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SEMINÁRIO DE ESTRUTURAS METÁLICAS

Galvanização

Dentre os variados métodos de proteção contra a corrosão, a galvanização é um dos


mais eficientes em termos de custos e de meio ambiente. Ajuda a poupar recursos
naturais como: minério de ferro e energia, prolongando a vida útil dos produtos que
utilizam esta proteção.

Trata-se de um processo que reveste a superfície de uma peça de ferro ou aço com
zinco metálico.

Esse método também é o mais eficiente

Como ocorre essa proteção?

Em presença do oxigênio do ar e da água o ferro (Fe) sofre oxidação transformando-se


em cátion (Fe²+), processo que origina ferrugem.
Figura 1: Oxidação do ferro

Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/protecao-frente-a-corrosao

O ferro e a maioria dos metais apresentam menor potencial de redução que o


oxigênio, entende-se, portanto, a tendência destes a oxidar-se.

Contudo, quando uma peça é submetida ao processo de galvanização, a camada de


zinco impede a oxidação do material porque o zinco é mais anódico do que o ferro
(tabela a seguir) na série galvânica, portanto, é ele que se corrói, originando a
proteção catódica. O zinco se sacrifica para proteger o ferro.

Como pode-se ver na tabela a seguir o zinco é menos nobre que o ferro, sendo mais
suscetível a corrosao
Figura 2: Série galvânica dos metais
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/o-que-e-galvanizacao-a-fogo

GALVANIZAÇÃO À FOGO

Pesquisas demonstram que a corrosão é a principal responsável pela grande perda de


ferro no mundo. Entre os processos de proteção já desenvolvidos, um dos mais antigos
e bem-sucedidos é a zincagem por imersão a quente, ou, como é mais conhecida,
galvanização à fogo.

Processo

A zincagem por imersão a quente tem seu processo perfeitamente definido, sendo
basicamente o mesmo para qualquer produto, podendo variar na espessura de camada
dependendo da geometria da peça, composição química do material base (aço).
Figura 3: Fluxograma de um processo de galvanização

Fonte: http://www.galvanizadorabentosul.com.br/index-2.html

Fluxograma
1ª Etapa: Desengraxe
Remoção de materiais orgânicos, óleos e graxas;
2ª Etapa: Lavagem
Remoção de possíveis resíduos deixados no desengraxe;
3ª Etapa: Decapagem
Imersão em ácido hidro clorídrico para a remoção de óxidos, cascas de óxidos e
carepas que não são removidos nos banhos de desengraxe alcalino;

4ª Etapa: Lavagem
Remoção de possíveis resíduos produzidos nas reações de decapagem, através de
água corrente e de preferência em mais de um banho;

5ª Etapa: Fluxagem
Remoção dos últimos resquícios de óxido e aplicação de uma película protetora;
6ª Etapa: Secagem
Diminuir o choque térmico das peças a serem galvanizadas, prevenindo contra
respingos de zinco, que ocorrem quando há umidade. A temperatura deve ser mantida
entre 110ºC e 140°C nessa estapa;

7ª Etapa: Zincagem
Imersão em zinco fundido, a uma temperatura em torno de 450°C.

8ª Etapa: Passivação
Essa etapa origina películas uniformes, conferindo boa proteção anticorrosiva e
incrementando a aderência dos revestimentos orgânicos.

9ª Etapa: Acabamento

Os acabamentos em geral são abrilhantadores, niveladores, umectantes e outros


produtos que funcionam como aditivos de processo para refinar os grãos depositados e
possibilitar uma cobertura de maior qualidade.

GALVANIZAÇÃO ELETROLÍTICA (À FRIO)

O zinco é depositado eletroliticamente na base metalizada para formar uma camada


homogênea, fina e com boa aderência, sendo que o mesmo não influi nas
propriedades mecânicas do material. O aço eletro zincado não apresenta ligas
intermetálicas, sendo este revestimento constituído apenas por zinco puro.

Este processo é adequado para determinada peça que será modificada posteriormente
e requer um acabamento brilhante e decorativo.

Da mesma forma que no processo por imersão a quente, as dimensões das peças
estão limitadas pelo tamanho das cubas.
A etapa que muda em relação a galvanização à fogo é a zincagem.

Zincagem

Após realizadas as primeiras etapas de preparação das superfícies, inicia-se a fase de


zincagem, que consiste na imersão da peça em uma cuba com sais de zinco, onde a
corrente elétrica atua promovendo uma reação de oxirredução que formará o
revestimento protetivo.

CROMAGEM

A cromagem é feita por um processo eletrolítico com a aplicação de uma fina camada
cromo sobre um material metálico. Pode ser feita com propósito decorativo ou como
tratamento anti-corrosão.

O processo inicia-se pela lavagem, desengraxe, decapagem e ativação.

Posteriormente a peça recebe o banho de cobre e banho de níquel que dá a cor


prateada à peça, por último se realiza o banho de cromo, que proporciona o brilho.

Cromagem por imersão

É o processo mais tradicional de cromagem, onde inicialmente é realizada a


preparação da peça por meio de banhos químicos, este processo é bem parecido com
o de galvanização a quente, consiste em lavagens, desengraxes, decapagem e
ativação, para remover impurezas e elementos que interfiram na cobertura da peça.

Após a lavagem, a peça é levada para um tanque contendo agua e o metal a ser
depositado junto com aditivos, onde ocorre, portanto, a eletrodeposição do cromo.
Posteriormente a peça recebe o banho de cobre e banho de níquel que dá a cor
prateada à peça, por último se realiza o banho de cromo, que proporciona o brilho.

É necessário lavar a peça novamente para remoção de resíduos.

Devido as lavagens consecutivas para remover os produtos químicos de cada etapa da


preparação, tem-se uma grande geração de efluente liquido de elevada acidez
contento metal, além de efluentes gasosos e resíduos perigosos que tornam necessária
a obtenção de licenças ambientais e monitoramento constante.

Outros processos:

Dependem da aplicação e da peça: folheação por contato, metalização por contato,


este para peças condutoras, metalização por imersão, que consiste no revestimento de
peças não metálicas com cobre ou cromo, spray com pistolas de ar comprimido.

Destas, apenas a primeira técnica utiliza o metal verdadeiro. Nas outras são utilizadas
substâncias que podem conter partículas de cromo ou algum material que imita algumas
de suas características, porém, estes métodos não conferem a mesma resistência à peça
que o tratamento com cromo verdadeiro.

https://www.infoescola.com/quimica/cromagem/
https://www.cromagemjahn.com.br/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromagem

Pintura eletrostática

É uma das formas de pintura mais resistente e efetiva que utiliza um processo
diferenciado por meio de cargas elétricas para a fixação da tinta.

O processo é feito em duas etapas distintas, a primeira é o Pré-Tratamento superficial


e a segunda a Pintura Eletrostática diretamente na peça dispensando a aplicação de
qualquer tipo de base.

Usualmente essa pintura é mais aplicada em superfícies metálicas, mas pode ser
utilizada em qualquer material carregado eletricamente.

Etapas do Processo:

1. Desengraxe;
2. Enxague;
3. Acido Fosfórico: Remoção de oxidação superficial e carepa de carbono depositada na
superfícies cortadas pelo processo a laser.
4. Enxague;
5. Refinador: Condicionar as superfícies a serem fosfatizadas para obtenção de uma
camada de fosfato uniforme, evitando falhas ou imperfeições para não comprometer
a qualidade do processo;
6. Fosfatização: Depositar sobre as superfícies uma camada de fosfatos metálicos,
preparando-o para receber revestimentos orgânicos, proporcionando melhor
aderência e resistência a corrosão.
7. Passivador;
8. Tanque Estufa: secagem das peças a temperatura de 100 °C.

É utilizada uma pistola de pintura que armazena a tinta em pó e antes do pó ser jogado
para fora o mesmo é carregado eletricamente com cargas positivas ou negativas, cujo
potencial pode atingir até 100 000 Volts, e a superfície onde será aplicado será carregado
eletricamente com cargas opostas as da tinta.
Com isso, quando a tinta entra em contato com a superfície ocorre a atração entre as
cargas opostas fazendo a tinta fixar na superfície. Depois desse processo o material é
levado a uma estufa para ganhar perfeita uniformidade na superfície do material.

A tinta utilizada é em pó e se subdivide em três tipos:


Poliéster: Com ótima aderência e dificilmente fica amarelada, utilizada bastante em
ambientes externos.
Epóxi: Com grande resistência à corrosão.
Híbrido: Que é a combinação das duas anteriores.
VANTAGENS:

A tinta é totalmente ecológica pois não tem solvente, é de fácil aplicação e o resultado
de aderência é incrível. Ela garante 50% em economia de tinta, 45% menos tempo de
aplicação, 90% menos tempo de cura e muito mais fixação. Além disso, são
inúmeras as cores que podem ser utilizadas.

EXEMPLOS:

Um ótimo exemplo de pintura eletrostática a pó são as molas: mesmo flexionadas, a


tinta permanece intacta. Outros exemplos, mais simples, são produtos da linha
doméstica, como microondas, geladeiras e máquinas de lavar roupa, pois necessitam
de uma proteção com estética e durabilidade.

http://www.ufjf.br/fisicaecidadania/2013/12/16/o-que-e-e-como-funciona-a-pintura-
eletrostatica/

http://www.pixelpinturaeletrostatica.com.br/processo

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