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Orientações para mudanças estatutárias a partir do

Novo Marco Regulatório


17 de junho de 2015

A Unicafes Nacional, considerando a proximida de da vigência do Novo Marco


Regulatório pa ra as Organizações da Sociedade Civil (OSC), apresenta a lgumas
orientações sobre mudanças estatutá rias para a s Unicafes estadua is e outras
organizações, interessa das em se habili tar pa ra acessar recursos públicos.

A Lei nº 13.019/2014, que regula as relações de parceria entre Estado e Sociedade


Civil e vale pa ra a União, estados, distrito federal e municípios, entra em vigor no
dia 27/07. De imediato, as OSCs que tenham mais de tr ês anos de existência, com
regularida de jurídica, fiscal e tributária, experiência prévia e capacida de técnica e
operacional para o desenvolvimento dos objetos da parceria, vão poder se habilita r
para chamamentos públicos através de Termos de Colaboração e de Fomento.

Mas é importante notar que a pa rtir da entrada em vigor da nova Lei, não mais será
possível utilizar o instrumento dos convênios pa ra esta parceria. Para a cessar
recursos públicos, tanto a União como os esta dos, o distrito federal e os municíp ios
deverão observar quatro (4) pequenos deta lhes que deverão constar no
estatuto da Organização:
1. Nos OB JETIVOS (ou finalidades) da entidade (que gera lmente a parecem nos
artigos inicia is do Estatuto), deve consta r um inciso que diga estar entre os
mesmos a “ promoção de atividades e finalidades de relevância pública e socia l”.
Teoricamente, outras palavras poderiam ser utilizadas, mas pa ra evitar qualquer
complicação no entendimento do gestor público, nossa sugestão, neste caso, é que
possam reproduz ir exatamente o que consta na Lei.

2. A entidade deverá ter um CONSELHO FISCAL, o qua l, entre as suas a tribuições


deverá estar a de “opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e
sobre as operações patrimoniais realizadas” (inciso II do Artigo 33). Não há número
definido de pessoas para compor o Conselho Fiscal. No entanto, o costume tem
indicado o número mínimo de três (3) pessoas (o número deve ser ímpar, para não
haver empate nas decisões), podendo haver suplentes.

3. O Estatuto deverá prever que, em caso de DISSOLUÇÃO da entidade, o


patrimônio líquido seja transferido a “outra pessoa jurídica de igua l natureza e que
preencha os requisitos da lei e cujo objeto socia l seja, preferencialmente, o mesmo”
(inciso III do artigo 33). Norma lmen te, a ma ioria dos estatutos já possui uma
cláusula parecida com esta e espera -se que com uma redação um pouco diferente
possa ser recebida pelo órgão público. No entanto, não custa revisa r pa ra ver se a
cláusula existe e se adequa ao texto da lei.

4. Fina lmente, mesmo que muitas entidades já tenham presente a prática da adoção
das Normas Brasileiras de CONTABILIDADE e o princípio da publicidade, estamos
sugerindo que coloquem no estatuto uma cláusula informando que a “entidade
observará os princípios fundam enta is de contabilidade e das Normas Bra sileiras de
Contabilidade e dará publicidade ao relatório de atividades e demonstra ções
financeiras, incluídas as certidões negativas de débitos com a Previdência Socia l e
com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, colocando -os à disposição
para exame de qua lquer cida dão” (isso está no inciso IV do artigo 33).
É importante que, diante disso, as organizações aproveitem a realização de suas
assembleias a inda neste semestre para revisa r seus estatutos. Caso este s itens não
estejam presentes no documento atual, a organização deve proceder a adequação
assim que possível, para estar em condições de cumprir o que determina a nova
Lei, no seu a rtigo 33.

O consultor juridico Daniel Rech, que acompanhou as discussões do Marco


Regultório representando a Unicafes Naciona l, a inda lembra que estas a lterações
devem estar registradas em Cartório. No caso de dúvidas, você pode entrar em
contato com a Unicafes pelo e -mail: juridico@unicafes.org.br.

Fonte: Unicafes

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