra o sofá, pego o balde e o
inclino em cima dela. Sua pele saia glamourosamente de seu corpo. Enquanto ouvia seus berros de dor e angustia.
Provavelmente ela já não sabia mais qual sentimento faria mais efeito. Dor de saber que seu filho a matou, ou dor de sentir
todo aquele experimento! Quando ela quase caia no chão com seu corpo semi torrado, eu a ergo pelo meus ombros e por fim
logo a jogo no formolizador. Há céus nunca vi um trabalho tão bem feito, quanto daquele dia! Essa que lhes falei, seria a
minha mãe adotiva. Um velha viúva jaz casada, que buscava alguém em quem depositar seu miserável amor. A sua dor
sensível e materna como mãe, de nada serviu-me para policiar-me. E sim apenas para dar continuidade aos atos da minha
arte. Logo em seguida os depoimentos, já tinham sido registrados pelos policiais da delegacia. “O crime”, - assim como eles
diziam. Seriam de casos de suicídio. De certo modo não foi muito difícil culpa-la, afinal ela já seria conhecida pelo seus
vizinhos. Eles a chamavam de “maníaca- depressiva”. Eu apesar de tudo, apenas fiquei calado. Um verdadeiro bom garoto
taciturno! – assim como deveria ser... e como se não bastasse, ainda teria que prestar minhas condolências, ou seja. As minhas
vestimentas seriam, totalmente janoto! Veludo sobre couro, seda e sarja. Absolutamente tudo era da cor negra. Preto tenso!
No velório? Todos, - disse absolutamente ninguém sequer, não teve a foça de controlar a vontade de vomitar, ao verem a pele
misturada a carne amarelada. Os cheiros azedos dos vômitos se misturavam com os mosquitos que chegavam por conta do
azedume da decomposição humana. De fato aquele velório deve ter sido o mais putrefato que já viram até os demasiados dias
de hoje! – há,há,há... más, novamente ao que pode-se dizer? Dia seguinte aproveitei o transtorno do povo da cidade e por fim
aprecei-me de pegar as minhas bagagens que já teria deixado reservado desde o mesmo dia em que a empalhei. – retorno ao
cemitério por voltas das duas, cavo, abro, o caixão, decapito e rapto o cadáver embrulhado há um lençol velho. No dia daquela
noite se bem me lembro, avançava devagar! Mas minhas astucias e habilidade em ser taciturno eram maiores. Em fim logo a
segunda parte do meu plano começaria. Pode-se dizer que eu estaria me sentindo como se estivesse “perdendo” a virgindade
pela primeira vez. E a excitação era tão tamanha, que nem ao menos pensei em duas vezes ao embarcar escondido na
tripulação do barco que saia do porto, daquela noite. Eu nem ao menos sabia para qual seria ou aonde ele iria. A sua linha de
chegada apenas estavam inclusos há umas das centenas supressas que da qual eu estara ciente que ainda estaria por vir. Para
minha sorte, na embarcação. Havia comidas sendo jogas de forma abundantemente, desperdiçadora. Devidas às noites de
festas que uns dos tripulantes fizera plena noite fria. Como estava do lado de fora, para não morrer de frio eu resolvi me cobrir
com o mesmo lençol velho do qual eu tera embrulhado o cadáver da minha mãe. – eu o pego e me cubro. - De fato as noites e
dias até chegar ao destinatário, seriam sem duvida, “torturantes”. – dizia minhas vozes prognosticas do meu subconsciente. O
som da maresia logo me ajudou a dormir, e o odor do cadáver não me incomodaria por que eu já teria usado dezenas
camadas do formol.
-DIA DOIS-
Logo ao amanhecer do dia, eu preparo minhas tralhas e sigo de partida para um canto mais fechado da embarcação. Este já
seria o dia dois... – as únicas coisas que esperava de mim mesmo, seriam a ideia de ser um sobrevivente nato. Começar uma
vida nova e independentemente do que for de qualquer jeito. – dizia enquanto as ondas da maresia zurziam contra os meus
cabelos e rosto. Ao ver o dia raiando, do lado de fora do barco. Oh, seria com imersa satisfação que lhes digo o quanto eu
venho estado feliz por mim mesmo de ter chegado até aqui nesta situação. – eu dizia sem ao menos ter sequer um ponto de
medo do que poderia, ou estaria por vir! Sempre desde que tinha meus cinco anos, já começava a pensar comigo mesmo, que
a vida foi feita para ser vivida. Seja lá de qualquer forma. – rico ou pobre. Sempre tente viver de seu melhor agrado. Até este
momento estaria... “sendo perfeito”. Até o momento em que um maldito guarda quase chegou me descobrir. Por sorte, eu
ainda estava com a velha coberta. - Pela forma da qual eu estava coberto. Logo dará por entender que eu seria apenas uma
mulher, com odor bem semelhante ao de um formol! – por minha sorte, o guarda era um imerso velho vasto. E como ele
ainda usara óculos, em minha opinião, ainda poderia me confundir-me com umas dessas freiras que vivem por impor regras
rígidas e rigorosamente religiosas. Se soubessem o quanto sou esperto. Nem um, nem um sequer perito conseguiria! Para ver-
lhes o quanto estava escondido, e taciturno.

-DIA Final TRÊS–


Uma certa reunião se iniciou dentro do convés, eu – para não deixar que me achem. Escondo-me na parte superior do barco
que batia de frente para o saguão onde se encontravam telescópios, armas. Tudo que se refira há investigação e assassinato,
pego uma luneta e começo a observar os devidos passageiros . – a chama do sol era forte, não saberia lhe dizer ao certo que
horas eram... mas pela força, cor, tempo. Dava para tirar prognósticos que deviam ser por voltas das duas e meia. Uma vez
escondido, eu logo percebia a tamanha da desprezível felicidade que eles vinham tendo. Bebidas, danças e tudo que
simbolizara um festa estara ocorrendo. Na minha mala que trazia consigo junto ao cadáver, tinha algumas ferramentas que eu
já teria deixado pronto para algumas próximas obras, caso me surja “inspiração”. – e adivinhem? Eu estara tendo uma,
naquele exato momento. Tinha visto uma petiz, uma verdadeira menina nas beiras de seus sete anos. Quando seus pais a
chamarão para entrar, a garota fez uma posição que me inspirava. Seria uma posição de dor, ódio. Com seus bracinhos finos e
meigos inclinados para o ar, em sinal de negação! – oh céus que vontade de modela-la. – pensara comigo mesmo naquele
momento. A noite demorou para chegar, em compensação a minha curiosidade e ansiedade para tê-la só aumentava. Mais e
mais, a cada hora que sessava. Mais e mais, comecei até achar que não aguentaria e me jogaria ao mar para morrer afogado!
Finalmente às três horas do dia seguinte da madrugada chegara... eu já tinha certeza de que todos e todas vinham dormido...
o silencio que só realçava mais o som da maresia, nada mais, nada menos a não ser o som da noite agudamente gelada e
mórbida por minha conta. Meu coração estava se expirando mais do que respirando! Para não ser inconveniente, eu até
mesmo retirei meus sapatos e comecei a caminhar descalço, caminhara lentamente... cada passo era uma eternidade. Cheguei
a um ponto em que até pensei que nunca chegaria ao meu destino. Mas não, pelo contraio meu destino chegou. Ah, via ela...
eu abri lerdamente a porta da sua cabine e a via dormindo. Sua aparência se assemelharia como se ela fosse uma linda
cadáver, cadáver linda de uma doce petiz! Era tão glamorosa, que lhes conto isso olhando ao mesmo tempo para a sua
escultura humana empalhada (dentro dos meus aposentos, na minha instante). Já não aguentara mais. De um jeito ou de
outro eu teria que fazer esse serviço logo. - e acabai fazendo... Peguei uma lata minha de clorofórmio e a asfixiei, - vocês
tinham de ter visto o quanto ele se debatia, debatia tanto que sua morte foi aos olhos abertos. Enquanto a asfixiava dava uma
mera impressão de que sua respiração, fumegante nunca iria sessar, nunca iria morrer. Mas agora eu a vejo empalhada,
empoleirada aos meus enfeites! Antes de prosseguir... – permitam-me que eu lhes defina em qual posição eu a coloquei.
Pendurada com os antebraços para cima, fazendo com que seu ombro fique levantado até o pescoço, e suas mãos junto aos
seus dedos rigidamente gelados e fechados. Logo em seguida a coloquei com os olhos mais abertos e sobrancelhas
escancaradas! – em homenagem a sua ultima posição de questionamento a respeito sobre as ordens de seus pais, da ultima
vez em que a vi ainda viva, feliz e saudável . Quando a estava levando em bora o seu corpo, eu tomei rigidamente cuidados
para que não fique nenhuma prova de que já estive lá. Como sou bom e rápido, arrastei seu corpo morto sorrateiramente até
uns de meus esconderijos do navio, e finalmente o meu trabalho começa! – logo após ter concluído já eram por voltas das
horas da morte e ainda faltava mais uma etapa. Levá-la de volta para “os aposentos”, só que agora os de seus pais. A levo da
mesma forma que a peguei, puxo pelo seu cabelo e a ergo sobre os pés da cama onde seus pais estavam dormindo em sono
profundo! – há... como eu gostaria de ver a reação de ambos. Logo depois que eles a verem, eu frugalmente posso pegá-la
novamente por cima dos tubos da ventilação. E novamente irão se dar por conta que seu cadáver novamente desapareceu.
“Uma estratégia perfeita?” – pensava eu. Amanha por fim acordam, e também a supressa desperta. – seus berros
horrorizados seriam oque teriam me despertado. Ah como eu lamento de não poder ter visto as suas expressões faciais...
quando subo aos tubos de ventilação, reparo que lá não havia nenhuma fonte de iluminação. Isso só poderia significar que as
luzes dos quartos estavam apagadas ainda, ou seja, o susto em ver a filha parada ao pé da cama empalhada, com seus olhos
sinistros olhando para seus, pais podem ser maiores ainda. – apesar do som ainda abafado, eu consegui ouvir certas palavras
berradas tais como... – Ai meu Deus, ajudem! - e outras como, - socorro, por favor não! – essas seriam algumas palavras das
quais escutei abafadas. Aproveitando que o breu do quarto era tamanho, me aprecei de subir o corpo fugazmente até que
entre pelo tubos da ventilação. Logo ao sair do tubo a coloco guardado junto ao cadáver da minha mãe! por hora minha
missão estara cumprida. E como não sou tolo, também apaguei todos, - exatamente, todos os documentos de bordo da
garotinha, os registros dela – da Alana. Teriam sido jogados todos na correnteza do alto-mar. E assim, a ideia era que, quando
os pais focem dar queixa para algum superior abordo, acabem por achar nada da Alana. Com tudo, pensariam que o casal
deveriam estar tendo serias crises de abstinências simultâneas! - De forma suscita, achariam que são loucos, por conta de que
nunca existiu sequer nenhuma “garota chamada Alana”. – há,há,há. Um sumiço perfeito. Ria e ria do mal feito. Só que agora
eu também teria mais dois corpos para transportar. – ficava pensando comigo mesmo se eu teria sido muito precipitado em
ter feito isto logo agora. Quer dizer, talvez tenha sido melhor ter dado cabo dela, um pouco antes de chegarmos, então eu não
teria de ficar todo esse tempo com essas duas obras em minhas costas o tempo todo. – más, e ao respeito do medo que eu
tera de perdê-la? Pois seria muito provavelmente, de que eu não conseguisse pega-la depois! – e então o meu
arrependimento se converteu a pensamentos de que eu teria feito à coisa certa. Finalmente os dias já tinham avançado, e
meus planos estavam já por ser completados. O navio chegou no dia seguinte ao porto de entrega, e eu antes de todos me
aprecei a descer sem que me vejam. Antes desde o primeiro dia a bordo, eu estaria precipitado, e com tudo já sem ao menos
perder tempo, me aprecei de procurar um jeito de desabordar sem que ao menos, nem imaginem que eu uma vez lá dentro
estara! Eu tinha sido extremamente cuidadoso enquanto a isso. Logo em seguida, após me afastar cerca de um metro das
embarcações, eu vi o casal do qual fiz a obra. – há... graçolante-mente eram o jeito, o jeito em que os demais guardas os
seguravam, enquanto ambos choravam em pesares.- há, há, há, há. Seguia-me de partida para o meu futuro, quando em uma
pobre casinha de vigilância que alertava com uma placa podre e velha bem bolourada. Dizendo que a partir daqui, começara
outro município. Aproveito a minha audácia junto há inconveniência. E pergunto ao pobre guarda, que horas seriam,
considerando é claro o meu desejo de coleciona-lo. O bondoso guarda magro de fome me “responde”, que seriam sete e
vinte. – com as esculturas bem guardadas em minhas imersas malas. Eu continuo limpo perante a inocência. O tempo não
poderia ser melhor, leves ondas do vento junto ao clima nebuloso ao cinzento. Logo depois o tempo ameaçara “a chover”,
mas via de que eram apenas partículas de chuviscos. Seguia um caminho distinto, ao do que eu imaginara. - exemplo: era para
eu caminhar pelas ruas lotadas, alegres. (E principalmente as pessoas, deveriam estar distraídas). Mas não... as ruas eram
desertas, o clima escuro com algumas fumaças saindo de dentro das tumbas de baixo da cidade. - aquilo era melhor ainda. –
definitivamente muito melhor... rrá, rrá e hum, hum. – eram os sons das cordas vocais que fazia, comtemplando, admirando,
agradecendo. – “segundo o que eu estara presenciando”. Uma rua morta e sem vida, sem nada colorido. Literalmente nada, a
rua pela qual seguia não teria um nome especifico. Inclusive cheguei até a pensar que estaria entrando em uma distinta
periferia jaz abandonada da cidade. E melhor ainda... exclusivamente nada de colorido ali havia. – mas ao mesmo tempo em
que admirava os ilustres tons sem vida, sem vivacidade. Eu também pensara ao mesmo tempo em que teria que procurar uma
moradia, - caso contrario, onde eu descansaria? Um verdadeiro artista, assim como eu, requer bons tempos de repouso, se
não como que ele continuaria vivo. – pensara comigo mesmo!(irônico) – decidi-me então, sentar-me ao banquinho, sujo e
com aparência que iria desabar a qualquer momento. Sentava eu com cautela para repor pelo menos um pouco das minhas
frágeis energias de tamanha fadiga. Com cuidado, lembro-me de ter encostado meu pescoço, até relaxar minha espinha e
córtex cerebral. Minha “enxaqueca era tamanha”, nãos sabia ao certo se acabei por cochilar ao banco frio e solitário da praça.
Mas lembro-me de ter aberto meus olhos e visto um certo extenso nevoeiro. Dos horizontes nada via. E minha audição era
baixa, pensara comigo mesmo que talvez a minha pressão teria abaixado dramaticamente! Sentia logo em seguida uma mão
gelada bem semelhar a um dos mortos que empalhei. – com isso já teria me acostumado, mas a questão é... de quem seria
esta mão? Olho para o lado que ela estava e minhas vistas confirmavam. Era uma velhinha muito doce que me perguntava.

- meu bom garoto, você está bem? – dizia ela.

E eu nada, nada eu a respondia.

- você precisa de algo?

E eu nada a respondia novamente, por conta da minha fraqueza e estado de inconsciência.


- me perdoe... mas cheguei a vê-lo logo ali da minha lojinha humilde de suprimentos. – ela disse com seus olhos caídos, por
conta da perda da resistência da pele e idade.

Seus olhos eram meios cegos, e brilhantemente lacrimosos, suas bochechas eram finas e macias. Os cabelos brancos e
sensíveis. De fato uma doce velhinha pequena, corcunda que veio-me acudir. Eu ao menos teria de fazer um esforço para não
deixa-la sem nenhuma resposta e completando para não ser mal educado!

- aqui eu lhe deixo umas frutinhas, para ficar mais forte mocinho. – dizia ela com voz tremula e fracamente rouca.

Ergo-me a minha cabeça e inclino para seus olhos, segurando sua mão.

- muito obrigado minha senhora. – disse a ela.

- oras não há de que... o mocinho tem onde ficar esta manha? – disse ela.

- não, não eu estou meio sem lar no momento he,he. – eu a disse sorrindo sarcasticamente. Mas agora com mais força após
ter comido umas das frutas que ela me tinha servido.

- meu Deus. Pobre rapaz... eu... eu se não se importa é claro, tenho um humilde lar para acolher pessoas. Se você quiser,
posso te levar até ele, não fica muito longe. Apenas seriam alguns quarteirões daqui. – ela me dizia isso, com a mais doce
bondade do mundo!

- minha senhora? Sem querer me aproveitar, mas eu lhe agradeceria muito. – disse a ela.

- oras, pois então vamos, e qual seria seu nome? – ela me perguntava.

- Leonardo D. Portione. - a disse.

- hum mais que lindo nome meu filho. Seria italiano? Mas não responda ainda, vamos ter muito tempo para prosarmos. –
ela me disse, auto respondendo a pergunta que ela mesma me fazia.

Até agora eu via que a bondade dela não teria limites, e continuamos o resto do caminho inteiro, sem trocar ao menos uma
sequer palavra. Eu andava a seguindo e segurando minhas bagagens com todas minhas forças. - e apostando a mim mesmo
que a aquela senhora estivesse ao meio dubio, curiosa, para saber oque eu estaria transportando tanto de valor, para que eu
ficasse tão agarrado assim com os pertences de dentro. – ela nem sequer imaginaria. – nem sequer imaginaria das supressas
que poderiam encontrar dentro das bagagens. – seriam verdadeiras obras de minha arte. Conforme eu andava mais sobre as
calçadas das ruas quebradas, mais estaria entrando a um ninho de cobras. Percebo-me-que não. O bairro já estara ficando
mais iluminado por conta das luzes semi radiantes do nascer do sol. E de fato uma melancolia sempre me batia quando um
novo dia se iniciava. – alguns não tem noção o quanto odeio quando acontecia isso. – tínhamos chegado à devida casa daquela
senhora. Entramos e logo ela me apresentou aos cômodos. As aparecerias por fora não eram muito puxados para os termos
de luxuoso. Mas dentro a figura, a impressão que teríamos por fora seria ao contrario. No entanto seria esta casa da qual
estou morando atualmente. – quando a doce senhora termina de mostrar todos os cômodos para mim, ela me pede para
sentir-se em casa. - de fato isso já estava se passando em minha cabeça! – ela dizia que daqui a alguns segundos iria começar a
cozinhar. Eu por completo faço o que ela me pede. Termino de guardar meus pertences e por fim vou vê-la. Eu chegava
devagarinho. Primeiro ouço. - nada fora do anormal. - depois olho pelo trinco da porta. - nada do anormal por fim. - abro a
porta com todo cuidado do mundo para que não faça nenhum estrepido maldito. Logo após, caminho sorrateiramente até
uma certa distancia de suas costas. – ela estava preparando algo para mim, e em fim percebi que ela tinha notado minha
presença! Mas antes mesmo dela dizer, - espere só mais um pouco... – eu enterro uma lâmina, do lado direito do velho
pescoço da velha! – mas confesso, que esta eu não queria muito empalhar... esta seria por necessidades de vida mesmo. As
prioridades da vida. – ah sim, fui terrivelmente mentiroso, ao dizer que eu a achava doce, por mim? Ela não se diferenciava de
uma mãe substituta, ou uma velha lucida! – Ah velha... – há, há, há ,há, há! – eu ria em vê-la cambaleando até sua morte, mas
quem sequer poderia imaginar que ela ainda seguiria viva? – de fato esta senhora teria muitas forças feito uma veterana de
guerra. Mas antes de faltar os poucos segundos que já lhe restava antes de bater as botas eu a dizia. Que ela já tinha vivido de
muito, e que deveria muito ao me agradecer! Pois não lhe dei só a morte oh não, dei-lhe também a vida eterna.
“Suponhamos”: se ela seguisse ainda viva, ela poderia acrescentar sem querer mais algum pecado. E de resto no dia de seu
ultimo suspiro. Ela sem perdão divino, iria ao inferno! Mas agora, agora seria diferente. Agora eu tenho a certeza de que ela
morreu por pura inocência. – seu corpo caiu perante os meus pés, e quando peguei seu crânio, vi que uma ultima lagrima
ainda estava por escorrer de seus olhos lacrimosos. – tolice. Agora já tenho uma casa. E se caso venha alguém querer saber
onde a velha se encontra, simplesmente falarei que ela me adotou e logo adoeceu por causas naturais. Tenho a extrema
certeza de que qualquer mentira que eu venha a dizer, os ignorantes acreditariam. Afinal a velha já era digna de muitos boatos
a respeito de doenças e eteceteras... como pude ver ao longo; ao decorrer dos anos, até que não sou tão mal tanto quanto
podem vir falar de mim! – “os boatos da velha nesta vila”, seriam deploráveis, absurdos. – coisa de louco. Logo também não
duvido que venham até mesmo inventado, nomes de doenças para definir o seu estado de corpo. Doenças que nem se quer
existem! – agora neste instante? O meu outro lado, o lado chamado “consciência” vem me dizendo que talvez eu tenha
exagerado sobre matar a bondosa velha. Mas tudo se tem um lado positivo, - logo comecei a pensar em alguma alternativa. –
pelo menos eu terei mais uma escultura para minha exposição. Esta já seria a terceira. Mas ainda estou ciente que... Aquele
que mente tera sua língua rasgada perante aos diabos que te humilham. E este seria o meu prefacio final do meu tempo. Na
verdade o caso desta velha louca, não se diferencia muito aos boatos em que os vizinhos vinham falando da minha mãe. –
creio que agora? Estou fardado a carregar isto até o meu fim. Logo deixei o cadáver descansando ao formol, enquanto eu
prosseguia com os planos para adaptar o estabelecimento aos meus distintos agrados. Um por um. Este seria o meu ritmo a
vasculhar todos os cantos, nenhum lugar escaparia da minha visão! – aproveitando que minhas mãos são pequenas, eu
distintamente me comparara com um bom mestre das antigas artes marciais do antigo Japão. – que queira perdoa-me, mas
levem em consideração esta minha fútil mentalidade de um mero petiz de poucos anos. De tudo que eu já tinha vasculhado,
ainda sentia que algo ainda não tinha completado. Sim de fato, eu sentira isto. Minha pele se arrepiou e tive um leve
pressentimento, para ser honesto, um tipo especifico de déjà-vu. Este mesmo foi quem me levara para a parte inferior da
escrivaninha. Lá debaixo, notei que havia uma chave dourada em meio tom folhado da ferrugem. Ela se posicionava entre o
vão da madeira e da parede; tentei puxá-la, mas logo percebi que estava enterrada. Passei por quarenta segundos tentando
tira-la dali, quando se passou uma ideia na minha mente. - Eu deveria usar um certo tipo especifico de magnetismo, para
tentar puxá-lo dali, e foi daí que tive a ideia. dentro dos meus pertences; logo pego um dos lápis metálicos que usava para
marcar os corpos e me inclino erguendo meu braço esquerdo para poder alcançá-lo. De resto, sentia um objeto ligeiramente
puxado pela força do imã, - era a chave. Quando a pego, reparo que ela vinha junto com uma placa dizendo de qual porta
seria. - e enquanto a tudo isso, eu vinha deixando o cadáver da velha descansar no formol. A placa dizia que seria para o sótão,
a porta do mesmo se encontrava em baixo da copa da casa. Uma breve puxada, uma fugaz levantada e já abrira toda a aquela
porta quadrada velha. Eu já estava quase abrindo quando vinha percebendo que as cabeças dos insertos já começavam a sair.
Em uma rápida fração de segundo, após abrir a porta eu piso em todos os aracnídeos e em todas outras espécies que o
homem ainda nem possui conhecimento. Uma vela seria uma boa fonte de iluminação, há. E lógico sem perder-me a paciência
retorno ao armário da velha e pego algumas velas junto aos fósforos! – eu estara sendo extremamente cauteloso, caso se eu
não fosse... que direitos eu teria de prosseguir com os meus planos? – até agora tudo estaria indo bem, eu já estava quase por
descer para dentro do sótão quando percebo que já vinha alguém chamar o nome da velha! – pensava eu que talvez e pelo
tom da voz da pessoa devia ser o entregador que a mesma tinha pedido para entregar os seus pertences ainda hoje de manha
quando estara comigo. De fato eu ainda não teria dado conta do sumiço ainda do corpo da velha e tive que escondê-la
enquanto eu dizia ao homem que eu já iria atende-lo em seguida. – ainda não sabia quem seria, e poderia ser algum membro
da sua família vindo visita-la, certamente pelo meu prognostico, acreditava eu que seja lá quem for, poderia entrar em
qualquer parte dos cômodos. Não cheguei até aqui para dar tudo errado. - oh não. – então abro a porta do abismo mórbido
do sótão e a jogo ainda em processos da decadência dentro. – pronto... um problema a menos..., mas ainda me faltavam ter
que terminar de arrumar toda a bagunça que a velha tera feito quando caiu cambaleando, e, ainda inventar alguma inútil
desculpa. A raiva da visita deveria ser imersa pelo tom das palavras que ele usara para pedir para abrir logo as portas e ainda
entender o porquê, por que, diabos um petiz estaria na casa da velha. Pois então agora grito, mais auto e mais forte que já
estara me aproximando para abrir de uma vez por todas. – de fato funcionou, o homem escandaloso finalmente parou de
amolar-me, a apressar-me. Arrumai um ultimo objeto caído e por fim abria a bendita porta oca! Era um humilde velho, este
seria o mesmo que vem aqui me ajudar nos demasiados dias atuais. Ele pede para entrar e quando entra com seu jeito rude e
bagunceiro, imbecil, logo me empurra com facilidade. – em suas primeiras palavras antes de perguntar-me onde a velha se
encontrava, logo já ia me dando ordens para fechar as janelas, pois segundo ele no horizonte do oeste, já se vinha
aproximando uma longa camada de longas chuvas fortes! Claramente eu já vinha percebendo que ele nem ao menos
desconfiava de mim. – oque seria ótimo de minha parte é claro... - ah tolo. E logo após dizer a minha mente o quanto o
achava ignoto. Ele me olha após ter dado uma volta analisam-te ao local, era como se estivesse procurando algo e me
pergunta quem sou, e onde a senhora daqui se encontrava. – só Deus saberia ter as palavras corretas para dizer o quanto eu
gostaria de lhe mostrar minha arte. Mas estava confiante em mim mesmo que isto por hora não poderia ser revelado. Mas
então eu o respondo segurando toda minha ira.
- meu bom senhor, primeiramente qual seria seu nome? – eu disse a ele o encarando de certa forma, que de uma impressão
que não sou um pentelho como eu aposto que ele acharia que sou!

- hou-hou-hou, - ele ria para dentro feito um bom velhinho do natal. – um jovem muito espertinho, está certo... eu não
tenho um nome. Fui adotado pela senhora que logo imagino que o tenha acolhido aqui também. – ele termina dizendo

Este maldito deve ser um dos outros integrante que ela vinha cuidar, dos quais tinha dito anteriormente. Mas afinal quantos
filhos a mais ela vinha pego? E como arranjaria tanto ouro assim? De fato uma boa pergunta justa sem uma boa resposta
sincera...

- muito bem o senhor, está correto. E meu nome para uma boa resposta educada seria... - Leonardo. – disse eu.

Eu de fato não saberia muito bem se deveria ter-lhe dado este nome verdadeiro. E se caso ele for um criminoso do qual eu o
deixei entrar aqui dentro? Caso for... estarei o tempo todo com uma navalha escondida entre as minhas mangas.

Reparo de imediato que o mesmo não era um homem muito normal. Ele tremia e sofria de um certo tipo de abstinências
simultâneas. Cedo ou tarde a sua tremedeira voltara, e confesso-lhes, achei aquilo tudo um pouco peculiarmente engraçado.
Mas gostaria de conferir se ele realmente tinha algo! De resto as únicas alternativas que vinham me sobrado seria entrar
forçadamente em uma longa conversa. ou até, - segundo os pensamentos dele... “até a velha retornar das compras”. Que
seria o que eu o teria dito. A chuva já vinha começado e as arvores já começavam se partir devido as suas galhas secas, o mar
do horizonte, se referia em aspectos tenebrosos, traiçoeiros e violentos como um pirata possuído pelo auto mar! Trovões e
relâmpagos ameaçavam entrar forçados dentro da casa. E por fim as velas tinham se apagado com a ajuda do vento. Com este
ultimo efeito, veio nos deixando ao breu das trevas completo. Como odeio perder tempo eu disse ao velho que eu estava por
faltas das velas. E ele só ficara se lamentando o por quê demônios viera ter se esquecido de comprá-las! Então voltamos as
nossas conversas interrogativas.

- muito bem... parece, parece que vamos ter que ficar nos escuros não é? – ele vinha me dizendo de forma retardada-mente
estranha.

Após ele ter dito isto apenas estaria confirmando a minha duvida se ele vinha a ter alguns históricos de problemas mentais.

- sim. – eu disse totalmente seco.

E até uma voz um pouco mais grossa da qual eu deveria ter pela minha idade.

- mas e então Leonardo? Ela te achou, há pouco tempo não é. – dizia ele.

- sim por quê? E perdoe-me, mas como o senhor sabe de tudo isso? – disse a ele.

- hum, ou... rrá quer dizer, - ele estara distraído. – bom é que eu moro aqui também, ela não deve ter lhe falado nada a
respeito de mim ainda não é? – ele dizia e logo me perguntara.

- não de fato ainda não, mas imagino que ela vinha estar prestes a fazer uma certa supressa com todos esta noite. há, há, há!
– disse eu, rindo falsamente como um diabo lhe oferecendo algo.

E assim me levanto de pronto e puxo a minha cadeira mais perto do velho, de forma para que ao menos ver como ele estara
agindo.

- Onde será que ela está, digo por que sera a tamanha demora? – disse o pobre velho.

- oh fique calmo meu bom senhor... tenho a certeza de que ela vira logo, inclusive suponho que ela já esta chegando
(sarcasticamente)! – eu o disse para alivia-lo.

Mas de nada que eu tentava viera a adiantar. O velho era realmente doente? E pensar que o cadáver da velha semi
empalhado estaria bem debaixo do chão onde ele se senta... por sorte lembro-me que tinha mais uma vela guardada nas
minhas bagagens. Era a vela de sete dias, estes tipos seriam ótimos para encerar alguns detalhes como a boca e olhos.
Deixaria tudo um pouco “mais destacado” digamos assim. Ao acender da vela eu logo vejo em primeira parte que o lugar se
encontrara bem mais sombrio. A luz da vela que refletia meu reflexo formara no canto da borda da parede uma imersa cruz. E
em segunda parte, eu dou uma ultima conferida para saber se a porta do porão continua fechada. Mas para o meu espanto vi
que não estava. Aquilo me deixou atônito... afinal, como diabos está porta acabou aberta? Com os nervos a flor da pele, eu
embarco adentrar o sótão junto há vela! – oras, deve ser o vento que além de apagar as velas acabou por abrir esta fechadura.
–pensara comigo mesmo, devo dizer que até eu estara assustado... como diabos um “ar”, mesmo vindo com extrema força
bruta. Poderá abrir o trinco de ferro forjado a fogo! Isto seria inadmissível. – deve ser eu mesmo que tenha me esquecido de
fechá-la antes mesmo de atender a porta sim deve ser isso. – e me acalmo mais uma vez, novamente seria outra armadilha
dos meus prognósticos. Embora eu já ache impossível, o ar de lá dentro era mais forte e abichornado. Para terem a noção nem
mesmo dará para ouvir o som horripilo do galho que zurzia contra a vidraça da janela do compartimento superior. Mas minha
toda tensão se focara ao cadáver em uso abusivo de formol, já estava mais do que na hora de tirá-la de lá! Mas nada ali havia,
não havia sequer nenhum corpo, o local estara vazio feito o ar! – a noite não poderia ser pior, primeiro o cadáver me some e
agora para completar aquele louco mora aqui. Se bem que o velho não seria um grande problema agora. – eu andava com
tristeza, mas em compensação em silencio, mas este seria o problema? Afinal quem aquele que é melancólico? – quem aquele
que dispensa apresentação. – e quem aquele que é dissimulado. Por fim ainda sim cheio de curiosidade retorno quando ouço
o velho tendo uma certa crise de abstinências, se encontrava caído encostado no canto da parede. Recitando certas palavras
repetidas como: - não, não, não. Socorro ela está aqui! Está aqui! Além daquilo de fato ter me deixado extremamente
nervoso, então o pergunto.

- oque houve?! – disse eu.

- ela está aqui, cuidado acho que pode estar atrás de você! – ele dizia gaguejando.

E nesse ultimo instante em que ele disse isso, um certo raio caia perante a janela fazendo com que metade da luz bata no
rosto do velho e demonstre a sua face expressiva do rosto pálido e seus olhos extremamente dilatados. As pupilas dele
olharam para a minha posição em quanto o seu rosto se posicionava para a parede. E novamente ele dizia.

- ela... ela está atrás de você garoto!

- quem? Seu velho imbecil! - Como meus nervos já estavam estourados eu o pergunto em tom brutal, quase indo enforcá-lo.

Oh céus eu venho andado extremamente sem paciência. Mas nada ele me respondia, e pode-se dizer que um certo tempo
precisou se sessar, para que ele volta-se ao seu estado normal. E quando ele voltou eu o pergunto!

- mas oque foi isto? – disse a ele.

- me perdoe, mas eu tenho um certo tipo de problema. Perdoe-me mesmo. – ele disse extremante constrangido, mas até
onde sei pelo menos isso pode ser bom ao meu favor! – tenho algumas síndromes... – e em fim ele completou.

- mas oque ocorreu para o senhor ter este certos ataques? – eu o pergunto.

- eu vi, eu juro que vi ela, ela deve estar morta! – disse ele afirmando.

Mas como ele saberia que a velha está morta? Este maldito de certa forma, não está para brincadeira. E quem diria que ele
seria um “pouco peculiar”, um pouco? Não, não. Totalmente!

- mas então, como que você pode confirmar esta sua suposição? – disse eu.

- não, não jovem... eu não estou supondo, eu estou afirmando... veja o cadáver dela está ali! – disse ele apontando ao corpo.

Quando fui ver se era verídico, realmente era! Ah desgraçado, era o corpo recém-lubrificado da velha. Como foi parar ali eu
não entendia, seria um absurdo se formos considerar que talvez houvesse voltado à vida! - Maldito, maldito, maldito! – ah
repetia de forma incansável. O velho agora pode fugir. De resto tudo ira estragar. – mas espere, sim espere... ele mesmo disse
que tem problemas mentais. Com tudo eu simplesmente só teria que disfarçar caso alguém venha nos perguntar se algo
ocorreu. Eu simplesmente diria o controverso que ele diria, afinal em quem acreditariam mais? Em um velho louco, ou em um
petiz auto desenvolvido. De fato a noite daquela vez seria longa! Tranquei a porta e escondia a chave. Desta forma ninguém
sairia fugindo! Quando olho novamente para o rosto da velha para ver se realmente estava morta, - já teria o feito. O odor do
seu corpo levando junto a consideração da pele amarelada do cadáver foi em mais que suficiente para provar a mim mesmo
que ela está morta! Morta como as outras obras que tinha as posicionado do lado dos demais. Entre eles seriam... minha mãe
e a garotinha do navio. As horas passavam amargamente. Só se ouvia o som do relógio, e nossos olhos tentando testemunhar
oque teria ocorrido. Oras, de nada adiantaria se eu simplesmente perguntasse ao velho como foi que ela apareceu para ele.
De fato isso só iria fazê-lo entrar em mais uma vez há síndrome maldita! Por fim passou. A noite já vinha acabado e faltava
cerca de vinte e três segundo por exatos, para o sol rejuvenescer no céu, assim como um bebe acaba de nascer ao sorrir
olhando para o rosto da mãe. – mas eu não podia deixa-lo que espalhe com ninguém que a velha morreu. com tudo queria
faze-lo com que minta; e que ele inventasse diversas formas de desculpas, tais como: ”viajou, vitima de tuberculose, ou até
que ela venha estado indisponível por conta de certos problemas pessoais”. – quando saio do meu quarto ainda sem ter ido
dormir, vejo o velho ainda caído na mesma posição em que eu o tinha visto pela ultima vez. Debruçado de canto para a
parede. Era deplorável em ver o jeito em que o ordinário dormia, todo sujo e com a boca aberta derramando suas nojentas
salivas por toda a extensão do carpete da casa! – deplorável! Em uma fração de puro ataque de ódio, eu o pego pelo cabelo,
(feito os trogloditas quando pegavam suas mulheres). E o forço a olhar perante o rosto morto da velha! – e sem ele saber se
quer oque estava acontecendo eu o interrogo dizendo com minhas mãos o enforcando até seus odiosos olhos explodirem da
tamanha força que eu o esganava. – seu rosto estava completamente rubicundo. Apesar da minha idade, nem eu mesmo sabia
de onde viria tanta força da besta que vinha de dentro de mim! – eu digo ao velho, para que olhe bem para o rosto, e que se
ele for fazer algo que venha a me prejudicar eu o faça com ele. Com tudo, após ter feito tal sermão a ele. Acreditava comigo
mesmo que ele entendeu que eu já poderia ter o empalhado enquanto ele dormia! – oh céus como sou terrivelmente
estressado! –mas seria necessário. Por fim, após ter feito, após tê-lo enforcado faltando cinco segundos para se despedir-se da
vida, eu o largo. E ele caia de bruços ao chão inconsciente! Com aquele efeito eu estara me achando o superior. Mas agora eu
também sabia que teria de cumprir meu trato. Ou seja eu não poderia empalha-lo, oque seria um sacrilégio. Nos dias
demasiados de hoje, ele ainda permanece vivo, e aproveitei para fazer do sótão o meu ateliê, local de criação das esculturas.
Atualmente eu venho fabricado novos corpos. E meu ajudante seria o sutil senhor que recitei diversas vezes; o temporal
sessou e a noite amanheceu, com tudo eu ainda não consigo aguentar este senhor do meu lado. Sinto-me como se eu
estivesse ficando louco, - coisa de um retardado. Mas se eu o desse fim, como que eu teria, fontes de alimentação, transportes
de corpos do cemitério e entre outras coisas das quais eu não poderia fazer já que minha aparência seria deplorável. Ganhei
certos ferimentos desde da vez que umas das minhas teimosas vitimas tinham me jogado contra o concreto da parede. Mas
desta eu já dei cabo, fiz a mesma coisa com rostinho da garota que tinha feito isto comigo. – infelizmente sempre há um lado
negativo, com o seu devido rosto deformado eu não poderia vendê-la. De resto ela não poderia ser vendida com três, cinco,
sete e até nove arranhões oras, então tive de descartar o seu lindo crânio pra fora do corpo. Com os últimos passares dos anos
eu venho sendo muito observador, coisa que só um gênio pensaria! Caso contrario já deveria ter tido inúmeros contratempos
e diversas outras formas de adversidade que não fariam eu estar aqui. – “de fato”. Com longos períodos de observação, eu
venho tendo com os pais que já tive, desde adotivas até das originais. - Ou seja, “dinheiro”. Sim eu venho roubando-as aos
poucos. As velhas conforme passar dos anos que moravam com elas, - um pouco de cá outro de lá, - este seria o ritmo que eu
vinha fazer diariamente, ou mensamente. Penso assim, como se fosse um pequeno empréstimo para dar continuidade aos
meus planos. Hoje já estou nas beiras da casa dos trinta e sete. – de resto, se formos somar as vezes em que pegava o ouro e
prata das famílias e formos somar junto aos anos em que venho os ajuntado. A resposta para esta resolução seria inumerável.
– igualmente inumerável ao número de dor que já os causei! – há, há, há. Oh sim quantas dores. E quantas e quantos ouros,
joias, que eu vinha a fanar. Este ano seria novo para mim. Este ano eu de fato poderia embebedar-me de forma incontrolável,
gananciosa, há vontade. Em bebe dar-me. Feito ao pobre e velho marujo, pirata que bebera seu rum de forma fortunada! – há
de fato este dia eu estara feliz, muito, muito satisfeito. Nem mesmo sequer sabeis conter os meus diversos pulos de alegria,
felicidade doce. Eu já tinha ajuntado, ou seja, já qualquer numero que eu dará para dizer quanto eu tinha, teria que ser dito
junto há pronunciação da palavra em nome do milhão! E nisso eu já teria mudado minha vida dramaticamente. – vejam... de
um pobre petiz, até um grande velho bem sucedido. Com tanto o meu “gosto ainda estava lá”, quer dizer eu ainda amava a
minha arte! Admoestei-me, que por maldição ainda me faltara uma etapa ser comprometida, a ser concluída! Apresentar os
meus trabalho para o publico. Afinal não seria muito problema? Que problema teria se eu vendesse legalmente o meu
trabalho! Oras demônios. Com ajuda do velho ainda sem nome, eu o mando para que vá alugar, ou melhor comprar uma loja
perto dos arredores da vila, seria uma que do qual eu já vinha visto que já estara para desabar. – dias após eu passei a ser o
novo proprietário da loja, e logo em seguida, mesmo que não queira! Por obra da maldição tive que gastar cerca de cinco por
cento da minha riqueza para reformar a loja! E claramente poder começar o processo de vendas das, “esculturas que eram
bem semelhantes a um humano real”! – e de fato era. – ah, que ótimo, ótimo, muito bom. Após ter passado cerca de três anos
e meio para completar o acabamento da loja eu de fato já vinha trabalhando do meu outro lado. Conforme o velho me trazia
mais cadáveres roubados dos cemitérios, eu vinha fazendo meu serviço, passo a passo. Assim como vinha dito anteriormente.
Com longos anos jaz fazendo a mesma coisa, eu venho aumentada cada vez mais, devagar e triste. Mas cada vez mais e mais o
desejo junto a habilidade de mexer com coisas do tipo morta. – oh, como eu amo este trabalho morto. Vejam só... o meu ódio
era forte, mas não tão forte quanto os meus desejos de empalhar cada vez mais e mais. Passava eu horas a fio, noite contra
noite, tristonho e muitas vezes até mesmo chorando. – ah! Ira melancólica. Mas oque podia eu fazer?! Era algo que vinha de
dentro de mim, a arte morta em branco e preto que amava e ao mesmo tempo algo sempre vinha me dizer. - Eia, você esta
fazendo coisa errada. – por alguns dias cheguei até mesmo a pensar que talvez seriam algumas crises de abstinências – céus
cheguei até a surtar. Mas logo vi que não... se tratavam na realidade das vozes dos meus anjos, que viriam por causa das
ordens de Deus! Com a loja uma vez pronta, eu já vinha pedindo para enfeita-la ao meu gosto. Primeiro mandei que
colocassem primeiramente as vitrines tonalizadas na cor vinho, os pisos eram pratas espelhados, e as paredes eram pretas!
Os detalhes da borda seriam crânios de gesso, com rosto de pessoas da pequena vila, tudo para os seus distintos melhores
agrados. Há porta da entrada, eram caracterizadas medievalmente. O som que ela fizera, eram sons de doses trépidos. Por
fim os corpos(mercadorias) são os últimos a serem colocados, ah, tudo naquele dia ia muito bem, tudo no primeiro dia da
maravilhosa inauguração, os clientes chegavam de todas as formas, lados e direções. Ah, tudo e todos riam muito. Deveras
felicidades há de reinara na loja! Mas houve certa vez, - ó prestem atenção enquanto lhes digo isso, o diabo me apareceu da
forma como um odioso azar! O azar das dez milhões pragas do próprio satanás! Tudo começou quando eu resolvia admoestar
o velho por conta dele não estar fazendo o seu trabalho corretamente. Mas não era apenas uma vez que ele vinha a fazer este
tipo de coisa, seria muito precipitado fazer isso por conta de uma só, uma única vez que ele teria errado. Mas não, ele errou
terrivelmente diversas e diversas vezes na mesma coisa. – os nervos da pele já fluidos. – desta vez eu não aguentei, alguma
coisa eu tinha de fazer.

- Ele tinha que entender! Ele precisava, ele necessitava, ele queria! – eu dizia de forma consecutiva.

E em fim, eu o fiz! - Eu o chamei e ele se volta para falar comigo. - Eu teria acabado de perceber que ele teria comentado algo
para uns dos clientes e, estava ciente que o assunto eram sobre os corpos. Maldito! – o parvo velho, devia ter falado que os
corpos que estavam comprando eram cadáveres de verdade... oras não estou, não estou mais furioso. Pelo contrario, sentia-
me na maior paz do mundo! – estou curado? – eu o chamo para vir até dentro do quarto dos funcionários, quando ele chega
lentamente, eu sem perder tempo fecho a porta. Do lado de fora ninguém sequer sabia o motivo por eu telo chamado sem
mais nem menos. Mas sei que, que aquilo seria inevitável, do nada a porta trancada do quarto, da visão de quem via pelo lado
de fora. Saltava, tremia, parecia até que estavam socando a porta, e por fim quando deu uma ultima batida do lado de dentro.
O silencio se inicia. Vinte segundos após, eu abro a porta e sem que alguém perceba algo de errado, eu a deixo aberta. –
céus... grande erro meu! – quando já vinha a colocar minha mascara de trabalho para atender os clientes, após virar-me de
costas para a porta... De resto os clientes acabam vendo e começam a gritar! As mulheres davam seus gritos agudos e os
homens os graves, - era o corpo morto do velho, que despencava-se, pendurado pelos pés. Os petizes que estavam presente
mais perto da porta; ficavam em estado de choque, totalmente petrificados. – como o estado do clima em que estávamos era
húmido, as chuvas caiam quase diariamente. Com tudo o tempo já estava começando a ficar cinza, e as partículas das gotas de
agua já começarão a cair. Fazendo com que o tempo ficasse mais em um tom mórbido e escuro. A loja se escurece e os demais
saiam correndo de forma angustiadamente! Alguns chegavam até mesmo tropeçar entre seus próprios pés junto as lagrimas,
devido ao pavor que tinham sentido. Aquele dia eu tinha vendido cerca de dez corpos. Ou seja, dez pessoas agora tem
humanos mortos empalhados dentro de suas salas de estares. - dez pessoas, podem ter uma história por contar das poses das
estatuas. - e dez pessoas... podem dizer o quanto gostam de ter aquilo “como enfeite”.

Oras, de fato. Eu acordo e fico de pronto ao pé da cama, assustado comigo mesmo esperando o Leonardo chegar esta noite!
Pois tudo... fora um sonho.

{O Estranho Dom De Leonardo: - Terça-Feira, 10 de julho de 2018}

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