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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

2 MOTOR ELÉTRICO ..................................................................................................... 5

2.1 Motores de Corrente Contínua ............................................................................................. 5

3 GERADORES ................................................................................................................... 6

3.1 Elementos de um gerador CC .............................................................................................. 7

3.2 Rotor ..................................................................................................................................... 7

3.2.1 Partes do rotor.................................................................................................................... 8

3.3 Anel comutador .................................................................................................................... 8

3.4 Estator ................................................................................................................................... 8

4 Principios de funcionamento de um gerador CC ..................................................................... 9

4 APLICAÇÕES DA MÁQUINA DE CC .................................................................. 9

4.1 Vantagens e Desvantagens dos Motores CC ........................................................................ 9

4.2 O Aparecimento do Movimento Girante em Motores de CC............................................. 11

4.3 Constituição Detalhada da Máquina de CC........................................................................ 13

4.4 A Máquina CC Energizada ................................................................................................. 15

4.5 Controle da velocidade do motor CC ................................................................................. 16

4.6 Cálculo da potência ............................................................................................................ 19

4.7 A Partida ............................................................................................................................. 20

4.8 Modos de Operação de uma Máquina CC .......................................................................... 21

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 23

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 24


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1 INTRODUÇÃO

Máquinas de corrente contínua é um dos três tipos básicos de maquinas (existem ainda
as maquinas síncronas e as maquinas assíncronas ou de indução ) que tem sido
largamente utilizado na indústria, principalmente quando se necessita de variação de
velocidade, uma vez que ela é capaz de fornecer torque numa ampla faixa de
velocidade. No entanto, a sua importância vem diminuindo ultimamente devido ao fato
de maquinas de indução e maquinas síncronas alimentadas por conversores estáticos
permitirem variação de velocidade de forma muito mais eficiente.
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2 MOTOR ELÉTRICO

Motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em energia


mecânica. Os tipos mais comuns de motores elétricos são:

Figura 1. Tipos de Motores

2.1 Motores de Corrente Contínua

São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente
contínua, ou de um dispositivo que converta em CC a CA que comumente se encontra
disponível. Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e
normalmente se prestam a serem acionados por controles de grande flexibilidade e
precisão na regulação de velocidade. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em
que estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação.

Normalmente funcionam com velocidade fixa; sendo utilizados somente para grandes
potências (devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de
velocidade de alta estabilidade (invariável). Os Servos-acionamentos modernos e de alta
performance também são baseados em máquinas síncronas de imãs permanentes;

Muito embora o motor de indução seja hoje o mais usado de todos os tipos de motores,
pois a indústria procura constantemente racionalizar seus métodos de produção,
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especialmente através do emprego de processos automáticos, nesses processos, o motor


de CC, por sua versatilidade e precisão, foi muitíssimo empregado em uma época bem
recente, pois permitia fácil variação de velocidade e se adaptava também a diferentes
tensões.

Além de existir um parque instalado ainda muito grande de máquinas CC, novos
projetos ainda costumam demandar esse tipo de motor. Neste trabalho, será apresentado
as características de máquinas de corrente contínua e seu modo de operação com
diferentes tipos de carga. Para tanto, é importante que se tenha algum conhecimento
básico sobre seu funcionamento.

3 GERADORES

Gerador de corrente contínua é uma máquina capaz de converter energia mecânica em


energia elétrica ou energia elétrica em mecânica (motor).A energia elétrica utilizada
hoje em dia na distribuição e transporte da mesma é a corrente alternada, porém os
motores de corrente contínua têm tradicionalmente grandes aplicações nas indústrias
sendo que, são eles que permitem variação de velocidade como de uma esteira ou de um
comboio por exemplo. Atualmente componentes eletrônicos de tensão alternada já são
capazes de controlar a velocidade do motor assíncrono facilmente e pelo seu menor
custo e recursos de aplicação estão substituindo os motores de corrente contínua na
maior parte das aplicações.

O termo "gerador elétrico" se reserva apenas para as máquinas que convertem a energia
mecânica em elétrica. Conforme as características da corrente elétrica que produzem, os
geradores podem ser de corrente contínua (dínamos) e alternada (alternadores).

Além disso, quando se trata de um gerador de corrente continua, os mesmos princípios


que formam a base de operação de maquina de corrente alternada e de corrente continua
são governadas pelas mesmas leis fundamentais. Desta forma no calculo do torque
desenvolvido por um dispositivo eletromecânico se aplica tanto para geradores CA,
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quanto para CC. À única diferença entre ambos são os detalhes de construção mecânica,
isto também se aplica para força eletromotriz no rotor.

3.1 Elementos de um gerador de corrente CC

As partes principais de um gerador de corrente continua são: O Rotor (armadura), Anel


Comutador, Estator (parte fixa), Escovas.

Figura 2 – vista de um corte de um gerador cc

3.2 Rotor

Parte girante, montada sobre o eixo da máquina, construído de um


material ferromagnético envolto em um enrolamento chamado de enrolamento de
armadura e o anel comutador. O rotor gira por efeito de uma força mecânica externa. A
tensão gerada na armadura é então ligada a um circuito externo, ou seja, o rotor do
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gerador libera corrente para o circuito externo. Este enrolamento suporta uma
alta corrente em comparação ao enrolamento de campo e é o circuito responsável por
transportar a energia proveniente da fonte de energia.

3.2.1 Partes do Rotor

Núcleo Magnético: é constituído de um pacote de chapas de aço magnético laminadas,


com ranhuras axiais para alojar o enrolamento da armadura;

Enrolamento da Armadura: é composto de um grande número de espiras em série


ligadas ao comutador. O giro da armadura faz com que seja induzida uma tensão neste
enrolamento

Comutador: é constituído de lâminas de cobre (lamelas) isoladas umas das outras por
meio de lâminas de mica (material isolante). Tem por função transformar a tensão
alternada induzida numa tensão contínua.

Eixo: é o elemento que transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor a uma
carga a ele acoplada.

3.3 Anel Comutador

Responsável por realizar a inversão adequada do sentido das correntes que circulam no
enrolamento do rotor, constituído de um anel de material condutor, segmentado por um
material isolante de forma a fechar o circuito entre cada uma das bobinas do
enrolamento de armadura e as escovas no momento adequado. O anel é montado junto
ao eixo da máquina e gira junto com o mesmo. O movimento de rotação do eixo produz
a comutação entre os circuitos dos enrolamentos.

3.4 Estator

Parte estática da máquina, montada em volta do rotor, de forma que o mesmo possa
girar internamente. Também é constituído de material ferromagnético, envolto em um
enrolamento de baixa potência chamado de enrolamento de campo que tem a função
apenas de produzir um campo magnético fixo para interagir com o campo do rotor. A
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fonte de corrente de campo pode ser uma fonte separada, chamada de excitador, ou
proveniente do própio rotor.

4 Princípios de Funcionamento de um gerador de CC

Quando se trata de um gerador, a energia mecânica é suprida pela aplicação de


um torque e da rotação do eixo da máquina, uma fonte de energia mecânica pode ser,
por exemplo, uma turbina hidráulica, uma turbina eólica, etc.

A fonte de energia mecânica tem o papel de produzir o movimento relativo entre


os condutores elétricos dosenrolamentos de armadura e o campo magnético produzido
pelo enrolamento de campo e desse modo, provocar uma variação temporal da
intensidade do mesmo, e assim pela lei de Faraday induzir uma tensão entre os
terminais do condutor.

A lei de Faraday-Lenz enuncia que a força eletromotriz induzida num circuito elétrico é
igual à variação do fluxo magnético conectado ao circuito. É importante notar que um
campo magnético constante não dá origem ao fenômeno da indução. Por esta razão, não
é possível colocar um magneto no interior de um solenoide e obter energia elétrica. É
necessário que o magneto ou o solenóide movam-se, consumindo energia mecânica. Por
esse motivo que um transformador só funciona com corrente alternada. A lei é de
natureza relativística, portanto o seu efeito é resultado do movimento do circuito em
relação ao campo magnético.

A contribuição fundamental de Heinrich Lenz foi à direção da força eletromotriz (o


sinal negativo na fórmula). A corrente induzida no circuito é de fato gerada por um
campo magnético, e a lei de Lenz afirma que o sentido da corrente é o oposto da
variação do campo magnético que a gera.

4 APLICAÇÕES DA MÁQUINA DE CC
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A máquina de CC é usada para solucionar problemas de acionamento, tais como:

• Regulagem precisa de velocidade;

• Velocidade constante sob qualquer condição de carga;

• Aceleração ou desaceleração controlada;

• Conjugado constante em ampla faixa de velocidade.

Essas propriedades técnicas possibilitam a utilização da máquina de CC em diversos


tipos de aplicações. Apesar de mais caras, as máquinas de CC ainda são muito utilizadas
nos processos onde se exige um controle de velocidade apurado, como por exemplo, nos
processos de bobinamento nas indústrias de papel e celulose; em laminação, nas
indústrias siderúrgicas, em máquinas operatrizes, mandrilhadoras, máquinas de
moagem, máquinas têxteis, químicas e petroquímicas.

São também muito empregadas no acionamento de veículos de tração elétrica, como


trens e metrôs, e em componentes eletromotivos, para acionamento de vidros elétricos e
limpadores de pára-brisa e na área médica em cadeiras elétricas transportadoras e
esteiras para teste ergométrico.

Motores de CC apresentam a mesma construção que os geradores de corrente contínua,


também quanto à ligação dos seus enrolamentos de excitação, que pode ser obtida de
uma fonte de CC em separado (excitação independente) ou derivada da própria energia
gerada pelo gerador (auto-excitação).

4.1 Vantagens e Desvantagens dos Motores CC

Vantagens:

• Flexibilidade (vários tipos de excitação);

• Relativa simplicidade dos modernos conversores CA/CC;

• Desejáveis para altos conjugados e ampla variação de velocidade;


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• Facilidade em controlar a velocidade;

• Alto torque a baixas rotações;

Desvantagens:

• Maiores e mais caros que os motores de indução, para uma mesma potência;

• Maior necessidade de manutenção (devido aos comutadores);

• Arcos e faíscas devido à comutação de corrente por elemento mecânico (não pode ser
aplicado em ambientes perigosos);

• Tensão entre lâminas não pode exceder 20V, ou seja, não podem ser alimentados com
tensão superior a 900V, enquanto que motores de corrente alternada podem ter milhares
de volts aplicados aos seus terminais;

• Necessidade de medidas especiais de partida, mesmo em máquinas pequenas.

4.2 O Aparecimento do Movimento Girante em Motores de CC

A máquina de CC é composta por duas partes principais: o estator e o rotor. O estator é


a parte fixa da máquina na qual se alojam os pólos principais (com o qual geramos o
campo polar) e os interpólos (ou pólos de comutação).

O rotor, centrado no interior do estator, que contém o enrolamento do induzido, pelo


qual, passando corrente gera ao redor do seu condutor um campo magnético que, por
estar imerso no campo polar, faz com que os dois campos interajam, provocando uma
distorção nas linhas de força do campo polar. Vejamos como exemplo um motor CC
elementar:
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Figura 2.Movimento girante dos motores

Como as linhas do campo polar se esforçam em unir os dois pólos pelo caminho mais
curto, ou seja, por uma linha reta. Uma vez distorcidas, as linhas do campo polar farão
força para deslocar para fora da região do campo, os condutores do induzido que
contem linhas de força contrárias, originando assim um conjugado (binário de forças).

No exemplo abaixo temos o ponto de partida de um conjugado de sentido horário.


Como não há interpólos neste exemplo elementar, a força deve ser suficiente para fazer
o condutor do induzido girar 180º, quando então, tendo o condutor do induzido alinhado
novamente, o conjugado ganha um novo impulso:

Quando o condutor do induzido após girar 90º passa pela zona sem campos magnéticos
(zona neutra), então, daí em diante o sentido de sua corrente deve ser invertido e isso é
feito por meio de um comutador, para que esse condutor possa prosseguir se deslocando
no mesmo sentido, sob a ação do campo presente após atingir 180º.

Para reverter o sentido da rotação, tanto faz inverter-se o sentido da corrente no


enrolamento de excitação (de campo) ou o sentido da corrente no enrolamento do
induzido.

Em ambos os casos, a ação dos polos sobre o induzido se inverterá ,e a rotação passará a
ser no sentido anti-horário. No exemplo abaixo optamos por inverter o sentido da
corente no enrolamento do induzido.
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Figura 3. Movimento girante dos motores

É importante notar que se invertermos o sentido de ambas as correntes (a corrente do


enrolamento de excitação e a corrente do enrolamento do induzido) concomitantemente,
então o sentido de rotação não se altera (permanece o mesmo).

4.3 Constituição Detalhada da Máquina de CC

A máquina de CC, além da carcaça, que é o suporte mecânico da máquina e que serve
também como cobertura externa, normalmente construída de aço ou ferro fundido, é
composta ainda por duas partes principais: o estator e o rotor. Mais detalhadamente,
podemos observar agora os elementos de um motor completo. O estator é a parte fixa da
máquina na qual se alojam os pólos principais e também os interpólos (ou pólos de
comutação). Os pólos são constituídos de condutores de cobre enrolados sobre núcleos
de chapas de aço-silício laminado, que é um material muito bom para reduzir ao
máximo as perdas por corrente de Foucault.
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Figura 4.Constituição da maquina

Nos pólos principais localiza-se o enrolamento de excitação principal (F1-F2, também


chamados de bobinas de campo paralelo). As bobinas de campo são de fios de cobre.
Eventualmente, nesses pólos, podem também se localizar o enrolamento de excitação
auxiliar (D1-D2) e, em casos especiais, o enrolamento de compensação (C1-C2). Nos
interpólos, ficam as bobinas do enrolamento de comutação (B1-B2). Veja figura a
seguir:

Figura 5..Enrolamento de excitação principal

O rotor, centrado no interior do estator, é constituído por um conjunto de chapas de aço


ou ferro-silício laminado com ranhuras (armadura) onde está acomodado o enrolamento
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do induzido cujo contato elétrico é fornecido pelo comutador e possui ainda condutos
internos por onde se faz o resfriamento da máquinaO comutador, por sua vez, é
constituído pelo coletor que consiste numa série de segmentos de cobre ou bronze
fosforoso, isolados entre si por finíssimas lâminas de mica, que têm a forma externa
perfeitamente cilíndrica. Ao coletor são soldados os terminais das bobinas do induzido.
Assim o comutador tem a função de fazer o contato elétrico entre o rotor e a armadura.

O comutador, por sua vez, é constituído pelo coletor que consiste numa série de
segmentos de cobre ou bronze fosforoso, isolados entre si por finíssimas lâminas de
mica, que têm a forma externa perfeitamente cilíndrica. Ao coletor são soldados os
terminais das bobinas do induzido. Assim o comutador tem a função de fazer o contato
elétrico entre o rotor e a armadura.

4.4 A Máquina CC Energizada

Quando o induzido gira no campo polar uma força contra eletro-motriz FCEM é gerada
no induzido do motor CC. Isto é semelhante a o que ocorre com os geradores. A FCEM
tem sentido contrário a tensão de alimentação. A magnitude da FCEM é depende do
fluxo do campo, da velocidade de rotação e de uma constante que é relacionada com
aspectos construtivos do motor, ou seja:
.

Como depende diretamente da rotação, no início de uma partida o valor da FCEM é


zero, pois a rotação começa em zero e ao atingir um certo valor de rotação em regime
permanente e girando em vazio a FCEM atinge também seu valor máximo.
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Como depende diretamente da rotação, no início de uma partida o valor da FCEM é


zero, pois a rotação começa em zero e ao atingir um certo valor de rotação em regime
permanente e girando em vazio a FCEM atinge também seu valor máximo.

Por outro lado estamos alimentando o induzido pela tensão aplicada aos terminais de
armadura, que no nosso caso é a tensão contínua média fornecida na saída do retificador
(VCMED). Portanto no induzido atuam simultaneamente duas tensões em oposição: a
tensão aplicada aos terminais de armadura (VCMED) e a FCEM (EA).

A diferença entre essas tensões é a chamada de queda de tensão de armadura (AU),


sendo seu valor determinado em conjunto com a resistência do induzido RA e a corrente
do induzido IA:

Esta tensão é chamada também tensão útil do induzido, pois o torque que o motor
desenvolve é proporcional a ela, e nesta relação RA tipicamente tem um valor bem
pequeno para permitir o desenvolvimento de uma corrente grande o bastante para fazer
frente à necessidade de conjugado do motor.

4.5 Controle da velocidade do motor CC

De acordo com a maneira de ligar os enrolamentos de excitação (enrolamentos de


campo), motores CC podem ser ligados de três formas:

• Série;

• Paralela;

• Mista (Compound)

A forma mais usada é a ligação paralela em excitação independente, caso em que a


corrente de excitação (IE) provém de uma fonte CC externa. Veja a seguir um diagrama
elétrico equivalente (modelo) desse tipo de ligação.
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Figura 7.Ligação paralela em excitação

Na figura temos:

Os motores de corrente contínua não possuem, tal como os motores trifásicos têm, uma
rotação definida, mas, para o caso da uma intensidade de fluxo de campo constante, a
velocidade resulta do equilíbrio que se estabelece, de um lado, da tensão aplicada aos
terminais de armadura (VCMED) e de outro lado da FCEM (EA) e da queda de tensão na
armadura (AU). Observando o diagrama do modelo, é possível definir:

Assim, a rotação se ajusta por si, de tal forma que a FCEM (EA) se forma, mantendo o
equilíbrio com a tensão aplicada aos terminais de armadura (VCMED), de tal modo que:
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Portanto, se a tensão com que alimentamos o motor (VCMED) for fixa, temos:

Assim, se a tensão aplicada aos terminais de armadura (VCMED) é fixa e se o motor


recebe acréscimo de carga, acréscimo de conjugado resistivo (CRE), o motor reage
aumentando a demanda da corrente de armadura IA.

Isso consequentemente provoca aumento da tensão útil do induzido (AU), o que


significa um conjugado do motor (CM) maior, só que como consequência a FCEM (EA)
cai,e se a FCEM cai, consequentemente cai também a rotação.

O aumento da corrente de armadura (IA), procura compensar o efeito frenante (queda da


rotação) devido ao aumento do conjugado resistivo. Mas com tensão de alimentação de
armadura fixa essa compensação acaba não sendo suficiente e o que ocorre é uma
efetiva perda de rotação.

A FCEM (EA) é gerada pelo deslocamento dos condutores da armadura no campo


magnético e, como vimos anteriormente, sua magnitude é proporcional ao fluxo
magnético e à velocidade, e pode ser calculada pela fórmula:

Substituindo EA na fórmula do equilíbrio das tensões, podemos encontrar uma fórmula


para o cálculo da rotação n, ou seja:
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Através da fórmula da rotação, podemos, perceber que a variação da velocidade da


máquina pode ser feita de duas formas que resultarão em duas curvas distintas de
potência e conjugado.

Essas formas são:

• Por meio da variação da tensão VCMED (ou o chamado controle pela alimentação da
armadura), na qual a velocidade é diretamente proporcional à tensão aplicada, a qual faz
variar a força eletromotriz (EA);

• Por meio da variação do fluxo ΦC (ou o chamado controle pela excitação de campo),
na qual a velocidade é inversamente proporcional ao fluxo.

Da combinação destas duas formas surgem regras básicas:

• Enfraquecendo o campo polar ou elevando a tensão nos terminais de armadura, eleva-


se a rotação;

• Elevando-se o campo polar ou reduzindo-se a tensão nos terminais de armadura, a


rotação cai.

4.6 Cálculo da potência

A potência da máquina de CC pode ser calculada pela seguinte fórmula:

Onde P é a potência; ΦC é o fluxo magnético; n é a velocidade; KE é a constante


construtiva. Através do controle pela alimentação da armadura, se o conjugado
resistente (CRE) permanece constante então o conjugado do motor também permanece
constante (CMO). Deste modo, a potência varia somente em função da velocidade como
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mostra o gráfico a seguir:

Figura 8. Gráfico da variação da potência

Por outro lado, através do controle pela excitação do campo, o conjugado do motor
(CMO) é afetado e tem um comportamento hiperbólico, diminuindo de valor à medida
que o fluxo diminui enquanto a potência se mantém constante. Veja gráfico a seguir:

Figura 9. Gráfico do controle de excitação do campo

O motor CC deve trabalhar com pelo menos 20 rpm para não travar, a não ser que seja
um motor especialmente projetado para funcionar em baixa velocidade.

4.7 A Partida
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No instante que se inicia a partida a FCEM é nula e sobre a resistência do induzido (RA),
cujo valor é pequeno, atua a plena tensão dos terminais de armadura e origina correntes
elevadas, semelhantes às de curto circuito. Para evitar tal problema, motores com
potencia acima de 500W devem ser dotados de um dispositivo de partida, normalmente
reostatos, que são ligados em série com o induzido.

4.8 Modos de Operação de uma Máquina CC (Os Quatro Quadrantes)

Essas quatro faixas podem ser representadas nos quatro quadrantes de um sistema de
coordenadas retangulares, conforme a figura a seguir:

Figura 10. Modos de operação de motores


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Assim, concluímos que todo motor CC pode operar em quatro quadrantes, ou seja, ele
pode tracionar ou frear a carga em ambos os sentidos de movimento.
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5 CONCLUSÃO

Após estudarmos o funcionamento e a constituição das maquinas CC, chegamos à


conclusão de que este tipo de maquina deve ser encarado com seriedade como uma das
únicas opções para um futuro próximo. Isto pode ser afirmado pois a energia consumida
pelos motores para gerar potência mecânica é limpa (isto é, não agride o meio
ambiente) e relativamente barata. Isto representa uma grande vantagem sobre os
motores de combustão interna, que, em geral, poluem.

O princípio de funcionamento do motor elétrico está fundamentado no


eletromagnetismo, que é uma força de campo (não há necessidade de contato físico para
gerar a força). Dessa maneira, os motores elétricos tendem a atingir altos níveis de
rendimento pois pouca potência é perdida por atrito.

O custo de manutenção de um motor elétrico não é muito alto pois não há muito gasto
com lubrificantes (exceto os dos mancais), já que não existem válvulas e nem pistões. A
ausência de explosões (combustão) faz com que a poluição sonora (ruído) praticamente
não exista. Esse fato também contribui para o bom rendimento, já que não teremos
perdas de energia com o ruído.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Fundamentos de Máquinas Eletricas Vincent del Toro –Ed. Prentice Hall do Brasil 1994

Eletronica de Potencia – Muhammad H. Rashid - Ed. Makron Books –1999

Fundamnetals of Power Electronics – Robert W. Erickson– Kluwer Academic Publisher


-1999

Electric Motors and Drives – Austin Hughes- Newnes –1990

Principles of Electric Machines and Power Electronics – P.C. Sem – Wiley –1989.

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