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1ª AULA - 11/11/08

A DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ


(I Cr. 29. 9-14)

INTRODUÇÃO

A mordomia, palavra que originou do grego, oikonomia e significa


administração de um lar. É uma doutrina amplamente ensinada nas Escrituras e
pressupõe a verdade de que tudo quanto existe pertence a Deus, que por sua
bondade permite que sejamos mordomos de sua criação.

A idéia comum de mordomia é encontrada em várias passagens do


Novo Testamento, especialmente nas parábolas dos Talentos e das Minas - Mt.
25. 14-30 e Lc. 19.11-27, respectivamente. Ambas afirmam que recebemos de
Deus algo a ser administrado e, posteriormente devemos prestar-lhe contas. O
Senhor que nos outorga dos seus bens e riquezas, haverá de um dia compensar o
trabalho e a diligência, e ou condenar a indolência e a improdutividade dos seus
servos.

Nos dias atuais tem havido grande ênfase na mordomia dos bens e,
certamente, essa ênfase é verdadeira. Contudo, não devemos permitir que isso
obscureça o fato de que a mordomia básica do cristão é a do Evangelho, e
abrange toda sua vida e não somente o modo como ele utiliza o seu dinheiro.

Na campanha deste mês começaremos por reconhecer que a mordomia


é uma doutrina fundamentada na Bíblia e, enfocaremos que ela alcança os
diversos aspectos da vida do crente, incluindo o seu ser, seu corpo, sua família,
suas habilidades e aptidões, seu tempo e, também, seus bens, pois tudo que
somos e temos recebemos das graciosas mãos do criador e precisamos
responsavelmente fazer o melhor que pudermos a fim de glorificá-lo e serví-lo
fielmente, pois um dia teremos que ajustar contas com Ele.

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I - COMPREENDENDO A MORDOMIA CRISTÃ

1.1 - A idéé ia dé mordomia préssupoõ é a administraçaõ o dé récursos qué


récébémos das maõ os do Sénhor - Mt. 25.14;

1.2 - Quando a palavra éé usada ém séu séntido corriquéiro, référé-sé aà


administraçaõ o dos dons dé Déus, éspécialménté aà prégaçaõ o do Evangélho - I
Co. 9.17;

1.3 - No contéxto bíéblico é cristaõ o, mordomia référé-sé aà consciéê ncia qué


o crénté dévé tér dé qué tudo qué possui vém dé Déus;

1.4 - Portanto, somos mordomos é naõ o donos - Lc. 19.13;

1.5 - Na qualidadé dé mordomos réquér-sé qué séjamos fiéé is, visto qué
havérémos dé préstar contas na proporcionalidadé do qué tivérmos
récébido - I Co. 4.2;

1.6 - Concluíémos, éntaõ o, qué a nossa vida é os séus valorés dévém sér
vividos é administrados da pérspéctiva dé Déus.

II - BASES BÍBLICAS DA MORDOMIA CRISTÃ - I Pe. 4.10

2.1 - A Bíéblia afirma qué todo crénté, tém pélo ménos um dom, qué dévé
sér administrado para a gloé ria dé Déus é o sérviço mué tuo no corpo dé
Cristo;

2.2 - Fica dévidaménté éstabélécido qué tudo pérténcé ao Sénhor, pois


qué Elé éé o criador dé todas as coisas - Sl. 24.1;

2.3 - A doutrina bíéblica da criaçaõ o, conformé éncontrada no livro dé


Géê nésis faz do homém résponsaé vél péla présérvaçaõ o da criaçaõ o dé Déus na
qualidadé dé mordomo - Gn. 1.29; Dt. 20.19;

2.4 - A doutrina da mordomia cristaõ provéê os princíépios baé sicos para a


vida do crénté, dando-lhé maior pérspéctiva da éxistéê ncia no séu dia a dia;

2.5 - A doutrina bíéblica da mordomia dignifica o crénté aà médida qué o


torna dépositaé rio das riquézas dé Déus é parcéiro do govérno divino sobré
o univérso;
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2.6 - A convicçaõ o dé qué tudo pérténcé ao Sénhor énché-nos dé
révéréê ncia a Déus, mésmo quando lidamos com as coisas comuns da vida;

2.7 - Quando témos éssa consciéê ncia, vivémos a partir do ponto dé vista
dé Déus, réconhécéndo a Sua sobérania é agimos como mordomos dé tudo
quanto possuíémos.

III - VERDADES ENSINADAS PELA DOUTRINA DA MORDOMIA CRISTÃ

3.1 - Os dons saõ o divérsos é distribuíédos conformé a capacidadé dé


cada sérvo - Mt. 25.15;

3.2 - Uma véz qué os dons, récursos é taléntos saõ o récébidos, ninguéé m
dévé sé orgulhar por téê -los, mas trabalhar a fim dé cumprir suas finalidadés;

3.3 - Na qualidadé dé mordomos dévémos éstar mais préocupados com


a compétéê ncia ém administrar os béns récébidos do qué com a fama.

3.4 - O critéé rio dé qualificaçaõ o no uso dos dons é récursos récébidos éé


“a cada um ségundo a sua capacidadé”;

3.5 - Cértaménté, “Déus naõ o ténta colocar um lago déntro dé um baldé”;

3.6 - Todos quantos téê m capacidadé maior récébém mais do Sénhor, é


téê m um priviléé gio maior quanto a sérvir, é maior résponsabilidadé ém sér
fiél;

3.7 - O qué Déus havéraé dé récompénsar, naõ o éé capacidadé intéléctual,


ou sé fomos brilhantés é popularés, mas a fidélidadé é dévoçaõ o na
mordomia é dons é taléntos récébidos;

3.8 - Ténhamos ém ménté qué o Sénhor, qué éé o dono é sobéranaménté


distribui dos séus béns, naõ o acéitaraé réndiménto inférior a 100%,
réspéitada a proporçaõ o qué cada um tivér récébido.

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CONCLUSÃO:

O vérdadéiro motivo para sérvirmos é sérmos frutíéféros no sérviço


qué préstamos ao Sénhor éé proporcional aà aféiçaõ o qué témos por Elé, pois a
diférénça éntré séntir vérgonha ou orgulho da condiçaõ o dé sérvo, dépéndé
daquélé a quém sé sérvé. O Sénhor a quém sérvimos éé o criador é
manténédor do univérso. Ténhamos, portanto, grandé orgulho dé sérvi-lo,
trabalhando diligéntéménté a fim dé sérmos mordomos opérosos é
frutíéféros, multiplicando os taléntos qué d’Elé récébémos a fim dé sérmos
récompénsados por Elé na Sua vinda.

2ª AULA - 18/11/08
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EXERCENDO A MORDOMIA NAS DIFERENTES ÁREAS DA VIDA
(Rm. 12.9-18; Fp. 2.1-4)

INTRODUÇÃO

Enténdémos pélas Escrituras Sagradas qué a proposta qué


récébémos no Evangélho éé abrangénté é inclui as diféréntés aé réas da vida
do crénté. Conquanto Jésus nos salva para irmos para os céé us, o Evangélho
nos capacita a vivérmos vitoriosaménté ém todas as aé réas da nossa vida.

Uma véz qué acéitamos qué Déus éé Sénhor absoluto sobré todas as
coisas, précisamos éxércér a mordomia cristaõ nos divérsos aspéctos da
nossa éxistéê ncia no mundo. A féé qué proféssamos aféta toda nossa vida é,
portanto, somos désafiados péla Palavra dé Déus a coéréntéménté
réflétirmos na vida o podér transformador do Evangélho da graça dé Déus, a
fim dé qué naõ o haja nénhuma aé réa da nossa vida qué éstéja fora do alcancé
do éxércíécio da féé qué proféssamos.

I - A MORDOMIA DO CORPO - I Co. 3.16,17; 6.19

1.1 - Dévémos éncarar o nosso corpo como uma daé diva divina;

1.2 - Déus valoriza o nosso corpo, visto tér providénciado a réstauraçaõ o


pléna dos créntés quando da glorificaçaõ o;

1.3 - O corpo foi criado por Déus para sér morada é casa da alma é do
éspíérito - I Ts. 5.23;

1.4 - Nosso corpo éé témplo do Espíérito Santo, portanto, dévémos mantéê -


lo santo para qué Déus ténha prazér ém pérmanécér ém noé s - I Co. 6.20.

II - A MORDOMIA DA ALMA E DO ESPÍRITO

2.1 - Da mésma forma qué cuidamos do corpo fíésico, dévémos zélar da


alma é do éspíérito;

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2.2 - Guardarmos o nosso coraçaõ o, a fim dé qué élé naõ o séja invadido por
maus pénsaméntos;

2.3 - Do coraçaõ o procédém as fontés da vida, por isso précisamos mantéê -


lo protégido - Pv. 4.23;

2.4 - Précisamos aliméntar o nosso éspíérito com coisas éxcéléntés é com


a Palavra dé Déus - Sl. 119.11;

2.5 - Elévarmos a nossa alma a Déus atravéé s da oraçaõ o, a fim dé qué


séjamos “fortalécidos no homém intérior” - Ef. 3.16;

2.6 - Ocuparmos nossa ménté é coraçaõ o com as coisas dé Déus, para qué
o mal naõ o éncontré térréno ém noé s.

III - A MORDOMIA DO TEMPO - Ef. 5.15,16

3.1 - O témpo éé um tésouro qué Déus distribui igualménté a todos;

3.2 - Como daé diva dé Déus o témpo dévé sér dévidaménté utilizado é
sabiaménté aprovéitado;

3.3 - Précisamos apréndér com Moiséé s a contar o témpo, os “dias a fim dé


qué alcancémos coraçoõ és saé bios” - Sl. 90.12;

3.4 - Dévémos gérénciar satisfatoriaménté o nosso témpo, para


aprovéitarmos as oportunidadés da vida;

3.5 - O témpo éé um dos grandés tésouros qué Déus nos déu, é précisamos
éxércér controlé sobré élé, como saé bios mordomos;

3.6 - Aprovéitarmos mélhor nosso témpo a fim dé térmos témpo para


Déus é Sua obra;

3.7 - Déus nos déu 24 horas a cada dia é, aà s vézés témos témpo para
tudo, ménos para invéstirmos no crésciménto éspiritual;

3.8 - A mordomia do témpo, cértaménté passa péla pontualidadé nos


compromissos, éspécialménté no qué diz réspéito ao culto sagrado. Sé
vérdadéiraménté amamos a Déus, procurarémos dar a Elé témpo dé
qualidadé quando comparécérmos ém Sua casa.

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IV - A MORDOMIA NA FAMÍLIA - I Pe. 4.10

4.1 - A famíélia éé o projéto piloto dé Déus é a éla dévémos émpénhar


todo désvélo é apréço;

4.2 - Dé todas as açoõ és dé Déus no témpo é no éspaço, a ué nica qué


antécédé ao pécado éé a instituiçaõ o da famíélia - Gn. 2.18-24;

4.3 - Exércér a mordomia na famíélia éxigé qué priorizémo-la como


nossa priméira aréna dé atuaçaõ o cristaõ ;

4.4 - Nénhum sucésso como profissional, ou mésmo como obréiro na


casa do Méstré, naõ o compénsaraé o fracasso no lar;

4.5 - Os créntés dévém lutar a fim dé sér modélo dé bénçaõ o familiar


para a sociédadé;

4.6 - Pais é filhos dévém vivér ém harmonia cumprindo os précéitos


divinos, no séntido dé fazérém o mélhor nos séus réspéctivos papéé is;

4.7 - AÀ médida qué cada crénté éxércér a mordomia cristaõ na famíélia,


térémos igréjas mais opérantés, qué por sua véz, atuaraõ o mais
transformadoraménté na sociédadé.

V - A MORDOMIA DAS APTIDÕES E HABILIDADES NATURAIS - Rm. 12.3-8

5.1 - Todos noé s témos alguma aptidaõ o qué podé sér colocada a sérviço do
Sénhor;

5.2 - Como créntés no Sénhor Jésus, précisamos énténdér qué o


ministéé rio cristaõ o éxtrapola os limités da instituiçaõ o réligiosa;

5.3 - Quando tivérmos cristaõ os atuando nas diféréntés aé réas


profissionais é, éfétivaménté éxércéndo o séu podér dé influénciar,
mudarémos ém alguma diménsaõ o os valorés da sociédadé.

5.4 - AÀ médida qué éxércérmos a mordomia cristaõ na aé réa das


habilidadés é dotés naturais conséguirémos déscongéstionar o caminho do
ministéé rio ligado aà instituiçaõ o é ao pué lpito;

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5.5 - Précisamos dé cristaõ os formadorés dé opiniaõ o, atuando nos
diféréntés séguiméntos da sociédadé, afim dé sérmos ouvidos por éla;

5.6 - Qué Déus nos déê a compréénsaõ o dé qué podémos éxércér o


ministéé rio, sém nécéssariaménté éstarmos atrélados ao pué lpito, mas
énténdérmos qué podémos usar nossas aptidoõ és é dons matériais a sérviço
do Sénhor é do Séu réino.

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3ª AULA - 25/11/.2008

A MORDOMIA DOS DÍZIMOS E OFERTAS


Lv. 27.30 – 34, Dt 14.22-23.

INTRODUÇÃO

A abordagem do tema das finanças na Igreja (Dízimos e ofertas) tem,


às vezes, gerado controvérsias e posicionamentos extremados. Algumas igrejas
priorizam tão fortemente esse aspecto da vida, que quase chegam ao
mercantilismo da fé, ressaltando que as bênçãos de Deus estão totalmente
condicionadas ao valor das contribuições dos fiéis. No outro extremo, temos
igrejas que se retraem tanto, talvez em nome da ética ou por pura timidez; que
evitam falar no assunto, ou fazem de forma superficial, deixando de
conscientizar os crentes quanto a essa importantíssima doutrina e prática
bíblico-cristã. Ambos os posicionamentos estão em discordância com a Bíblia.
Não se deve deixar de falar sobre contribuição financeira na igreja, nem
tampouco fazê-lo de maneira exagerada. Sem a pretensão de querermos
esgotar o assunto, procuraremos esclarecer com base bíblica os principais
aspectos da doutrina e fundamento do dízimo e das ofertas.

I – A DOUTRINA DO DÍZIMO E SUA ORIGEM

1.1 – No Antigo Testamento


A primeira vez que a palavra dízimo aparece na Bíblia, é em Gn. 14.
18-20 e o personagem aqui envolvido é o patriarca Abraão, o pai da fé. Logo
após, em Gn. 28.20-22 aparece, também, Jacó, neto de Abraão, do qual
procedem as doze tribos de Israel.

a – Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque, numa atitude de


gratidão pela vitória alcançada contra os seus inimigos na guerra – Hb. 7.2.

b – Jacó, por sua vez, reconhece a benção de Deus sobre sua vida e
promete dar ao Senhor a décima parte de todos os seus bens.

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c – Dois princípios de suma importância são revelados aqui: 1º) – O
dízimo é fruto da espontaneidade e da gratidão a Deus em reconhecimento da
benção recebida; 2º) – Embora, o dízimo tenha sido regulamentado pela lei, a
sua prática começou muito antes dela. Portanto, fica evidenciado que, quanto à
sua origem, a prática do dízimo aconteceu como fruto da gratidão a Deus e não
por uma imposição da lei.

1.2 – O Dízimo foi Regulamentado Através da Lei – Lv. 27.30-33


Aproximadamente quatro séculos depois de Abraão ter entregue o
dízimo a Melquisedeque, é que Moisés regulamenta a sua prática, passando
então, a ser um compromisso moral para toda a nação de Israel. A lei, apenas
instituiu oficialmente algo que já vinha sendo praticado largamente por todo
povo de Deus.

A lei acerca do dízimo e das ofertas foi promulgada para atender pelo
menos três aspectos básicos:

a – Conscientizar o povo de Deus que todas as suas conquistas e


progressos provinham da poderosa mão do Senhor – Dt. 16.12; I Cr.
29.12,14,16.

b – Visava promover a manutenção da tribo de Levi que não haveria


de ter herança entre as tribos, mas seria responsável pela manutenção da casa
de Deus – Nm. 18.21. Hoje, os levitas são os obreiros de tempo integral que
militam na obra de Deus – I Co. 9.13 e 14.

c – No Novo Testamento, alguém observou que Jesus falou mais sobre


o dinheiro do que comumente a maioria pensa:

1º - Dos 109 versículos do sermão do monte, 22 referem-se ao


dinheiro;

2º - Das 49 parábolas contadas por Jesus, 24 mencionam dinheiro;

3º - Em Mt. 23.23 Jesus reconhece que a justiça, a misericórdia e a fé,


são princípios importantes da lei sem, contudo minimizar o valor do dízimo,
colocando-o no mesmo patamar de importância dessas imprescindíveis
virtudes;

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4º - Jesus enfatizou que, “se a nossa justiça não exceder a dos escribas
e fariseus, de modo nenhum entraremos no reino dos céus”. O Senhor Jesus nos
desafia a uma prática superior dos escribas e fariseus. Portanto, se eles deviam
exercer a fé praticar a justiça e a misericórdia, bem como, continuar entregando
os seus dízimos, tanto mais devemos fazer nós cristãos que vivemos na
dispensação da graça que é muito superior à lei;

5º - O Cristianismo atual deve produzir frutos superiores aos do


judaísmo.

II – A PRÁTICA DO DÍZIMO É ENCONTRADA EM TODA BÍBLIA – Dt. 14. 22; I Cr.


31.5,6; Ne. 10.37,38; Ml. 3.7-10.

Conforme os textos supra-apresentados, constatamos que o dízimo é um


ensinamento encontrado em todo o texto sagrado, tanto no Antigo, quanto no
Novo testamento. Contudo, qualquer doutrina bíblica, só terá valor se for
corretamente praticada de acordo com a Bíblia.

2.1 – Onde Deve Ser Entregue o Dízimo?

Segundo Ml. 3.10, os dízimos deviam ser entregues na casa do tesouro, sob
a responsabilidade dos Levitas e Sacerdotes, que tinham o dever de
administrá-los cuidadosamente – Nm. 18.21-24.

Há pessoas, que de forma totalmente errada, resolvem destinar seus


dízimos a uma instituição que não a casa do tesouro. Outros o enviam a alguma
entidade para eclesiástica, como uma junta de missões, ou mesmo a algum
irmão necessitado. Certamente isso não está correto à luz da Palavra de Deus,
pois o dízimo deve ser entregue na tesouraria da igreja onde você é membro, e
onde você é abençoado mediante o serviço pastoral ali ministrado.

2.2 – O Dízimo Deve Ser Entregue Com Regularidade

A nação de Israel tinha uma economia agro-pastoril, viviam do cultivo da


terra e da criação de animais. Toda vez que era realizada a sega ou acontecia o
aumento dos animais, separava-se o que pertencia ao Senhor – Lv. 27.30. O
povo de Israel repetia esse ato a cada ano e com cuidadosa regularidade.

Em I Co. 16.2, Paulo exorta no sentido de que a contribuição deve ser feita
com regularidade e organização, seguindo os princípios bíblicos. Infelizmente,
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há irmãos que ainda não se conscientizaram disso. Contribuem um mês sim,
três meses não. Esquecem-se das ofertas do culto da Santa Ceia, dedicada às
missões, da Escola Dominical e dos cultos normais da igreja.

Contribua de acordo com os seus vencimentos, sejam eles semanais,


quinzenais ou mensais. Sejamos, pois, constantes nesse importante aspecto da
vida cristã.

2.3 – O Dízimo Deve Ser Proporcional aos Rendimentos – I Co. 16.2

O dízimo é a forma de contribuição que permite regularidade,


proporcionalidade, justiça e equidade. “Cada um dará de acordo com as suas
posses” – Dt. 16.17.

a – O princípio da proporcionalidade, permite que todos contribuam,


indistintamente, sem exigir que alguém contribua além ou aquém do que possa
dar.

b – Por ser proporcional, revela a fidelidade do cristão quando tem que


administrar o pouco, mas mostra também, a sua generosidade quando
administra grandes valores – Lc. 16. 10-12. Portanto entende-se que, tanto
aqueles que estão sendo agraciados com uma renda superior, como os de
menor poder aquisitivo, todos de igual modo, devem contribuir
proporcionalmente ao que ganha.

III – A DIFERENÇA ENTRE DÍZIMOS E OFERTAS

Além de contribuírem com o dízimo, os israelitas eram instruídos a


trazerem diferentes tipos de ofertas ao Senhor. Faz-se necessário, então,
sabermos a diferença entre estas duas modalidades de contribuição.

3.1 – A Definição da Palavra Dízimo

Dízimo significa décimo, ou seja, a décima parte de alguma coisa. Refere-


se à décima parte dos rendimentos de uma pessoa. Portanto, dos rendimentos
do cristão, a décima parte é o seu dízimo. Se ele resolver entregar menos que
isso, cometerá um erro, pois a Bíblia estipula o mínimo de 10% - Lv. 27.30-33.
Existiam regulamentos rigorosos relacionados ao dízimo – Nm.18.21-32; Dt.
14.22-29; 26.2-15.
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Fica evidente que o dízimo, na lei mosaica, era um dos diversos preceitos
dados por Deus ao seu povo. Entretanto, vale ressaltar que a obrigatoriedade
da lei quanto ao dízimo não suplantou o espírito agradecido dos fiéis, pois os
judeus piedosos entregavam os dízimos e ainda contribuíam com numerosas
ofertas para o sustento dos levitas e a manutenção do culto no Tabernáculo.

3.2 – O Significado da Palavra Oferta

A palavra oferta, é traduzida como sendo o ato de trazer algo como


oferenda ao Senhor. Nos tempos bíblicos existiam as ofertas prescritas por lei e
os judeus traziam-nas regularmente ao Senhor, e também, as ofertas
voluntárias apresentadas como expressão de gratidão ao Senhor.

a – As ofertas prescritas

1ª - O Holocausto – Lv. 6.8-13 – Fala de adoração e a total dedicação da vida


ao Senhor.

2ª - A Oferta de manjares – Lv. 6.14,23 – Representava a consagração dos


frutos do trabalho.

3ª - A Oferta pacífica – Lv. 7.11-21 – Um sacrifício de gratidão como prova da


comunhão com Deus.

4ª - A Oferta pelo pecado – Lv. 6.24-30 – Refere-se ao princípio causal do


pecado e apontava para o sacrifício de Cristo na cruz – Hb. 10.12.

5ª - a Oferta pela culpa – Lv. 7.1-9 – Tratava dos atos pecaminosos do


indivíduo.

Certamente, a prática dessas ofertas não está ordenada a nós cristãos, no


sentido de sua apresentação literal. Contudo, o seu significado espiritual ainda
está em vigor, pois, ao ofertar ao Senhor, o cristão o faz na convicção de que
todas as bênçãos, tais como: paz, comunhão com Deus, ausência de sentimento
de culpa, purificação e vida abundante, são realidades presentes em nossas
vidas.

b – Ofertas voluntárias - O povo de Israel foi convidado a ofertar


voluntariamente em três importantes momentos:

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1º - Quando eles empreenderam a construção do Tabernáculo no Monte
Sinai, trouxeram liberalmente suas ofertas com todos os materiais necessários
àquela obra – Ex. 35. 4-9. Os judeus contribuíram com tal voluntariedade e
abundância, que Moisés recomendou-lhes que não mais ofertassem para
aquele fim – Ex. 36.3-7.

2º - A outra ocasião foi quando da reforma espiritual e religiosa promovida


pelo sumo-sacerdote Joiada. O povo ofertou voluntariamente visando custear
os concertos do templo e todos contribuíram generosamente – II Rs. 12.9,10.

3º - No reinado de Ezequias, o povo foi outra vez desafiado a contribuir com


as ofertas voluntárias e todos o fizeram generosa e abundantemente – II Cr.
31.5,19.

3.3 – Ofertas no Novo Testamento

Temos no Novo Testamento, diversas referências à ofertas, muitas delas


relacionadas ao ministério do próprio Cristo, como é o caso da viúva pobre que
ofertou tudo quanto tinha, sendo louvada pelo Senhor por esse seu ato – Lc.
21.1-4. Outro caso digno de nota é a mulher do vaso de alabastro, que
derramou sobre Jesus o seu ungüento caríssimo. Embora, criticada por alguns
circunstantes, o Senhor valorizou o seu ato de fé. – Mc. 14.3-7.

A Igreja Primitiva é, certamente, o maior exemplo no que concerne as


ofertas voluntárias no Novo Testamento. Os cristãos primitivos chegaram ao
ponto de venderem suas propriedades e depositarem o dinheiro aos pés dos
apóstolos – At. 2.45; 4. 36,37.

As igrejas da Macedônia contribuíram alegre e voluntariamente, ainda que


eles estivessem passando pela prova da pobreza e da necessidade. Deram
acima do que podiam a fim de aumentarem a oferta de socorro aos crentes da
Judéia. Devemos, também, ter a mesma atitude e voluntariedade para a
manutenção da obra de Deus, pois a contribuição financeira faz parte do elenco
das grandes virtudes cristãs desde os tempos primitivos, e sua prática deve
continuar em pleno vigor nos dias atuais.

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BIBLIOGRAFIA

01 - Bíéblia dé Référéê ncia Thompson - Traduçaõ o Joaõ o Férréira dé Alméida -


Ediçaõ o Contémporaê néa

Editora Vida - Déérfiéld - Floé rida - USA.

02 - Rénové Sua Espérança

Swindoll, Charlés R. - Editora Atos Ltda - Bélo Horizonté - MG.

03 - Todas as Paraé bolas da bíéblia

Lockyén, Hérbért - Editora Vida - Saõ o Paulo - SP.

04 - Enciclopéé dia Histoé rico-Téoloé gica da Igréja Cristaõ - Vl. II

Sociédadé Réligiosa Ediçoõ és Vida Nova - Saõ o Paulo - SP.

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