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Livro Eletrônico

Aula 03

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ TRT-RJ (TJAA) - AOCP

Professores: Equipe Túlio Lages, Murilo Soares, Tulio Lages

44554538818 - Gabriella Bueno


Passo EstratŽgico Ð AOCP/TRT RJ
Direito Administrativo p/ TJAA
Analista Tœlio Lages

Ato administrativo: requisitos, atributos,


classifica•‹o, espŽcies, revoga•‹o, invalida•‹o e
convalida•‹o do ato administrativo

Introdu•‹o ................................................................................1
An‡lise Estat’stica .....................................................................1
An‡lise das Quest›es ................................................................2
Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar..............5
Question‡rio de Revis‹o............................................................8
Anexo I Ð Lista de Quest›es ....................................................20
Refer•ncias Bibliogr‡ficas .......................................................23

Introdu•‹o

Ol‡!
Este relat—rio aborda o assunto ÒAto administrativo: requisitos,
atributos, classifica•‹o, espŽcies, revoga•‹o, invalida•‹o e
convalida•‹o do ato administrativo.Ó
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o
assunto Ž de import‰ncia mŽdia.
Boa leitura!

An‡lise Estat’stica

Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de 74),
temos o seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s)
neste relat—rio:
% aproximado de cobran•a
em provas de n’vel mŽdio
Assunto
realizadas pela AOCP desde
2008

Atos Administrativos 5,4%


Tabela 1

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Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das


provas da AOCP para cargos de n’vel mŽdio, que o assunto: ÒAtos
AdministrativosÓ possui import‰ncia mŽdia, j‡ que foi cobrado em
5,4% das quest›es!
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema,
podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte
classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos assuntos:

% de cobran•a Import‰ncia do assunto

AtŽ 2,9% Baixa a MŽdia

De 3% a 6,9% MŽdia

De 7% a 9,9% MŽdia a Alta

10% ou mais Alta

An‡lise das Quest›es

1.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar) S‹o requisitos do Ato


Administrativo a Compet•ncia, a Finalidade, a Forma, o Motivo e o
Objeto, nesse sentido, assinale a alternativa que descreve corretamente
o requisito ÒObjetoÓ.
a) Revestimento exteriorizador do Ato Administrativo, trata-se de
elemento vinculado, ou seja, indicado na Lei.
b) ƒ o resultado que a Administra•‹o pretende alcan•ar com a pr‡tica
do ato, Ž sempre elemento vinculado.
c) Fato que autoriza a autoridade ˆ realiza•‹o do ato administrativo.
Pode ser vinculado, quando expresso em lei, ou discricion‡rio, quando a

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critŽrio do administrador.
d) Trata-se do conteœdo do ato, atravŽs do qual a Administra•‹o
manifesta seu poder e sua vontade, ou atesta situa•›es preexistentes.
e) ƒ o conjunto de atribui•›es que s‹o conferidas aos ocupantes de um
cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.

GABARITO: ÒDÓ
Essa assertiva apresenta a defini•‹o do requisito ÒobjetoÓ dos atos
administrativos.
A: errada. Trata-se do elemento ÒformaÓ.
B: errada. Esse item diz respeito ao elemento ÒfinalidadeÓ.
C: errada. Essa assertiva define o elemento ÒmotivoÓ.
E: errada. Essa assertiva define o elemento Òcompet•nciaÓ.
2.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar) Qual das alternativas a seguir
NÌO representa um pressuposto do Ato Administrativo?
a) Auto-executoriedade.
b) Imperatividade.
c) Exigibilidade.
d) Jurisdi•‹o.
e) Presun•‹o de Legitimidade.

GABARITO: ÒCÓ
A jurisdi•‹o Ž o poder que o Estado possui de Òdizer o DireitoÓ, de
aplicar o Direito a um caso concreto, com o objetivo de solucionar os
conflitos interesses. Embora possam existir decis›es administrativas, os
atos administrativos n‹o s‹o dotados de jurisdi•‹o.
A: errada. A autoexecutoriedade Ž o pressuposto que representa a
possibilidade de a Administra•‹o Pœblica por em execu•‹o os atos que
pratica sem necessidade de prŽvia autoriza•‹o do Poder Judici‡rio.
B: errada. A imperatividade Ž o pressuposto pelo qual a Administra•‹o
Pœblica pode constituir, unilateralmente, uma obriga•‹o ou restri•‹o ao
administrado.
C: errada. A exigibilidade Ž um atributo da autoexecutoriedade, e
caracteriza-se pela obriga•‹o que o administrado tem de cumprir o
comando imperativo do ato (uma coa•‹o indireta).
E: errada. A presun•‹o de legitimidade implica conferir aos atos

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administrativos a presun•‹o relativa de que foram praticados em


conson‰ncia com o Direito.

Devido ˆ exiguidade de quest›es recentes sobre os assuntos, vejamos


outras quest›es cobradas para outros cargos, que possuem o mesmo
n’vel profundidade.

3. (2017/TRE SP/TŽcnico Judici‡rio Ð Administrativo) Os atos


administrativos s‹o dotados de atributos que lhe conferem
peculiaridades em rela•‹o aos atos praticados pela iniciativa privada.
Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade
(A) n‹o podem ser objeto de controle pelo judici‡rio, tendo em vista
que podem ser executados diretamente pela pr—pria Administra•‹o
pœblica.
(B) submetem-se ao controle de legalidade e de mŽrito realizado pelo
Judici‡rio, tendo em vista que se trata de medida de exce•‹o, em que
a Administra•‹o pœblica adota medidas materiais para fazer cumprir
suas decis›es, ainda que n‹o haja previs‹o legal.
(C) dependem apenas de homologa•‹o do Judici‡rio para serem
executados diretamente pela Administra•‹o pœblica.
(D) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, ap—s a
execu•‹o da decis‹o pela Administra•‹o pœblica, mas a an‡lise abrange
todos os aspectos do ato administrativo.
(E) implicam na prerrogativa da pr—pria Administra•‹o executar, por
meios diretos, suas pr—prias decis›es, sendo poss’vel ao Judici‡rio
analisar a legalidade do ato.

GABARITO: E
A autoexecutoriedade Ž o atributo pelo qual a Administra•‹o Pœblica
pode realizar diretamente determinados atos administrativos, sem
necessidade de autoriza•‹o judicial, como no caso de apreens‹o de
mercadorias il’cita ou interdi•‹o de estabelecimentos que estejam
colocando em risco a saœde dos frequentadores. Esse conceito pode ser
extra’do da assertiva ÒeÓ da quest‹o.
A assertiva ÒaÓ est‡ errada Ð a autoexecutoriedade n‹o Ž absoluta,
podendo ser objeto de controle pelo Poder Judici‡rio, para que se evite
abusos.
A assertiva ÒbÓ est‡ errada Ð o Poder Judici‡rio exerce apenas o
controle de legalidade, n‹o lhe sendo l’cito intervir na an‡lise do mŽrito
da quest‹o.
A assertiva ÒcÓ est‡ errada Ð a autoexecutoriedade n‹o depende de

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homologa•‹o pelo Poder Judici‡rio.


A assertiva ÒdÓ est‡ errada Ð o controle judicial pode ser tanto prŽvio,
como no caso de impetra•‹o de mandado de seguran•a preventivo,
quanto posterior.
4. (2016/TRT 14» Ð TŽcnico Judici‡rio - Administrativo). Sobre
atos administrativos, considere:
I. Os atos administrativos vinculados comportam anula•‹o e
revoga•‹o.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento
podem ser revogados.
III. A compet•ncia para revogar Ž intransfer’vel, salvo por for•a de lei.
Est‡ correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II, apenas.

GABARITO: A
Item I Ð errado. Os atos vinculados n‹o podem ser revogados, devem
ser anulados quando eivados de v’cios.
Item II Ð errado. Os atos integrantes de um procedimento
administrativo s‹o irrevog‡veis, porque a cada novo ato, ocorre a
preclus‹o do anterior, sendo incab’vel an‡lise quanto ao mŽrito deste.
Item III Ð certo. Como a compet•ncia Ž oriunda da lei, sua eventual e
extraordin‡ria transfer•ncia deve se dar por lei tambŽm, lembrando
que, como regra, a compet•ncia Ž intransfer’vel.

Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar

1)! Conceitos de ato jur’dico, ato administrativo, ato judicial e ato


legislativo.
2)! Diferen•a entre ato administrativo e ato da Administra•‹o.
3)! Diferen•a entre fato administrativo e fato da Administra•‹o.
4)! Atributos dos atos administrativos: lembrar do mnem™nico

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ÒPATI.Ó (Presun•‹o de legitimidade, Autoexecutoriedade,


Tipicidade e Imperatividade). Atentar para os atributos presentes
em todos os atos administrativos e aqueles que est‹o presentes
em apenas alguns tipos de atos.
5)! Elementos dos atos administrativos: diferen•a entre elementos
essenciais e elementos acidentais.
6)! Elementos essenciais dos atos administrativos: lembrar do
mnem™nico ÒCOMFIFORMOBÓ (COMpet•ncia, FInalidade,
FORma, Motivo e OBjeto). Atentar para a) os conceitos e
caracter’sticas de cada um dos elementos; b) os arts. 12 a 15 da
Lei 9.784/99, que tratam sobre a delega•‹o e avoca•‹o de
compet•ncias. Aten•‹o aos casos que impedem a delega•‹o e a
avoca•‹o; c) o princ’pio do formalismo moderado e a previs‹o do
art. 22 da Lei 9.784/99; d) os conceitos de pressuposto de fato e
de direito, que informam o elemento ÒmotivoÓ; e) os casos em
que o elemento ÒmotivoÓ Ž discricion‡rio; f) a diferen•a entre
motivo, motiva•‹o e m—vel; g) os casos de motiva•‹o obrigat—ria
previstos no art. 50 da Lei 9.784/99; h) a teoria dos motivos
determinantes; i) a diferen•a entre objeto natural e acidental; j) a
diferen•a entre objeto vinculado e discricion‡rio.
7)! Elementos acidentais dos atos administrativos: lembrar do
mnem™nico ÒECTÓ (Encargo ou modo, Condi•‹o e Termo).
8)! V’cios nos elementos de forma•‹o: atentar a) para as
denomina•›es dos v’cios (por exemplo, Òusurpa•‹o de fun•‹oÓ),
as caracter’sticas de cada um deles, o elemento em que ocorre o
defeito, bem como a possibilidade de saneamento e/ou
necessidade de anula•‹o; b) que a delega•‹o Ž poss’vel, via de
regra, e que a avoca•‹o Ž uma medida excepcional; c) que a falta
de motiva•‹o, quando obrigat—ria, Ž v’cio de forma (n‹o de
motivo)
9)! Vincula•‹o e discricionariedade: atentar para a) a diferen•a entre
atos vinculados e atos discricion‡rios; b) os elementos que ser‹o
sempre vinculados e os que podem ser vinculados ou
discricion‡rios; c) que n‹o existe ato totalmente discricion‡rio; d)
diferen•a entre discricionariedade e arbitrariedade.
10)! MŽrito administrativo: alŽm de seu conceito, atentar para a) a
impossibilidade do Poder Judici‡rio apreciar o mŽrito do ato
administrativo; b) os elementos que podem ser apreciados pelo
Poder Judici‡rio no controle dos atos administrativos
(principalmente os discricion‡rios), bem como para os par‰metros

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que s‹o utilizados pelos —rg‹os judiciais para realizar esse


controle.
11)! Classifica•›es dos atos administrativos quanto a) ao grau de
liberdade em sua pr‡tica, b) aos destinat‡rios do ato, c) ˆ
situa•‹o de terceiros; d) ˆ forma•‹o de vontade (aten•‹o especial
a esta classifica•‹o); e) ˆs prerrogativas com que atua a
Administra•‹o; f) aos efeitos; g) aos requisitos de validade; h) ˆ
exequibilidade. Procurar, sempre que poss’vel, memorizar as
diversas classifica•›es com base na denomina•‹o do ato (por
exemplo: ato pendente Ð que depende de algo, falta alguma
coisa).
12)! EspŽcies de atos administrativos: saber as caracter’sticas e
exemplos de cada uma das espŽcies. Mnem™nico para facilitar a
memoriza•‹o das espŽcies de atos administrativos: ÒNONEPÓ
(Normativos, Ordinat—rios, Negociais, Enunciativos e Punitivos).
13)! Formas de extin•‹o dos atos administrativos: aten•‹o especial ˆs
regras sobre revoga•‹o e anula•‹o, no que diz respeito ˆ natureza
do controle (se de mŽrito, de legalidade e/ou legitimidade),
efic‡cia (ex tunc ou ex nunc), compet•ncia (Administra•‹o e/ou
Judici‡rio), incid•ncia (se incide sobre atos vinculados e/ou
discricion‡rios) e natureza do desfazimento (se o ato de
desfazimento Ž vinculado ou discricion‡rio). Atentar, ainda, para
a) o prazo e condi•›es para anula•‹o de atos administrativos
ilegais previsto no art. 54 da Lei 9.784/99; b) os atos que n‹o s‹o
pass’veis de revoga•‹o (irrevog‡veis).
14)! Convalida•‹o: atentar para a) a diferen•a entre a teoria monista e
a dualista, bem como para a teoria adotada pela doutrina
majorit‡ria atual; b) a diferen•a entre ato nulo e anul‡vel; c) a
diferen•a entre nulidade relativa e absoluta; d) quais elementos
do ato administrativo podem ou n‹o ser sanados em caso de
v’cio; e) os sujeitos que podem realizar a convalida•‹o
(Administra•‹o e/ou Judici‡rio); f) os tipos de atos sobre os quais
a convalida•‹o pode incidir (se incide sobre atos vinculados e/ou
discricion‡rios); g) os efeitos da convalida•‹o (ex tunc ou ex
nunc); h) a natureza do ato de convalida•‹o (se Ž vinculado ou
discricion‡rio); i) a natureza do controle realizado por meio de
convalida•‹o (se de mŽrito, de legalidade e/ou legitimidade); j) os
requisitos de convalida•‹o previstos no art. 55 da Lei 9.784/99,
bem como para a discricionariedade do ato de convalida•‹o em
raz‹o do previsto na reda•‹o do dispositivo (aplic‡vel ˆ esfera
federal); k) as espŽcies de convalida•‹o (ratifica•‹o, confirma•‹o,

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reforma e convers‹o).

Question‡rio de Revis‹o

***Question‡rio - somente perguntas***

1)! Qual o conceito de ato administrativo?


2)! O que Ž fato administrativo?
3)! O que significa dizer que os atos administrativos possuem
presun•‹o de legitimidade?
4)! A imperatividade est‡ presente em todos os atos
administrativos?
5)! Quais os atributos da autoexecutoriedade?
6)! O que Ž o atributo da tipicidade?
7)! O que Ž o elemento da compet•ncia?
8)! A delega•‹o pode ser realizada mesmo a —rg‹os ou
agentes n‹o subordinados? E a avoca•‹o?
9)! ƒ poss’vel a delega•‹o da decis‹o de recursos
administrativos?
10)! Havendo rela•‹o de hierarquia, a avoca•‹o de
compet•ncia sempre ser‡ poss’vel?
11)! Qual a diferen•a entre a finalidade e o objeto do ato
administrativo?
12)! O que preceitua o princ’pio do formalismo moderado?
13)! A forma Ž um elemento vinculado ou discricion‡rio do ato
administrativo?
14)! O que Ž pressuposto de fato? E pressuposto de direito?
15)! Motivo e motiva•‹o s‹o sin™nimos?
16)! Atos que imponham deveres necessitam ser motivados?
17)! Qual a diferen•a entre motivo e m—vel?
18)! O que preceitua a teoria dos motivos determinantes?
19)! O que s‹o os objetos vinculado e discricion‡rio do ato
administrativo?
20)! O que Ž usurpa•‹o de fun•‹o pœblica?

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21)! Qual a diferen•a do desvio de poder para o excesso de


poder?
22)! O v’cio de forma importa na anula•‹o do ato?
23)! No que tange aos seus elementos, qual a diferen•a entre
os atos administrativos vinculados e os discricion‡rios?
24)! ƒ poss’vel o controle de mŽrito do ato administrativo pelo
Judici‡rio?
25)! ƒ poss’vel o controle de atos administrativos
discricion‡rios pelo Judici‡rio?
26)! Considerando que o Poder Judici‡rio n‹o pode adentrar no
mŽrito do ato, Ž poss’vel asseverar que a
discricionariedade Ž absoluta?
27)! Em eventual colis‹o entre um ato geral e um ato
individual, qual deve prevalecer?
28)! Os atos externos podem ser destinados ˆ pr—pria
Administra•‹o?
29)! Uma decis‹o administrativa proferida pelo plen‡rio do
Tribunal de Contas Ž um ato simples, composto ou
complexo?
30)! Uma portaria conjunta emitida pela Receita Federal e
Procuradoria da Fazenda Nacional Ž um ato composto ou
complexo?
31)! Nos atos compostos, o ato acess—rio deve preceder ou
anteceder o ato principal?
32)! Considere os seguintes atos: a) apreens‹o de
mercadorias; b) permiss‹o de uso de bem pœblico; c)
imposi•‹o de multa administrativa; d) protocolo de
documento. Quais deles s‹o atos de: impŽrio? Gest‹o?
Expediente?
33)! Qual a diferen•a entre ato nulo e anul‡vel?
34)! Quais v’cios nos elementos do ato podem ser sanados?
35)! Qual a diferen•a entre o ato perfeito e o ato v‡lido?
36)! ƒ poss’vel que um ato seja imperfeito e v‡lido? E
imperfeito e inv‡lido?
37)! Qual a diferen•a para os atos normativos e as leis?

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38)! ƒ poss’vel dizer que os contratos administrativos s‹o, em


ess•ncia, atos administrativos negociais?
39)! Qual a diferen•a entre a licen•a, a autoriza•‹o e a
permiss‹o?
40)! A exonera•‹o de servidor Ž uma forma de invalidar sua
nomea•‹o?
41)! Quais as diferen•as entre a anula•‹o e a revoga•‹o?
42)! O que Ž convalida•‹o?

***Question‡rio: perguntas com respostas***

1)!Qual o conceito de ato administrativo?


De acordo com Maria Sylvia Di Pietro: Òdeclara•‹o do Estado ou
de quem o represente, que produz efeitos jur’dicos imediatos,
com observ‰ncia da lei, sob o regime jur’dico de Direito Pœblico e
sujeita a controle pelo Poder Judici‡rioÓ1.
De acordo com JosŽ dos Santos Carvalho Filho: Òa exterioriza•‹o
da vontade de agentes da Administra•‹o Pœblica ou de seus
delegat‡rios, nessa condi•‹o, que, sob regime de direito pœblico,
vise ˆ produ•‹o de efeitos jur’dicos, com o fim de atender ao
interesse pœblicoÓ2.
2)! O que Ž fato administrativo?
ƒ um fato jur’dico que produz efeitos sobre a Administra•‹o
Pœblica, mesmo que n‹o envolva a participa•‹o de agentes
pœblicos.
Esses efeitos gerados sobre a Administra•‹o podem ser jur’dicos
ou n‹o. Quando n‹o produzem efeitos jur’dicos sobre a
Administra•‹o, os fatos administrativos s‹o tambŽm chamados
de fato da Administra•‹o.
3)! O que significa dizer que os atos administrativos possuem
presun•‹o de legitimidade?
Significa dizer que se presume que os atos administrativos foram
emitidos com observ‰ncia da lei, produzindo efeitos
imediatamente, ainda que eivados de v’cios ou defeitos
aparentes, atŽ sua eventual anula•‹o pela Administra•‹o ou pelo
Judici‡rio.

1
Di Pietro, 2016, p. 239.
2
Carvalho Filho, 2017, p. 105.

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Essa presun•‹o Ž relativa, admitindo prova em contr‡rio.


Todavia, quem deve demonstrar eventuais v’cios do ato Ž o
administrado, j‡ que a presun•‹o de legitimidade produz o efeito
de inverter o ™nus da prova em favor da Administra•‹o.
4)! A imperatividade est‡ presente em todos os atos
administrativos?
N‹o. A imperatividade est‡ presente somente nos atos imp›em
obriga•›es ou restri•›es.
5)! Quais os atributos da autoexecutoriedade?
Exigibilidade e executoriedade. A primeira seria caracterizada
pela obriga•‹o que o administrado tem de cumprir o comando
imperativo do ato (uma coa•‹o indireta). Por sua vez, a segunda
seria a possibilidade de a pr—pria Administra•‹o praticar o ato ou,
utilizando de meios diretos de coer•‹o, compelir, direta e
materialmente, o administrado a pratic‡-lo (coa•‹o material,
direta).
6)! O que Ž o atributo da tipicidade?
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, ÒŽ o atributo pelo qual o ato
administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente
pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada
finalidade que a Administra•‹o pretende alcan•ar existe um ato
definido em leiÓ3.
Esse atributo decorre diretamente do princ’pio da legalidade,
impedindo que a Administra•‹o pratique atos inominados, sem
previs‹o legal, bem como a pr‡tica de atos totalmente
discricion‡rios e, consequentemente, arbitr‡rios, uma vez que a lei
j‡ define os limites em que a discricionariedade poder‡ ser
exercida.
7)! O que Ž o elemento da compet•ncia?
Compet•ncia Ž o poder atribu’do ao agente para a pr‡tica do ato,
dizendo respeito, assim, ao sujeito que, segundo expresso na
norma, Ž o respons‡vel por praticar determinado ato.
Decorre de norma expressa (n‹o h‡ presun•‹o de compet•ncia
administrativa), normalmente da lei, embora determinados agentes
retirem sua compet•ncia diretamente da Constitui•‹o (como o
Presidente da Repœblica) ou de normas administrativas infralegais
(como um Regimento Interno).

3
Di Pietro, 2016, p. 244.

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8)! A delega•‹o pode ser realizada mesmo a —rg‹os ou


agentes n‹o subordinados? E a avoca•‹o?
Sim, embora o mais comum Ž que a delega•‹o ocorra quando h‡
rela•‹o de hierarquia.
Por outro lado, a avoca•‹o s— Ž poss’vel na exist•ncia de rela•‹o
de hierarquia.
9)! ƒ poss’vel a delega•‹o da decis‹o de recursos
administrativos?
N‹o! O art. 13 da Lei 9.784/1999 disp›e que n‹o podem ser objeto
de delega•‹o:
a) a edi•‹o de atos de car‡ter normativo;
b) a decis‹o de recursos administrativos;
c) as matŽrias de compet•ncia exclusiva do —rg‹o ou autoridade.
10)! Havendo rela•‹o de hierarquia, a avoca•‹o de compet•ncia
sempre ser‡ poss’vel?
N‹o, a avoca•‹o n‹o ser‡ poss’vel quando se tratar de
compet•ncia exclusiva do subordinado.
11)! Qual a diferen•a entre a finalidade e o objeto do ato
administrativo?
O objeto Ž o efeito jur’dico imediato que o ato produz, sua
finalidade espec’fica, seu conteœdo, seu resultado pr‡tico, que ser‡
vari‡vel: aquisi•‹o, transforma•‹o ou extin•‹o de direitos.
Por sua vez, a finalidade Ž o efeito geral ou mediato (no futuro) do
ato, que ser‡ sempre o mesmo (expresso ou implicitamente
estabelecido na lei): a satisfa•‹o do interesse pœblico.
12)! O que preceitua o princ’pio do formalismo moderado?
Preceitua que, para a pr‡tica de qualquer ato administrativo,
devem ser exigidas t‹o somente as formalidades estritamente
essenciais, desprezando-se procedimentos meramente
protelat—rios, o que se coaduna com o art. 22 da Lei 9.784/1999,
que disp›e que Òos atos do processo administrativo n‹o dependem
de forma determinada sen‹o quando a lei expressamente a exigirÓ.
13)! A forma Ž um elemento vinculado ou discricion‡rio do ato
administrativo?
Vinculado, porque deve ser exteriorizado na forma que a lei exigir.

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Somente no caso de a lei n‹o exigir essa forma determinada Ž que


a Administra•‹o poder‡ praticar o ato com a forma que lhe parecer
mais adequada.
14)! O que Ž pressuposto de fato? E pressuposto de direito?
Pressuposto de fato Ž o conjunto de circunst‰ncias, de
acontecimentos, de situa•›es ocorridas no mundo real que levam a
Administra•‹o a praticar o ato. Por sua vez, pressuposto de direito
Ž o dispositivo legal em que se baseia o ato.
15)! Motivo e motiva•‹o s‹o sin™nimos?
N‹o. O motivo Ž um elemento que est‡ presente em todos os atos
administrativos, correspondendo ˆs raz›es (pressupostos de fato
de direito) que justificam sua pr‡tica. J‡ a motiva•‹o Ž a
exposi•‹o, exterioriza•‹o dos motivos, ou seja, Ž a demonstra•‹o,
por escrito, do que levou a Administra•‹o produzir determinado ato
administrativo, sendo importante para que haja um controle mais
eficiente da pr‡tica administrativa, tanto pela sociedade como
pelos demais Poderes e pela pr—pria Administra•‹o.
Embora o motivo sempre esteja presente em um ato
administrativo, a motiva•‹o, a rigor, somente ser‡ obrigat—ria
quando a lei assim o exigir, embora a doutrina e a boa pr‡tica
administrativa defendam que sempre seja aplic‡vel.
16)! Atos que imponham deveres necessitam ser motivados?
Sim, conforme art. 50 da Lei 9.784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos dever‹o ser motivados, com
indica•‹o dos fatos e dos fundamentos jur’dicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou san•›es;

III - decidam processos administrativos de concurso ou


sele•‹o pœblica;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo


licitat—rio;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de of’cio;

VII - deixem de aplicar jurisprud•ncia firmada sobre a


quest‹o ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relat—rios oficiais;

VIII - importem anula•‹o, revoga•‹o, suspens‹o ou

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convalida•‹o de ato administrativo.

17)! Qual a diferen•a entre motivo e m—vel?


Motivo Ž a situa•‹o objetiva, real, externa ao agente que pratica o
ato, enquanto o m—vel Ž a inten•‹o, prop—sito, realidade interna,
psicol—gica desse agente.
No controle dos atos administrativos discricion‡rios, o exame do
m—vel Ž relevante, porque a pr‡tica de tais atos admite uma
aprecia•‹o subjetiva do agente pœblico quanto ˆ melhor forma de
proceder para dar correto atendimento ˆ finalidade legal, de modo
que o ato ser‡ inv‡lido, se o m—vel do agente estiver viciado (ex:
tiver como objetivo favorecer ou perseguir alguŽm).
Nos atos completamente vinculados, o exame do m—vel Ž
irrelevante, porque a lei j‡ define o œnico comportamento poss’vel
perante o motivo por ela j‡ caracterizado, inadmitindo qualquer
subjetivismo por parte do agente.
18)! O que preceitua a teoria dos motivos determinantes?
Que a validade do ato est‡ adstrita aos motivos indicados como
seu fundamento, de maneira que, se os motivos forem inexistentes
ou falsos, o ato ser‡ nulo.
19)! O que s‹o os objetos vinculado e discricion‡rio do ato
administrativo?
Nos atos vinculados, o objeto deve ser exatamente aquele que a lei
estabeleceu. Esse Ž o objeto vinculado.
Por outro lado, nos atos discricion‡rios, o objeto pode ser escolhido
pelo agente pœblico, dentre os poss’veis autorizados na lei,
mediante a avalia•‹o dos critŽrios de conveni•ncia e oportunidade.
Esse Ž o objeto vari‡vel.
20)! O que Ž usurpa•‹o de fun•‹o pœblica?
ƒ o apoderamento da atribui•‹o de agente pœblico por parte de
alguŽm que n‹o sido investido no cargo, emprego ou fun•‹o (ex:
uma pessoa qualquer se vestir de policial e passar a fazer patrulhas
nas ruas, sem ter sido investido no cargo), sendo considerados
inexistentes os atos praticados pelo usurpador.
21)! Qual a diferen•a do desvio de poder para o excesso de
poder?
Desvio de poder (ou desvio de finalidade) Ž a pr‡tica de ato

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visando fim diverso do previsto, mesmo que implicitamente, na lei


(ex: remo•‹o de servidor pœblico com o objetivo de puni-lo). Trata-
se de v’cio de finalidade do ato.
O excesso de poder ocorre quando o agente excede os limites da
sua compet•ncia para praticar determinado ato (ex: demiss‹o de
servidor aplicada por Ministro de Estado, quando a lei lhe permitia
aplicar apenas a penalidade de suspens‹o, devendo a penalidade
de demiss‹o ser aplicada exclusivamente pelo Presidente da
Repœblica).
22)! O v’cio de forma importa na anula•‹o do ato?
S— quando a forma for essencial. Nos demais casos, o v’cio Ž
san‡vel e o ato pass’vel de convalida•‹o.
23)! No que tange aos seus elementos, qual a diferen•a entre
os atos administrativos vinculados e os discricion‡rios?
Nos atos administrativos vinculados, o agente pœblico n‹o possui
margem para valorar ou escolher nenhum de seus elementos, j‡
que todos s‹o vinculados.
J‡ nos atos administrativos discricion‡rios, s‹o vinculados os
elementos compet•ncia, finalidade e forma, mas os demais s‹o
discricion‡rios, de modo que o agente que pratica o ato pode
valorar seu motivo e escolher seu objeto, ou seja, o mŽrito do ato.
24)! ƒ poss’vel o controle de mŽrito do ato administrativo pelo
Judici‡rio?
N‹o, somente a pr—pria Administra•‹o pode realizar o controle do
mŽrito do ato administrativo, que resulta na sua revoga•‹o. (e n‹o
anula•‹o, que Ž um controle de legalidade ou legitimidade).
25)! ƒ poss’vel o controle de atos administrativos
discricion‡rios pelo Judici‡rio?
Sim, mas nunca do mŽrito do ato: somente da legalidade ou
legitimidade do ato, resultando na sua anula•‹o em caso de v’cio
em seus elementos.
26)! Considerando que o Poder Judici‡rio n‹o pode adentrar no
mŽrito do ato, Ž poss’vel asseverar que a
discricionariedade Ž absoluta?
N‹o, a discricionariedade deve: a) ser exercida nos limites da lei;
b) observar os princ’pios da Administra•‹o Pœblica, especialmente
os da razoabilidade, da proporcionalidade e da moralidade; e c)

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atender ˆ teoria dos motivos determinantes.


27)! Em eventual colis‹o entre um ato geral e um ato
individual, qual deve prevalecer?
O ato geral, uma vez que, na pr‡tica de atos individuais, a
Administra•‹o Ž obrigada a observar os atos gerais pertinentes
ao caso.
28)! Os atos externos podem ser destinados ˆ pr—pria
Administra•‹o?
Sim, os atos externos podem ser destinados tanto aos
particulares quanto ˆ pr—pria Administra•‹o; o que os distingue
dos atos internos Ž o fato de produzirem efeitos fora da
reparti•‹o que os originou.
29)! Uma decis‹o administrativa proferida pelo plen‡rio do
Tribunal de Contas Ž um ato simples, composto ou
complexo?
Simples, porque proveniente da manifesta•‹o de um œnico —rg‹o.
30)! Uma portaria conjunta emitida pela Receita Federal e
Procuradoria da Fazenda Nacional Ž um ato composto ou
complexo?
Complexo, porque decorre de duas manifesta•›es de vontade
aut™nomas, provenientes de —rg‹os diversos, resultando em um
œnico ato.
31)! Nos atos compostos, o ato acess—rio deve preceder ou
anteceder o ato principal?
Os dois: o ato acess—rio pode ser prŽvio, com a fun•‹o de autorizar
a pr‡tica do ato principal, ou posterior, com a fun•‹o de conferir
efic‡cia ao ato principal.
32)! Considere os seguintes atos: a) apreens‹o de mercadorias;
b) permiss‹o de uso de bem pœblico; c) imposi•‹o de
multa administrativa; d) protocolo de documento. Quais
deles s‹o atos de: impŽrio? Gest‹o? Expediente?
a) apreens‹o de mercadorias: ato de impŽrio.
b) permiss‹o de uso de bem pœblico: ato de gest‹o.
c) imposi•‹o de multa administrativa: ato de impŽrio.
d) protocolo de documento: ato de expediente.
33)! Qual a diferen•a entre ato nulo e anul‡vel?

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O ato nulo possui v’cio insan‡vel em um dos seus elementos


constitutivos, sendo ilegal e ileg’timo e, por isso, n‹o pode ser
convalidado, devendo ser anulado.
J‡ o ato anul‡vel Ž o que apresenta defeito san‡vel, sendo pass’vel
de convalida•‹o pela pr—pria Administra•‹o.
34)! Quais v’cios nos elementos do ato podem ser sanados?
S‹o san‡veis os v’cios de compet•ncia quanto ˆ pessoa (e n‹o
quanto ˆ matŽria), exceto se se tratar de compet•ncia exclusiva, e
o v’cio de forma, a menos que se trate de forma essencial exigida
em lei.
==d4bc6==

35)! Qual a diferen•a entre o ato perfeito e o ato v‡lido?


O ato perfeito Ž o que contŽm todos elementos constitutivos
previstos na lei. J‡ o ato v‡lido Ž aquele cujos elementos de
forma•‹o n‹o apresentam nenhum v’cio.
36)! ƒ poss’vel que um ato seja imperfeito e v‡lido? E
imperfeito e inv‡lido?
Nenhuma dessas combina•›es Ž poss’vel, porque o ato
imperfeito, a rigor, sequer existe como ato administrativo, porque
n‹o cumpriu todas suas etapas de forma•‹o, de modo que todo
ato v‡lido Ž, necessariamente, v‡lido ou inv‡lido.
37)! Qual a diferen•a para os atos normativos e as leis?
As leis s‹o elaboradas a partir do processo legislativo e podem
criar direitos e obriga•›es o direito, ou seja, podem inovar o
ordenamento jur’dico, enquanto que os atos normativos s‹o
praticados pela Administra•‹o e n‹o podem inovar no
ordenamento jur’dico.
38)! ƒ poss’vel dizer que os contratos administrativos s‹o, em
ess•ncia, atos administrativos negociais?
N‹o, porque n‹o s‹o atos bilaterais, mas sim atos unilaterais,
embora haja presen•a de interesse rec’proco entre as partes.
39)! Qual a diferen•a entre a licen•a, a autoriza•‹o e a
permiss‹o?

Licen•a Autoriza•‹o Permiss‹o

Vinculado Discricion‡rio Discricion‡rio

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Definitivo Prec‡rio Prec‡rio


Possibilita ao
particular o exerc’cio Refere-se apenas ao uso
de alguma atividade de bem pœblico; caso se
material de refira ˆ delega•‹o de
predominante servi•os pœblicos, a
Confere direitos
interesse dele e que, permiss‹o deve ser
ao particular que
sem esse
preencheu todos formalizada mediante
consentimento, seria
os requisitos um Òcontrato de
legalmente proibida,
legais. ades‹oÓ, precedido de
ou a presta•‹o de
servi•o pœblico n‹o licita•‹o (ou seja, n‹o
exclusivo do Estado, constitui um ato
ou, ainda, a utiliza•‹o administrativo).
de um bem pœblico.
40)! A exonera•‹o de servidor Ž uma forma de invalidar sua
nomea•‹o?
N‹o, a exonera•‹o de servidor extingue os efeitos do ato de sua
nomea•‹o em raz‹o de contraposi•‹o.
Por outro lado, a invalida•‹o da nomea•‹o ocorreria caso
constatado que o ato de nomea•‹o foi ilegal.
41)! Quais as diferen•as entre a anula•‹o e a revoga•‹o?
A anula•‹o Ž o desfazimento do ato administrativo por quest›es
de legalidade ou de legitimidade, produzindo efeitos retroativos ˆ
data da pr‡tica do ato (ex tunc). N‹o gera direitos adquiridos,
embora a jurisprud•ncia venha reconhecendo a necessidade de
proteger os efeitos produzidos em rela•‹o aos terceiros de boa-
fŽ. Opera tanto sobre atos vinculados como discricion‡rios.
J‡ a revoga•‹o Ž a retirada de um ato administrativo v‡lido do
mundo jur’dico por raz›es de oportunidade e conveni•ncia,
possuindo efeitos e oportunidade, produzindo efeitos prospectivos
(para frente ou ex nunc). Deve respeitar direitos adquiridos.
Opera somente sobre atos discricion‡rios.
ƒ importante destacar que os tribunais superiores t•m entendido
que tanto a anula•‹o quanto a revoga•‹o de atos que
desfavore•a interesses do administrado deve ser precedida (tem
que ser antes!) de procedimento administrativo em que lhe seja
assegurado o exerc’cio do direito ao contradit—rio e ˆ ampla
defesa, mesmo que seja n’tida a ilegalidade.
42)! O que Ž convalida•‹o?

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ƒ a faculdade de a Administra•‹o corrigir e regularizar os v’cios


san‡veis dos atos administrativos, produzindo efeitos ex tunc, a
fim de preservar e tornar v‡lidos os efeitos j‡ produzidos pelo ato
enquanto ainda eivado de v’cios.
A convalida•‹o pode operar tanto em atos vinculados como
discricion‡rios, n‹o sendo um controle de mŽrito, mas de
legalidade.
Na esfera federal, a Lei 9.784/99 prev• a possibilidade de
convalida•‹o nos seguintes termos:
Art. 55. Em decis‹o na qual se evidencie n‹o acarretarem
les‹o ao interesse pœblico nem preju’zo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos san‡veis poder‹o ser convalidados
d
pela pr—pria Administra•‹o.

Assim, nos termos do dispositivo, a convalida•‹o na esfera federal


deve observar os seguintes requisitos:
a) n‹o pode prejudicar terceiros;
b) deve visar a realiza•‹o do interesse pœblico;
c) deve recair sobre v’cios san‡veis.
...
Grande abra•o e bons estudos!

Ò Voc• n‹o pode mudar o vento, mas pode ajustar as


velas do barco para chegar aonde quiser.Ó
(Confœcio)

Tœlio Lages

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ANEXO I Ð LISTA DE QUESTÍES

1.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar) S‹o requisitos do Ato


Administrativo a Compet•ncia, a Finalidade, a Forma, o Motivo e o
Objeto, nesse sentido, assinale a alternativa que descreve corretamente
o requisito ÒObjetoÓ.
a) Revestimento exteriorizador do Ato Administrativo, trata-se de
elemento vinculado, ou seja, indicado na Lei.
b) ƒ o resultado que a Administra•‹o pretende alcan•ar com a pr‡tica
do ato, Ž sempre elemento vinculado.
c) Fato que autoriza a autoridade ˆ realiza•‹o do ato administrativo.
Pode ser vinculado, quando expresso
4 em lei, ou discricion‡rio, quando a
critŽrio do administrador.
d) Trata-se do conteœdo do ato, atravŽs do qual a Administra•‹o
manifesta seu poder e sua vontade, ou atesta situa•›es preexistentes.
e) ƒ o conjunto de atribui•›es que s‹o conferidas aos ocupantes de um
cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.
2.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar) Qual das alternativas a seguir
NÌO representa um pressuposto do Ato Administrativo?
a) Auto-executoriedade.
b) Imperatividade.
c) Exigibilidade.
d) Jurisdi•‹o.
e) Presun•‹o de Legitimidade.
3. (2017/TRE SP/TŽcnico Judici‡rio Ð Administrativo) Os atos
administrativos s‹o dotados de atributos que lhe conferem
peculiaridades em rela•‹o aos atos praticados pela iniciativa privada.
Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade
(A) n‹o podem ser objeto de controle pelo judici‡rio, tendo em vista
que podem ser executados diretamente pela pr—pria Administra•‹o
pœblica.
(B) submetem-se ao controle de legalidade e de mŽrito realizado pelo
Judici‡rio, tendo em vista que se trata de medida de exce•‹o, em que a
Administra•‹o pœblica adota medidas materiais para fazer cumprir suas
decis›es, ainda que n‹o haja previs‹o legal.
(C) dependem apenas de homologa•‹o do Judici‡rio para serem
executados diretamente pela Administra•‹o pœblica.
(D) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, ap—s a
execu•‹o da decis‹o pela Administra•‹o pœblica, mas a an‡lise abrange

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todos os aspectos do ato administrativo.


(E) implicam na prerrogativa da pr—pria Administra•‹o executar, por
meios diretos, suas pr—prias decis›es, sendo poss’vel ao Judici‡rio
analisar a legalidade do ato.
4. (2016/TRT 14» Ð TŽcnico Judici‡rio - Administrativo). Sobre
atos administrativos, considere:
I. Os atos administrativos vinculados comportam anula•‹o e revoga•‹o.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento
podem ser revogados.
III. A compet•ncia para revogar Ž intransfer’vel, salvo por for•a de lei.
Est‡ correto o que se afirma em b
(A) III, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II, apenas.

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GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS


1.D 2.C 3.E
4.A

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Refer•ncias Bibliogr‡ficas

BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo.


5. ed. Bras’lia: STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CAROLINA, N‡dia. VALE, Ricardo. Direito Constitucional p/ AFRFB Ð
2017. EstratŽgia Concursos.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. rev., atual.
e ampl. S‹o Paulo: Saraiva, 2016.
MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 21. ed. S‹o Paulo: Atlas,
2007.
PAULO, Vicente. ALEXANDRINO, 6 Marcelo. Direito Constitucional
descomplicado. 16. ed. rev., atual. e ampl. Ð Rio de Janeiro: Forense;
S‹o Paulo: MƒTODO, 2017.

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