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RESUMO
Este estudo tem como finalidade a busca de padrões dérmicos, nos dermatóglifos, nas mãos de pessoas
talentosas, com altas habilidades e/ou superdotação. A busca foi realizada através da análise de
estudos publicados em artigos científicos voltados para essa finalidade, publicados em revistas, jornais
ou periódicos. Os estudos foram selecionados de forma a atender aos requisitos básicos de número
expressivo de participantes, com diagnósticos confirmados e a presença de grupos de controle para
efeito de comparação. Foi confirmada a existência de marcadores dérmicos na contagem SQTL, no
ângulo “atd”, na contagem D10, nos tipo de desenhos e na contagem de cristas de 04 dedos das mãos.
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INTRODUÇÃO
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Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu à distância em Educação Especial pelo UCDB/
Portal Educação.
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Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual da Bahia, Campus XI, Pós-graduado em Psicopedagogia
pela Faculdade Santo Antonio, Especialista em Psicanálise Clínica pela Faculdade Avançada de Ensino Superior,
Pós-graduando em Educação Especial pela UCDB/Portal Educação. Pesquisador em Linguagem Corporal e em
Dermatoglifia. Servidor Público Municipal como Coordenador Pedagógico em Queimadas, Bahia. E-mail:
josemiguelee@hotmail.com
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Graduada em Psicologia (UCDB/MS), Especialista e orientadora do trabalho de conclusão do curso de
Especialização em Educação Especial apresentado ao Portal Educação. Curso Modalidade à distância
credenciado pela Universidade Católica Dom Bosco. Email: bethaniaporto@ucdb.br
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descontinuidade das ações propostas durante toda a vida escolar dessa clientela que, na grande
maioria das vezes, acabam não incluídos nas práticas pedagógicas que atendam às suas
especificidades. Esses alunos “não acessam os níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e
da criação artística, segundo as capacidades de cada um [...].” (Delou, 2007, p. 27).
É claro e evidente o forte interesse de Países de primeiro mundo como os Estados
Unidos da América e a Inglaterra têm na identificação e apoio ao estudante com Altas
Habilidades e Superdotação relatando que os mesmos “têm muito a contribuir para o futuro
bem-estar da sociedade” (ALENCAR, 2007, p. 15). No Brasil, o interesse teórico sobre o
superdotado tem aumentado gradativamente nas últimas décadas, e parece começar a
percorrer o mesmo caminho, embora muito lentamente.
A identificação do aluno talentoso e/ou superdotado tem sido uma das
preocupações dos responsáveis pela elaboração de políticas educacionais que buscam prover
condições adequadas ao desenvolvimento dessa clientela. O que se observa no Brasil é que o
ensino regular é direcionado para o aluno de médio e baixo rendimento. (ALENCAR, 2007), e
pouco se investe ou se ouve falar em ações específicas voltadas para a identificação ou
acompanhamento de alunos talentosos e/ou superdotados. Esses esforços se resumem à
observação, de características comportamentais do aluno, sujeita à todo tipo de interferência
possível por parte de seus observadores que geralmente fazem parte da realidade educacional
ou familiar do indivíduo.
Diante dessa realidade, proponho um estudo com base na ciência da
Dermatoglifia. Ciência essa que tem ajudado a inúmeros pesquisadores, em diferentes áreas
do conhecimento, a identificar indivíduos com perfis específicos diante de situações,
características e comportamentos similares em que estes se encontram formando grupos
complexos que podem ser analisados e organizados de forma a construir um objeto de estudo.
A ciência da Dermatoglifia, ao longo dos anos, vem sendo ferramenta de trabalho
e de estudo para anatomistas, fisiologistas, geneticistas, antropologistas e médicos em geral
(PENROSE, 1968, citado por FERNANDES FILHO, 1997), utilizando os traços dérmicos
estampados nas digitais e palmas das mãos para diagnosticar ou identificar diversas
qualidades em distintos grupos.
Nesse estudo o objetivo será buscar a existência de padrões dermatoglíficos nas
mãos de pessoas talentosas, com altas habilidades e superdotação através da análise e
comparação de resultados encontrados em artigos científicos e periódicos publicados, que
sirvam como base e apoio para a identificação e o correto encaminhamento desse público
escolar de forma mais clara e precisamente mais objetiva.
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A Dermatoglifia é a ciência que estuda o relevo da pele dos dedos, das palmas das
mãos e das plantas dos pés, chamados de dermatóglifos (do latim, Dermo, significando
“pele"; e do grego, Glypha, "gravar") e as suas relações diretas com diversos estados físicos e
cerebrais nos seres humanos em diversos ramos do conhecimento humano. O termo
Dermatoglifia foi introduzido em 1926, na 42ª Sessão Anual da Associação Americana de
Anátomos.
Os dermatóglifos são formados pela mesma camada do embrião humano
(Ectoderma) de que se forma o sistema nervoso ainda no estado intra-uterino, dos três aos seis
meses de vida e não se alteram mais durante toda a vida (FERNANDES FILHO, 1997).
Durante o terceiro até o sexto mês de gestação se inicia uma migração neuronal maciça da
matriz germinal para o córtex cerebral, e os apêndices periféricos da parte distal dos membros
superiores, nas mãos, desenvolvem-se simultaneamente e do mesmo material, se tornando
uma evidência "fossilizada" de insultos isquêmicos, genéticos e não genéticos demarcando
ocorrências e condições específicas no desenvolvimento de um feto (BRACHA, 1991).
Schaumann & Kimura (1991) mencionam que os dermatóglifos podem ter valores
preditivos mesmo em indivíduos considerados “normais” em relação a possíveis
manifestações de síndromes, ou seja, as configurações apresentadas nos dermatóglifos são
marcas externas gravadas na camada epiderme, que possibilita predispor interferências
ocorridas no período embrionário, mesmo que o indivíduo nunca tenha apresentado qualquer
traço da síndrome. Assim, na Dermatoglifia, diante de certas características qualitativas
pessoais em comuns encontradas em um determinado grupo, uma população, objetos de
estudo podem ser considerados. Se forem encontrados os pontos em comuns das impressões
digitais e palmares, refletindo a lei natural biológica das aptidões congênitas, ficam
evidenciados os “padrões dermatoglíficos” próprios de cada estudo e das condições
qualitativas que levaram o grupo em foco a ser estudado (ABRAMOVA, 1995). O uso da
Dermatoglifia é tão confiável que, segundo Kumbnani (2007), uma das suas mais importantes
aplicações é a sua utilização nas disputas de paternidade no meio médico legal, processo
muito utilizado antes do advento dos exames de DNA durante muitas décadas, e ainda usado
em muitos países.
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Segundo Delou (2007, p. 27), não raro, os alunos com altas habilidades ou
superdotados são tomados como indisciplinados, o que acaba por deixá-los sem os serviços
especiais de que necessitam. A autora ainda destaca que muitas vezes, esses alunos
"abandonam o sistema educacional por desmotivação e por dificuldades de relacionamento".
Guenther (2000, p. 29), define que “a dotação é algo que o indivíduo tem consigo, ou traz em
potencial desde o seu nascimento”, acrescentando ainda que “quanto maior for a dotação
genética, maior o nível de adequação pessoal que o indivíduo pode alcançar”. Essas
afirmações implicam na aceitação de que este potencial é inato e, sim, existe, portanto um
meio de identificar ou rastrear alunos que se encaixem nesses padrões pelo processo de
pesquisa da Dermatoglifia.
A Dermatoglifia já foi usada em outros estudos com fins semelhantes a exemplo
da pesquisa de Mostaf Najafi, do Departamento de Psiquiatria na Universidade de Ciências
Médicas de Shahrekord, no Iran, dos estudos de Prof. Dr. José Fernandes Filho, na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, ou ainda M. Cesarik, em Poẑega, Croácia, entre
outros. De forma que esse estudo tem um caráter tipologicamente bibliográfico, com
delineamento de revisão, com a seleção de artigos da base de dados do Scielo, da Revista
Meta: Avaliação, da revista Fit Perf J, do Inter Science Place, do Iranian Journal of
Pediatrics, do Iosr Journals, do Niseb Journal, do Efdesportes, do Coll. Antropol, do Domínio
Público, do American Journal of Physical Anthopology, do Behavioral Neuroscience, e do
The Internet Journal of Biological Anthropology, incluindo artigos publicados entre 1972 até
2015, utilizando como base de busca as palavras chaves, Dermatoglifia, Superdotados,
Talentosos, Inteligência Superior, Retardo Mental, Quociente de Inteligência, Coordenação
Motora em língua portuguesa, língua inglesa e língua espanhola.
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a) A b) P a) V b) PD
Figura 1 – Características dos desenhos das falanges distais: a) A – Arco (desenho sem
Delta); b) P – Presilha (Desenho com 01 Delta); V – Verticilo (Desenho com 02 Deltas); PD –
Presilha Dupla (Desenho com 02 Deltas podendo ser enquadrado como Verticilo).
Fonte: DANTAS (2001).
2 RESULTADOS ENCONTRADOS
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*Traduzido da língua inglesa
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45% dos portadores de retardo mental. A presença de t’ foi detectada com a mesma
frequência em ambos os grupos. A presença de t’’ não foi detectada no grupo de pessoas
normais ao passo em que nos portadores de retardo mental a sua presença foi maciça. O
Trirádio Axial é sempre mais distalmente localizado na palma dos portadores de retardo
mental. O estudo de Vashit não foi voltado para pessoas consideradas talentosas mas nos
revela dados comparativos valiosos.
Jaminson (1988) em seu trabalho com disléxicos, com problemas de
aprendizagem constatados, relata a existência de maior número de cristas dérmicas na
contagem do ângulo a-b da mão esquerda de ambos os sexos, assim como a presença de
padrões interdigitais na área IV, entre os dedos anelar e mínimo. Relata ainda a existência de
assimetria entre as contagens de ambas as mãos e dedos nos tipos de desenhos e a presença do
Trirádio Axial localizado mais distalmente, tal qual o estudo de Vashit (2009).
Cesarik (1996) apresenta um estudo com a análise de 18 variáveis dermatoglíficas
ampliando significativamente os achados nos estudos anteriores. Foram encontrados aumento
significativos nos valores de contagem MDSQL1, MDSQL5, ângulo c-d, MESQL1, MESQL5
quando comparados com o grupo de controle. Da mesma forma foi constatada a diminuição
no ângulo “atd” variando entre inferior a 40º para homens e inferior a 41º para mulheres. A
contagem SQTL foi constatada como ampliada em ambos os sexos. A análise de
discriminação canônica realizada no estudo demonstra a fidelidade dos resultados quando
comparadas com o desempenho real dos participantes e mostra um acerto de 83,83% para o
sexo masculino e de 79,15% para as mulheres, superando qualquer possibilidade de
coincidência estatística (CESARIK, 1996).
3 DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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