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PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO, FINANCEIRO E CONTÁBIL

O Break Even Point (ou Ponto de Equilíbrio) de um empreendimento é o patamar exato em que a sua receita cobre as despesas
fixas e variáveis. Neste ponto, o lucro, assim como o prejuízo, é ZERO. Em outras palavras, o indicador aponta o quanto é
necessário vender para não haver prejuízos para a empresa.

Ponto de Equilíbrio
Este parâmetro é importante para analisar a viabilidade do negócio ou para adequá-lo ao mercado. Quanto menor o seu índice,
menores são os riscos. Sendo assim, o intervalo que supera este indicador “zero” é quando a empresa passa a ser lucrativa.

Como encontrar o Ponto de Equilíbrio?


Uma vez que você conhece os custos fixos e variáveis do seu produto, com estas informações, é possível calcular o Ponto de
Equilíbrio. Para isso, são necessárias 3 variáveis:
 Custos fixos (custos independentes do volume de vendas, como luz e aluguel)

 Custos variáveis (custos que dependem do volume de vendas, como custo de fabricação do produto)

 Preço de venda do produto


A Margem de Contribuição (MC) é um conceito utilizado no cálculo do Ponto de Equilíbrio, e representa a parte da receita
disponível para cobrir os seus custos e despesas fixas e gerar lucro:

Margem de Contribuição = Receita – Custo Variável


Exemplo: Se um produto é vendido a R$ 100 e seus custos e despesas variáveis são de R$ 70, a sua Margem de Contribuição é
de R$ 30 e, seu Índice de Margem de Contribuição representa 30% do valor do produto.

PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL


O Ponto de Equilíbrio Contábil é a receita necessária para cobrir todos os custos e despesas da empresa, com lucro zero. Dessa
forma, não considera o lucro mínimo exigido pelo investimento. Veja a fórmula:

P.E. Contábil = Custos e Despesas Fixas Totais / Margem de Contribuição


Exemplo:
Uma empresa vende canetas ao custo de R$ 10 /unidade.
Seus custos variáveis são de R$ 8 /unidade.
Assim, a Margem de Contribuição é de 10 – 8 = R$ 2 /unidade.
Custos e despesas fixas: R$ 4.000 /ano.
P.E. Contábil = 4.000 / 2 = 2.000 unidades/ano.
Vender 2.000 unidades por ano seria o mínimo para esta empresa não obter prejuízo.
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
Nem todos os custos e despesas fixos requerem desembolsos financeiros, como é o caso da depreciação de móveis e
equipamentos. Este é um lançamento contábil e não há efetivamente um desembolso. Dessa maneira, mesmo abaixo do ponto de
Equilíbrio Contábil, a empresa consegue arcar com os encargos, para isso existe o Ponto de Equilíbrio Financeiro.
Para este cálculo, podem ser considerados “desembolso” o que não são custos e nem despesas, como investimentos, amortização
de dívidas e parcelamentos. O cálculo do faturamento que cobre os gastos desembolsáveis é feito da seguinte forma:

P.E. Financeiro = Custos e Despesas Fixas Desembolsáveis / Margem de Contribuição


Exemplo:
Nesta mesma empresa de canetas, temos:
Margem de Contribuição: R$ 2 /unidade.
Custos e despesas fixas: R$ 4.000 /ano.
Depreciação: R$ 1.000 /ano.
Lembrando que:
Custos e despesas fixas desembolsáveis = (Custo e despesas fixas Totais – Não desembolsáveis)
P.E. Financeiro = (4.000 – 1.000) / 2 = 1.500 unidades/ano.
Neste caso, a empresa deveria vender pelo menos 1.500 unidades por ano, para não obter prejuízos financeiros.

PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO


Este é o índice que justifica a existência de uma empresa no mercado. O Ponto de Equilíbrio Econômico indica o faturamento
necessário para cobrir as despesas e garantir um lucro mínimo. O cálculo é realizado da seguinte maneira:

P.E. Econômico = Custos e Despesas Fixas + Lucro Mínimo / Margem de Contribuição


Exemplo:
Ainda na empresa de canetas:
Margem de Contribuição: R$ 2 /unidade.
Custos e despesas fixas: R$ 4.000 /ano.
Lucro mínimo exigido pelos investidores e acionistas: R$ 2.000 /ano.
P.E. Econômico = (4.000 + 2.000) / 2 = 3.000 unidades/ano.
Assim, se a empresa vender pelo menos 3.000 unidades por ano, ela irá atender seus encargos e seus objetivos mínimos de
margem de lucro.

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