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MÓDULO II - FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Noções Gerais

Diariamente, os particulares, na prática dos atos cotidianos da vida civil, realizam diversos
contratos sem sequer perceber, seja comprando uma bala, emprestando uma caneta ou
dando uma esmola no semáforo. Todos os exemplos não perdem a condição de contrato,
nem a validade ou a eficácia, por não haverem formalização desses acordos. São
contratos verbais de compra e venda, comodato e doação, respectivamente.

Já os contratos celebrados pela Administração Pública, como regra, devem obedecer a


uma forma estabelecida em lei, tanto para a formação como para a formalização do
acordo de vontades.

Excepcionalmente, admite-se o contrato verbal com a Administração para pequenas


compras de pronto pagamento, respeitado o limite de R$ 4.000,00, feitas em regime de
adiantamento.

A Lei 8.666/93 estabelece, portanto, uma série de requisitos, cláusulas essenciais e


formalidades para a celebração de um contrato administrativo. A disciplina para a
formalização desses termos de contrato encontra-se prevista no art. 60 daquela lei.

LEI 8.666/93
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as
quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu
extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por
instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe
deu origem.
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo
o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta
Lei, feitas em regime de adiantamento.
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes,
a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às
cláusulas contratuais.

Instrumentos de Contratação

Nessa senda, a Lei de Licitações estabelece as hipóteses em que se exige a elaboração


de contrato e os casos em que o termo pode ser dispensado.

O termo de contrato ou contrato propriamente dito será obrigatório quando:

• em licitações realizadas nas modalidades concorrência, tomada de preços e pregão;


• em dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos limites
das modalidades concorrência e tomada de preços;

• em contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras. Exemplos:


entrega futura ou parcelada do objeto e assistência técnica.

ATENÇÃO
Pode a Administração dispensar o termo de contrato nas compras com entrega imediata e
integral dos bens adquiridos, das quais não resultem obrigações futuras, inclusive
assistência técnica, independentemente do valor e da modalidade realizada.

LEI 8.666/93
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada
de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais
em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de
execução de serviço. (...)
§ 4º. É dispensável o “termo de contrato” e facultada a substituição prevista neste artigo, a
critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações
futuras, inclusive assistência técnica.

Nos casos onde é facultativo ou dispensado o termo de contrato, pode ser substituído
pelos instrumentos hábeis:
• carta-contrato;
• nota de empenho de despesa;
• autorização de compra;
• ordem de execução de serviço.

OBSERVAÇÃO
Nessas hipóteses o termo de contrato é facultativo e não proibido. Se a Administração
entender que deve elaborar termo de contrato, nada impede que ela o faça.

Importante destacar que, no caso concreto, não é porquê o termo de contrato foi
substituído que não será necessária a prática de atos de gestão e fiscalização de contrato,
tais como o recebimento, ateste, pagamento etc.

LEI 8.666/93
Art. 62, § 2º. Em “carta contrato”, “nota de empenho de despesa”, “autorização de
compra”, “ordem de execução de serviço” ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que
couber, o disposto no art. 55 desta Lei. (...)

LEMBRANDO
As atas de Registro de Preço não são consideradas contratos, mas sim o
comprometimento de celebração de um eventual e futuro contrato, com o preço já
estabelecido. A própria regulamentação de Registro de Preços deixa claro no seu texto:
Art. 15, Decreto 7.892/2013: “Art. 15. A contratação com os fornecedores registrados será
formalizada pelo órgão interessado por intermédio de instrumento contratual, emissão de
nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento hábil,
conforme o art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993”.

Cláusulas Essenciais

Os elementos essenciais do contrato administrativo estão previstos, em síntese, no art. 55,


da Lei de Licitações.

LEI 8.666/93
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação
e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores
das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa
prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o
caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao
convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação
e qualificação exigidas na licitação.
(...)
§ 2º. Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou
jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente
cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer
questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei. (...)

Da leitura do dispositivo legal, percebe-se a existência de três tipos de cláusulas neste


artigo:
• Cláusulas necessárias em todo contrato, como, por exemplo, as que estabeleçam o
objeto e suas características;
• Cláusulas necessárias em algumas espécies de contratos, como, por exemplo, as
condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão são necessárias em
contratos internacionais e contratos que envolvam moeda estrangeira;
• Cláusulas facultativas, como, por exemplo, as garantias oferecidas para assegurar
a plena execução.

Validade

A validade dos contratos administrativos fica sujeita, portanto à observância dos ditames
impostos por lei. A formalização que deixe de atender o modelo preestabelecido, inclusive
quanto a presença de cláusulas necessárias, aquelas indispensáveis a qualquer contrato,
acarretam invalidade total ou parcial do termo.

Observação: a ausência das cláusulas facultativas ou dispensáveis, cuja presença é


definida ao critério das partes contratantes, não implica em invalidade do ajuste.

LEI 8.666/93
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de
classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob
pena de nulidade.
Art. 60. Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23,
inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

Cláusulas Vedadas

Existem, também, disposições que não podem estar previstas no contrato. São cláusulas
vedadas que podem acarretar em alguma invalidade do contrato.

São exemplos:

I – Art. 57, §3º da Lei 8.666/93: “É vedado o contrato com prazo de vigência
indeterminado”.

JURISPRUDÊNCIA
Decisão Processo n. 008440-02.00/12-1, de 22-07-2014:
Nesse caso, entende-se, que o contrato mantém cláusula irregular, visto que a previsão
de prorrogação automática equivale a prazo de vigência indeterminado, contrariando o
artigo 57, inciso II, da Lei Federal nº 8.666/1993.

A vigência deve possui uma data de início e uma de fim, ambas determinadas ou
determináveis. Logo, permite-se que um contrato tenha vigência por 12 meses a contar de
sua assinatura.

Em contrapartida, é possível a verificação da vigência indeterminada sob dois aspectos.


Primeiramente, e por óbvio, será nula a cláusula que previr expressamente a vigência por
tempo indeterminado. Da mesma, será inválida a cláusula que for omissa em relação ao
período de vigência.

A segunda forma de se ter um prazo de vigência indeterminado é atrelando o período de


eficácia do contrato a evento futuro não determinável. Por exemplo, o contrato que tenha
vigência a partir de sua assinatura até o recebimento definitivo do objeto. Nesse caso, a
vigência não está determinada: Se o contratado adimplir suas obrigações em 30 dias, a
vigência seria 30 dias, se o fizesse em 3 meses, a vigência seria de 3 meses, e se o
contratado descumprisse totalmente as obrigações contratadas? Por essa razão, não é
admitido prazo vinculado a esse tipo de evento.

II – Via de regra, é vedada, também a antecipação do pagamento. Excepcionalmente, se


as condições do mercado assim determinarem, é possível mediante exigência de
garantias, porém essa disposição será inválida na maioria dos casos.

LEI 8.666/93
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:(...)
II - por acordo das partes:
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de
circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do
pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

JURISPRUDÊNCIA
O TCU exarou o seguinte entendimento: “O pagamento antecipado, parcial ou total, pode
ser admitido em situações excepcionais, desde que haja previsão no ato convocatório e
devidamente justificadas pela Administração, tendo sempre em consideração as
peculiaridades de cada caso e as indispensáveis garantias”. Somente em situações
restritíssimas pode ser justificado o pagamento antecipado, tal como ocorre em contratos
padronizados pelo mercado para todo e qualquer interessado, como no caso de
assinatura de veículos de comunicação. (TC-325.456/96-8, DOU de 12.05.1998, p. 153).
É ilegal cláusula de edital que prevê o pagamento antecipado, face ao disposto nos arts.
62 e 63 da Lei nº 4.320/64, os quais impedem que seja feito pagamento de quaisquer
despesas sem a regular liquidação, e o seu não cumprimento configura ato de gestão
com grave infração à norma legal. (TCU, Acórdão nº 817/2005, Plenário, Rel. Min. Valmir
Campelo, DOU de 30.06.2005)

Exame e Aprovação pela Assessoria Jurídica

A Administração deve submeter as minutas dos seus contratos a exame prévio da


assessoria jurídica, conforme disposto no parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666/93.
LEI 8.666/93
Art. 38. Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,
acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por
assessoria jurídica da Administração.

JURISPRUDÊNCIA
As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, devem ser previamente
examinadas e aprovadas por assessoria jurídica, em razão do disposto no art. 38,
parágrafo único, da Lei 8.666/1993. Caso o órgão jurídico restitua o processo com exame
preliminar, faz-se necessário o seu retorno, após o saneamento das pendências
apontadas, para emissão de parecer jurídico conclusivo.
Acórdão 521/2013-Plenário, TC 009.570/2012-8, relator Ministro-Substituto Augusto
Sherman Cavalcanti, 13.3.2013.

Quando se está diante de um contrato oriundo de uma licitação, por ser anexo obrigatório
do instrumento convocatório, o qual igualmente passa pelo crivo de assessoria jurídica,
fica desde já suprida a necessidade.

Da mesma forma, aqueles ajustes que alteram as disposições do contrato também devem
passar pela mesma análise jurídica, tal como ocorre com as minutas de termos aditivos.

JURISPRUDÊNCIA
Alterações contratuais sem a devida formalização mediante termo aditivo configura
contrato verbal, que pode levar à apenação dos gestores omissos quanto ao cumprimento
do dever Por meio de auditoria, o Tribunal examinou as obras de reforma e ampliação do
Terminal de Passageiros (TPS-1), do Aeroporto de Manaus-AM, levadas à efeito pela
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – (Infraero). Dentre as irregularidades,
observou-se a ausência de termo aditivo que deveria formalizar alterações nas condições
inicialmente pactuadas, ou seja, promoveu-se contratação verbal, que alcançou quase
13% do valor da obra, em potencial afronta ao art. 60 da Lei de Licitações. Para o relator,
na ocorrência desse tipo de artifício costuma-se contra-argumentar que “a dinâmica de
uma obra pública (ainda mais desta complexidade) exige uma tomada de decisões ágil,
incompatível com a ritualística para a celebração dos termos aditivos”. Entretanto, para
ele, esse tipo de argumento, afora a mácula a valores caros à Administração, “embute
toda sorte de riscos, que vão desde o desvio de objeto; serviços executados com preços
acima do mercado; qualidade deficiente (pela eventual incapacidade técnica da empresa
executora); malversação de recursos; e nulidade da intervenção”. O cumprimento das
formalidades anteriores às alterações contratuais, ainda conforme o relator, “é que
possibilita a ampla fiscalização do contrato administrativo, em todos os seus níveis. O
termo aditivo, como requisito de validade, precisa atravessar todas as suas fases, até
atingir a sua eficácia, desde a solicitação e fundamentação, verificação de disponibilidade
orçamentária, até o exame de legalidade (pelo jurídico), atravessando o juízo de
conveniência e oportunidade em todos os planos de controle do órgão; do fiscal do
contrato, ao ordenador de despesas”. Por conseguinte, sopesando que, efetivamente, não
teria sido verificado qualquer prejuízo ao erário, o relator votou por que fosse notificada a
Infraero que a repetição das irregularidades identificadas pelo TCU nas obras do TPS-1
do Aeroporto de Manaus-AM poderia ensejar a apenação dos gestores envolvidos, o que
foi aprovado pelo Plenário. Acórdão n.º 1227/2012-Plenário, TC 004.554/2012-4, rel. Min.
Valmir Campelo, 23.5.2012.

Publicidade

Em homenagem ao princípio da publicidade, previsto no art. 37 da Constituição Federal, a


Administração é obrigada a divulgar extrato resumido dos contratos celebrados na
imprensa oficial do respectivo ente federativo. Do mesmo modo, deve ser dada
publicidade aos aditamentos dos contratos.

LEI 8.666/93
Art. 61. Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus
aditamentos na Imprensa Oficial, que é condição indispensável para sua eficácia será
providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte de sua assinatura
para ocorrer no prazo de 20 dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que
sem ônus, ressalvado o disposto no artigo 26 desta lei.
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art.
24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º. desta Lei deverão ser
comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação
na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

Em relação à hipótese do art. 26, da Lei 8.666/93, ressalvada ao final do art. 61, visando
evitar uma duplicidade de publicações de extratos de conteúdos idênticos, é possível
considerar atendido o comando legal com a publicação do extrato de inexigibilidade ou
dispensa de licitação.

Tipos de contratos administrativos

Dentre os contratos administrativos regulados pelo direito público, existem uma série de
espécies, as quais compreendem a concessão de serviço público, de obra pública, de uso
de bem público, a concessão patrocinada e a administrativa, o contrato de prestação ou
locação de serviços, o de obra pública, o de fornecimento, o de empréstimo público e o de
função pública.

Pertinente à nossa matéria, há destaque, na doutrina, à classificação dos tipos de


contratos administrativos, de acordo com dois critérios: o objeto e a forma de extinção.

Classificação do contrato administrativo quanto ao objeto:


• contratos de compra – aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez
ou parceladamente.
Exemplo: aquisição de material de expediente, de suprimentos de informática etc.

• contratos de obras – construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação.


Exemplo: construção de estradas, pontes etc.

LEI 8.666/93
Art. 6º. Para os fins desta Lei, considera-se:
I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por
execução direta ou indireta

• contratos de serviços – demolição, conserto, instalação, montagem, operação,


conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens,
publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.
Exemplo: conserto de computadores, manutenção de jardins etc.

Classificação do contrato administrativo quanto a forma de extinção:


• contratos por prazo ou termo: terminam pela expiração do prazo de sua vigência.
Nesses contratos, a vigência do contrato determinará a extensão do seu próprio objeto.
Por exemplo, o contrato de prestação de serviços de limpeza, com vigência de 12 meses
contados de sua assinatura. Vencido esse prazo, se termina a obrigação do contratado de
executar os serviços.

• contratos por objeto ou escopo: se extinguem pela conclusão de seu objeto. Isso
significa dizer que, enquanto não for executado o objeto do contrato, não estará
desobrigado o contratado. Por exemplo, instalação de um equipamento de ar-
condicionado. Caso ultrapassado o prazo estipulado para a realização dos serviços, o
fornecedor segue devedor de sua prestação, incidindo as sanções previstas no
instrumento contratual ou mesmo autorizando a rescisão do contrato por parte da
Administração.

Como se percebe, esta distinção será de grande relevância para a análise da matéria
relativa à vigência contratual.

DOUTRINA
Para Hely Lopes Meirelles, a extinção do contrato pelo término de seu prazo é a regra nos
ajustes por tempo determinado. Necessário, portanto, distinguir os contratos que se
extinguem pela conclusão de seu objeto e os que terminam pela expiração do prazo de
sua vigência: Nos primeiros, o que se tem em vista é a obtenção de seu objeto concluído,
operando o prazo como limite de tempo para a obra ou do serviço ou da compra sem
sanções contratuais; nos segundos, o prazo de vigência do negócio jurídico contratado, e
assim sendo, expirado o prazo, extingue-se o contrato, qualquer que seja a fase de
execução de seu objeto, como ocorre na concessão de serviço público ou na simples
locação de coisa por tempo determinado. Há portanto, prazo moratório e prazo extintivo
do contrato.
Segundo entendimento esposado por Carlos Ari Sundfeld, os contratos administrativos
distinguem-se entre contratos por objeto e contratos por prazo. Exemplo dos primeiros é a
empreitada de obra; dos segundos, o contrato de prestação de serviços de vigilância. O
prazo nessas duas modalidades contratuais desempenha função muito distinta. No
contrato de empreitada, o prazo contratualmente estabelecido não serve à definição do
objeto, mas apenas à demarcação do tempo concedido ao contratado para a sua
implementação. No contrato de vigilância, o prazo contratual define a extensão do objeto
(ex.: prestação do serviço de vigilância por seis meses).

Vigência

A regra de vigência dos contratos estabelecida na Lei de Licitações é o limite da vigência


dos créditos orçamentários, vinculada ao exercício financeiro, que se encerra em 31 de
dezembro de cada ano, coincidindo com o ano civil.

No próprio texto legal, há exceções, as quais passaremos a analisar com maior atenção.

LEI 8.666/93
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;
III - Vetado
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a
duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da
vigência do contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos
poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da
administração.

a. Vigência de contratos por escopo

Nos contratos que se extinguem pela conclusão de seu objeto, o prazo de vigência deverá
observar a regra do art. 57, Lei 8.666/93 e encerrar-se em 31 de dezembro do respectivo
ano. Portanto, um contrato de serviços de pintura de uma sala, por exemplo, deve, em
princípio, ter vigência limitada ao exercício financeiro.

A Lei, também, ressalva os casos em que o objeto se enquadrar na previsão do inc. I do


art. 57 e estiver incluso no Plano Plurianual.

Na prática, verifica-se uma situação um pouco diferente. Há, na doutrinária, com amparo
na jurisprudência, entendimentos diferentes em relação à duração dos contratos. Em que
pese a regra de que os contratos de execução instantânea não podem ultrapassar a
vigência dos créditos orçamentários, entende-se possível a celebração de contratos com
prazo de vigência superior à vigência do respectivo crédito orçamentário.

DOUTRINA
Márcio dos Santos Barros (Comentários sobre Licitações e Contratos Administrativos.
1.ed., São Paulo: NDJ, 2005.p. 238.): “Qualquer contratação realizada pela Administração
que implique realização de despesa só poderá ser efetuada se houver previsão
orçamentária para o gasto (além da efetiva disponibilidade de recursos financeiros para
seu pagamento). Ora, como a lei orçamentária é atual, em tese, encerrado o exercício,
não mais existiria previsão orçamentária para aquela despesa. Daí a necessidade de que
a duração do contrato não ultrapassasse o exercício financeiro. Entretanto, é sabido que
há contratos – a maioria, por sinal – cuja duração se prolonga no exercício subsequente
ao da sua assinatura, seja por terem prazo de duração mais longo, seja por que foram
iniciados nos últimos meses do exercício. Assim, na prática, e até para preservar o
princípio da continuidade administrativa, faz-se necessária a previsão de exceção à regra
geral para garantir, por um lado respaldo legal para os pagamentos da Administração e,
por outro, o direito do contratado à remuneração avençada.”

Marçal Justen Filho assim dispõe (Comentários à Lei de Licitações e Contratos


Administrativos, 11. ed., São Paulo: Dialética, 2005.p. 502.):
“A problemática do prazo de vigência apresenta contornos distintos conforme a natureza
do contrato. Tratando-se de contrato de execução instantânea, o prazo de vigência será
aquele necessário para que a parte promova a prestação devida. Em princípio e
considerando a grande maioria dos casos, esse prazo será fixado pela Administração
tendo em vista sua conveniência.”

Acerca do assunto, José dos Santos Carvalho Filho leciona (Manual de Direito
Administrativo. 10ª ed. rev.,ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2003, p.968):
“A despeito dessa conveniência, é importante assinalar a plena admissibilidade em que o
contrato tenha início no ano corrente e termo final no ano seguinte. O art. 57 do Estatuto,
por falta de clareza, deixou dúvida sobre tal possibilidade, e isso porque o contrato,
estando atrelado a determinado crédito orçamentário, só poderia iniciar-se e findar num
mesmo período anual. Alguns intérpretes adotaram esse entendimento. No entanto, com
a vênia devida, a lei não pretendeu dificultar nem inviabilizar a variadíssima e complexa
atividade administrativa. Por esse motivo, parece melhor o pensamento segundo o qual
nada impede que um contrato tenha início, por exemplo, em setembro de um ano e
término em março do ano subsequente, desde que no contrato conste a rubrica
orçamentária de onde serão oriundos os recursos e a referência de que parte do
pagamento será feita com um crédito orçamentário e a outra com o crédito relativo ao
exercício financeiro seguinte. Nesse caso, exigir-se-á que a Administração fixe o devido
cronograma de obra, serviço ou compra, com a indicação dos pagamentos
correspondentes ao ano corrente e ao ano subsequente.”

b. Vigência de contratos a termo

Como vimos, nos contratos a termo o prazo contratual define a extensão do objeto.
Teremos, assim, uma cláusula prevendo que o contrato terá vigor por um determinado
número de meses. Assim sendo, expirado o prazo, extingue-se o contrato.
Exemplo: contrato de locação de veículos.

Em regra, a vigência se restringe ao final do presente exercício, não podendo ser


prorrogado. Essa disposição será aplicada quando se tratar de prestação de serviços de
natureza não-continuada, ou seja, aqueles cuja interrupção não comprometem a
continuidade das atividades da Administração.

JURISPRUDÊNCIA
Abstenha-se de prorrogar contratos de serviços, com base no art. 57, inciso II, da Lei nº
8.666/1993, que não sejam prestados de forma contínua, tais como fornecimento de
passagens aéreas e publicidade. Acórdão 1386/2005 Plenário

b.1. Vigência de contratos relativos a serviços continuados

Os contratos de prestação de serviços de natureza continuada são uma espécie de


contrato a termo.

São características dos serviços continuados:

• serviços auxiliares e necessários à Administração no desempenho das respectivas


atribuições
• se interrompidos, podem comprometer a continuidade de atividades essenciais

*Exemplos típicos de serviços de natureza contínua: vigilância, limpeza e conservação,


manutenção elétrica, manutenção de elevadores, manutenção de veículos etc.

OBSERVAÇÃO
O que é contínuo para determinado órgão ou entidade pode não ser para outros.
Administração deve definir e justificar quais serviços contínuos necessita para
desenvolver as atividades que lhe são peculiares.

Prazo de duração dos desses contratos pode ser estabelecido para determinado período
e prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60 meses, excepcionando à
regra do caput do art. 57, Lei 8.666/93.

Outra característica peculiar desse tipo de contratação é que sua duração não precisa
coincidir com o ano civil, podendo ultrapassar o exercício financeiro em que foi firmado.

SAIBA MAIS
De acordo com entendimento da Advocacia-Geral da União, “a vigência do contrato de
serviço contínuo não está adstrita ao exercício financeiro”. Segundo a Orientação nº
01/2009 daquele órgão, é possível “concluir-se que o art. 57, inc. II, da Lei nº 8.666, de
1993, configura exceção à regra geral de limitação da duração dos contratos à vigência
dos respectivos créditos orçamentários”. Tal posição se assenta na interpretação dada à
norma que foi adotada pela Nota/DECOR/CGU/AGU nº 298/2006, aprovada pelo
Advogado-Geral da União em 27 de fevereiro de 2007. A referida Nota analisa,
inicialmente, as normas constitucionais de Direito Financeiro, concluindo que intencionam
resguardar a devida contrapartida de toda a despesa empenhada, e não a duração das
obrigações. Assinala, ainda, que a legislação infraconstitucional (Lei Complementar nº
101/00 e Lei nº 4.320/64) não traz essa restrição, mas apenas a regulamentação de
obrigações que ultrapassem o exercício financeiro. Por fim, refere que o Decreto nº
93.872/86 estabelece, especificamente, o regramento adequado para as obrigações
firmadas pelo Poder Público que ultrapassem um exercício financeiro. Posteriormente,
demonstra que a atual redação do inc. II do art. 57 da Lei de Licitações e Contratos afasta
a interpretação de que a prorrogação da vigência de contratos estaria limitada aos
respectivos créditos orçamentários. (Orientação Normativa nº 1, da Advocacia-Geral da
União, de 1º de abril de 2009.)

b.2. Vigência de contratos relativos a aluguel de equipamentos e utilização de programas


de informática

Os contratos de aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática podem


estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do
contrato.

Ex: aluguel de computadores, impressoras etc

Outra exceção à regra do caput do art. 57, Lei 8.666/93, contida no inciso IV.

Diferenciação de prazos de vigência e prazo de execução

A diferenciação de prazo de vigência e execução ocorrerá principalmente naqueles


contratos por escopo, nos quais a realização do objeto deve encontrar-se dentro do
período de vigência. Junto com a execução, dentro desse prazo, estão os períodos de
mobilização da empresa, apresentação de documentos, recebimento do objeto,
pagamento, verificação de pendências, dentre outros.

Conforme estudado, os contratos por escopo são aqueles que se extinguem pela
conclusão de seu objeto. Ou seja, objetiva a obtenção de seu objeto concluído, operando
o prazo de execução como limite de tempo para a obra ou do serviço ou da compra sem
sanções contratuais.

O vencimento do prazo de execução, ou até mesmo o de vigência, não extingue


automaticamente o contrato ou os direitos e deveres dele derivados. Vencido o prazo de
execução, deverá a Administração verificar a ocorrência ou não de mora da contratada,
com a consequente aplicação das sanções contratuais, quando houver culpa da
contratada. Caso a execução do objeto ultrapasse a vigência inicial estipulada, deve a
Administração prorrogá-la mediante termo aditivo, não porque se elidiriam as obrigações
da contratada em executar o serviço ou da contratante em realizar o pagamento, por
exemplo, mas sim para que esses atos ocorram dentro do período de vigência.

DOUTRINA
“Nos contratos que se extinguem pela conclusão do seu objeto, a prorrogação independe
de previsão e de licitação, porque, embora ultrapassado o prazo, o contrato continua em
execução”. (Hely Lopes Meirelles, Licitação e contrato administrativo, 12. ed., Malheiros,
1999, p. 217) Exemplo: Execução de obra

LEI 8.666/93
Art. 57, § 1º. Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega
admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a
manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos
seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes,
que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e
no interesse da Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos
por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela
Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos
pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

É aconselhável, portanto, prever uma vigência ligeiramente superior ao prazo de


execução, para fins de pagamento, seguro da obra, ou mesmo para uma margem que
evite a necessidade de uma prorrogação da vigência.

JURISPRUDÊNCIA
Abstenha-se de firmar contratos de fornecimento com vigência superior às datas previstas
para o recebimento definitivo do objeto, adequando os prazos de vigência para conciliá-
los com as datas de execução, entrega, observação e recebimento definitivo do objeto
contratual, conforme o caso, nos termos do art. 55, inciso IV, e art. 57 da Lei nº
8.666/1993. Acórdão 262/2006 Segunda Câmara.

Contratos por escopo:

VIGÊNCIA

Mobilização Prazo de Execução Recebimento

Nos contratos a termo, a execução do contrato se da durante e coincidentemente com o


prazo de vigência. Pode até haver um período de mobilização da contratada antes do
início da prestação dos serviços, mas como regra, a execução do objeto ocorre periódica
e repetidamente dentro do período de vigência, assim como o recebimento e os
pagamentos.

Contratos a termo:

VIGÊNCIA

Mobilização Execução dos Serviços Desmob.*

*Pagamento do último mês de serviços, apresentação de comprovantes, levantamento da


garantia, liberação de saldo de valores glosados, etc.

VÍDEO

Possibilidades de Prorrogação

Conforme verificamos ao analisar a vigência dos contratos, admite-se prorrogação de


alguns ajustes nas seguintes situações:

- Contratos por escopo em que o prazo de execução ultrapasse a vigência, salvo o atraso
caracterize o descumprimento total das obrigações assumidas;
- Contratos de prestação de serviços de natureza continuada;

- Contratos de locação de equipamentos e utilização de programas de informática cuja


vigência inicial não extrapole 48 meses.

A Lei prevê, ainda, uma prorrogação excepcional dos contratos de natureza continuada.

LEI 8.666/93
Art. 57, § 4º. Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da
autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser
prorrogado por até doze meses.

IMPORTANTE
Ao se falar em prorrogação de contratos de prestação de serviços a termo, estar-se-á
falando automaticamente de contratos continuados. Os contratos de serviços a termo que
não possuem natureza continuada não admitem prorrogação.

Também cumpre ressaltar que toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por
escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato,
por força do art. 57, § 2º, da Lei 8.666/93.

SAIBA MAIS
O TCU entende que a formalização das prorrogações de prazo deve ocorrer antes do
término de vigência do contrato. Porém, relativiza esse entendimento em algumas
situações nas quais o termo aditivo é realizado após o término do contrato, conforme
trecho do acórdão: “Há que ressaltar, porém, que não há nos autos evidenciação de
ocorrência de dano ao erário ou de que tais procedimentos tenham resultado de atos de
má-fé visando beneficiar terceiros indevidamente. A referida irregularidade não tem
materialidade ou grau de lesividade à ordem jurídica suficiente para, observados os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, macular a gestão dos responsáveis como
um todo, julgando-lhes as contas irregulares”. No mesmo sentido são os Acórdãos nºs
1.808/2008, 132/2005, 1.727/2004 e 1.257/2004. (TCU, Acórdão nº 128/2011, Plenário,
Rel. Min. Weder de Oliveira, DOU de 02.02.2011.)
INSTRUÇÃO NORMATIVA 02/2008 – MPOG:
Art. 30-A Nas contratações de serviço continuado, o contratado não tem direito subjetivo à
prorrogação contratual, que objetiva a obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a Administração, conforme estabelece o art. 57, inciso II da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 1º Os contratos de serviços de natureza continuada poderão ser prorrogados, a cada 12
(doze) meses, até o limite de 60 (sessenta) meses, quando comprovadamente vantajosos
para a Administração, desde que haja autorização formal da autoridade competente e
observados os seguintes requisitos:
I - os serviços tenham sido prestados regularmente;
II - a Administração mantenha interesse na realização do serviço;
III - o valor do contrato permaneça economicamente vantajoso para a Administração; e
IV- a contratada manifeste expressamente interesse na prorrogação.
§ 2º A vantajosidade econômica para prorrogação dos contratos de serviços continuados
estará assegurada, sendo dispensada a realização de pesquisa de mercado, quando o
contrato contiver previsões de que:
I - os reajustes dos itens envolvendo a folha de salários serão efetuados com base em
convenção, acordo coletivo ou em decorrência de lei;
II - os reajustes dos itens envolvendo insumos (exceto quanto a obrigações decorrentes
de acordo ou convenção coletiva de trabalho e de Lei) e materiais serão efetuados com
base em índices oficiais, previamente definidos no contrato, que guardem a maior
correlação possível com o segmento econômico em que estejam inseridos tais insumos
ou materiais ou, na falta de qualquer índice setorial, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA/IBGE; e
III - no caso de serviços continuados de limpeza, conservação, higienização e de
vigilância, os valores de contratação ao longo do tempo e a cada prorrogação serão iguais
ou inferiores aos limites estabelecidos em ato normativo da Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SLTI/MP.
§ 3º No caso do inciso III do §2º, se os valores forem superiores aos fixados pela SLTI/MP,
caberá negociação objetivando a redução de preços de modo a viabilizar
economicamente as prorrogações de contrato.
§ 4º A administração deverá realizar negociação contratual para a redução e/ou
eliminação dos custos fixos ou variáveis não renováveis que já tenham sido amortizados
ou pagos no primeiro ano da contratação.
§ 5º A Administração não poderá prorrogar o contrato quando:
I - os preços estiverem superiores aos estabelecidos como limites pelas Portarias do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, admitindo-se a negociação para
redução de preços; ou
II – a contratada tiver sido declarada inidônea ou suspensa no âmbito da União ou do
próprio órgão contratante, enquanto perdurarem os efeitos.

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