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Recife
2018
Introdução
Esse relatório tem como base as aulas práticas da disciplina Ensaios de Solos tendo
como objetivo caracterizar e mostrar os procedimentos necessários para o ensaio de
solos, obtenção de umidades e pesos específicos. Foram realizados na aula pratica os
ensaios de Speedy, queima ao álcool e estufa, esses três são ensaios para obtenção de
umidade. Também foram realizados os ensaios do frasco de areia e do cilindro, estes são
ensaios para obtenção de pesos específicos, tanto naturais quanto secos.
1 – Ensaio Speedy
1.1 Objetivo
1.2 Equipamentos
A imagem acima mostra a relação das umidades previstas com o peso da amostra que
deve ser posto no recipiente.
Em nosso ensaio, o técnico Chico com sua experiência previu que a umidade do solo
era menor que 10%. Logo o peso da amostra de solo deveria der de 20𝑔.
Após isso o recipiente é fechado e submetido a ciclos de agitação manual para que o
carbureto de cálcio reaja com a água. O ponteiro do manômetro começará a se
movimentar.
Em nossa aula prática a leitura do manômetro foi de 1,2 𝑘𝑔⁄𝑐𝑚2 , portanto a tabela nos
dá o valor de umidade de 7,7%, comprovando que a previsão de Chico estava certa.
100
ℎ = ℎ𝑙 ∗ 100−ℎ
𝑙
Imagem 4
100
ℎ = 7,7 ∗
100 − 7,7
ℎ = 8,34%
2.1 Objetivos
Este método fixa o modo pelo qual se determina a umidade de solos e de agregados
miúdos pela adição de álcool etílico e sua posterior queima. Esse método é descrito pela
DNER-ME 088.
2.2 Equipamentos
•Balança;
•Cápsula metálica e suporte;
•Espátula de aço;
•Pinça metálica;
•Álcool etílico com grau de pureza maior ou igual a 90%.
2.3 Procedimento experimental e cálculos
Inicialmente é pesado a cápsula (𝑃1). Após isso são colocados 50𝑔 de solo na cápsula,
tendo-se o cuidado de espalhá-lo em toda superfície. O solo deve estar o mais
destorrado possível e deve passar na peneira número 10.
𝑃1 = 48,64𝑔
𝑃2 = 98,64𝑔
𝑃3 = 95,51𝑔
Com os dados acima, determina-se a umidade em relação ao peso de solo seco pela
fórmula
𝑃ℎ − 𝑃𝑠
ℎ= ∗ 100
𝑃𝑠
50 − 46,87
ℎ= ∗ 100
46,87
Portanto a umidade em relação ao peso de solo seco pelo método da queima ao álcool é
ℎ = 6,68%
3 – Ensaio da Estufa
3.1 Objetivo
3.2 Equipamentos
•Balança;
•Estufa capaz de manter a temperatura entre 60°𝐶 e 65°𝐶 e entre 105°𝐶 e 110°𝐶;
•Recipientes adequados, confeccionados com material não corrosível;
•Pinças metálicas.
Em nossa aula pratica foram tomadas três amostras, cada amostra em uma capsula
separada. As cápsulas são identificadas pelos dígitos 4A, 23 e 385.
Imagem 7 – Obtenção da massa do conjunto solo e cápsula
Após isso as cápsulas são colocadas na estufa (cápsulas não tampadas, ver imagem 8), a
uma temperatura de 105°𝐶 a 110°𝐶, onde devem permanecer até a massa não mais
variar. Geralmente 24h são necessárias para a secagem completa das amostras,
dependendo do tipo de solo o tempo de secagem pode ser maior devido a sua umidade
alta ou o solo ser de difícil secagem.
Caso o solo seja orgânico, turfoso ou contendo gipsita devem ser secados em estufa, à
temperatura a uma temperatura de 60°𝐶 e 65°𝐶, requerendo intervalos maiores de
secagem devido à baixa temperatura usada.
Decorrido o tempo necessário para que a massa da amostra não varie mais, a cápsula
deve ser transferida da estufa para o dessecador, onde deve ficar até atingir a
temperatura ambiente.
𝑀1 − 𝑀2
ℎ= ∗ 100
𝑀2 − 𝑀3
Calculando a média, temos que a umidade em relação ao peso de solo seco pelo ensaio
da estufa é
ℎ = 6,48%
4.4 Objetivo
4.2 Equipamentos
Alguns materiais, que constam na NBR 7195, usados para esse ensaio são listados
abaixo, tais como:
•Em laboratório:
Esse procedimento descrito deve ser repetido pelo menos duas vezes para se obter a
média dos valores de 𝑀3 . Na composição da média não pode ter resultados individuais
que diferem mais de 1% do valor da média.
𝑀3 = 481,39 𝑔.
O conjunto frasco e funil foi instalado de modo que o funil ficasse apoiado sobre o
rebaixo da bandeja e esta sobre um cilindro de volume conhecido. Abriu-se o registro,
deixando escoar livremente a areia até cessar o movimento no interior do frasco. Fecha-
se o registro e mede-se novamente a massa do frasco com resolução de 1g e anota-se
como 𝑀4 .
Esse procedimento descrito deve ser repetido pelo menos duas vezes para se obter a
média dos valores de 𝑀6 . Na composição da média não pode ter resultados individuais
que diferem mais de 1% do valor da média.
𝑀6
𝛾𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 =
𝑉𝑐𝑖𝑙
Todo esse procedimento foi realizado pelo técnico Chico antes do horário da aula. O
valor da massa específica aparente a areia encontrada foi de:
•Em campo:
Primeiramente é escolhido o local de coleta, após isso este deve ser limpo, tanto quanto
possível, e deixado plano e horizontal com o auxílio de ferramentas e nível de bolha.
Completa-se novamente o frasco com areia e mede-se a sua massa (no laboratório)
anotando como 𝑀7 .
𝑀7 = 9241𝑔
Assenta-se a bandeja procurando um completo contato entre ela e o solo. Escavar com o
auxílio da talhadeira, martelo e concha de mão, uma cavidade cilíndrica no terreno,
limitada pelo orifício central da bandeja e com profundidade de cerca de 15 𝑐𝑚 ou a
espessura da camada compactada.
𝑀𝑛 = 2019𝑔
Amostras do solo retirado foram usadas para a determinação da umidade. Isso será
comentado nos itens dos ensaios de umidade. Após isso, montar o conjunto frasco e
funil sobre a bandeja abrir o registro deixando a areia escoar e preencher toda a
cavidade recém escavada, o rebaixo da bandeja e o funil (imagem 9). Ao cessar o
movimento no interior do frasco, fechar o registro e retirar o conjunto (imagem 12).
𝑀8 = 7181𝑔
𝑀𝑎𝑟 = 1578,61𝑔
𝛾
ℎ
𝛾𝑠 = 1−ℎ (equação 1)
𝑀𝑛
𝛾ℎ = 𝑉 (equação 2)
𝑐𝑎𝑣
𝑀𝑎𝑟
𝑉𝑐𝑎𝑣 = 𝛾 (equação 3)
𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎
1578,61
𝑉𝑐𝑎𝑣 =
1,363
𝑉𝑐𝑎𝑣 = 1158,19𝑐𝑚3
Com o valor do 𝑉𝑐𝑎𝑣 calculado, podemos calcular o peso específico natural do solo a
partir da equação 2
2019
𝛾ℎ =
1158,19
𝛾ℎ = 1,74 𝑔⁄𝑐𝑚3
𝛾𝑠=𝛾 𝑀𝑛 1 (equação 4)
𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 ∗𝑀 ∗1+ℎ
𝑎𝑟
5 - Ensaio do cilindro
5.1 Objetivo
O objetivo desse ensaio é a determinação da massa específica seca aparente (𝛾𝑠 ) do solo,
seguindo a NBR 9813.
5.2 Equipamentos
Os equipamentos usados na aula prática (ver imagem 10) para esse ensaio estão listados
a seguir:
•Cilindro de cravação;
•Recipiente que permita o acondicionamento do cilindro de cravação com a amostra,
sem perda de umidade (saco plástico);
•Colher e faca;
•Aparelho para medição de umidade (estufa, Speedy ou frigideira);
O cilindro deve ser cravado estaticamente para que não ocorra alteração na densidade da
amostra. Na aula pratica o cilindro foi cravado à mão. Após o cilindro ser parcialmente
cravado, deve-se escavar ao redor para facilitar a cravação (imagem 13).
Imagem 13 – cilindro parcialmente cravado
Ao retirar o cilindro com a amostra deve-se deixar o mesmo com excesso de solo em
ambos os lados para garantir que o cilindro esteja totalmente preenchido.
Após isso o cilindro preenchido é acondicionado em um recipiente para que não haja
perda de humidade. No laboratório o cilindro é arrasado na superfície superior e inferior
(imagem 15).
Após isso o cilindro com o solo em seu interior é pesado. Anota-se o valor como 𝑀𝑡 .
𝑀𝑡 = 512𝑔
Logo, já podemos obter o peso específico natural do solo a partir da seguinte expressão
𝑀𝑡 −𝑀𝑐
𝛾ℎ = (equação 5)
𝑉𝑐
Onde 𝑀𝑐 e 𝑉𝑐 são a massa do cilindro e o volume do cilindro respectivamente e valem
𝑀𝑐 = 129,01𝑔; 𝑉𝑐 = 220,78𝑐𝑚3
𝛾ℎ = 1,73 𝑔⁄𝑐𝑚3
1
𝛾𝑠 = 𝛾ℎ ∗ 1+ℎ (equação 6)
Conclusão
Percebe-se uma discrepância na umidade obtida do ensaio Speedy para os outros dois
ensaios (queima ao álcool e estufa). Isso pode ter acontecido pela balança usada para
medir a massa de solo de 20𝑔 não ser tão precisa (ver imagem 3). Ou pode ter
acontecido que as amostras adotadas nos ensaios de queima ao álcool e estufa tenham
em sua composição uma quantidade ligeiramente maior de areia (o solo ensaiado é
argilo-arenoso) em sua composição, acarretando num resultado errado de umidade.