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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR


GERÊNCIA DE ENGENHARIA

MANUAL PRÁTICO DE ORIENTAÇÕES PARA APROVAÇÃO


DE EDIFICAÇÕES NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO
ESTADO DO PIAUÍ

ELABORADO PELO CAPITÃO QOBM/COMB. VINICIUS DE CARVALHO LEAL


ENGENHEIRO CIVIL E ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO

A proteção à vida e ao patrimônio é condição necessária para o desenvolvimento


econômico e manutenção do equilíbrio social e, nesse sentido, caracteriza-se como objetivo
nacional permanente, tendo especial destaque na Constituição Federal de 1.998, bem como na
legislação específica.
No Estado do Piauí, o Corpo de Bombeiros Militar é a instituição legalmente
constituída para defender a vida e o patrimônio das pessoas contra as mais variadas formas de
sinistros. A atividade que requer, num certo sentido, uma vida prática disciplinada por leis,
normas e medidas de segurança de cunho preventivo.
O marco inicial desse processo remonta do início da década de noventa, com a Lei nº
2.221, de 24 de junho de 1993 – Lei de Segurança Contra Incêndio, restrita ao Município de
Teresina. Recentemente foi sancionada a Lei nº 5.483, de 10 de agosto de 2005, que criou o
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, abrangendo todo o Estado, conferindo ao Piauí,
nível nacional, posição de destaque no contexto da Segurança Pública.
Assim, na construção desse processo, ações facilitadoras são de fundamental
importância. Este manual foi elaborado com essa finalidade, na medida em que objetiva
propiciar um fácil entendimento relativo às ações técnico-administrativas previstas na legislação
pertinente.

_______________________________
Francisco Barbosa da Mota – Cel BM
Comandante Geral do CBMEPI
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Aos Técnicos da Gerência de Engenharia do Corpo de Bombeiros Militar pela valiosa


colaboração, em especial ao Capitão QOBM/Comb. Vinicius de Carvalho Leal, Engenheiro Civil
e Engenheiro de Segurança no Trabalho.
INTRODUÇÃO

Todas as edificações e áreas de risco por ocasião da construção, da reforma ou


ampliação, regularização e mudança de ocupação, necessitam de aprovação no Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí, com exceção das "Residências Exclusivamente
Unifamiliares".
No município onde não existir Quartel do Corpo de Bombeiros com Setor Técnico em
Engenharia, a aprovação das edificações dependerá da iniciativa do órgão licenciador
(Prefeitura) em cobrar do interessado sua regularização junto ao Corpo de Bombeiros ou, ainda,
por determinação das autoridades competentes (Executivo e Judiciário). Neste caso, deverá ser
procurada a Gerência de Engenharia do Quartel do Corpo de Bombeiros do município mais
próximo para as devidas orientações.
CAPÍTULO I
OBJETIVOS DA LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

I – Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;
II – Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao
patrimônio;
III – Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; e
IV – Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.
CAPÍTULO II
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES QUE TRATAM DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

a. Lei n.º 5.483, de 10 de agosto de 2.005, que dispõe sobre a competência do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí e sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
do Estado.
b. Lei n.º 2.221, de 24 de junho de 1.993, que dispõe sobre as medidas de segurança
contra incêndio nas edificações e áreas de risco no Município de Teresina–PI.
c. Normas Oficiais da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
01 – NBR 13860 Glossário de Termos Relacionados à Segurança Contra Incêndios.
02 – NBR 14100 Proteção Contra Incêndio – Símbolos Gráficos para Projeto.
03 – NBR 6125 Chuveiros Automáticos para Extinção de Incêndio.
04 – NBR 6135 Chuveiros Automáticos para Extinção de Incêndio.
05 – NBR 10897 Proteção Contra Incêndio por Chuveiro Automático.
06 – NBR 9441 Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio.
07 – NBR 11836 Detectores Automáticos para Extinção de Incêndio.
08 – NBR 13848 Acionador Manual para Utilização em Sistemas de Detecção e
Alarme de Incêndio.
09 – NBR 9443 Extintor de Incêndio Classe “A” – Ensaio de Fogo em Engradado de
Madeira.
10 – NBR 9444 Extintor de Incêndio Classe “B” – Ensaio de Fogo em Líquido
Combustível.
11 – NBR 12992 Extintor de Inc. Classe “C” – Ensaio de Condutibilidade Elétrica.
12 – NBR 11715 Extintor de Incêndio com Carga D’água.
13 – NBR 11863 Carga para Extintor de Incêndio à Base de Espuma Química e
Carga Líquida.
14 – NBR 12693 Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio.
15 – NBR 12710 Proteção por Extintores Contra Incêndio Envolvendo Produtos
Perigosos.
16 – NBR 12183 Utilização de Extintores de Incêndio em Veículos Terrestres.
17 – NBR 11716 Extintor de Incêndio com Carga de Gás Carbônico.
18 – NBR 10721 Extintor de Incêndio com Carga de Pó Químico.
19 – NBR 10751 Extintores de Incêndio com Carga para Espuma Mecânica.
20 – NBR 11762 Extintor de Incêndio Portátil de Hidrocarbonetos Halogenados.
21 – NBR 13485 Manutenção de 3.º Nível (Vistorias em Extintores de Incêndio).
22 – NBR 12962 Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio.
23 – NBR 7532 Identificadores de Extintores de Incêndio – Dimensão e Cores.
24 – NBR 5667 Hidrantes Urbanos de Incêndio - Especificações.
25 – NBR 13714 Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos p/ Combate a Incêndio.
26 – NBR 12232 Execução de Sistemas Fixos Automáticos de Proteção Contra
Incêndio com Gás Carbônico (CO2) por Inundação Total para Transformadores
e Reatores de Potência Contendo Óleo Isolante.
27 – NBR 12779 Inspeção, Manutenção e Cuidados em Mangueiras de Incêndio.
28 – NBR 11861 Mangueira de Incêndio – Requisitos e Métodos de Ensaio.
29 – NBR 14880 Saídas de Emergência em Edifícios – Escadas de Segurança –
Controle de Fumaça por Pressurização.
30 – NBR 9077 Saídas de Emergência em Edifícios.
31 – NBR 12615 Sistema de Combate a Incêndio por Espuma.
32 – NBR 10898 Sistema de Iluminação de Emergência.
33 – NBR 5363 Invólucros à Prova de Explosão para Equipamentos Elétricos –
Especificação.
34 – NBR 5418 Instalações Elétricas em Ambientes com Líquidos, Gases ou
Vapores Inflamáveis – Procedimento.
35 – NBR 11719 Tinta ou Massa Retardante de Incêndio.
36 – NBR 8461 Segurança de Recipientes Transportáveis de Aço para GLP.
37 – NBR 11742 Porta Corta-Fogo para Saídas de Emergência – Especificação.
38 – NBR 13768 Acessórios para Porta Corta-Fogo em Saídas de Emergência.
39 – NBR 13523 Central Predial de Gás Liquefeito de Petróleo.
40 – NBR 13932 Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – Projeto
e Execução.
41 – NBR 14024 Centrais Prediais e Industriais de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
– Sistema de Abastecimento a Granel.
42 – NBR 8640 Recipiente Transportável de Aço para Gás Liquefeito de Petróleo
(GLP) – Requisitos e Métodos de Ensaios.
43 – NBR 14570 Instalações Internas para Uso Alternativo dos Gases GN e GLP –
Projeto e Execução.
44 – NBR 13434 – 1: Sinalização de Segurança Contra Incêndio.
Parte I – Princípios de Projeto.
Parte II – Símbolos e suas Formas, Dimensões e Cores.
45 – NBR 7500 Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento
de Materiais.
46 – NBR 7195 Cores de Segurança.
47 – Projeto de Norma da ABNT 24:204.02-003 – Jul.1999 – Produtos
Fotoluminescentes para Sinalização de Emergência.
48 – NBR 7501 Transporte de Produtos Perigosos.
49 – NBR 13231 Proteção Contra Incêndio em Subestações Elétricas Convencionais,
Atendidas e Não Atendidas, de Sistemas de Transmissão.
50 – NBR 13859 Proteção Contra Incêndio em Subestações de Distribuição.
51 – NBR 7505 Armazenagem de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis.
Parte 1: Armazenamento em Tanques Estacionários; e
Parte 4: Proteção Contra Incêndio.
52 – NBR 5419 Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas.
d. Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho.
e. Decretos e Portarias da Agência Nacional do Petróleo (ANP)
f. Leis e Decretos Estaduais e Municipais.
g. Lei Federal n.º 8.078, de 11.DEZ.90. (Código de Defesa do Consumidor).
h. Lei Federal 5.194/66 (Regula a Atividade Profissional do Engenheiro, Arquiteto e
Agrônomo)
CAPÍTULO III
MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EXIGIDAS
Constituem medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, de
acordo com a nova legislação:
I – Acesso de viatura na edificação e áreas de risco;
II – Separação entre edificações;
III – Segurança estrutural nas edificações;
IV – Compartimentação horizontal;
V – Compartimentação vertical;
VI – Controle de materiais de acabamento;
VII – Saídas de emergência;
VIII – Elevador de emergência;
IX – Controle de fumaça;
X – Gerenciamento de risco de incêndio;
XI – Brigada de incêndio;
XII – Iluminação de emergência;
XIII – Detecção de incêndio;
XIV – Alarme de incêndio;
XV – Sinalização de emergência;
XVI – Extintores;
XVII – Hidrantes e Mangotinhos;
XVIII – Chuveiros Automáticos (Sprinklers);
XIX – Resfriamento;
XX – Espuma;
XXI – Sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO2); e
XXII – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

CAPÍTULO IV
REGULARIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
A regularização, junto ao Corpo de Bombeiros Militar, para as edificações e áreas de
risco existentes como para as que serão construídas, dar- se-á por meio de:
a. Projeto Técnico;
b. Projeto Técnico Simplificado;
c. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária; ou
d. Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente.
O tipo de processo a ser apresentado dependerá das características da edificação e/ou
área de risco, como veremos a seguir:
1. Projeto Técnico (PT)
O Projeto Técnico deverá ser utilizado para apresentação dos sistemas de proteção
contra incêndio das edificações e/ou áreas de risco:
a. Com área de construção acima de 750 m² e/ou com altura acima de 6,0 m, exceto os
casos que se enquadram nas regras do Projeto Técnico Simplificado (Item 2 deste Capítulo) e
Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária (Item 3 deste Capítulo);
b. Independentemente da área da edificação e/ou área de risco, quando estas
apresentarem riscos que necessitem de sistemas fixos de proteção contra incêndio (hidrantes,
chuveiros automáticos, alarme e detecção, entre outros); e
c. Edificação e/ou área de risco que necessite de proteção de suas estruturas contra a
ação do calor proveniente de um incêndio (Conforme NBR-14432/2000 – Exigência de
Resistência ao Fogo de Elementos de Construção de Edificações - Procedimento).
2. Projeto Técnico Simplificado (PTS)
O Projeto Técnico Simplificado é utilizado para apresentação dos sistemas de segurança
contra incêndio das edificações e/ou áreas de risco para:
a. Edificação com área construída de até 750 m² e/ou altura de até 6,0 metros;
b. Edificação e/ou área de risco na qual não se exija proteção por sistema fixo de
combate a incêndio;
c. Edificação que não necessite de proteção de suas estruturas contra a ação do calor
(Conforme NBR-14432/2000);
d. Postos de Serviços e Abastecimento cuja área construída não ultrapasse 750 m²,
excetuada a área de cobertura exclusiva para atendimento de bomba de combustível;
e. Locais de revenda de gases inflamáveis, cuja proteção não exija sistemas fixos de
combate a incêndio, devendo ser observados os afastamentos e demais condições de segurança
exigidos por legislação específica;
f. Locais com presença de inflamáveis em tanques ou vasos aéreos, cuja proteção não
exija sistemas fixos de combate a incêndio, devendo ser observados os afastamentos e demais
condições de segurança exigidos por legislação específica; e
g. Locais de reunião de público cuja lotação não ultrapasse 50 (cinqüenta) pessoas e não
exija sistemas fixos de combate a incêndio.
3. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT)
Instalações como Circos, Parques de Diversão, Feiras de Exposições, Feiras
Agropecuárias, Rodeios, Shows Artísticos, entre outros, devem ser desmontadas e transferidas
para outros locais após o prazo máximo de 06 (seis) meses. Após este prazo, a edificação passa a
ser considerada permanente.
4. Projeto Técnico de Ocupação Temporária em Edificação Permanente (PTOTEP)
É o procedimento adotado para evento temporário em edificação permanente e deve
atender às seguintes exigências:
a. O evento temporário deve possuir o prazo máximo de 6 (seis) meses de duração;
b. A edificação permanente deve atender a todas as exigências de segurança contra
incêndio previstas em Lei que dispõe sobre o assunto, juntamente com as exigências para a
atividade temporária que se pretende nela desenvolver;
c. A edificação permanente deve estar devidamente regularizada junto ao Corpo de
Bombeiros Militar;
d. Se for acrescida instalação temporária em área externa junto à edificação permanente,
esta instalação deverá ser regularizada de acordo com o item 3 deste capítulo; e
e. Se no interior da edificação permanente for acrescida instalação temporária, como
boxe, estande, entre outras, prevalece a proteção da edificação permanente, desde que atenda aos
requisitos para a atividade em questão.
CAPÍTULO V
COMPOSIÇÃO DOS PROCESSOS
1. Projeto Técnico
O Projeto Técnico é composto pelos seguintes documentos:
a. Etiqueta ou Cartão de Identificação;
b. Pasta do Projeto Técnico em 03 (três) vias;
c. Memorial Descritivo de Proteção Contra Incêndio, Memorial de Construção,
Memorial Industrial (quando for o caso), Memorial Descritivo da Instalação do Sistema de
Proteção por Espuma (quando for o caso), e Memorial de Cálculo dos Sistemas Projetados;
d. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Responsável Técnico pela
elaboração do Projeto Técnico, que deve ser juntada na via que fica no Corpo de Bombeiros;
e. Procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário;
f. Documentos complementares solicitados, quando for necessário, a fim de facilitar a
identificação e análise dos sistemas propostos (Ex. normas estrangeiras);
g. Plantas baixas, de corte e situação/locação em 03 (três) vias, onde serão lançados os
meios de segurança propostos; e
h. Detalhes gerais e específicos de todos os sistemas de segurança projetados.
2. Projeto Técnico Simplificado
O Projeto Técnico Simplificado é composto pelos seguintes documentos:
a. Pasta do Projeto Técnico Simplificado em 02 (duas) vias;
b. Etiqueta ou Cartão de Identificação;
c. Memorial Descritivo de Proteção Contra Incêndio, Memorial de Construção e
Memorial Industrial (quando for o caso);
d. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Responsável Técnico sobre os
riscos específicos existentes na edificação, instalação ou área de risco, tais como: gases
inflamáveis, líquidos inflamáveis e vasos sob pressão, entre outros.
3. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária
O Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária é composto pelos seguintes
documentos:
a. Etiqueta ou Cartão de Identificação;
b. Pasta do Projeto Técnico em 02 (duas) vias;
c. Memorial Descritivo de Proteção Contra Incêndio, Memorial de Construção e
Memorial de Cálculo (quando for o caso);
d. Procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário;
e. Anotação de Responsabilidade Técnica do Responsável Técnico sobre:
1. Lona de cobertura com material retardante de ignição (quando houver);
2. Arquibancadas e arenas desmontáveis;
3. Brinquedos de Parques de Diversão;
4. Palcos;
5. Armações de Circos;
6. Instalações Elétricas;
7. Outras montagens mecânicas ou eletroeletrônicas;
8. Grupo moto-gerador;
f. Planta das medidas de segurança contra incêndio em 03 (três) vias, ou croqui, a
critério do interessado.
4. Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente
A composição do processo será de acordo com a edificação permanente onde houver o
evento temporário, ou seja, de uma das 03 (três) formas citadas anteriormente neste Capítulo.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Para as edificações com área de construção inferior a 100,00 m2, com saída direta para a
via pública, NÃO É NECESSÁRIA a apresentação de Projeto Técnico Simplificado junto ao
Corpo de Bombeiros Militar, exceto nos seguintes casos:
1. Em que a edificação necessitar de sistemas fixos de segurança contra incêndios
(hidrantes, alarme, etc.);
2. Em que a edificação precise de proteção de suas estruturas contra a ação do calor
proveniente de um incêndio;
3. Em que a edificação seja local de reunião de público;
4. Em que a edificação seja Posto de Abastecimento e de Serviços; atividades
comerciais, industriais ou de prestação de serviços que utilizam líquidos, gases inflamáveis,
fogos de artifício, materiais pirofóricos ou quaisquer outros produtos ou equipamentos com
potencial de risco à vida ou ao patrimônio.
Nas circunstâncias citadas anteriormente será necessária a apresentação do Projeto
Técnico.
CAPÍTULO VI
MEDIDAS DE SEGURANÇA
As medidas de segurança contra incêndio são especificadas levando-se em consideração
a área construída, a altura, o tipo de ocupação do prédio e a sua idade.
As tabelas abaixo indicam a legislação aplicável conforme o Município e a idade da
edificação.
EXIGÊNCIAS MÍNIMAS PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES NO MUNICÍPIO DE TERESINA

2
PERÍODO DE EXISTÊNCIA DA ÁREA CONSTRUÍDA < 750 m ÁREA CONSTRUÍDA > 750 m2
EDIFICAÇÃO E ÁREAS DE E E/OU
RISCO ALTURA < 12 m ALTURA > 12 m

Saída de Emergência, Alarme de


Saída de Emergência, lluminação
Incêndio, lluminação de
ANTERIOR A 24/06/1993 de Emergência, Extintores e
Emergência, Extintores,
Sinalização
Sinalização e Hidrantes

DE 24 DE JUNHO DE 1993 ATÉ


A DATA DE ENTRADA EM De acordo com as exigências vigentes neste período, conforme
VIGOR DA NOVA Legislação do Corpo de Bombeiros Militar (CBMEPI)
LEGISLAÇÃO

TABELA 1 A
EXIGÊNCIAS MÍNIMAS PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES NOS OUTROS MUNICÍPIOS
ÁREA CONSTRUÍDA < 750 ÁREA CONSTRUÍDA > 750
PERÍODO DE EXISTÊNCIA 2
m m2
DA EDIFICAÇÃO E ÁREAS
E E/OU
DE RISCO
ALTURA < 12 m ALTURA > 12 m

ANTERIOR A 10/08/2005
Saída de Emergência Alarme de
(Lei Estadual n.º 5.483/05) Saída de Emergência,
Incêndio, lluminação de
DATA DE ENTRADA EM lluminação de Emergência,
Emergência, Extintores;
VIGOR DA NOVA Extintores e Sinalização
Sinalização e Hidrantes
LEGISLAÇÃO

Obs.: Considerando que, com exceção da Capital do Estado do Piauí, nenhum outro Município
possui Legislação Municipal Específica relacionada aos Preventivos de Combate à Incêndio e
Pânico.

TABELA 1 B

CAPÍTULO VII
TRÂMITE DO PROCESSO NO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

1. Do Projeto Técnico:
Análise
▪ O Projeto é apresentado na Unidade de Bombeiro Militar, no setor relacionado à
Gerência de Engenharia nos Municípios de Teresina, Parnaíba, Picos ou Floriano, de 2.ª
(segunda-feira) a 6.ª (sexta–feira) no horário das 08h00min às 12h30min.
▪ O interessado recolhe uma taxa de análise de projeto nos Bancos conveniados ou Casas
Lotéricas, calculada conforme Tabela 2, através de um impresso retirado na Unidade de
Bombeiro Militar correspondente (Gerência de Engenharia), o qual é preenchido pelos militares
do atendimento ao público.
▪ Com o comprovante do recolhimento da taxa de análise de projeto (cópia), juntamente
com um Requerimento Padrão e o Projeto Técnico devidamente elaborado (Ver Capítulo VI),
apresentar os mesmos para o protocolo, onde, inicialmente, é efetuada pelo (a) atendente uma
conferência na documentação que compõe o processo, o qual, estando de acordo, é protocolado
para a devida análise.
▪ Uma vez analisado, se estiver de acordo com a Legislação e Normas vigentes, o Projeto é
devolvido “APROVADO” ao interessado, ficando a 1.ª via arquivada no Corpo de Bombeiros
Militar para controle e vistorias.
▪ Caso seja constatadas faltas ou irregularidades nas medidas de segurança, o Projeto
Técnico será devolvido ao interessado através de um documento oficial (Laudo de Projeto),
contendo os itens para as correções necessárias e, após, deverá ser reapresentado para nova
apreciação.
▪ O prazo previsto para análise, a contar do protocolo, é de 30 (trinta) dias. Prazo este a ser
iniciado a cada reapresentação do processo, sendo que o critério é por ordem cronológica de
apresentação.
Vistoria
▪ Após a execução das medidas de segurança contra incêndio, em conformidade com o
Projeto Técnico aprovado, o interessado solicita a vistoria através de um Requerimento Padrão
(Ver anexo).
▪ A vistoria será realizada por um militar credenciado pela Unidade de Bombeiro Militar
correspondente (Gerência de Engenharia) que, constatando estarem as instalações de acordo
com o Projeto Técnico Aprovado, providencia a expedição do "Atestado de Regularidade",
documento este que servirá para instruir os processos junto à Prefeitura Municipal, Agência
Nacional do Petróleo e Vigilância Sanitária.
▪ A validade do “Atestado de Regularidade” é de 01 (um) ano a contar da data de sua
expedição.
▪ O “Atestado de Regularidade” poderá ser cassado se for alterado o uso, ampliada a área
construída ou modificado o "layout", de forma que prejudique o funcionamento dos sistemas e
equipamentos de segurança contra incêndio. Antes que isso ocorra, o responsável deve entrar em
contato com a Unidade do Corpo de Bombeiros Militar correspondente para obter
esclarecimentos.
▪ Caso seja constatadas irregularidades na vistoria, as mesmas serão relacionadas por
escrito, através de um documento oficial (Auto de Vistoria) e entregues ao responsável pela
utilização da edificação para as providências de correção e, uma vez sanadas as irregularidades,
o interessado deverá comparecer a Unidade de Bombeiro Militar correspondente para solicitar
nova vistoria.
▪ O prazo para vistoria é de 30 (trinta) dias, a contar do protocolo do pedido, sendo que a
cada nova apresentação, após correções, inicia nova contagem de prazo, e sempre por ordem
cronológica de apresentação.
▪ Para a vistoria é cobrada uma taxa (emolumento), calculada conforme Tabela 2, nos
Bancos conveniados ou Casas Lotéricas, através de um impresso retirado na Unidade de
Bombeiro Militar correspondente (Gerência de Engenharia), o qual é preenchido pelos militares
do atendimento ao público.
▪ O pagamento da taxa de vistoria dá direito à realização de uma vistoria e 02 (dois)
retornos, caso sejam constatadas irregularidades pelo vistoriador e o prazo máximo para a
solicitação dos retornos é de 6 (seis) meses, a contar da data da emissão do relatório (Auto de
Vistoria) que aponta as irregularidades.
2. Do Projeto Técnico Simplificado:
Análise
▪ O Projeto Técnico Simplificado é apresentado na Unidade de Bombeiro Militar do
Município correspondente, no mesmo horário descrito no item 1 deste Capítulo.
▪ O interessado recolhe a taxa de análise de projeto nos Bancos conveniados ou Casas
Lotéricas, calculada conforme Tabela 2, através de um impresso retirado na Unidade de
Bombeiro Militar correspondente (Gerência de Engenharia), o qual é preenchido pelos militares
do atendimento ao público.
▪ Com o comprovante do recolhimento da taxa de análise de projeto (cópia), juntamente
com um Requerimento Padrão e o Projeto Técnico Simplificado elaborado conforme Capítulo
VI, o interessado apresenta os mesmos para protocolo, onde, inicialmente, é efetuada pelo (a)
atendente uma conferência na documentação que compõe o processo, o qual estando de acordo é
protocolado para a devida análise.
▪ Uma vez analisado, se estiver de acordo com a Legislação e Normas vigentes, o Projeto é
devolvido “APROVADO” ao interessado, ficando a 1.ª via arquivada no Corpo de Bombeiros
Militar para controle e vistorias.
▪ Caso forem constatadas a falta ou irregularidades nas medidas de segurança, o Projeto
Técnico Simplificado será devolvido ao interessado através de um documento oficial (Laudo de
Projeto), contendo os itens para as correções necessárias e, após, deverá ser reapresentado para
nova apreciação.
▪ O prazo previsto para análise, a contar do protocolo, é de 30 (trinta) dias. Prazo este a ser
iniciado a cada reapresentação do processo, sendo que o critério é por ordem cronológica de
apresentação.
Vistoria
▪ Após a instalação dos extintores, sinalização, saídas de emergência, controle de materiais
de acabamento e demais medidas de segurança necessárias, em conformidade com o Projeto
Técnico Simplificado devidamente Aprovado, o interessado solicita a vistoria através de
Requerimento Padrão.
▪ Com o comprovante do recolhimento da taxa de vistoria (cópia), calculada conforme
Tabela 2, juntamente com o Requerimento Padrão e o Projeto Técnico Simplificado devidamente
Aprovado, apresenta os mesmos para protocolo.
▪ Após o protocolo do Projeto Técnico Simplificado, será efetuada a vistoria no local por
um militar credenciado pela Unidade de Bombeiro Militar correspondente (Gerência de
Engenharia) que, verificando estar o local de acordo com a Legislação vigente, aprova a vistoria,
quando será emitido o "Atestado de Regularidade”. Documento este que servirá para instruir os
processos junto à Prefeitura Municipal, ANP e Vigilância Sanitária.
▪ A validade do “Atestado de Regularidade” é o mesmo do Projeto Técnico (01 ano a
contar da data de sua expedição).
▪ O “Atestado de Regularidade” poderá ser cassado se for alterado o uso, ampliada a área
construída ou modificado o "layout", de forma que prejudique o funcionamento dos sistemas e
equipamentos de segurança contra incêndio. Antes que isso ocorra, o responsável deve entrar em
contato com a Unidade do Corpo de Bombeiros Militar correspondente para obter
esclarecimentos.
▪ Caso na vistoria sejam constatadas irregularidades, as mesmas serão relacionadas por
escrito, através de um documento oficial (Auto de Vistoria) e entregues ao responsável pela
utilização da edificação para as devidas correções e, uma vez sanadas as irregularidades, o
interessado deverá comparecer a Unidade de Bombeiro Militar correspondente para solicitar
nova vistoria.
▪ O prazo para vistoria é de 30 (trinta) dias, a contar do protocolo do pedido, sendo que a
cada nova apresentação, após correções, inicia nova contagem de prazo, e sempre por ordem
cronológica de apresentação.
▪ O pagamento da taxa de vistoria dá direito à realização de uma vistoria e 02 (dois)
retornos, caso sejam constatadas irregularidades pelo vistoriador e o prazo máximo para a
solicitação dos retornos é de 6 (seis) meses, a contar da data da emissão do relatório (Auto de
Vistoria) que aponta as irregularidades.
3. Do Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária
▪ O interessado recolhe a taxa de vistoria nos Bancos conveniados ou Casas Lotéricas,
calculada conforme Tabela 2, através de um impresso retirado na Unidade de Bombeiro Militar
correspondente (Gerência de Engenharia), o qual é preenchido pelos militares do atendimento
ao público.
▪ Com uma cópia do comprovante do recolhimento da taxa, juntamente com o Projeto
Técnico para Instalação e Ocupação Temporária devidamente preenchido (Ver Capítulo VI), o
interessado apresenta os mesmos para protocolo, depois de tomadas as devidas providências
quanto à instalação dos extintores, sinalização, saídas de emergência, controle de materiais de
acabamento e demais medidas de segurança necessárias.
▪ Após o protocolo do Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária, será
efetuada a vistoria no local por um militar credenciado pela Unidade de Bombeiro Militar
correspondente (Gerência de Engenharia) que, verificando estar o local de acordo com a
Legislação vigente, aprova a vistoria, quando será emitido o "Atestado de Regularidade".
Documento este que servirá para instruir os processos junto à Prefeitura Municipal, Agência
Nacional do Petróleo e Vigilância Sanitária.

ESTE PROCESSO TEM ALGUMAS PECULIARIDADES


a) O Projeto Técnico de Segurança deve ser apresentado, em 02 (duas) vias, no protocolo
da Unidade de Bombeiro Militar correspondente, o qual será encaminhado para a Seção de
Engenharia do Quartel;
b) A pasta contendo a documentação deve ser formada quando do início das atividades ou
quando da primeira vez que houver presença no Estado do Piauí. Isto se fará diante da Gerência
de Engenharia ou Seção de Segurança Contra Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar com
atribuições no Município;
c) Nesta primeira ocasião, a Gerência de Engenharia ou Seção de Segurança Contra
Incêndio deve orientar o interessado sobre todas as condições de segurança contra incêndio
exigidas, bem como a respectiva documentação necessária;
d) Completada a orientação, todos os documentos devem receber carimbo padrão de
aprovação, sendo que uma das pastas deve ser devolvida ao interessado e a outra pasta deve ficar
arquivada na Gerência de Engenharia ou Seção de Segurança Contra Incêndio do Município de
origem;
e) A pasta do interessado deve acompanhar a instalação ou a ocupação em todo o Estado
do Piauí, e deve ser apresentada na Gerência de Engenharia ou Seção de Segurança Contra
Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar da localidade, toda vez que solicitar nova vistoria;
f) Depois de instalada toda a proteção exigida, deve ser realizada a vistoria e emitido o
respectivo “Atestado de Regularidade”, caso não haja pendências, com validade específica para
o endereço onde esteja localizada a instalação na época da vistoria;
g) Nos demais Municípios, cada vez que for montada a instalação ou ocupação, não haverá
a necessidade de se refazer a documentação, exceto a Etiqueta ou Cartão de Identificação, o
Memorial Descritivo de Proteção Contra Incêndio e a Anotação de Responsabilidade Técnica.
Esses documentos, juntamente com a pasta, devem ser apresentados na Gerência de Engenharia
ou Seção de Segurança Contra Incêndio, onde serão conferidos e liberados para a realização da
vistoria.
h) A pasta será devolvida ao interessado, que deverá apresentá-la ao vistoriador quando da
realização da vistoria no local;
i) Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou ocupação, a Gerência de Engenharia ou
Seção de Segurança Contra Incêndio pode declinar do princípio da cronologia e realizar a análise
e vistoria no menor prazo possível.
4. Do Projeto Técnico de Ocupação Temporária em Edificação Permanente
▪ O trâmite do processo no Corpo de Bombeiros Militar será de acordo com a edificação
permanente onde houver o evento temporário, ou seja, de uma das formas citadas anteriormente
neste Capítulo.
CAPÍTULO VIII
FORMULÁRIO DE ATENDIMENTO TÉCNICO (FAT)
É o instrumento administrativo utilizado para sanar dúvidas, solicitar alterações em
Processo, Auto de Vistoria e “Atestado de Regularidade”, além do Laudo de Análise de Projetos
do Corpo de Bombeiros Militar, juntada de documentos, reconsiderações de ato em vistoria,
entre outros.
Quando do preenchimento do Formulário (FAT), o interessado deve propor questão
específica sobre a aplicação da Legislação. Para questionamentos genéricos deve ser procurado o
atendimento ao cliente, descrito no Capítulo X.
O prazo máximo para a resposta do Formulário (FAT), a contar da data do protocolo, é
de 10 (dez) dias úteis.
CAPÍTULO IX
PRESCRIÇÕES DIVERSAS
O Corpo de Bombeiros Militar coloca à disposição dos interessados coletânea da
Legislação e das Normas que tratam da Segurança Contra Incêndio para consulta na Gerência de
Engenharia, localizada no Quartel do Comando Geral, situado na Avenida Miguel Rosa, n.º
3515/S, bairro Piçarra, Teresina-PI.
O Corpo de Bombeiros Militar possui um serviço de atendimento a "Consultas
Técnicas" para esclarecimentos de dúvidas e orientações, sendo que este atendimento poderá ser
agendado através Telefones (0**86) 3216–1264/3216–1265/3216–1260 e Fax (0**86) 3216–
1263, Ramais 26 (Seção de Análise de Projetos) e 34 (Seção de Vistorias Técnicas), com os
seguintes militares.
- Maj. BM Ronaldo MACÊDO de Araújo – Eng.º Civil e de Segurança do Trabalho.
- Cap. BM JOSÉ VELOSO Soares – Eng.º Civil e de Segurança do Trabalho.
- Cap. BM Vinicius de CARVALHO LEAL – Eng.º Civil e de Segurança do Trabalho.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
O atendimento ao público no Município de Teresina–PI é das 08h00min às 12h30min,
de 2.ª (segunda) a 6.ª (sexta–feira) na Avenida Miguel Rosa, n.º 3515/Sul, bairro Piçarra,
Teresina–PI, CEP 64001– 490.

CÁLCULO DAS TAXAS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

ANÁLISE DE PROJETOS TECNICOS UFR’s

ATÉ 250,00 m2 30

SEM SISTEMA DE 250,01 A 500,00 m2 45

FIXO DE 500,01 A 1.000,00 m2 60

O QUE ACRESCER DE 1.000,00 m2 0,008 por M2

ATÉ 250,00 m2 38

COM SISTEMA DE 250,01 A 500,00 m2 60

FIXO DE 500,01 A 1.000,00 m2 75

O QUE ACRESCER DE 1.000,00 m2 0,015 por M2

VISTORIAS TÉCNICAS UFR’s

ATÉ 250,00 m2 60

SEM SISTEMA DE 250,01 A 500,00 m2 90

FIXO DE 500,01 A 1.000,00 m2 120

O QUE ACRESCER DE 1.000,00 m2 0,015 por M2

ATÉ 250,00 m2 75

COM SISTEMA DE 250,01 A 500,00 m2 120

FIXO DE 500,01 A 1.000,00 m2 150

O QUE ACRESCER DE 1.000,00 m2 0,03 por M2

TABELA 2

Obs.: Valor da UFR de 2.005 é de R$ 1,60 - setembro de 2005.

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