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Resumo
Uma das alternativas para determinar as ações devidas ao vento é o método estático
apresentando pela norma brasileira ABNT 6123, que considera os efeitos meteorológicos, de
terreno e de dimensões da edificação. Além disso, os coeficientes aerodinâmicos tais como
coeficientes de pressão interna e externa também devem ser considerados, coeficientes esses
que majoram ou minoram as ações do vento conforme as características da estrutura
analisada. Entretanto, algumas estruturas apresentam alta sensibilidade a componente
dinâmica flutuante do vento. Segundo a ABNT NBR 6123:1988, edificações com período
fundamental superior a um segundo, em particular aquelas fracamente amortecidas, podem
apresentar uma importante resposta flutuante na direção do vento médio. A resposta
dinâmica deve ser calculada segundo outras especificações e equações, que diferem daquelas
tradicionalmente utilizadas no método estático. Por outro lado, a norma americana ASCE 7-10
considera a importância da flexibilidade de estrutura, e estabelece equações para definição da
frequência natural aproximada para diferentes tipos de estrutura, e admite-se uma nova
pressão de velocidade. Sendo assim, os novos valores obtidos, para diferentes velocidades
básicas de vento, devem ser comparados com os métodos estáticos Neste trabalho os
procedimentos da ABNT NBR 6123 e da ASCE 7:10 são discutidos e aplicados a um exemplo de
edificação esbelta, de maneira a avaliar as considerações necessárias ao projeto, finalmente
observações para a correta consideração dos efeitos dinâmicos devidos ao vento são
discutidas.
Abstract
One of the alternatives to determine the actions caused by wind is the equivalent static
method as defined by the Brazilian ABNT 6123, which include the meteorological effects of
wind, characteristics of obstacles in the vicinity of the building. In addition, the aerodynamic is
considered through internal and external pressure coefficients, from tunnel wind tests, and
these coefficients define the forces due to wind. However, some structures have high
sensitivity to dynamic component of the wind. According to ABNT NBR 6123: 1988, buildings
with fundamental period of more than one second, in particular those weakly damped, may
present an important fluctuant response due to the wind. The dynamic response must be
________________________________
* Contribuição técnica ao Construmetal 2014 – Congresso Latino-Americano da Construção
Metálica – 02 a 04 de setembro de 2014, São Paulo, SP, Brasil.
1
calculated according to other methods, which differ from those traditionally used in the static
method. The ASCE 7-10 considers the importance of flexibility of the structure and establishes
formulae’s for approximate natural frequency for different kinds of structure, and assume a
new velocity. Thus, the new values obtained for different basic wind speeds, must be
compared with the static methods. In this work procedures of ABNT NBR 6123 and ASCE 7:10
are discussed and applied to a slender buildings examples, in order to evaluate the
considerations necessary for the project, remarks for the correct consideration of the dynamic
effects due to the wind are summarized.
¹ Graduando, Engenharia Civil, Universidade da Passo Fundo, Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil.
2
D.Sc. Engenharia Civil, Programa de Pós graduação engenharia civil e ambiental, Universidade da Passo
Fundo, Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil.
2
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
O estudo tem como principal objetivo desenvolver um estudo comparativo entre os efeitos
estáticos e dinâmicos devido as ações do vento, baseado nas prescrições da ABNT NBR 6123 e
ASCE 7-10. Para isso serão definidos os fluxos de processos para determinação das ações
devidas ao vento pelos métodos estático equivalente e dinâmico simplificado segundo NBR
6123 e para determinação dos coeficientes de amplificação dinâmica segundo ASCE 7-10.
A atmosfera ao ser perturbada, tende naturalmente para o movimento, originando aquilo que
se convenciona chamar de vento. Estas perturbações são constituídas fundamentalmente por
gradientes de pressões que resultam de aquecimentos diferenciais em diferentes locais. Tais
desiquilíbrios, provocados por fenômenos termodinâmicos, tornam a atmosfera instável,
obrigando esta a uma procura incessante de equilíbrio originando as circulações atmosféricas.
(VASCONSELOS LOPES,1992)
3
A ASCE 7-10 considera a importância da flexibilidade da estrutura. Para determinar se um
edifício ou estrutura é rígido ou flexível, a frequência natural fundamental, será estabelecida
usando as propriedades estruturas e de deformação característica dos elementos.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
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Com pórticos em um dos sentidos horizontais, e contido lateralmente no outro, o edifício
possui 22,5m, divididos em 3 módulos de 7,5m, em sua maior direção horizontal, e 8,5m em
sua menor direção horizontal. A altura total do edifício é de 21,5m. Predominantemente
formada por perfis laminados do tipo W (laminado de abas largas) a estrutura é utilizada para
apoio e manutenção de silos e equipamentos auxiliares.
Posteriormente, realiza-se a análise modal, com auxílio do mesmo software (SAP 2000), a
verifica-se a frequência natural fundamental e o período fundamental da estrutura nos seus
diversos graus de liberdade. A imagem a seguir representa a deformação da estrutura em seu
primeiro modo de vibração, o qual representa o período fundamental superior a um segundo.
5
A segunda estrutura analisada foi proposta com altura para que o período da estrutura ficasse
acima de 1 segundo. Trata-se de uma torre que pode ser usada para suporte de equipamentos
de telecomunicação ou então para suporte de equipamentos leves. Estruturada em aço com
ligações predominantemente soldadas. A modelagem, aplicação de cargas e dimensionamento
foram realizados no CSI SAP 2000 V16.0. Para cálculo provisório do período fundamental a
estrutura foi submetida a carregamentos de vento calculados conforme método estático da
NBR 6123:1988. A seguir apresenta-se modelo matemático da estrutura 3D que a partir deste
momento será chamada de torre metálica.
Com pórticos rígidos em um dos sentidos horizontais, e contenções alterais no outro, o edifício
possui 12m, divididos em dois módulos de 6m, em sua maior direção horizontal, e 6m em sua
menor direção horizontal. A altura do edifício é de 50m. Predominante formado por perfis
laminados do tipo W.
6
O dimensionamento automático realizado pelo SAP 2000, atende os princípios da norma
americana ANSI/AISC 360-05, definidos para o método dos estados limites LRFD. As
deformações máximas estão de acordo com os limites apresentados pela ABNT NBR 8800.
Posteriormente, realiza-se a análise modal, com auxílio do mesmo software (SAP 2000), a
verifica-se a frequência natural fundamental e o período fundamental da estrutura nos seus
diversos graus de liberdade. A imagem a seguir representa a deformação da estrutura em seu
primeiro grau de liberdade, o qual apresenta período fundamental superior a um segundo.
7
2.2 Cálculo pelo método estático segundo ABNT NBR 6123:1988
Naturalmente, o vento é uma ação dinâmica. As indicações das normativas nada mais fazem
que transformar esta ação dinâmica em uma ação estática equivalente. (MARTINS VIEIRA,
2013). A NBR 6123:1988 define parâmetros para o cálculo da pressão estática equivalente,
denominada q, parâmetros esses que dependem basicamente da localização da estrutura, do
relevo do terreno em que ela está inserida, das suas dimensões e do seu uso.
Logo, segundo a NBR 6123, q pode ser definido pela seguinte equação. (Equação 1):
= 0,613 ² (1)
Onde:
q é a denominada pressão estática equivalente;
vk é a velocidade caraterística do vento.
Define-se então, que ambas as estruturas serão construídas na cidade de Passo Fundo, no
norte do estado do Rio Grande do Sul. Para definição da velocidade básica do vento Vo, é
necessária análise do mapa das isopletas do vento apresentado na NBR 6123:1988. A
velocidade básica indicada para a região de Passo Fundo é de 45m/s.
Segundo a NBR 6123:1988 o fator topográfico S1 é diferenciado para três situações. Ambos os
edifícios estudados serão construídos em terreno plano ou fracamente acidentado, o que
significa que o fator S1 será igual a 1,0.
O fator combinado S2, depende de três fatores. Da rugosidade do terreno, das dimensões da
edificação e da altura da edificação sobre o terreno. A rugosidade do terreno é classificada em
5 categorias. Os edifícios considerados serão construídos sobre terrenos abertos em nível ou
aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados. Isso define a categoria de
rugosidade II. As dimensões da edificação foram citadas no item anterior deste artigo, sendo
assim, pode-se definir os parâmetros b, p e Fr e que a edificação pertence a classe B. Conforme
a equação a seguir, (Equação 2) obtém-se o 1,05 como fator S2 para o edifício de processos.
2= × × ( ) (2)
8
= × 1 × 2 × 3 (3)
= 47,25 /
= 1368 / ²
Para possibilitar a comparação dos resultados, a torre metálica será construída em local
idêntico ao do edifício de processos. Portanto, segundo as explicações dadas no item 2.2.1
deste artigo, define-se a velocidade básica do vento de 45m/s e que os fatores S1 e S3 são
iguais a 1,0. Entretanto, pela diferença de altura verificada entre as duas estruturas, o fator
combinado S2, definido a partir da equação 2 é de 1,13.
= 50,85 /
= 1585 / ²
Semelhantemente a NBR 6123, a ASCE 7-10 também converte a ação dinâmica natural do
vento em uma pressão estática equivalente. Para isso, são necessárias definições da
velocidade básica do vento, do fator de direcionalidade do vento, Kd. Além disso, a normativa
exige a definição da rugosidade superficial e da categoria de exposição do terreno. O fator
topográfico kzt, e os coeficientes de pressão e exposição de velocidade complementam o
cálculo.
Primeiramente, salienta-se que os locais e terrenos das obras continuam idênticos. Portanto é
necessária mais uma vez, para definição da velocidade básica, a utilização do mapa das
isopletas da NBR 6123:1988. Logo, serão obtidos os 45m/s para região de Passo Fundo no
estado do Rio Grande do sul. A partir disso, o fator de direcionalidade kd, deve ser definido
9
segundo o item 26.6 da ASCE 7-10. Para o edifício de processos teremos o fator de
direcionalidade Kd igual a 0,85, conforme definido na tabela 26.6-1 da ASCE 7-10. Depois disso,
foram definidas as denominadas categorias de risco, de exposição e rugosidade do terreno.
Estes mesmos fatores estão definidos da seguinte maneira.
Rugosidade da superfície: B: ASCE 7-10 seção 26.7.2: Define-se como rugosidade da superfície
do tipo B, áreas urbanas e suburbanas, áreas de florestas ou terrenos com numerosas
obstruções pouco espaçadas entre si com dimensões de residências ou superiores.
Categoria de exposição: C: ASCE 7-10 seção 26.7.3: A categoria de exposição C, deve ser
aplicada quando as características do edifício não se enquadram nas definidas nos grupos B e
D. O grupo B engloba edifícios cuja maior altura seja menor ou igual a 9,1m, o que não é o caso
de nenhuma das estruturas estudadas neste artigo. O grupo D engloba edifícios que estejam
inseridos e áreas com rugosidade da superfície do tipo D.
O fator topográfico Kzt, é muito semelhante ao fator S1 da NBR 6123:1988. Portanto segundo
figura 26.8-1 da ASCE 7-10, para ambas as estruturas, Kzt é igual a 1,0.
= 0,613 ∗ ∗ ∗ ²
Onde:
Kz = 1,17
Kzt = 1,0
Kd= 0,85
V = 45m/s
Portanto:
= 1235 / ²
Logo:
Kz = 1,398
Kzt = 1,0
Kd = 0,85
10
V = 45m/s
= 1475 / ²
2.4 Cálculo pelo método dinâmico simplificado segundo NBR 6123:1988
O item 9.3.1 da NBR 6123 define uma equação para cálculo dinâmico simplificado do vento.
(Equação 5).
Primeiramente é necessário definir o termo denominado qo, que é dado pela equação a seguir
(Equação 6).
= 0,613 ²
Onde:
Vp = 0,69 Vo*S1*S3
Vo = 45 m/s
S1 = 1,0
S2 = 1,0
Logo:
= 591 / ²
Os demais fatores utilizados na equação são também definidos pela NBR 6123 e dependem
basicamente das características da estrutura e das características naturais do vento. Tais
fatores respeitam as seguintes descrições e atribuições:
∗
= 0,0170426 (6)
11
Onde :
Vp = 31,05 m/s
fj = frequencia fundamental = 0,98797, calculada pelo CSI SAP 2000
L = dimensão característica do terreno = 1800m
( ) = 2143 / ²
b = 1,0
z = 50m
zr = 10m
h = 50m
y = 1,2
p = 0,15
ƫ = 1,20
= 0,02139
∗
Onde:
Vp = 31,05m/s
fj = frequência fundamental = 0,80614
L= 1800m
Portanto:
( ) = 2264 / ²
(7)
12
Neste caso, os fatores envolvidos na equação são mais elaborados, distintos para cada tipo de
edificação e dependem de novas equações.
Inicialmente definem-se gq e gv como 3,4, segundo 26.9.5 da ASCE 7-10. Depois disso a
equação 8 define gr como:
(8)
Onde:
N1 = 0,98797, frequência natural fundamental da estrutura, SAP 2000;
Logo:
= 4,1866
(9)
Onde:
B = 0,02
Antes de definir os demais fatores, é necessário definir Rn, que depende de nova equação.
(Equação 10) ou 26.9-13 da ASCE 7-10
(10)
N1 depende de nova equação, (Equação 11)
(11)
Onde:
= ( /10)
Onde:
E = 1/5, definido pela tabela 29.9-1;
l = 152,4m, definido pela tabela 29.9-1;
z = 12,9m = 0,6 h, sendo h a altura livre do edifício;
Logo:
= 160,362
O coeficiente Vz é definido pela equação a seguir. Equação 12.
13
(12)
Onde:
b = 0,65, definido pela tabela 26.9-1;
α = 0,154, definido pela tabela 26.9-1;
V = 45m/s = 259,2 mi/h. Velocidade básica do vento em milhas por hora.
Logo:
Vz = 175,22 mi/h
Definidos Vz e Lz, calcula-se N1 pela equação 11, sendo n1 a frequência fundamental que é
igual a 0,98797.
N1 = 0,904
O coeficiente N1, será utilizado para definição de Rn, segundo equação 10.
Rn = 0,1382
(13)
n para RH:
, quando n1 é a frequência e h a altura livre do edificio;
n para RL
, quando L é a dimensão característica do terreno;
N para RB:
, quando B é a menor dimensão horizontal da estrutura;
Logo:
RH = 0,71249;
RB = 0,86785;
RL = 0,955;
= 2,045
Seguindo com o objetivo de resolver a equação sete, para encontro do fator de efeito de
rajada, são necessárias novas equações para definição de Iz e Q. Iz é definido conforme
equação a seguir. (Equação 14)
14
(14)
Onde:
c = 0,2, conforme tabela 26.9-1
z = 12,9m = 0,6*h
Logo:
Iz = 0,1917
Q é definido pela equação 26.9-8 da ASCE 7-10 ou pela seguinte. (Equação 15)
(15)
Onde:
B= 8,5m, menor dimensão horizontal da estrutura;
h = 21,5m, altura livre do edificio;
Lz = 160,362m conforme calculado anteriormente;
Logo:
Q = 0,9057
Com todos os fatores definidos, é possível calcular Gf para o edifício de processos, fator de
efeito de rajada, conforme equação 7.
Gf = 1,74
Para cálculo da pressão dinâmica q(z), multiplica-se a pressão encontrada no método estáticos
por Gf. Então:
( ) = 2149 / ²
A frequência natural da estrutura, n1, calculada pelo software CSI SAP 2000 é de 0,80614.
15
gr = 4,1378, segundo equação 8.
Para:
z = 30m;
l = 152,4m
E = 0,2
b = 0,65
α = 0,154
Temos:
Lz = 189,85m
Vz = 199,54 mi/h
N1 = 0,767
E conforme equação 10:
Rn = 0,15
Iz = 0,1665
Conforme equação 15:
Q = 0,8798
Gf = 1,64644
Para cálculo da pressão dinâmica q(z), multiplica-se a pressão encontrada no método estáticos
por Gf. Então:
( ) = 2434 / ²
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3 RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
2500 2500
2000 2000
1500 1500
2134 2264
1000 1368 1000 1585
500 500
0 0
Estático NBR Dinâmico Estático NBR Dinâmico
6123:1988 simp. NBR 6123:1988 simp. NBR
6123:1988 6123:1988
Método de Calculo Método de Calculo
Figura 05: Comparação entre os métodos Figura 06: Comparação entre os métodos
estático e dinâmico, segundo NBR 6123 para estático e dinâmico, segundo NBR 6123 para
edifício de processos. (56%) torre metálica. (43%)
17
Edificio de processos Torre metálica
h = 21,5m h = 50m
f1 = 0,98797 f1 = 0,80614
Pressão do vento N/m²
Figura 07: Comparação entre os métodos Figura 08: Comparação entre os métodos
estático e dinâmico, segundo ASCE 7-10 para estático e dinâmico, segundo ASCE 7-10 para
edifício de processos. (74%) torre metálica. (65%)
1400 2000
1200
1000 1500
800 1368 1235 1000 1585
600 1475
400 500
200
0 0
Estático NBR Estático ASCE Estático NBR Estático ASCE
6123:1988 7-10 6123:1988 7-10
Método de Calculo Método de Calculo
Figura 09: Comparação dos métodos estáticos Figura 10: Comparação dos métodos estáticos
NBR- ASCE para edifício de processos. (11%) NBR- ASCE para torre metálica. (7%)
18
Edificio de processos Torre metálica
h = 21,5m h = 50m
f1 = 0,98797 f1 = 0,80614
Pressão do vento N/m²
Além disso, os resultados podem ser avaliados sob os mais diversos aspectos. Enquanto que
para os métodos estáticos a NBR 6123 define ações mais intensas que a ASCE 7-10, para os
métodos de consideração dinâmica do vento, os maiores coeficientes são obtidos pelos
americanos. (Figuras 09, 10, 11 e 12).
19
Para complementação do estudo, seriam interessantes novas analise considerando um edificio
ainda mais esbelto, com frequência menor do que a da torre metálica. Assim a importância
exponencial da diminuição da frequência no resultado poderia ser melhor observada. Além
disso, novos modelos matemáticos, dos mesmos edifícios, gerados com aplicação das pressões
dinâmicas encontradas neste estudo, teriam novas frequências fundamentais, que
possibilitariam várias novas informações e comparações no mesmo sentido. Outro estudo
interessante, seria a comparação das pressões obtidas para um mesmo edifício com
velocidades básicas diferentes.
A NBR 6123:1988, em seu anexo I, apresenta um exemplo de cálculo pelo método dinâmico
simplificado. Trata-se de um edifício de 120m de altura de 24m por 24m de lado, localizado em
um terreno de categoria IV, com velocidade básica de 45m/s estruturado em concreto e aço.
Para justa comparação, serão apresentados aqui, as pressões obtidas pela normativa somente
para o edifício em aço. Tem-se:
Confere-se uma variação de 24%, menor que as de 56% e 43% verificadas neste estudo.
Possivelmente, o aumento da altura do edifício, torne-se exponencialmente menos influente
na diferença de pressão entre os métodos estáticos e dinâmicos. Isso pode ser afirmado
porque para o edifício de processos (21,5m de altura) verifica-se uma diferença de 56%. Para a
torre metálica (50m de altura) 43% e para o edifício exemplado na NBR 6123 (120m de altura)
24%.
REFERÊNCIAS
3 NBR 6123. Forças devido ao vento em edificações. ABNT: Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Rio de Janeiro; 1988.
20
5 ASCE/SEI 7-10. Minimum Design Loads for Buildings and Structures. ASCE: American
Society of Civil Engineers, Reston, Virginia; 2010.
6 CFE/2088. Manual de Diseño de Obras Civiles. Cap 4 Diseño por viento. CFE: Comision
Federal de Electricidad, Mexico; 2008.
21