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RESPONSABILIDADES DOS

ENGENHEIROS
Responsabilidades dos Engenheiros

1 – ÉTICA
2 – OBJETIVA
3- TRABALHISTA
4 – ADMINISTRATIVA
5 - PENAL OU CRIMINAL
6 - CIVIL
7 - TÉCNICA
2 – OBJETIVA

 Estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor - Artigos 12º e 14º.

 Resultante das relações de consumo, envolvendo o


fornecedor de produtos e de serviços (pessoa física
e jurídica) e o consumidor, assegura direitos
consagrados pela Lei nº 8.078 , que dispõe sobre a
Proteção ao Consumidor.
CDC
 A responsabilidade profissional está, mais do que
nunca, estabelecida através do Código de Defesa
e Proteção ao Consumidor, pois coloca em questão
a efetiva participação preventiva e consciente dos
profissionais.
CDC
• Portanto, é fundamental que o profissional esteja
atento à obrigatoriedade de observância às Normas
Técnicas e à execução de orçamento prévio de projeto
completo, com especificação correta de qualidade,
garantia contratual (contrato escrito) e legal (ART).
• Uma infração ao Código de Defesa e Proteção ao
Consumidor coloca o profissional (pessoa física e
jurídica) em julgamento, com possibilidade de rito
sumaríssimo, inversão do ônus da prova e com
assistência jurídica gratuita ao consumidor, provocando,
assim, a obrigação de sua obediência.
3 - TRABALHISTA
• Resulta das relações com os empregados e trabalhadores que
compreendem: direito ao trabalho, remuneração, férias,
descanso semanal e indenizações, inclusive, aquelas resultantes
de acidentes que prejudicam a integridade física do
trabalhador.
• O profissional só assume esse tipo de responsabilidade
quando contratar empregados, pessoalmente ou através de
seu representante ou representante de sua empresa.
• Nas obras de serviços contratados por administração o
profissional estará isento desta responsabilidade, desde que o
proprietário assuma o encargo da contratação dos
operários, o que é raro na prática.
4 - ADMINISTRATIVA
• Resulta das restrições impostas pelos órgãos
públicos, através do Código de Obras, Código de
Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento
Profissional, Plano Diretor e outros.
• Essas normas legais impõem condições e criam
responsabilidades ao profissional, cabendo a ele,
portanto, o cumprimento das leis específicas à
sua atividade, sob pena inclusive, de suspensão do
exercício profissional.
5 - PENAL OU CRIMINAL
• Decorre de fatos considerados crimes. Neste campo
merecem destaque:
• a - desabamento - queda de construção em virtude de fator
humano;
b - desmoronamento - resulta da natureza;
c - incêndio - quando provocado por sobrecarga elétrica;
d - intoxicação ou morte por agrotóxico - pelo uso
indiscriminado de herbicidas e inseticidas na lavoura sem a
devida orientação e equipamento;
e - intoxicação ou morte por produtos industrializados -
quando mal manipulados na produção ou quando não conste
indicação da periculosidade;
f - contaminação - quando provocada por vazamentos de
elementos radioativos e outros.
6 - PENAL OU CRIMINAL
• Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo
ou não lesão corporal ou dano material, desde que
se caracterize perigo à vida ou à propriedade.
• Por isso, cabe ao profissional, no exercício de sua
atividade, prever todas as situações que possam
ocorrer a curto, médio e longo prazos, para que
fique isento de qualquer ação penal.
7 - CIVIL

 Decorre da obrigação de reparar e/ou


indenizar por eventuais danos causados.

 O profissional que, no exercício de sua


atividade, lesa alguém tem a obrigação
legal de cobrir os prejuízos.
7 - CIVIL
A responsabilidade civil divide-se em:
Determinada pelo artigo 159 do Código Civil, impõe
àquele que causar dano por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, a obrigação de
repará-lo.
1 - Responsabilidade contratual;
2 - Responsabilidade pela solidez e segurança da
construção;
3 - Responsabilidade pelos materiais;
4 - Responsabilidade por danos a terceiros;
Responsabilidade contratual

 Decorre do contrato firmado entre as partes para


a execução de um determinado trabalho, sendo
fixados os direitos e obrigações de cada uma.
Responsabilidade pela solidez e
segurança da construção
• Pelo Código Civil Brasileiro, o profissional responde
pela solidez e segurança da obra durante cinco
anos; é importante pois, que a data do término da
obra seja documentada de forma oficial.
• Se, entretanto, a obra apresentar problemas de
solidez e segurança e, através de perícias, ficar
constatado erro do profissional, este será
responsabilizado, independente do prazo
transcorrido, conforme jurisprudência existente.
Responsabilidade pelos materiais
• A escolha dos materiais a serem empregados na obra
ou serviço é da competência exclusiva do profissional.
• Logo, por medida de precaução, tornou-se habitual
fazer a especificação desses materiais através do
"Memorial Descritivo", determinando tipo, marca e
peculiaridade outras, dentro dos critérios exigíveis de
segurança.
• Quando o material não estiver de acordo, com a
especificação, ou dentro dos critérios de segurança, o
profissional deve rejeitá-lo, sob pena de responder por
qualquer dano futuro.
Responsabilidade por danos a
terceiros
 É muito comum na construção civil a constatação de danos a
vizinhos, em virtude da vibração de estaqueamentos, fundações,
quedas de materiais e outros.
 Os danos resultantes desses incidentes devem ser reparados, pois
cabe ao profissional tomar todas as providências necessárias para
que seja preservada a segurança, a saúde e o sossego de terceiros.
 Cumpre destacar que os prejuízos causados são de
responsabilidade do profissional e do proprietário, solidariamente,
podendo o lesado acionar tanto um como o outro.
 A responsabilidade estende-se, também, solidariamente, ao sub-
empreiteiro, naquilo em que for autor ou co-autor da lesão.
8 - TÉCNICA
 Os profissionais que executam atividades específicas dentro das várias
modalidades das categorias da área tecnológica devem assumir a
responsabilidade técnica por todo trabalho que realizam.
 Apenas como exemplos:
 - um arquiteto que elabora o projeto de uma casa será o responsável técnico pelo
projeto;
- o engenheiro civil que executa a construção desta mesma casa será o
responsável técnico pela construção;
 - um engenheiro agrônomo que projeta determinado cultivo especial de feijão será
o responsável técnico pelo projeto desse cultivo.
 A contratação de profissionais liberais pode ser concretizada verbalmente ou
através de documentos. O vínculo com pessoa jurídica, entretanto, pode ser
empregatício, de acordo com a legislação trabalhista em vigor ou por contrato
particular de prestação de serviços, registrado em cartório.
 A RESPONSABILIDADE
Dentre as diversas esferas de responsabilidade, destacam-se a responsabilidade cível, penal e funcional, senão vejamos:
A responsabilidade civil nasce da obrigação de reparar ou indenizar por eventuais danos causados no exercício da atividade. Decorre da responsabilidade pelos materiais aplicados, ou seja, pela escolha dos
materiais a serem empregados na obra ou serviço, cuja competência é exclusiva do profissional, e da responsabilidade pela solidez e segurança da construção no qual o profissional responde durante cinco anos, a
partir da formalização da data do término da obra. Daí a importância de ter um documento formal de entrega com data e aceite do cliente/usuário.
Para diminuir os riscos pelos materiais, tornou-se praxe executiva a especificação através do "Memorial Descritivo", determinando tipo, marca e dimensões, dentro dos critérios exigíveis de segurança, distribuindo a
responsabilidade pelo fornecedor/fabricante que deve garantir as especificações técnicas dentro dos critérios de segurança.
Além disso, é possível a rejeição pelo profissional dos materiais que não atingem as especificações técnicas, a qualquer tempo, pois pode vir a fragilizar a segurança e solidez da obra.
Nesse caso, se a obra apresentar problemas de solidez e segurança , seja em decorrência de erros de projeto ou execução, aferida em de perícias, ficar constatado erro do profissional, este será responsabilizado,
independente do prazo transcorrido, conforme jurisprudência existente.
Casos como o desabamento do edifício Palace II em 1998 e do metropolitano paulista em 2007, tomaram repercussão mundial, causando sério descrédito na atividade de construção, fazendo com que a sociedade
passasse a exigir dos órgãos públicos, providências mais severas, em decorrência da perda de vidas nesses incidentes.
Nesses casos, o dever de indenizar os danos causados a terceiros, em virtude da vibração de estaqueamentos, fundações, quedas de materiais e outros. Os danos resultantes desses incidentes devem ser tanto pelo
profissional quanto pelo proprietário da obra, podendo ser extensivo ao ao sub-empreiteiro, naquilo em que concorrer para o dano.
A Responsabilidade técnica decorre das atividades específicas dentro das várias modalidades das categorias da área tecnológica que realizam (projeto, execução, consultoria, peritagem, etc).
Instituída pela Lei 6496/77, a Anotação da Responsabilidade Técnica define as obrigações e identifica os responsáveis pelo empreendimento em cada área tecnológica. Com isso, o profissional fica vinculado à sua
atuação, e a ausência da ART presume o exercício ilegal da profissão, se não houver participação de profissional habilitado ou a eventual irregularidade do profissional, sujeitando-se assim a autuação pelo
Conselho.
A contratação de profissionais liberais pode ser concretizada verbalmente ou através de documentos, sendo o ideal o contrato firmado entre as partes para a execução de um determinado trabalho, sendo fixados
os direitos e obrigações de cada uma, estabelecendo assim, a responsabilidade contratual.
O profissional ainda se sujeito à responsabilidade penal em decorrência de fatos considerados crimes na Lei como Crimes Contra a Incolumidade Pública e Crimes de Perigo Comum, cujas condutas tipificadas podem
ser:
a) Incêndio – previsto no Art. 250 do CP - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: cuja pena de reclusão é de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa sendo que as penas
aumentam-se de um terço: I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio; II - se o incêndio é: a) em casa habitada ou destinada a habitação; b) em edifício público
ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura; c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; d) em estação ferroviária ou aeródromo; e) em estaleiro, fábrica ou
oficina; f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
b) Explosão - previsto no Art. 251 do CP - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de
efeitos análogos, cuja pena de reclusão é de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos: a pena de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
c) Uso de Gás Tóxico ou Asfixiante - previsto no Art. 252 do CP - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante, cuja pena de reclusão é de 1 (um) a 4
(quatro) anos, e multa.
d) Fabrico, Fornecimento, Aquisição Posse ou Transporte de Explosivos ou Gás Tóxico, ou Asfixiante - previsto no Art. 253 do CP - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade,
substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação, cuja pena de detenção é de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
e) Inundação - previsto no Art. 254 do CP - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, cuja pena de reclusão é de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa, no caso de dolo,
ou detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, no caso de culpa.
f) Perigo de Inundação - previsto no Art. 255 do CP - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra
destinada a impedir inundação, cuja pena de reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
h) Desabamento ou Desmoronamento - previsto no Art. 256 do CP - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, cuja pena de reclusão é de 1
(um) a 4 (quatro) anos, e multa.
i) Subtração, Ocultação ou Inutilização de Material de Salvamento - previsto no Art. 257 do CP - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou calamidade,
aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza, cuja pena de reclusão é de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa;
j) Difusão de Doença ou Praga - previsto no Art. 259 do CP- Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica, cuja pena de reclusão é de 2 (dois) a 5
(cinco) anos, e multa.
A responsabilidade administrativa resulta das restrições impostas pelos órgãos públicos, através do Código de Obras, Código de Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento Profissional, Plano Diretor e outros,
sendo que essas normas legais impõem condições e criam responsabilidades ao profissional o qual deve zelar pelo cumprimento das leis específicas à sua atividade, sob pena inclusive, de suspensão do exercício
profissional.
Em caso de faltas éticas que contrariam a conduta moral na execução da atividade profissional prevista na Lei, o profissional se sujeita à responsabilidade ética, nos termos do Código de Ética Profissional,
estabelecido na Resolução nº 205, de 30/09/71, do CONFEA.
A responsabilidade trabalhista resulta das relações com os empregados e trabalhadores da obra ou empreendimento quando da contratação de empregados, feito pessoalmente ou através de seu representante
ou representante de sua empresa.
A obrigação em indenizar não distingue o dano é patrimonial ou moral, principalmente com a evolução ao ordenamento jurídico com o advento da Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5º, X, tornando tranqüila
e predominante o entendimento da tese de reparabilidade do dano moral ante a responsabilidade civil causada pelo ato ilícito cometido pelo profissional.
Ainda, o mais moderno entendimento jurisprudencial é justamente que não há necessidade de comprovação com o dano patrimonial, pois trata-se do direito a personalidade daquele que teve reputação atingida e
maculada, assim como pelas conseqüências posteriores.
É uma relação de consumo, tutelada pela Lei nº 8078 de 11 de setembro de 1990, também conhecida como Código de Defesa do Consumidor, sendo os direitos do consumidor previstos no artigo 6º, em especial a
proteção da vida e segurança contra riscos provocados pelas práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos e nocivos, devendo ser clara e adequada a informação sobre os produtos e
serviços com a especificação de quantidades e características, bem como, os riscos que esses apresentem.
Assim, a responsabilidade objetiva, ou seja, sem que tenha havido culpa do agente consignada no parágrafo único do artigo 927 do atual Código Civil, que possui a seguinte redação: "Haverá obrigação de
reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Também estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor nos artigos 12º e 14º é resultante das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços (pessoa física e jurídica) e o consumidor,

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