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Suzano, 07/08/2018

Cursinho Analista MP/SP


DIREITO PROCESSUAL PENAL

Inquérito Policial

I. Introdução: o inquérito policial é um dos procedimentos investigatórios


previstos no ordenamento jurídico brasileiro. Existe também o PIC –
Procedimento Investigatório Criminal – Resolução nº 181/2017 do CNMP
(OBS.: art. 18 – acordo de não persecução penal);
II. Características: (a) obrigatoriedade – “notitia criminis” – quando se tratar de
ação penal pública incondicionada, a autoridade policial deve instaurar o
inquérito de ofício, já no caso de ação penal pública condicionada, a vítima
deverá apresentar representação ou requisição do ministro da justiça, e por fim,
no caso de ação penal privada deve haver requerimento do ofendido; (b)
indisponibilidade – a autoridade policial não pode arquivar o inquérito; (c)
inquisitório – inexistência de contraditório ou ampla defesa; (d) oficialidade –
autoridade policial que conduz; (e) dispensabilidade – o inquérito não
indispensável à propositura da ação penal (indispensável é prova de
materialidade e indícios de autoria; (f) forma escrita; (g) sigiloso – Súmula
Vinculante 14 - o advogado tem acesso irrestrito as provas documentadas no
inquérito;
III. Prazo para conclusão do inquérito: art. 10 do CPP – (a) 10 dias, quando o réu
estiver preso; e (b) 30 dias, quando o réu estiver solto. A dilação poderá se dar
de acordo com o art. 10, §3º. Na lei de drogas será 30 dias para réu preso, e 90
dias para réu solto;
IV. Indiciamento: é ato privativo da autoridade policial (Lei nº 12.830/13) e deve
ser fundamentado. A autoridade deverá adotar as seguintes medidas: (a)
identificação – art. 5º, inciso LVIII + Lei nº 12.037/09; (b) interrogatório – art.
5º, LXIII (pode ficar silêncio ou mentir). Somente não é tolerável mentira
sobre sua identidade (Súmula 522 do STJ – crime de falsa identidade ou
falsidade documental); (c) colheita de provas sobre a vida pregressa;
V. Relatório – peça com a qual a autoridade policial formaliza a conclusão do IP;
VI. Análise do MP no Inquérito Relatado: (I) análise da legitimidade – verificar se
o inquérito policial se trata de ação penal pública ou privada, pois se for privada
caberá ao ofendido apresentar queixa-crime; (II) análise da atribuição – caso
não possua atribuição, o membro do MP deve requerer o envio dos autos ao
órgão competente. Se houver discordância do juiz com relação a atribuição,
aplica-se por analogia o art. 28, remetendo o caso ao PGJ – chamado de
arquivamento indireto. Se o membro do MP destinatário discordar, deverá
suscitar o conflito de atribuição – ressalte-se que quem vai dirimir esse conflito
será o PGJ (em caso de membros do mesmo estado) ou o PGR (em caso de
membros de estados diferentes); (III) oferecimento da denúncia, desde que
haja nos autos prova da materialidade e indícios de autoria; (IV) se não forem
preenchidos os requisitos da denúncia, o MP deverá requerer o retorno do IP
à origem, requisitando novas diligências indispensáveis ao oferecimento da
denúncia; (V) requerer o arquivamento, formulado pelo MP ao juiz, que
poderá deferir (o arquivamento do Inquérito é irrecorrível, não cabe queixa
subsidiária e faz coisa julgada formal) ou indeferir (dar o 28 – vai para o PGJ,
que poderá insistir no arquivamento, oferecer denúncia ou designa outro
membro do MP para fazê-lo e atuar no processo até a sua conclusão).

Ação Penal

1. Introdução:
2. Classificação:
a) Pública:
a.1) Incondicionada – é a regra no silêncio da lei, todo crime contra a União,
Estado, Município ou Distrito Federal.
a.2) Condicionada à representação do ofendido ou requisição do ministro da
justiça – deve haver previsão expressa.
b) Privada (ofendido, representante legal, cônjuge, ascendente, descendente e
irmão) – pode ser exclusivamente privada, personalíssima (art. 236 do CP – é
o único caso existente) e subsidiária da pública (quando ocorre inércia do MP
no prazo legal para se manifestar). OBS.: Súmula 714 do STF – dupla
titularidade se houver crime contra a honra de servidor público, o servidor pode
escolher entre apresentar queixa crime ou passar a titularidade ao MP.

Ação Penal Pública

1) Princípios:
a) Obrigatoriedade/legalidade – art. 24, caput, CPP – havendo materialidade e
indícios de autoria, o MP deve propor a ação penal. Exceções: (a) transação do
MP – art. 76 da Lei nº 9.099/95. Ler Súmula 696 do STF; (b) acordo de
colaboração premiada – art. 1º e 4º da Lei nº 12.850/13; (c) acordo de não
persecução penal – art. 18 da Resolução 181/17 do CNMP;
b) Indisponibilidade – art. 42 e 576 do CPP – o MP não pode desistir da ação
ajuizada ou do recurso interposto. Exceções: (a) SURSI Processual - art. 89 da
Lei nº 9.099/95 – pena mínima não superior 1 ano; (b) art. 4º, §3º da Lei n.
12.850/13;
c) Oficialidade – tem que ser o MP
d) Intranscendência – a ação penal só pode ser ajuizada em face de seus supostos
sujeitos ativos;
e) Indivisivel ou divisível – há controvérsias doutrinárias. Na prova do MP/SP =
indivisibilidade! Já o STJ e STF = divisibilidade!

2) Denuncia – petição inicial dos crimes de ação pública.


a) Requisitos: art. 319 do CPC + art. 41 do CPP
a.1) exposição do fato criminoso e suas circunstâncias - com todas as
elementares do crime e as seguintes circunstâncias: qualificadoras, causas de
aumento de pena e agravantes relacionadas ao fato (CP, art. 61, II e 62).
Aditamento = 384 do CPP. OBS.: em casos de tentativa, a denúncia deve
descrever todos os requisitos da tentativa, especialmente quais as circunstâncias
alheias à vontade do agente o impediram de consumar o crime; OBS. 1: no
caso de crime culposo, deve indicar e descrever a modalidade de culpa; OBS.
2: concurso de pessoas – a inicial deve narrar a conduta de cada um dos
acusados; OBS. 3 – desacato e injúria – deve transcrever literalmente todas as
ofensas; OBS. 4 – responsabilidade da PJ (Lei nº 9.605/98) – para o STF não
foi adotada no Brasil, a teoria da dupla imputação, logo, o MP pode denunciar
a PJ sem incluir uma pessoa física no polo passivo;
a.2) identificação do acusado – é possível, a qualquer tempo, retificar a
qualificação do acusado;
a.3) classificação jurídica do fato – não há inépcia da inicial por erro de
classificação, pois o real se defende dos fatos;
a.4) rol de testemunhas, se houver.

b) Prazo: art. 46 do CPP – prazo de 5 dias, se o réu estiver preso e 15 dias, se o


réu estiver solto. Se não oferecer no prazo, deverá haver o relaxamento da
prisão e caberá a ação subsidiária da pública pelo ofendido;

Ação Penal Privada

1) Princípios: (a) oportunidade; (b) disponibilidade; (c) Intranscendência; e (d)


indivisibilidade (tem que ajuizar contra todos os agentes conhecidos, a renúncia em
favor de um alcança todos os agentes). O art. 48 dá ao MP a atribuição de fiscalizar
o cumprimente deste último requisito, ele pedi ao juiz que notifique ao querelante
para aditar a queixa-crime.
2) Queixa-crime – tem que ser proposta no prazo decadencial de 6 meses, contados
do conhecimento de autoria. Requisitos = os mesmos que os denúncia + art. 44 do
CPP (outorga de procuração a advogado com poderes especiais, resumo dos fatos
e nome do/s querelado/s).
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública

1) Conceito – direito de propor queixa em crime de ação penal pública quando


houver inércia do MP (ler art. 29 do CPP!).
2) Poderes do MP – (a) repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva; (b) aditar
a queixa; (c) oferecer meios de prova; (d) interpor recursos; (e) reassumir o polo
ativo se o querelante for inerte.
3) Prazo decadencial de 6 meses do momento em que finalizar o prazo legal para o
MP. Ressalte-se que, caso assim não o faça, não haverá extinção da punibilidade
pela decadência, apenas terá que aguardar até o MP oferecer denúncia ainda que
fora do prazo.

Competência

1) Fixação da competência
a) Etapa preliminar – verificar se envolve pessoa que tenha foro por prerrogativa
de função;
b) Determinação da justiça competente – natureza da infração. Justiça Especial
Criminal – eleitoral (crimes eleitorais e conexos) ou militar (crimes militares);
Justiça Comum – federal (crimes federais e crimes comuns conexos) e estadual
(residual);
c) Determinação do foro competente – lugar da infração ou, excepcionalmente, o
domicílio do réu;
d) Determinação do juízo competente – distribuição e prevenção.

2) Justiça Militar: arts. 125, §§3º e 5 º e 124 da CF. Crimes militares, em tempos de
paz, estão definidos no art. 9º do Código Militar e pode ser próprio de militar ou
crimes militares impróprios (aqueles praticados por militar em situação de serviço,
tipificados nos CPM ou na legislação penal comum – alteração dada pela Lei nº
13.491/17. OBS.: na justiça militar não se aplica a Lei nº 9.099/95);
2.1. Justiça Militar Estadual = julga os crimes militares praticados contra interesses das
instituições militares estaduais (polícia militar e corpo de bombeiros militar). O
ramo do MP que atua é o MP estadual;
2.2. Justiça Militar Federal = julga os crimes militares praticados contra interesses das
forças armadas, marinha do exército e da aeronáutica. Quem atua é o Ministério
Público Militar;
2.3. Quem julga militar que comete crime doloso contra a vida de civil? DEPENDE.
Se o sujeito ativo for militar estadual, ele é julgado pelo júri. Já se o sujeito ativo for
membro das forças armadas, marinha do exército ou da aeronáutica, será julgado
pela justiça militar.
3) Justiça Comum Federal – art. 109 da CF – julga crimes comuns federais e conexos
(Súmula 122 do STJ):
a) Crimes políticos;
b) Infrações em detrimentos de bens, serviços ou interesses da União, Empresa
Pública ou Autarquias. OBS.: Súmulas dos STJ = 38 (Compete à Justiça
Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por
contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou
interesse da União ou de suas entidades), 42 (Compete à Justiça Comum Estadual
processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista
e os crimes praticados em seu detrimento) e 147 (Compete à Justiça Federal
processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal,
quando relacionados com o exercício da função).
c) Crimes à distância previstos em tratados ou convenções internacionais
ratificados pelo Brasil. Ex.: tráfico transnacional de drogas;
d) Crimes contra o sistema financeiro;
e) Crimes contra a ordem econômica + nos casos previstos em lei;
f) Crimes contra a organização coletiva do trabalho;
g) A bordo de navio ou aeronave;
h) Crimes de ingresso e permanência irregular de estrangeiro; e
i) Federalização = é um incidente de deslocamento da competência, feito pelo
PGR ao STJ, que retira a competência da justiça estadual e desloca para a
federal. Requisitos: (a) grave violação aos direitos humanos + inércia da
apuração dos fatos.

4) Justiça Comum Estadual: competência residual;

Foro Competente (territorial)

1) Lugar da infração = arts. 70, 71, 88 a 91. Regra: local da consumação do delito
(teoria do resultado). Demais critérios: (a) tentativa – local do último ato executório;
(b) crime consumado em lugar incerto na divisa – prevenção; (c) crime à distância
– quando a conduta inicia-se no Brasil e termina no exterior, será o local do último
ato executório no Brasil. Se é o contrário, o local do resultado; (d) crime ocorrido
no estrangeiro – é a capital do estado do último domicílio/residência do réu no
Brasil, se nunca morou aqui será a capital do República; (e) crime a bordo de
embarcação: o primeiro porto em que parou se veio do exterior, ou o último porto
brasileiro em que parou se rumava o exterior; (f) crime a bordo de aeronave, será
tanto o local em que pousou antes do crime quanto depois do crime, utiliza-se o
critério da prevenção; No âmbito do JECRIM é utilizado o critério do local da
conduta. O mesmo ocorre no caso de crime contra a vida (doloso ou culposo), será
o local da infração e não do resultado;
2) Domicílio ou residência do réu – arts. 72 e 73 do CPP –
a) Crime de Ação Penal Pública = foro subsidiário (só quando não sabemos o
lugar da infração ou resultado);
b) Crime de Ação Penal Privada = foro optativo (o querelante escolhe).

Juízo Competente

1) Juízos que possuem competência diversa: normas de organização judiciária;


2) Juízos que possuem a mesma competência: prevenção (art. 83 do CPP) ou
distribuição.

Pontos Importantes:

1) Foro Especial – STF, AP 937: o foro só se aplica a fatos cometidos durante a função
e a ela relacionados;
2) Conexão e Continência (art. 76 a 82 do CPP): vínculo – “simultaneus processos”.
Órgão prevalente (“visattractiva”):
a) Justiça Comum Federal x Justiça Comum Estadual = Justiça Comum Federal;
b) Júri X Justiça Comum = Júri;
c) Justiça Eleitoral X Comum = Justiça Eleitoral;
d) Órgãos Judiciais de Diferentes Graduações = órgão mais graduado;
e) Órgãos Equivalentes (ex.: duas varas estaduais) = (a) juízo do local do crime
mais grave; (b) se não houver crime mais grave, será o local do maior número
de crimes; (c) ou se nada resolver, se dará por prevenção (cai bastante na prova).
3) Perpetuação da competência – art. 81 do CPP - Verificada a reunião dos processos
por conexão ou continência, ainda que no processo da sua competência própria
venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a
infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente
em relação aos demais processos. Exceção = reconhecida inicialmente ao júri a
competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração
ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do
júri, remeterá o processo ao juízo competente.

Tribunal do Júri

1. Princípios Constitucionais = CF, 5º, XXXVIII


a) Plenitude de defesa;
b) Sigilo das votações;
c) Soberania dos vereditos;
d) Competência mínima para o julgamento dos crimes dolosos contra à vida.
2. Júri enquanto órgão judicial: é composto de um presidente (juiz togado) + 25
jurados (cidadão brasileiro, maior de 18 anos e notória idoneidade). OBS. Só se
admite recusa se houver escusa de consciência.
3. Procedimento bifásico
3.1.1ª fase – sumário da culpa (começa com o oferecimento de denúncia e termina
com a sentença de pronúncia (“judicium accusationis”).
a) Oferecimento da denúncia/queixa (até 8 testemunhas);
b) Despacho liminar de recebimento (interrupção da prescrição) ou rejeição (cabe
recurso em sentido estrito) da inicial;
c) Citação;
d) Resposta escrita em 10 dias (até 8 testemunhas);
e) Manifestação da acusação em 5 dias;
f) Saneador;
g) Audiência única de instrução (declarações da vítima, testemunhas de acusação,
testemunhas de defesa e interrogatório do réu), defesa (acusação e defesa tem
20 minutos pra falar, prorrogáveis por + 10, pra cada um) e julgamento
(pronúncia – art. 413 do CPP, impronúncia – art. 414 do CPP, absolvição
sumária – art. 415 do CPP e desclassificação – art. 419 do CPP).
g.1. Pronúncia – decisão interlocutória mista não terminativa (cabe RESE).
Pressupostos – prova de materialidade e indícios de autorias ou participação.
Fundamentação: o juiz deve se limitar a indicar a prova de materialidade, os
indícios de autoria ou participação, a qualificadoras e as causas de aumento,
com linguagem comedida e cautelosa para não influenciar os jurados. Efeitos:
(I) submeter o réu a júri; (II) interromper a prescrição; (III) fixara a classificação
jurídica do fato. A pronúncia, por si só, não enseja a prisão do réu (pode o juiz
decretar prisão cautelares se existir motivos para isso);
g.2. Impronúncia – decisão interlocutória mista terminativa (cabe apelação).
Pressuposto: ausência de prova de materialidade ou indícios de autoria ou
participação. Efeitos: produz coisa julgada formal (poderá haver a reabertura
do caso se houver provas novas. Limite: extinção da punibilidade).
ATENÇÃO! A despronúncia é conhecida da doutrina como a revogação da
denúncia, quando interposto RESE), ou seja, é um tipo de impronúncia;
g.3. Absolvição Sumária – sentença (cabe apelação). Verdadeiro juízo de
improcedência da acusação, produzindo coisa julgada material. É preciso haver
sentença dos fundamentos autorizadores da absolvição sumária (inexistência do
fato, negativa de autoria ou participação, comprovação da atipicidade da
conduta, excludente de ilicitude e excludente de culpabilidade, salvo a
menoridade). OBS.: é possível a absolvição sumária imprópria desde que seja
a única tese defensiva;
g.4. Desclassificação – decisão interlocutória mista não terminativa (cabe
RESE). Quando o fato não constitui crime doloso contra a vida. (I) juízo com
competência privativa do júri – (a) desclassifica-se; (b) aguarda-se preclusão
(eventual RESE); (c) remessa ao juízo singular; (d) aplica-se o disposto no 384
do CPP no juízo singular; (e) sentença; (II) juízo com competência cumulativa:
(a) desclassifica-se; (b) aguarda-se preclusão (eventual RESE); (c) aplica-se o
disposto no 384 do CPP no juízo singular; (d) sentença.
3.2.2ª fase – juízo da causa (“judicium casuae”):
a) Juízo da causa: junto ao requerimento de provas e arrolamento de até 5
testemunhas, pode ser pedido o desaforamento em caso de suposta influência
dos jurados.
b) Sessão de Julgamento: (I) instalação da sessão – pedidos de adiamento e
dispensa de jurados, conferências das cédulas, chamada dos jurados (quórum
mínimo de 15 jurados), anuncio do julgamento, e pregão (ler o artigo 571 do
CPP); (II) formação do conselho de sentença – advertência aos jurados (sobre
impedimentos, suspeição, parentesco entre jurados e incomunicabilidade),
sorteio dos jurados (as partes podem recusar até 3 jurados,
imotivadamente/peremptória, ou de forma motivada/ilimitada) e compromisso
legal (cada jurado receberá cópia da pronúncia e decisões confirmatórias da
mesma); (III) instrução (oitiva da vítima, testemunhas de acusação, as
testemunhas de defesa, leitura de peças (provas urgentes antecipadas e
realizadas por precatórias), interrogatório do réu (só o jurado não faz pergunta
direta ao réu, sendo intermediados pelo juiz. Quem pergunta primeiro é o juiz,
depois a parte que arrolou e depois a outra parte); (IV) debates orais (acusação
– 1 hora e 30 minutos; defesa – 1 hora e 30 minutos; réplica (é faculdade da
acusação) – 1 hora; e treplica – 1 hora, se forem 2 ou + réus, será 2 horas e 30
minutos para cada parte, réplica e tréplica de 2 horas). OBS.: se o promotor
disser que não quer fazer réplica mas criticar a atuação de defesa, essa crítica
terá força de réplica. OBS. 2: a interrupção pela parte contrária é chamada de
aparte e quando for feito, o juiz acrescentará 3 minutos para a parte que está
falando (ler o artigo 478 do CPP – causas de nulidade relativa, que deve ser
alegada de imediato sob pena de preclusão); e (V) julgamento (publicidade
restrita = sala especial, na presença do juiz presidente, jurados, advogado, MP
e serventuários da justiça; o questionário deverá ter como fonte a pronuncia,
decisões confirmatórias, teses alegadas e interrogatório do réu, as regras dos
quesitos estão dispostas no art. 483 do CPP e nas Súmulas 156 e 162 do STF
– devem ser elaborados de forma simples e claros, em proposições afirmativas.
OBS.: a falta de quesito obrigatório é causa de nulidade absoluta. OBS. 2: deve
haver um questionário para cada réu e uma série de quesitos para cada crime.
OBS. 3: os quesitos das teses defensivas devem anteceder os quesitos sobre as
qualificadoras).
c) Quesitos obrigatórios: (I) materialidade; (II) autoria/participação; (III) no caso
de tentativa, quesito sobre “animus necandi”; (IV) no caso de crime
consumado, as teses desclassificatórias, se houver; (IV) o jurado absolve o
acusado?; (V) inimputabilidade por doença mental; (VI) excesso culposo; (VII)
teses defensivas (que implicam redução de pena ou outro privilégio); (VIII)
qualificadoras; e (IX) causas de aumento de pena.

SENTENÇA
Veredito Juiz Presidente Crime Conexo
CONDENAÇÃO Dosimetria Júri
ABSOLVIÇÃO Fundamento no 386. A. I.: Júri
medida de segurança.
DESCLASSIFICAÇÃO Julga ou aplica a lei Juiz Presidente
9.099/96
Recursos – Teoria Geral
1) Pressupostos: CARTA: objetivos – cabimento (só é cabível se previsto em lei, rol
taxativo), adequação (se a parte interpuser o recurso errado, essa falha poderá ser
relevada, exceto se houver má-fé ou erro grosseiro), regularidade formal (regras
formais de interposição), tempestividade (no prazo legal – no CPP, o prazo é
contado em dias corridos, e se último dia cair em dia não útil prorroga-se o prazo
até o próximo dia útil, e sempre contadas da intimação) e ausência de fatos
impeditivos ou extintivos (renúncia - OBS.: o MP não pode renunciar. OBS. 2: se
o réu diz que não quer recorrer, mas o advogado recorre, vale o recurso; desistência
e deserção do querelante); LI: subjetivos – legitimidade (art. 577 do CPP) e
interesse recursal (sucumbência. OBS.: o MP tem interesse em recorrer em favor
do réu. OBS. 3: o MP não tem interesse em recorrer de sentença absolutória
quando for ação penal privada. OBS. 4: a defesa tem interesse em recorrer de
sentença absolutória para mudar o fundamento.
2) Princípio da Proibição da “Reformatio in Pejus” – a situação do réu não pode ser
agravada em recurso exclusivo da defesa (art. 617 do CPP):
a) Reforma prejudicial direta: o próprio tribunal prejudica;
b) Reforma prejudicial indireta: o tribunal manda o juiz de primeiro grau julgar e
este agrava a situação – isso é proibido. Exceção: (a) anulação do processo por
violação a regras constitucionais de competência; (b) anulação do júri, seguida
do reconhecimento de veredito mais rigoroso.

Apelação

1) Cabimento: arts. 593 + 416 do CPP – contra decisão do juiz singular (sentenças
condenatórias ou absolutórias, sentenças definitivas ou com força de definitiva não
sujeita a RESE), por fundamentação livre; ou de sentença do júri, por
fundamentação vinculada (nulidade posterior à pronúncia – precisa de novo júri,
decisão do juiz presidente contrária à lei ou ao veredito, erro ou injustiça na
pena/medida de segurança ou decisão manifestamente contrária à prova - precisa
de novo júri). OBS.: nesse último caso, não poderá invocar o mesmo fundamento
com relação ao novo júri. OBS. 2: se de parte da sentença caber apelação e outra
parte RESE, deverei apenas entrar com apelação para recorrer da totalidade da
decisão – art.593, §4º do CPP;
2) Rito:
a) Interposição: prazo de 5 dias (10 dias para defensor público e 15 dias para o
assistente de acusação não habilitado nos autos);
b) Juízo de admissibilidade: pode receber ou rejeitar (cabe RESE – art. 581, XV);
c) Razões: 8 dias na justiça comum ou 3 dias no caso de JECRIM;
d) Contrarrazões: 8 dias na justiça comum ou 3 dias no caso de JECRIM. OBS.:
o prazo de razões e contrarrazões são impróprios;
e) Tribunal: arts. 610 ou 613 do Processo Penal.

RESE

1) Cabimento: arts. 581/592 do CPP – rol taxativo, entretanto, admite-se o emprego


de analogia / interpretação extensiva: (I) rejeição da denúncia/queixa (Súmulas 707
e 709 do STF); (II) declaração de incompetência do juízo; (III) decisão que julga a
procedência das exceções, salvo suspensão; (IV) pronuncia; (V) prisão (só quando
a acusação é sucumbente. Se a defesa for sucumbente caberá habeas corpus) e
fiança; (VI) decretação ou indeferimento da extinção de punibilidade; (VII)
sentença concessiva ou denegatória de habeas corpus (desde que seja 1ª instância,
é caso de reexame necessário); (VIII) decisão que anula o processo; (IX) decisão
que inclui ou exclui jurado; (X) suspensão do processo por questão prejudicial; (XI)
suspensão do processo por citação editalícia (art. 366 do CPP); (XII) incidente de
falsidade documental.
2) Rito:
a) Interposição: prazo de 5 dias (10 dias para defensor público e 15 dias para o
assistente de acusação não habilitado e 20 dias para o caso de inclusão ou exclusão
de jurado da lista);
b) Juízo de admissibilidade: pode receber ou rejeitar (cabe Carta Testemunhável);
c) Razões: 2 dias;
d) Contrarrazões: 2 dias. OBS.: o prazo de razões e contrarrazões são impróprios;
e) Juízo de retratação: 2 dias, pode se retratar (haverá intimação das partes e poderá
haver recurso do prejudicado, indo pro tribunal mesmo assim se contra a sentença
retratada ainda caiba RESE) ou manter sua decisão.
f) Tribunal.

Embargos de Declaração

1. Cabimento: arts. 382 e 619/620 do CPP -obscuridade, ambiguidade, contradição e


omissão. A jurisprudência dá o nome de embargos de declaração infringentes
quando os embargos podem geral uma alteração do resultado;
2. Prazo: 2 dias. Não é preciso intimar a parte contrária, salvo quando se tratar de
embargos de declaração comparável a infringente. A oposição dos embargos geram
a interrupção dos prazos dos demais recursos. OBS.: no JECRIM, o prazo de 5
dias.

Provas - arts. 155 a 250 do CPP

1) Exame de Corpo de Delito (arts. 158 a 184)

a) Obrigatoriedade: (I) art. 184 do ECA – é a única prova que o juiz não pode
indeferir; (II) art. 158 – é obrigatório nas infrações que deixam vestígios, não
podendo suprir-lhe a confissão do acusado; (III) art. 167 – se os vestígios
desaparecerem, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta (Súmula 574 do
STJ – nos crimes de violação de direito autoral, pode ser feita por amostragem
e analisando apenas a parte externa do material;

b) Peritos (art. 159): 1 perito oficial, portador de diploma em curso superior; ou 2


peritos não oficiais, idôneos, com diploma em curso superior,
preferencialmente na área especifica e habilitação técnica.

2) Interrogatório (arts. 185 a 196)


a) Videoconferência (art. 185, §2º) – somente no caso de réu preso. O juiz poderá
decretar de oficio ou a requerimento das partes. As partes devem ser intimadas
com 10 dias de antecedência com relação ao ato e as hipóteses estão em rol
taxativo: (I) prevenir risco à segurança pública (não precisa ter sido condenado
por organização criminosa); (II) relevante dificuldade para seu comparecimento
por enfermidade ou outra circunstância; (III) impedir a influência do réu sobre
a vítima; (IV) responder a gravíssima violação à ordem pública;

b) Processo de interrogatório: (I) entrevista reservada com o advogado; (II)


qualificação (Súmula 522 do STJ – o réu não pode mentir sobre a sua
qualificação); (III) interrogatório do réu sobre os fatos; e (IV) esclarecimento
das partes;

3) Confissão (arts. 197 a 200 do CPP) – o silencio não pode ser usado. Características:
(I) retratável – a pessoa pode reconsiderar; e (II) divisível – parcial (Súmula 545 do
STJ – sempre que a confissão for fundamento da sentença, incide a atenuante da
confissão);

4) Ofendido (art. 201) – ofendido será ouvido sempre que possível. O STF entendeu
que o juiz pode indeferir motivadamente (Ex.: número imenso de vítimas
sobreviventes – boate Kiss);

5) Prova testemunha (arts. 202 a 225)

a) Em regra, qualquer pessoa pode ser testemunha;

b) Exceção: (I) testemunhas dispensáveis – art. 206 do CPP – possuem parentesco


com o réu e podem se recusar a depor. OBS.: se for a única fonte de prova
deve depor, mas não presta compromisso de dizer a verdade; (II) testemunhas
proibidas – são testemunhas que em razão do sigilo ou função, ministério ou
profissão não podem depor. OBS.: se o beneficiário do sigilo requerer e o
destinatário aceitar, haverá depoimento.
c) Procedimento – cross examination – art. 212: (I) Testemunha de acusação –
qualificação, compromisso, MP e defesa perguntam diretamente para o
acusado, o juiz é o último a perguntar. OBS.: é considerada nulidade relativa
se o juiz perguntar antes das partes. OBS.: Carta Precatória (art. 222 do CPP),
vencido o prazo o juiz pode julgar, mas sempre a juntara aos autos quando do
retorno. Súmulas 155 do STF (a falta de intimação da precatória é causa de
nulidade relativa) e Súmula 273 do STJ (se intimado da precatória não precisa
ser novamente intimado da audiência).

6) Reconhecimento de Pessoas e Coisas (arts. 226 a 228)

a) O reconhecimento fotográfico é autorizado pela jurisprudência desde que não


seja a única fonte de prova;

b) Procedimento do art. 226 do CPP – diz o código que esse procedimento é mera
sugestão;

c) Acareação (arts. 229 a 230) – divergência sobre fato relevante. Pressuposto =


que as pessoas já tenham prestado depoimento. Procedimento = as pessoas são
colocadas lado a lado, é apontada a divergência e elas podem fazer
considerações.

7) Documentos (art. 231 a 238) – pode ser juntado a qualquer tempo do prazo.
Exceção: no plenário do júri deverá ser juntada até 3 dias uteis antes do plenário
(art. 479);

8) Indícios (art. 239) – é avaliado de forma indutiva;

9) Busca e Apreensão (arts. 240 a 250) – a busca pessoal não precisa de mandado
desde que haja fundada suspeita. OBS.: busca e apreensão em mulher será feita
por outra mulher, salvo se importar em retardamento ou prejuízo para a diligencia.
OBS. 2: busca e apreensão domiciliar (art. 5, XI, CF) – sem consentimento do
morador, salvo flagrante, desastre, para prestar socorre ou durante o dia, com
mandado judicial (período que vai das 6 às 18h).

Prisões (arts. 301 e seguintes)

1) Modalidades de Flagrante – art. 302: (I) I e II – flagrante próprio verdadeiro, real


(está cometendo ou acaba de cometer); (III) flagrante impróprio/quase flagrante
perseguido logo após (arts. 290, §1º); (IV) flagrante presumido – encontrado logo
depois ainda que perca de vista (sem interrupção da perseguição). OBS. 1: flagrante
preparado – há intervenção na vontade, não é válido (Súmula 145 do STF). OBS.2:
flagrante esperado, não há intervenção na vontade, e é válido de acordo com a
Súmula 567 do STJ.

2) Procedimento do Flagrante (arts. 304 e seguintes): (a) a autoridade competente é o


do local da lavratura do flagrante; (b) O condutor é a pessoa que conduz o preso à
autoridade competente; (c) deve haver ao menos duas testemunhas e o condutor
conta como testemunha. OBS.: a falta de testemunhas não impede o flagrante,
messe caso deve haver duas testemunhas da apresentação do preso à autoridade
(testemunhas instrumentais, instrumentárias ou fedatárias).

3) Condutas do Juiz: (art. 310 do CPP): (I) o juiz pode relaxar a prisão em flagrante;
(II) conceder a liberdade provisória ou outra cautelar; ou (III) decretar a prisão
preventiva. OBS.: a falta de audiência de custodia não impede o critério de prisão
preventiva.

4) Prisão em Flagrante

a) Cabimento: (I) art. 312 – indicio suficiente de autoria e prova da existência do


crime; (II) art. 312 – garantia da ordem pública (periculosidade do agente,
probabilidade de reiteração de condutas criminosas – pode ser feita levando-se
em conta atos infracionais anteriormente praticados, ou a gravidade em
concreto do crime), garantia da ordem econômica (é a ordem pública voltada
para aspectos econômicos), por conveniência da instrução criminal (são os
indícios concretos de fuga) ou para assegurar a aplicação da lei penal (é a
atuação indevida do réu na produção probatória); (III) crime doloso com pena
máxima superior a 4 anos, reincidente em crime doloso ou para assegurar o
cumprimento de medida protetiva; (IV) em nenhum caso será decretada se
praticada nas hipóteses do art. 23 (causas excludentes da ilicitude) do Código
Penal. OBS.: para decretar a prisão preventiva é necessário dois elementos no
tópico 1, ao menos um elemento dos tópicos 2 e 3 e não pode haver elemento
do tópico 4.
5) Prisão Temporária
a) Generalidades: (I) só existe no Inquérito Policial; (II) o juiz não pode decretar
de oficio; (III) tem prazo determinado – 5 dias prorrogáveis por mais 5, ou 30
dias prorrogáveis por mais 30 (hediondos);
b) Cabimento: (I) imprescindível para as investigações ou quando o indiciado não
tem residência fixa ou não comprova a identidade + (II) rol taxativo de crimes.
6) Liberdade Provisória
a) Fiança pelo delegado: art. 322 do CPP – crimes com pena máxima menor ou
igual a 4 anos;
b) Critérios para arbitramento: arts. 325 e 326 do CPP – (I) pena máxima igual ou
menor que 4 anos = 1 a 100 salários mínimos; (II) pena máxima superior a 4
anos = 10 a 200 salários mínimos. OBS.: deve se levar em consideração a
natureza da infração, condições pessoais, fortuna e vida pregressa,
periculosidade, importância provável das custas ao final do processo.

Ritos – art. 394 do CPP

Procedimento Comum Ordinário

Fluxograma: Denúncia – Rejeição/recebimento – citação – respostas – absolvição sumária


– audiência de instrução e julgamentos.

1. Rejeição da denúncia (art. 395 do CPP):


a) Manifestamente inepta;
b) Faltar condição da ação/pressuposto processual;
c) Faltar justa causa.
d) RECURSOS: no CPP cabe RESE, e no JECRIM cabe Apelação (Lei nº
9.099/95);
2. Recebimento da denuncia
a) Interrompe a prescrição
b) Embora desejável, não precisa motivar o recebimento da denuncia
c) O juiz deverá determinar a citação. OBS.: a falta de citação é causa de nulidade
absoluta, se existir mas tiver defeito será causa de nulidade relativa. OBS. 2: em
regra, no processo penal a citação é real, o réu que mora no estrangeiro será
citado por carta rogatória, sendo que enquanto não cumprida a carta fica
suspensa a prescrição. OBS. 3: a citação por hora certa, o réu se oculta para
não ser citado – segue o rito do CPC. O STF julgou constitucional a citação por
hora certa no processo penal. OBS. 4: a citação por edital é exceção, os meios
de localização do réu devem ser esgotados, o prazo do edital é de 15 dias (ler o
art. 366 do CPP – se citado por edital, o réu não comparece e não constitui
advogado, o juiz pode suspender o processo e a prescrição – Súmula 415 do
STJ – pode ainda, decretar a prisão preventiva e/ou produzir provas urgentes –
Súmula 455 do STJ).
3. Resposta à acusação (arts. 396 e 396-A do CPP): ela é obrigatória e seu prazo é de
10 dias, sendo o termo inicial a data da efetiva citação. OBS.: a jurisprudência
entende que se o juiz mandar o MP se manifestar após a resposta sobre
preliminares e documentos não há nulidade.
4. Absolvição Sumária: julgamento antecipado pro reo – (I) presença manifesta de
causa excludente de ilicitude; (II) presença manifesta de causa excludente da
culpabilidade, salvo inimputabilidade; (III) se o fato narrado evidentemente não é
crime; (IV) extinta a punibilidade. OBS.: nessa fase não se aplica medida de
segurança. CUIDADO! Pois no júri pode ter medida de segurança no art. 415 do
CPP.
5. Audiência de Instrução, Debates e Julgamentos (arts. 400 e seguintes):
a) Ofendido
b) Testemunhas de acusação
c) Testemunhas de defesa
d) Perito
e) Assistente técnico
f) Acareação
g) Reconhecimento
h) Interrogatório
i) Diligencias – só podem ser requeridas diligências cuja necessidade surja na
audiência
j) Debates – se não houver diligências (Acusação – 20 + 10; Defesa – 20 +10), o
juiz pode julgar a conversão dos debates orais em memoriais escritos: (I) causa
complexa); (II) vários réus; (III) deferida diligência. Prazo dos memoriais:
(Acusação = 5 dias; Defesa = 5 dias; Julgamento = 10 dias. OBS.: os memorias
da defesa são obrigatório, exceto na 1ª fase do júri.
k) Sentença

DIFERENÇAS ENTRE PROCEDIMENTOS


PCO PCS
8 testemunhas 5 testemunhas
60 dias para fazer audiência 30 dias para fazer audiência
Pode requerer diligencia ao final e pode Não há previsão expressa
converter os debates em memoriais
escritos

Procedimento Comum Sumaríssimo

1. Suspensão Condicional do Processo – art. 89 da Lei nº 9.099/95 (não há direito


subjetivo a ela). Súmula 696 do STF – aplica o art. 28 do CPP se o promotor
requerer e ele não concordar. OBS.: não se aplica a suspensão condicional do
processo nos crimes da Lei Maria da Penha.

Procedimento nos crimes de responsabilidade de funcionário público


afiançáveis (art. 513 e seguintes)

1. Denuncia
2. Notificação para a defesa preliminar
3. Defesa preliminar (art. 514 do CPP): é obrigatória, no prazo de 15 dias. OBS.:
Súmula 330 do STJ – se teve Inquérito Policial, não cabe defesa preliminar. OBS.
2: se não for mais funcionário público no momento da denúncia não segue o
procedimento especial.
4. Juiz recebe a denuncia
5. Rito comum

OBS.: Ler as Súmulas do STJ: 582, 587, 588, 589, 593, 594, 599, 664, 606 e 613.

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