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As conexões que Giovanni estabeleceu com dois nobres, Alvise Duodo e

Marc’Antonio Correr, formaram a base para a empresa que, com Marco à frente,
produziria óperas por muitos anos (veja a tabela 3.3 para uma lista dos sócios de
Faustini durante sua carreira empresarial). Esses dois parceiros nobres vieram de
famílias importantes com uma história de serviço governamental significante, bem
como um interesse pelas artes: tanto o Correr quanto o Duodo desfrutavam de muitas
conexões familiares e sociais que eles poderiam convocar quando necessário para
seus interesses operísticos.
A família de Alviso Duodo (1624-74) residia em S. Maria del Giglio (S. Maria
Zobenigo), bem perto da paróquia de S.Vidal de Faustini. Um de seus parentes,
Francesco Duodo, comandou a vitoriosa frota veneziana em Lepanto em 1571,
enquanto seu tio-avô Pietro, depois de servir como embaixador veneziano na
Inglaterra, Savoy e Roma, assumiu um posto em sua vida em Pádua, onde fundou a
Accademia Delia e tornou-se amigo de Galileo Galilei durante os anos do cientista
naquela cidade. O tio de Duodo, Francesco Duodo, era o patrono da música, e a
dedicação de um livro de canções de Alessandro Grandi Alvise A primeira conexão
publicamente reconhecida com a ópera ocorreu em 1645, quando, como mencionado
acima, Giovanni Faustini dedicou seu Titone aos 21 anos. anos de idade patrício. É
certamente possível que Alvise tenha desenvolvido o gosto pelo fomento da produção
de ópera por meio de outro tio, Girolamo Lando, que foi um dos apoiadores do Teatro
Novíssimo vários anos antes (ver cap. 4).
As cartas de Duodo a Marco Faustini (dezenove delas sobrevivem nos jornais
de Faustini), escritas em Veneza, em sua villa em Monselice e em Bérgamo, registram
seu gradual amadurecimento e aumento de estatura. Elas datam de todos os três
empreendimentos da empresa; muitos deles são bastante familiares em tom, indo além
da linguagem firme e rígida encontrada em grande parte da correspondência da época.
As cartas da década de 1650 costumam encontrar Duodo - como muitos outros nobres
- sem dinheiro e, portanto, incapaz de cumprir suas responsabilidades para com a
empresa. Ele foi rápido em pleitear com Faustini, um cittadino com pouca
propriedade em seu nome, por empréstimos e outros favores, e às vezes exalava sua
frustração quando o empresário demorava para honrar seus pedidos. Em uma carta,
tendo já buscado a ajuda de seu pai e outros membros da família, ele procurou
Faustini por dinheiro (que o empresário devidamente providenciou) para comprar um
novo conjunto de roupas de baixo (sott’habiti) em outro ele pediu um adiantamento
enquanto ele esperou por receitas de fontes como a venda de grãos. Ele também
deixou pedaços de placa de prata com Faustini como garantia para suas dívidas. As
cartas de Duodo demonstram a facilidade de comunicação que pode existir entre
membros da nobreza e cittadini, e também mostram que o vínculo entre esses dois
homens ia muito além das necessidades formais dos negócios.

Investing-Opera
P. 40 Faustini’s First Partners

The connections Giovanni had established with two noblemen, Alvise Duodo and Marc'Antonio
Correr, formed the basis for the company that, with Marco at its head, would produce operas for many
years (see table 3.3 for a list of Faustini's partners during his impresarial career). These two noble
partners came from im- portant families with a history of significant government service as well as an
in- terest in the arts: both Correr and Duodo enjoyed many family and social connec- tions that they
could call upon when necessary in aid of their operatic interests.
The family of Alvise Duodo (1624—74) resided in S. Maria del Giglio (S. Maria Zobenigo),
quite near to Faustini's parish of S.Vidal. One of his relatives,Francesco Duodo, had commanded the
victoriousVenetian fleet at Lepanto in 1571, while his great uncle Pietro, after serving asVenetian
ambassador to England, Savoy, and Rome, took a post late in his life in Padua, where he founded the
Accademia Delia, and became a friend of Galileo Galilei during the scientist's years in that city.
Duodo's uncle Francesco Duodo was a patron of music, and the dedicatee of a book of songs by
Alessandro Grandi Alvise Duodo s first publicly acknowl- edged connection with opera came in 1645,
when, as mentioned above, Giovanni Faustini dedicated his Titone to the 21-year-old patrician. It is
certainly possible that Alvise had developed a taste for the fostering of opera production through an-
other uncle, Girolamo Lando, who was one of the supporters of the Teatro Novis- simo several years
earlier (see chap. 4).
Duodo's letters to Marco Faustini (nineteen of them survive in the Faustini papers), written from
Venice, from his villa in Monselice, and from Bergamo, chart his gradual maturation and rise in
stature.They date from all three of the company's business ventures; many of them are quite familiar in
tone, going beyond the stilted, stiff language found in so much of the correspondence of the time. The
letters of the 1650's often find Duodo—like many other nobles—short of cash, and thus unable to meet
his responsibilities toward the company. He was quick to plead with Faustini, a cittadino with little
property to his name, for loans and other favors, and he sometimes vented his frustration when the
impresario was slow to honor his requests. In one letter, having already sought help from his father and
other family members, he approached Faustini for money (which the impresario duly provided) to
purchase a new set of underclothes ("sott'habiti") in another he asked for an advance while he waited
for income from sources such as the sale of grain.He also left pieces of silverplate with Faustini as
security for his debts.Duodo's letters demonstrate the ease of communication that might exist between
members of the nobility and the cittadini, and also show that the bond between these two men extended
well beyond the formal necessities of business affairs.

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