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Rio Claro, 26 de junho de 2017.

ILMO.(A) SR.(A) PRESIDENTE DA COMISSÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO (DAAE)


DISCIPLINAR, Nº 100/2017.

Eu Jair Alves Martins, servidor público (pelo regime estatutário) integrado ao quadro
de funcionários desta Autarquia (identificado pelo RE nº 1618), onde exerço atividade laboral
desde Fevereiro de 2013 até a presente data — venho apresentar por escrito, os
esclarecimentos solicitados, acrescidos de considerações pertinentes ao caso (em face do
RELATÓRIO constante de fls. nº 03, assinado pelos Srs. Denilson Masssaferro Júnior (Gerente
de Obras e Manutenção) e Ademir Custódio Grego (Diretor Técnico); e da CONVOCAÇÃO
constante de fls. nº 13, assinada pela Presidente da Comissão suprarreferida, a Sra. Eliana
Missuno) de que trata o PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR “DAAE” Nº 100/2017.

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS.

Considerando que a convocação da “Presidente da Comissão” em tela (cf. fls. nº 13 do


PA nº 100/2017), extrapola o simples pedido de esclarecimento dos fatos ocorridos, pois
correlaciona que o esclarecimento do Sr. Jair Alves Martins, esteja consoante ao teor do
“Relato” apresentado (cf. fls. nº 03 do PA nº 100/2017) pelos Srs. Denilson e Ademir
(supracitados), conforme se depreende da transcrição parcial (abaixo) da referida fls. nº 03:

(...)

“...a fim de prestar esclarecimentos sobre os “fatos ocorridos” relatados nos autos do
Processo Administrativo nº 100/2017". (Grifo e destaque nosso)

(...)

Observação: É oportuno destacar que os “fatos ocorridos” a que se refere a transcrição


acima são os apresentados (fls. nº 03 do PA nº 100/2017) pelos Srs. Denilson e Ademir.

Resta claro que, qualquer divergência entre o relato do servidor (Sr. Jair) A SER
APRESENTADO, e o relato dos superiores hierárquicos (Srs. Denilson e Ademir) JÁ
APRESENTADO, tenderá a não respeitar o relato do servidor, tampouco a condição de
hipossuficiência do mesmo.

Em face do supraconsiderado..., é relevante considerar que o teor do “Relatório” (de


fls. 03 do PA nº 100/2017) lavrado pelos Srs. Denilson e Ademir (os quais não presenciaram “a
suposta discussão”, mas relatam os fatos com minucias de difícil reversão), apresenta-se
suspeito, pois é demasiado parcial e claramente extrapola o “simples relato”, pois faz “Juízo de
Valor” que tende em desfavor do servidor (Sr. Jair), conforme se depreende das transcrições
parciais do referido “Relato” (abaixo):

(...)

“...tiveram uma forte discussão dentro das dependências do quadrado do DAAE devido
um pedido de limpeza de sala não atendido.”

(...)

“...Peço que providencias cabíveis sejam tomadas porque situações como essa
atrapalham muito o ambiente de trabalho...” [...] “...PESSIMO EXEMPLO VINDO DE PESSOAS
QUE ESTÃO EM CARGOS DE LIDERANÇA, tornando flagrante a falta de respeito e
reponsabilidade pelo seu local de trabalho. Apenas COMO SUGESTÃO, UMA ADVERTÊNCIA
POR ESCRITO FICARIA DE BOM TAMANHO, VISTO QUE OS DOIS JÁ FORAM ADVERTIDOS
VERBALMENTE PELO DIRETOR TÉCNICO.” (Grifos, caixa alta e destaques nossos)

Do acima transcrito, não bastasse o “juízo de valor” em prejuízo do servidor (Sr. Jair),
temos a concomitantemente, “condução de futura decisão que deveria ser prerrogativa da
comissão”, através da qual os Srs. Denilson e Ademir (claramente) se antecipam pela punição
do servidor, fazendo crer suspeita qualquer decisão futura da “Comissão in casu”, visto que
existe “admoestação punitiva velada” com resultado de única hipótese, quer seja a punição
do servidor. É OPORTUNO DESTACAR QUE ENTRE OS DOIS SERVIDORES EM TELA (SRS.
EDILSON E JAIR), APENAS O SR. JAIR EXERCE CARGO DE CHEFIA (Chefe de Setor).

Feitas as necessárias “CONSIDERAÇÕES INICIAIS”, prosseguem o esclarecimentos,


referentes aos fatos ocorridos na data referida a teor dos autos do Processo supra (PA “DAAE”
nº 100/2017).

2. RELATO PESSOAL E ESCLARECIMENTO DOS FATOS CONFORME OCORRIDOS PARA


QUE PREVALEÇA A VERDADE E A JUSTIÇA.

Na data constante (19/01/2017) a teor do Relatório (assinado pelos Srs. Denilson e


Ademir), eu Jair (Chefe de Setor de Manutenção, Obras e Reparos), adentrei a portaria do
quadrado da manutenção, e ao dirigir-me para a sala da “Administração de Manutenção”
(onde costuma ficar o Sr. Denilson e o Sr. Ademir), fui interpelado pelo Sr. Edilson, o qual veio
em minha direção apresentando-se muito alterado e em voz alta disparou contra minha
pessoa, palavras altamente ofensivas (tais como: você é traíra; você não é homem; vou
quebrar sua cara, etc.), não bastando tais ofensas, veio em minha direção (o mesmo se
encontrava próximo ao almoxarifado)..., e apesar de eu pedir ao mesmo que moderasse sua
conduta e me explicasse o motivo das agressões verbais, este não se importou e manteve as
agressões e se manteve caminhando em minha direção e para não ser agredido fisicamente, eu
fui me afastando (andando para trás), porém isso também não adiantou, por fim chegamos
próximo a portaria do quadrado (conforme referido acima), a situação não melhorou e o Sr.
Edilson já estava prestes a atacar-me fisicamente, quando o servidor Sr. Mauro, que estava
próximo a portaria, tomou a iniciativa e agarrou o Sr. Edilson por trás, afastando e impedindo
um desfecho desagradável para o ocorrido, caso contrario possivelmente dada a situação
certamente eu seria agredido duramente. Após a intervenção do Sr. Mauro, ainda houve
xingamentos, sendo que em razão de defesa eu também revidei as agressões verbais, porém,
em nenhum momento tomei nenhuma iniciativa e até o presente momento não sei exatamente
qual ou quais os motivos que levaram o Sr. Edilson a agir de maneira agressiva com relação a
minha pessoa.

Ao final das agressões e já afastado o perigo de agressão física (após a interferência do


Sr. Mauro), o Sr. Denilson saiu de sua sala e interpelou-me com relação a situação, sendo que
neste momento eu estava muito constrangido e revoltado com a situação e insisti para com o
Sr. Denílson que eu não tinha culpa do ocorrido e que tinha sido vitima de uma decisão
unilateral do Sr. Edilson, porém este mesmo assim, pediu-me que não repetisse tal situação, o
que me deixou muito irritado pois não fui eu quem deu causa a situação vexatória, e me senti
ofendido duplamente, mas mesmo assim, não pude fazer nada a respeito.

Mais tarde, naquele mesmo dia o Sr. Ademir, se dirigiu a minha pessoa e após eu lhe
dizer que não tive culpa do ocorrido, o mesmo pareceu não entender a situação pois, pediu-me
para que não repetisse tais situações, o que me deixou muito ofendido, pois fui bastante claro
ao explicar para o Sr. Ademir, que as agressões foram unilaterais e começaram
unilateralmente da parte do Sr. Edilson, e embora tenha sido claro, isso não foi suficiente para
o Sr. Ademir, o qual insistiu para que eu não repetisse tal situação e chegou a se irritar comigo
dizendo que iria resolver a situação de outra maneira, porém, não considerou o meu relato e
tampouco se importou, pois muito tempo depois, quer seja no dia 19/06/2017, fui chamado ao
Departamento de Pessoal onde a Gerente Sra. Eliana (também Presidente da atual Comissão
Disciplinar), solicitou que eu recebesse e assinasse o comunicado de abertura de Processo
Administrativo Disciplinar nº 100/2017, o qual, antes de constituir-se em um ato de
esclarecimento para mim é mais uma agressão a minha pessoa, pois não sou eu quem deveria
figurar em tal processo, porém mais uma vez, nada posso fazer a não ser insistir que não dado
a devida atenção a verdade dos fatos, e é importante frisar que até a presente data não é de
meu conhecimento as razões que levaram o Sr. Adilson a praticar os atos de agressão verbal,
conforme acima referidos. Quero também deixar aqui os meus protestos com relação ao teor
do Relato dos Srs. Denilson e Ademir, vez que são por demais tendenciosos e não refletem a
realidade dos fatos verdadeiros (ocorrido no dia 19/01/2017). Portanto devem ser
reconsiderados, pois são injustos contra a minha pessoa e nada contribuem para a rotina e o
bem estar das boas relações no ambiente laboral.

Este é o meu relato, que por ser verdadeiro segue infra-assinado.

Jair Alves Martins

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