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Aula 01

Auditoria p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo (com videoaulas) - Todos os


Cargos

Professor: Rodrigo Fontenelle


Curso de Auditoria para TCE-SC - 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Fontenelle Aula 01

AULA 01: Auditoria Interna e Externa: Papéis


SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
1. Funções da Auditoria Externa 02
2. Auditoria Interna X Externa 12
Lista das questões comentadas durante a aula 47
Referências bibliográficas 64

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Olá, Pessoal!

Se vocês estão lendo esta aula é porque acreditaram no curso, razão pela
qual, primeiramente, agradeço.

Hoje veremos as principais diferenças entre auditoria externa e interna, já


que é a forma usual de cobrança das principais bancas.

Qualquer dúvida em relação à matéria, dinâmica do curso ou comentário,


estou à disposição no fórum do Estratégia.

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Principais normas abordadas na aula de hoje:

NBC TA 200 e NBC TI 01.

1. Funções da Auditoria Externa (Independente)

Definições importantes para o tema:

Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro


adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela
governança na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável em vista
da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja
exigida por lei ou regulamento.

Distorções são a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a


divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a
apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável (ou seja, a diferença entre o que é
para o que deveria ser). As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Uma
distorção é relevante quando pode vir a modificar a opinião do usuário.

Podemos resumir a finalidade da Auditoria Externa (também chamada de


independente ou privada) com a afirmação de que busca conferir
credibilidade às demonstrações contábeis1, visto que, para os
interessados nessas informações, não basta uma opinião interna, sendo
indispensável a opinião independente da Auditoria Externa.

Não é atribuição do auditor independente garantir a viabilidade futura da


entidade ou fornecer qualquer tipo de atestado de eficácia da
administração na gestão dos negócios.

De acordo a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de demonstrações


contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações


contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando
assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as

1
Segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON, a expressão
"demonstrações financeiras" tem exatamente o sentido da expressão "demonstrações
contábeis", e vice-versa.
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demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável; e

(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e


comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com
as constatações do auditor. (Grifei)

Ou seja:

 Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis


estão livres de distorções relevantes.
 Expressar sua opinião sobre se as demonstrações foram
elaboradas conforme a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
 Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis.

Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a


opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas
circunstâncias para atender aos usuários previstos das demonstrações
contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua
opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo
com lei ou regulamentação aplicável.

1.1. Aspectos Gerais da Auditoria Independente

Alguns conceitos de auditoria independente encontrados na doutrina muitas


vezes são cobrados em sua literalidade. Seguem alguns exemplos:

Crepaldi (2012):

Levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações,


procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações
financeiras de uma entidade. A auditoria das demonstrações
contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem
por objetivo a emissão de parecer sobre sua adequação,
consoante os princípios Fundamentais de Contabilidade e pertinente
à legislação específica. (Grifei)

Franco e Marra (2011):

A auditoria compreende o exame de documentos, livros e


registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações,
internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio,
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das
demonstrações contábeis deles decorrentes. (Grifei)

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Apesar da importância dessas definições, as bancas geralmente preferem
explorar os conceitos apresentados pelas normas de auditoria. Dessa
forma, segundo a NBC TA 200, que trata dos objetivos gerais do auditor
independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de
auditoria, o objetivo da Auditoria das Demonstrações Contábeis – Externa
é:

Aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por


parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma
opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. (Grifei).

Como podemos observar, a emissão de uma opinião independente é o


principal objetivo da auditoria, passando pelo exame do objeto a ser
auditado, particularmente as demonstrações contábeis.

A finalidade da emissão dessa opinião é dar a maior credibilidade


possível às demonstrações contábeis elaboradas pelo setor de
contabilidade e divulgadas ao conhecimento dos interessados no
conhecimento da “saúde financeira” da Companhia.

Assim, uma auditoria independente envolve a aplicação de técnicas e


procedimentos especializados, em busca de evidências que digam
respeito aos valores divulgados nas demonstrações contábeis, incluindo a
avaliação das práticas contábeis utilizadas e da razoabilidade das
estimativas apresentadas pela administração (mensuração de itens que
não podem ser definidos com precisão).

O objetivo principal da auditoria independente á a emissão de uma


opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura de
Relatório Financeiro Aplicável.

De acordo com Franco e Marra (2011), essa fiscalização dá maior


consistência e veracidade aos registros e demonstrações contábeis, pelas
seguintes razões, dentre outras:

 O profissional que executa os registros contábeis o faz com


maior atenção e rigor, pelo simples fato de saber que seu
trabalho será examinado e seus erros apontados.

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 Empregados e administradores temem erros e fraudes, na
certeza de que estes poderão ser apontados aos poderes
superiores.
 Os titulares do patrimônio, por sua vez, prestam contas,
através da auditoria, a seus credores e ao fisco.

Complementarmente, ainda segundo os autores, a auditoria independente


apresenta as seguintes vantagens aos usuários das demonstrações
contábeis:

 Contribui para maior exatidão das demonstrações


contábeis.
 Possibilita melhores informações sobre a real situação
econômica, patrimonial e financeira das empresas.
 Assegura maior exatidão dos resultados apurados.

Entretanto, a auditoria independente, como qualquer outra atividade,


apresenta algumas limitações que devem ser conhecidas pelo auditor, a
fim de que possa reduzi-las a um nível coerente com o cumprimento de
seus objetivos. Essas limitações dizem respeito, principalmente, ao fato de
que a auditoria não pode ser interpretada como substituta da
administração no cumprimento de seus objetivos de gestão.

Como veremos no próximo item, a administração conta com uma Auditoria


Interna para executar um trabalho de assessoramento, auxiliando no
cumprimento dos objetivos operacionais da empresa.

A auditoria independente, por sua vez, não dispõe de meios suficientes


(pessoal, tempo, recursos) para uma análise aprofundada de todos os
aspectos das demonstrações financeiras, limitando-se aos mais
relevantes (aqueles que têm possibilidade de influenciar a opinião do
usuário quanto às demonstrações). Além disso, o auditor trabalha por
amostragem e, dessa forma, irregularidades podem passar despercebidas
por ele, o que não quer dizer que seu trabalho não tenha sido bem feito.

O profissional responsável pelo trabalho de auditoria é denominado


auditor independente, normalmente integrante de uma firma de
auditoria contratada pela empresa a ser auditada para a emissão da opinião
sobre as demonstrações contábeis.

Se o objetivo principal do auditor independente é a emissão de sua opinião,


qual seria um dos objetivos secundários mais importantes?

Coloquem-se na condição de um profissional que deva emitir uma opinião,


e que, para isso, é contratado anualmente. Imaginem ainda que há uma
concorrência entre as firmas de auditoria, e que sua opinião servirá de base
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para centenas, até milhares de pessoas decidirem os rumos de seus
investimentos para o próximo ano. Qual seria o atributo essencial a ser
perseguido pelo auditor, no intuito de se manter no mercado?

Acertou quem pensou em credibilidade. O auditor que não tem


credibilidade é incapaz de emitir um relatório que cumpra o papel de atestar
as condições da situação econômico-financeira de uma empresa,
apresentada nas demonstrações contábeis. E provavelmente não seria
novamente contratado para novos trabalhos.

Para que a opinião emitida pelo auditor possua credibilidade, além da


qualidade indispensável a qualquer trabalho profissional, ainda mais com a
responsabilidade inerente à auditoria, faz-se necessária uma padronização
das técnicas e procedimentos utilizados, assim como da elaboração de
relatórios. Para tanto, são elaboradas as Normas de Auditoria. Atualmente,
no Brasil, as mais importantes são as Normas Brasileiras de Contabilidade
– Técnicas de Auditoria (NBC TA) e Normas Brasileiras de Contabilidade –
Profissionais de Auditoria (NBC PA), as quais serão a base do nosso curso.

O auditor também pode ter outras responsabilidades de comunicação e de


relatório, perante os usuários, a administração, os responsáveis pela
governança ou partes fora da entidade, a respeito dos assuntos decorrentes
da auditoria, como, por exemplo, de comunicação com os responsáveis pela
Governança, responsabilidades em relação a fraudes, dentre outras, desde
que estabelecidas por lei, regulamento ou normas do CFC.

QUESTÕES COMENTADAS

1 - (ESAF/SEFAZ-SP/2009) - Sobre a auditoria independente, é


correto afirmar que tem por objetivo:
A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
C) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.
D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a
justa solução do litígio.
E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.

Comentários:
Questão bastante comum em provas de auditoria. Para respondê-la,
basta saber o objetivo de uma auditoria independente, que é, segundo a
NBC TA 200, “aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma

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opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável”. (Grifei)
Deve-se ressaltar que a questão ainda traz a opinião do auditor
independente com a nomenclatura antiga (“Parecer”), pois foi elaborada
antes da nova normatização. A partir da edição da NBC TA 700, o produto
do auditor independente, por meio do qual ele manifesta sua opinião,
passou a chamar Relatório do Auditor Independente.
As letras A, B, D, e E são características e/ou objetivos da Auditoria
Interna.
Resposta: C

2 - (ESAF/ISS-Recife/2003) - A opção que representa o objetivo da


auditoria externa é:
A) A elaboração das normas e procedimentos econômicos, financeiros e de
auditoria da empresa auditada.
B) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e financeira da
empresa sem assegurar que elas representem adequadamente as
operações da empresa.
C) Assegurar que as demonstrações financeiras irrelevantes representem a
situação contábil-financeira da empresa de forma fidedigna.
D) O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações
financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,
a posição patrimonial e financeira da empresa.
E) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram efetuados
corretamente nos livros da empresa.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a elaboração de normas internas
cabe, em geral, à administração.
A letra B também está errada, pois a opinião (não palpite) sobre a
posição patrimonial e financeira da empresa deve incluir se elas
representam adequadamente as operações da empresa.
A alternativa C está incorreta, pois os aspectos a serem observados
são os relevantes, e não os irrelevantes.
A letra D representa exatamente o objetivo da auditoria externa e,
portanto, é o gabarito da questão.
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois o trabalho do auditor
independente não consegue alcançar todos os lançamentos contábeis,
devido a limitações de tempo e recursos, focando apenas nos mais
relevantes. Lembrem-se, o auditor externo trabalha por amostragem!
Resposta: D

3 - (FCC/CNMP/2015) - A empresa Plantio de Árvores do Norte S/A,


contratou a firma de auditoria Aspectos & Consultoria, para
examinar as demonstrações contábeis do exercício de 2014. O
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objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a:
(A) expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
(B) natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria
realizados pelo auditor, alinhados com o objetivo da auditoria.
(C) obtenção, pelo auditor, de segurança razoável de que as
demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraudes ou erros de conhecimento ou
não dos responsáveis pela governança.
(D) realização, pelo auditor, de exames nas áreas, atividades, produtos e
processos, de forma a alcançar evidências adequadas e suficientes para
elaboração do relatório de auditoria.
(E) elaboração dos programas de trabalho de forma a servir como guia e
meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e
atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem.

Comentários:
Segundo o item 3 da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar
o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável.
Resposta: A

4 - (FCC/SEFAZ-PE/2014) - Contratado para realizar auditoria nas


demonstrações contábeis da empresa Queijos Coalho S/A, o auditor
para obter segurança razoável e reduzir o risco de auditoria a um
nível baixo aceitável e possibilitar alcançar conclusões razoáveis e
nelas basear a sua opinião deve:
(A) elaborar os papeis de trabalho de acordo com os procedimentos de
auditoria.
(B) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.
(C) planejar os trabalhos de auditoria tomando por base o resultado de
auditorias anteriores.
(D) realizar a auditoria de acordo com os procedimentos definidos.
(E) avaliar o controle interno.

Comentários:
Segundo a NBC TA 200, para obter segurança razoável, o auditor
deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir
o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele
obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião.
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Resposta: B

5 - (FCC/TCE-RS/2014) - Os manuais, de uma maneira geral,


definem auditoria como um exame analítico e pericial das
operações contábeis, desde o início até o balanço. Nos termos da
NBC TA 200, o objetivo da auditoria é:
(A) levantar informações suficientes e adequadas que permitam comparar
as metas fixadas com os resultados alcançados.
(B) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informações de
interesse da instituição auditada sejam divulgados.
(C) aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte
dos usuários.
(D) estabelecer metodologia para ação integrada de todos os setores da
instituição auditada.
(E) apurar e consolidar irregularidades contábeis em relatório para
subsidiar eventual investigação de ilícitos administrativos e penais.

Comentários:
Segundo o item 3 da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar
o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Resposta: C

6 - (FCC / TRF 2ª Região / 2012) – O auditor independente ou


externo:
A) tem como objetivo principal a prevenção e a detecção de falhas no
sistema de controle interno da entidade.
B) deve produzir relatórios que visam atender, em linhas gerais, a alta
administração da entidade ou diretorias e gerências.
C) tem que fazer análise com alto nível de detalhes, independentemente
da relação custo-benefício, para minimizar o risco de detecção.
D) deve produzir um relatório ou parecer sobre as demonstrações contábeis
da entidade auditada.
E) tem menor grau de independência em relação à entidade auditada do
que o auditor interno.

Comentários:
A letra A está errada, pois o objetivo principal do auditor
independente é emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Em relação à alternativa B, trata-se de auditoria interna e não
externa.
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A letra C também está incorreta, pois o custo-benefício deve ser
levado em conta em qualquer tipo de auditoria.
Por fim, foi visto que quem tem menor grau de independência é a
auditoria interna e não a externa. Portanto, a alternativa E está errada.
Resposta: D

7 - (FCC/TRT-24/2011) - Ao conduzir uma auditoria de


demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter
segurança:
A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.
B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
parecer financeiro.
C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.
D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de
parecer financeiro consolidado do auditor independente.

Comentários:
De acordo a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de demonstrações
contábeis, um dos objetivos gerais do auditor é:
[...] obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro,
possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.

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Assim, a única alternativa que atende ao pedido é a de letra A. As
alternativas C e D falam de segurança total, que não se aplica. As letras B
e E falam de distorção irrelevante, quando o correto seria relevantes.
Resposta: A

8 - (FGV/ISS-Recife/2014) - O auditor, ao expressar opinião de que


as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte
dos usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.

Comentários:
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Resposta: D

9 - (CESGRANRIO/LIQUIGÁS-Auditor/2012) - São objetivos gerais


do auditor, ao conduzir a auditoria das demonstrações contábeis,
A) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que o
auditor expresse sua opinião sobre a elaboração dessas demonstrações
consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável.
B) rastrear fraudes e identificar se a aplicação dos recursos financeiros da
empresa está de acordo com as normas impostas pelos órgãos de
fiscalização e regulamentação.
C) apresentar relatório sobre a administração e comunicar-se conforme
exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
D) identificar se a empresa apresenta informações nas demonstrações
contábeis de acordo com as normas impostas pelo Ministério Público.
E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variações conforme
estipulado no planejamento estratégico da empresa.

Comentários:
Questão praticamente literal, em que a opção correta é a letra A.
Não é um objetivo geral do auditor independente rastrear fraudes,
nem apresentar relatório sobre a administração. Além disso, não é o

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Ministério Público que impõe normas acerca das demonstrações contábeis,
mas sim leis, normas emitidas pelo CFC, CVM, etc.
Por fim, não é objetivo do auditor independente verificar variações
no planejamento estratégico da empresa.
Resposta: A

2. Auditoria Interna X Auditoria Externa

2.1 Conceitos

Já vimos que a Auditoria surgiu pela necessidade de formação de opinião


independente quanto à forma pela qual determinado patrimônio estava
sendo gerenciado.

Pois bem. Essa opinião pode vir de dentro da própria empresa, desde que
independente, ou de fora da mesma, por profissionais que não fazem parte
da organização.

Assim, podemos definir Auditoria Interna como uma atividade de


avaliação independente dentro da empresa, para verificar as
operações e emitir uma opinião sobre elas, sendo considerada como um
serviço prestado à administração.

De acordo com Crepaldi (2012), é executada por profissional ligado à


empresa, ou por uma seção própria para esse fim, sempre em linha de
dependência da direção empresarial.

Vamos ver um exemplo de organograma simplificado de uma empresa.


Observem que a Auditoria Interna está ligada ao Conselho de
Administração, não estando subordinada a nenhuma Diretoria específica e
conforme determina as boas práticas nesse caso.

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Organograma Simplificado

Em relação ao organograma, e antes de continuarmos a falar da Auditoria


Interna, cabe lembrar que Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho de
Administração são os principais Responsáveis pela Governança2 da
empresa.

Essa ligação com a Alta Administração da empresa é que dá a


necessária autonomia aos trabalhos da Auditoria Interna, pois não é
dependente de qualquer setor da entidade.

Nesse ponto, o aluno poderia ter alguma dúvida quanto ao fato de


afirmarmos ser uma opinião independente. Como uma opinião
independente seria emitida por alguém que está em linha de dependência
da direção?

Bom, vamos entender o seguinte: se a Auditoria Interna presta um serviço


à própria administração, com que objetivo o auditor iria “alterar” um
resultado, modificar uma opinião para encobrir um fato? Nenhum, ou vocês
imaginam que o administrador pediria para ser enganado pela Auditoria
Interna?

O fato é que a Auditoria Interna tem como objetivo auxiliar a


administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. A
Auditoria Interna não tem por objetivo principal a identificação de fraudes

2
Responsáveis pela governança são as pessoas ou organizações com responsabilidade pela
supervisão geral da direção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas à responsabilidade
da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de relatórios contábeis. (NBC TA 260)
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e erros, tampouco a punição de gestores que cometam as impropriedades
ou irregularidades.

Ou seja, se a Auditoria Interna não puder emitir uma opinião independente,


autônoma, não cumprirá seu papel na estrutura organizacional. E essa ideia
é muito importante para a prova de vocês.

Se a banca fizer uma comparação entre a independência da auditoria


interna e da auditoria externa, é claro que nós vamos dizer que a
auditoria externa é mais independente que a interna.

Vamos tratar agora de uma norma muito importante quando o assunto é


a Auditoria Interna: a NBC TI 01 – Da Auditoria Interna – aprovada pela
Resolução nº 986/03, do Conselho Federal de Contabilidade, e alterada pela
Resolução CFC n.º 1.329/11.

Com relação ao conceito de Auditoria Interna, a norma estabelece:

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações,


levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados
para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de
controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento
de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos. (Grifei).

Como se vê, o CFC deixa claro que a Auditoria Interna deve avaliar
processos, sistemas e controle, a fim de auxiliar a administração no
cumprimento dos objetivos da entidade. E essa definição é muito
importante!

Quanto à Auditoria Externa, é realizada por auditores que não fazem


parte da estrutura da empresa. É executada por profissional
independente, sem ligação com os quadros da empresa, tendo sua atuação
regulada por contrato de serviços.

Como vimos, seu objetivo é dar credibilidade às demonstrações


contábeis, examinadas dentro dos parâmetros de normas de auditoria e
princípios contábeis. Podemos concluir também que tem como clientes o
público externo à empresa, usuário final dessa informação.

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A Auditoria Externa ou Independente é
realizada por auditores que não fazem
parte da estrutura da empresa. É
executada por profissional independente,
tendo sua atuação regulada por contrato de
serviços.

Seu objetivo é dar credibilidade às


demonstrações contábeis, examinadas
dentro dos parâmetros de normas de
auditoria e princípios contábeis, e tem como
principal cliente o público externo,
usuário final dessa informação.

Para ficar bastante claro, vamos nos colocar na situação do interessado


nessa informação produzida pela Auditoria. Os investidores se
contentariam em receber dados gerenciais da própria empresa, ainda que
da Auditoria Interna, sabendo que seus integrantes fazem parte da folha
de pagamentos da auditada? Lembrem-se do que disse... se for para
comparar, sempre devemos dizer que a Auditoria Interna é menos
independente que a Auditoria Externa.

Assim, a Auditoria Externa cumpre esse objetivo de emitir opinião


sobre as demonstrações contábeis, a fim de permitir a diversos
interessados uma tomada de decisão mais racional sobre os investimentos
feitos na organização.

Pelas normas antigas as demonstrações contábeis deveriam ser elaboradas


conforme os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas
Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica.
Pelas novas normas (NBC TA 200), conforme uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.

Para esclarecer, de acordo com a NBC TA 200, estrutura de relatório


financeiro aplicável é aquela que é aceitável em vista da natureza da
entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida
por lei ou regulamento.

Explicando melhor... É a “regra do jogo” a ser aplicada para aquela


empresa que está elaborando as demonstrações.

2.2 Semelhanças e diferenças entre a Auditoria Interna e Externa

A principal semelhança entre a Auditoria Interna e a Externa está


relacionada aos métodos de trabalho, que, via de regra, são bastante
parecidos, tanto quanto às características desejáveis à pessoa do
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auditor quanto aos aspectos de planejamento, execução e emissão de
relatórios.

Quanto às diferenças, vamos observar o quadro abaixo, retirado da obra


de Crepaldi (2012), sendo que muitas já foram comentadas nesta aula.

Diferenças entre Auditoria Interna e Externa

Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa


Funcionário da
Sujeito Profissional independente
empresa
Exame dos controles Exame das demonstrações
Ação e objetivo
operacionais financeiras
Promover melhorias
Opinar sobre as
Finalidade nos controles
demonstrações financeiras
operacionais
Contém
Relatório principal Relatório
Recomendações
Grau de independência Menos amplo Mais amplo
Interessados no
Empresa Empresa e público em geral
trabalho
Responsabilidade Trabalhista Profissional, civil e criminal
Continuidade do
Contínuo Periódico (pontual)
trabalho
Fonte: Auditoria Contábil – teoria e prática – Crepaldi (2012) - Adaptado

Entendendo esse quadro vocês acertarão boa parte das questões


relacionadas ao tema.

Cabe explicar, em relação ao elemento Relatório Principal, que o auditor


interno emite recomendações à empresa auditada (da qual, como vimos,
faz parte). Já o auditor externo dá um parecer (no sentido de um juízo
técnico). O documento por meio do qual o auditor interno emite suas
recomendações, bem como o auditor independente exprime sua opinião é
chamado, atualmente, de Relatório.

Além disso, deve-se ressaltar que tanto o auditor interno quanto o


externo avaliam os controles internos da empresa. Entretanto, o
auditor externo apenas avalia aqueles controles relacionados com as
demonstrações contábeis, e não para fins de emitir uma opinião sobre
esses controles, mas para melhor auxiliá-lo na definição dos testes a serem
aplicados por ele.

2.3 Funções da Auditoria Interna

Como vimos, o papel da Auditoria Interna é auxiliar a administração da


entidade no cumprimento de seus objetivos. Para tanto, tem exercido
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a importante função de identificar oportunidades e estratégias para
minimizar os riscos inerentes à atividade da organização a qual faz parte.

É elemento chave na avaliação e na sugestão de melhorias nos processos,


sendo eficiente suporte na gestão empresarial.

Outro ponto de destaque na NBC TI 01 é que a norma afirma que “A


Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público,
interno ou externo, e de direito privado”. Dessa forma, deixa claro que
não se limita a discutir conceitos exclusivos do setor privado, incluindo as
pessoas jurídicas de direito público (Ex.: auditoria interna do Banco
Central).

Sobre a finalidade da Auditoria Interna, a NBC TI 01 a coloca da


seguinte forma: “agregar valor ao resultado da organização,
apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da
gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de
soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios”.

Papel da Auditoria Interna:

PROCESSOS

AGREGAR VALOR APERFEIÇOAMENTO GESTÃO

CONTROLES
INTERNOS

Outro ponto que merece destaque quanto às funções da Auditoria Interna


é o relacionado à prevenção de fraudes e erros.

De acordo com a norma, é atribuição da Auditoria Interna assessorar


a administração da entidade nesse sentido, informando-a, sempre por
escrito e de maneira reservada, quaisquer indícios de irregularidades
detectadas no decorrer do trabalho.

A diferença entre fraude e erro é bastante simples: enquanto a fraude


resulta de um ato intencional, o erro é consequência de um ato não
intencional (o famoso “foi sem querer”).

O que mais nos interessa nesse assunto é saber que a prevenção de


fraudes e erros não é atribuição principal, finalidade precípua, objetivo
maior, e outras afirmações desse tipo, da Auditoria Interna. Se a questão
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“falar” que é, podemos considerar ERRADO sem medo, pois a
responsabilidade primária por essa detecção é a própria administração da
entidade. De qualquer forma, para assessorar a administração, a prevenção
de fraudes ou erros acabará fazendo parte dos objetivos da auditoria
interna, não sendo, entretanto, o principal, precípuo, maior, etc.

Devemos ressaltar a cooperação que deve existir entre o auditor interno


e o independente. O auditor interno, quando previamente estabelecido
com a administração da entidade em que atua, e no âmbito de
planejamento conjunto do trabalho a realizar, deve apresentar os seus
papéis de trabalho ao auditor independente e entregar-lhe cópias, quando
este entender necessário.

2.4 Procedimentos (Testes) de Auditoria Interna

Este item será abordado de maneira mais aprofundada na aula que tratará
de forma específica de testes e procedimentos de auditoria.

Tendo em vista limitações diversas, o trabalho de auditoria é


desenvolvido, em regra, por meio da realização de testes de auditoria,
já que não é possível verificar a totalidade dos objetos possíveis.

Por meio dos testes, o auditor é capaz de obter as evidências


indispensáveis à formação de sua opinião. A aplicação dos
procedimentos, como sabemos, precisa estar atrelada ao objetivo que se
quer atingir. Devem, na medida do possível, ser detalhados em tarefas
descritas de forma clara, de modo a não gerar dúvidas ao executor e
esclarecendo os aspectos a serem abordados, bem como expressando as
técnicas a serem utilizadas.

Os testes (procedimentos) da Auditoria Interna constituem exames e


investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos,
que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para
fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da
entidade.

Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de


que os controles internos estabelecidos pela administração estão em
efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos
funcionários e administradores da entidade.

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Cuidado!
Sempre que a questão falar que o objetivo do auditor é avaliar o controle
interno, necessariamente o teste que ele está aplicando é o de
observância.

Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:

a) Inspeção – verificação de registros, documentos e ativos


tangíveis.
Exemplo: inspeção de registros em busca de evidência de
autorização de uma transação.

b) Observação – acompanhamento de processo ou procedimento


quando de sua execução.
Exemplo: observação pelo auditor da contagem do estoque pelos
empregados da entidade ou da execução de atividades de controle.

c) Investigação e confirmação – obtenção de informações


perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e
das operações, dentro ou fora da entidade.
Exemplo: solicitação, a um Banco no qual a empresa tem conta
corrente, de confirmação acerca de saldo em determinada data.

Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à


suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de
informação da entidade.

Por fim, as informações que fundamentam os resultados da Auditoria


Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes,
fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as
conclusões e recomendações à administração da entidade.

2.5 Relatório de Auditoria Interna

Em relação à forma de opinião do auditor interno, o relatório da Auditoria


Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou
a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do
seu conteúdo.

O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o


resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e
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imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões,
recomendações e providências a serem tomadas pela administração da
entidade. Deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:

a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;


b) a metodologia adotada;
c) os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;
d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;
e) a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;
f) os riscos associados aos fatos constatados; e
g) as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos
constatados.

Além disso, a Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de


relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades /
irregularidades / ilegalidades que necessitem providências imediatas da
administração da entidade, e que não possam aguardar o final dos exames.
Nesse aspecto cabe lembrar que o auditor independente não emite relatório
parcial.

Para finalizar, vamos tratar de um tema polêmico.

Vimos que o auditor independente deve ser bacharel em ciências contábeis


com registro no Conselho Regional de Contabilidade - CRC. Mas e o auditor
interno?

Segundo a Resolução CFC nº 560/83, ainda vigente, auditoria interna


também é uma atribuição privativa de contadores.

Entretanto, a norma que trata de auditoria interna (NBC TI 01) passou por
uma alteração em sua redação, deixando claro que deve ser utilizada
apenas para auditoria interna contábil. Isso porque, como já devem
imaginar, o auditor interno pode executar diversos outros tipos de
auditoria, como: operacional, de TI, ambiental, etc.

Dessa forma, vamos entender o seguinte:

A princípio, apenas quando o


auditor interno estiver realizando
auditoria contábil será exigida
a formação em ciências contábeis
e consequente registro no CRC,
ok?

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QUESTÕES COMENTADAS

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de


auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.

10 - (CESPE / ANP / 2013) - O escopo dos trabalhos do auditor


interno deve ser fixado pela gerência, contudo o trabalho do auditor
externo é predefinido no contrato.

Comentários:
O escopo do trabalho do auditor é definido pela própria auditoria
interna, seguindo as diretrizes emanadas pela administração da entidade.
Se a gerência (que é a parte auditada) definisse o escopo a
independência necessária ao trabalho de auditoria seria afetada.
Resposta: E

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de


auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.

11 - (CESPE / ANP / 2013) - Quanto à natureza dos procedimentos


realizados durante a auditoria, o auditor é limitado em sua
investigação pela possibilidade de distorção nas informações
fornecidas pela administração da auditada.

Comentários:
Sempre poderá haver distorções nas informações fornecidas pela
administração da empresa é essa é uma limitação do trabalho de auditoria.
É claro que o auditor deverá diminuir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo, mas este nunca será nulo, razão pela qual a questão
foi considerada correta.
Resposta: C

De acordo com as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria


Interna e com a Resolução CFC n.º 986/2003, julgue os itens que
se seguem.

12 - (CESPE/FUB-DF/2013) - Os auditores internos, apesar de sua


subordinação à administração da empresa e do âmbito de seu
trabalho, devem adotar, entre seus procedimentos, a investigação
e a confirmação, que envolvem pessoas físicas ou jurídicas de
dentro ou de fora da entidade.

Comentários:
O auditor interno, dentre as técnicas que utiliza para coletar
evidências de auditoria, estão a investigação e confirmação que, conforme
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definição da norma de auditoria interna, pode envolver pessoa física ou
jurídica de dentro ou fora da entidade. Isso pode acontecer independente
dessa subordinação existente entre o auditor interno e a alta
administração.
Resposta: C

13 - (CESPE/FUB-DF/2013) - No caso de a auditoria interna


detectar indícios de irregularidades no decorrer de seus trabalhos
e avaliar que a administração da entidade deve adotar providências
imediatas, a auditoria deve fazer a comunicação por escrito, em
caráter reservado.

Comentários:
Questão correta. Essa comunicação deve ser feita por escrito, em
caráter reservado, exatamente como está descrito na questão.
Resposta: C

De acordo com as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria


Interna e com a Resolução CFC n.º 1.229/2009, julgue os itens
seguintes.

14 - (CESPE/FUB-DF/2013) - A auditoria interna, além de suas


funções convencionais, pode ser incumbida de avaliar o processo
de governança, no que diz respeito à realização de seus objetivos
de ética e valores, assim como atuar na identificação e avaliação
das vulnerabilidades relevantes a riscos.

Comentários:
Segundo a NBC TA 610, aprovada pela resolução que consta no caput
da questão, a função de auditoria interna pode avaliar o processo de
governança quanto à realização de seus objetivos de ética e valores,
administração de desempenho e prestação de contas, comunicando
informações sobre risco e controle para as áreas apropriadas da
organização, e da eficácia da comunicação entre as pessoas responsáveis
pela governança, os auditores internos e independentes e a administração.
Portanto, questão praticamente literal.
Resposta: C

15 - (CESPE/AFT/2013) - Um dos requisitos para assegurar a


necessária independência técnica aos auditores internos é a
garantia de que, no planejamento de seu trabalho, eles não serão
influenciados pelas orientações emanadas da administração da
entidade e, eventualmente, por suas expectativas.

Comentários:

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Segundo a NBC TI 01, “o planejamento do trabalho da Auditoria
Interna compreende os exames preliminares das áreas, atividades,
produtos e processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser
realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela
administração da entidade”. (Grifei)
Resposta: E

16 - (CESPE/TCU/2013) - As atribuições dos auditores internos e


externos diferem, pois, no primeiro caso, estão fixadas no contrato
de trabalho, como empregado da empresa, e, no segundo, no
contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa.
O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista;
o externo, responsabilidade profissional, civil e criminal.

Comentários:
Realmente, o auditor interno é um empregado da empresa ou um
servidor do órgão/entidade e, de maneira geral, sua responsabilidade é
primordialmente trabalhista. Já o auditor independente é um terceiro que
presta serviço profissional e qualificado para a empresa auditada e, dessa
forma, está sujeito não apenas à responsabilidade profissional como civil e
criminal.
Resposta: C

17 - (CESPE/BACEN/2013) - Ao suspeitar da ocorrência de fraude


na entidade sob seu controle, o auditor interno deve levar o fato ao
conhecimento da administração da entidade, realizando essa
comunicação em conversa reservada.

Comentários:
Segundo a NBC TI 01, a Auditoria Interna “deve assessorar a
administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros,
obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada,
sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no
decorrer de seu trabalho.” (Grifei).
Dessa forma, a questão está errada, pois a comunicação de suspeita
de fraude não deve ser por meio de uma conversa e sim por escrito.
Resposta: E

18 - (CESPE/BACEN/2013) - Os auditores internos de determinada


entidade desobrigam-se de prestar ajuda ou assessoramento a
equipe de auditoria independente contratada para examinar as
demonstrações contábeis da referida entidade.

Comentários:
Segundo a NBC PI 01, vigente à época, “o auditor interno, quando
previamente estabelecido com a administração da entidade em que atua,
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e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar, deve
apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente e entregar-
lhe cópias, quando este entender necessário”.
Dessa forma, apenas se a administração da entidade entender que
ele deve prestar ajuda, seja no fornecimento dos seus papéis de trabalho,
seja de alguma outra forma, o auditor interno estará obrigado a esse
assessoramento. Portanto, de maneira geral, ele não é obrigado a prestar
ajuda.
Resposta: C

19 - (ESAF / ISS-RJ / 2010) - A respeito dos objetivos da auditoria


interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:
A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no
cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é
a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas
utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar
os lançamentos e demonstrações contábeis.
C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da
avaliação é sempre a contabilidade.
D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da
entidade, enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a
respeito das demonstrações contábeis.
E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as
falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria
externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

Comentários:
Pessoal, essa é uma típica questão de prova, quando o assunto é a
diferenciação entre auditoria interna e externa. Para respondê-la não era
necessário um conhecimento mais profundo das principais diferenças entre
esses dois tipos de auditoria, mas apenas o entendimento dos seus
objetivos.
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Já a auditoria interna (NBC TI 01) compreende os exames, análises,
avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente
estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia,
eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e
de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de
riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos.
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Portanto, pessoal, a partir de agora não dá pra errar!

Auditoria Interna • Assessora a administração

• Opina sobre as demonstrações


Auditoria Externa
contábeis

Dessa forma, a única alternativa que demonstra da forma correta e


completa os principais objetivos dessas duas auditorias é a letra “a”,
ressalvando, apenas, que o produto final do auditor independente agora é
chamado de Relatório e não mais de Parecer.
A alternativa “b” está errada, pois a auditoria externa não revisa os
lançamentos das demonstrações contábeis, apenas emite uma opinião e a
auditoria interna tem uma função muito mais ampla do que avaliar as
técnicas utilizadas pela contabilidade.
A letra “c” está incorreta, pois os objetivos desses dois tipos de
auditoria são bem distintos.
A auditoria interna não cuida apenas dos aspectos financeiros da
entidade, conforme verificamos a partir de sua definição. Portanto, a letra
“d” também está errada.
Por fim, a letra “e” está incorreta, pois o responsável primário pela
prevenção e detecção de erros, falhas e fraudes é a própria administração
e não a auditoria interna. Dessa forma, seu objetivo não é emitir um
relatório apontando as falhas e deficiências e sim emitir um relatório
avaliando os processos administrativos e operacionais da empresa, que
podem ou não apresentar erros.
Resposta: A

20 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - Com relação aos relatórios


de auditoria interna, pode-se afirmar que:
A) podem considerar posições de interesse da administração e dos
gestores, sendo conduzidos aos interesses desses.
B) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa, sem
restrição.
C) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a
serem levantados pela auditoria externa.
D) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando
houver irregularidades que requeiram ações imediatas.
E) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem
informações completas.

Comentários:

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Segundo o item 12.3 da NBC TI 01, o relatório é “o documento pelo
qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo
ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar,
claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem
tomadas pela administração da entidade.” (Grifei). Dessa forma, a
alternativa “a” está errada, pois o auditor interno deve ser imparcial em
seu trabalho.
A mesma norma determina que “o relatório da Auditoria Interna deve
ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este
autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo”,
devendo, portanto, a letra “b” ser considerada incorreta.
Por fim, a norma supracitada indica que “a Auditoria Interna deve
avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de
constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem
providências imediatas da administração da entidade, e que não possam
aguardar o final dos exames.” Deste modo, a alternativa “c” e “e” estão
erradas e a letra “d” corresponde exatamente à oportunidade em que deve
ser emitido o relatório parcial.
Resposta: D

21 - (ESAF / ANA / 2009) - Entre as Normas Brasileiras de


Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos
da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar:
A) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e
imparcialidade.
B) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de
transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e
demonstrações contábeis.
C) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve
se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis.
D) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção,
desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros
e demonstrações contábeis.
E) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na auditoria
interna.

Comentários:
O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o
resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e
imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões,
recomendações e providências a serem tomadas pela administração da
entidade. Portanto, o gabarito da questão é a letra “a”.
A letra “b” e “d” apresentaram as definições de erro e fraude de forma
inversa. Assim, para torná-las corretas basta substituir a palavra erro por
fraude na letra “b” e fraude por erro na letra “d”.

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A letra “c” está incorreta, pois o foco do auditor interno não é a
análise das demonstrações contábeis, mas a avaliação do controle interno,
processos, sistemas, etc. da entidade. Portanto, irá se valer de toda a
documentação utilizada para analisar esses itens para dar suporte aos
resultados do seu trabalho.
Por fim, a letra “e” está completamente errada, pois, assim como o
auditor externo, o auditor interno pode utilizar tanto a amostragem
estatística quanto a não estatística.
Resposta: A

22 - (ESAF/TCU-ACE/2006) - Em relação à auditoria interna pode-


se afirmar que:
A) com relação às pessoas jurídicas de direito público não é sua atribuição
avaliar a economicidade dos processos, visto que o objetivo do governo é
de controle, independente do valor.
B) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir as normas por
ela criadas em sua plenitude.
C) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião ou sugestões para
que sejam feitas as correções ou melhorias necessárias.
D) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que sempre que tiver
quaisquer indícios ou constatações deverá informar a administração, de
forma reservada e por escrito.
E) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações
realizadas, sem ter como objetivo assistir à administração da entidade no
cumprimento de suas atribuições.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a NBC TI 01 afirma que a Auditoria
Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou
externo, e de direito privado, deixando claro que não se limita a discutir
conceitos exclusivos do setor privado, mas inclui as pessoas jurídicas de
direito público, não fazendo exclusão da análise da economicidade em
relação ao setor público.
A alternativa B está incorreta, pois aperfeiçoar, implantar e fazer
cumprir as normas internas da empresa é atribuição da administração.
A alternativa C está incorreta, pois, dentro de sua finalidade de
auxiliar a administração no cumprimento de seus objetivos, a auditoria
interna deve emitir opinião ou sugestões para que sejam feitas as correções
ou melhorias necessárias ao desempenho da administração.
A alternativa D está correta, pois um ponto que merece destaque
quanto às funções da Auditoria Interna é o relacionado à prevenção de
fraudes e erros. De acordo com a NBC TI 01, é atribuição da Auditoria
Interna assessorar a administração da entidade nesse sentido, informando-
a, sempre por escrito e de maneira reservada, quaisquer indícios de
irregularidades detectadas no decorrer do trabalho. O que mais nos

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interessa nesse assunto é saber que a prevenção de fraudes e erros não é
atribuição principal da Auditoria Interna.
A alternativa E está incorreta, pois é um objetivo da auditoria interna
assistir à administração da entidade no cumprimento de suas atribuições.
Resposta: D

23 - (FCC/TCE-GO/2014) - O relatório é o documento pelo qual a


Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos. Nos
termos da NBC TI 01, entre os itens que devem ser abordados no
relatório, estão:
I. os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão.
II. os responsáveis por eventuais prejuízos causados à entidade.
III. a capacidade financeira da entidade para honrar seus compromissos.
IV. o objetivo e a extensão dos trabalhos.
V. os riscos associados aos fatos constatados.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I, III e IV.
(B) I, IV e V.
(C) IV e V.
(D) I, III e V.
(E) III e IV.

Comentários:
Segundo a NBC TI 01, no relatório de auditoria interna deve constar,
no mínimo, os seguintes aspectos (grifei):
a) o objetivo e a extensão dos trabalhos;
b) a metodologia adotada;
c) os principais procedimentos de auditoria aplicados
e sua extensão;
d) eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de
auditoria;
e) a descrição dos fatos constatados e as evidências
encontradas;
f) os riscos associados aos fatos constatados; e
g) as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos
constatados.
Portanto, questão literal.
Resposta: B

24 - (FCC/SEFAZ-PE/2014) - Agregar valor ao resultado da


organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos
processos, da gestão e dos controles internos, por meio da
recomendação de soluções para as não conformidades apontadas
nos relatórios, é finalidade, decorrente da atividade:
(A) do conselho fiscal.
(B) da auditoria externa.
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(C) do conselho de administração.
(D) do controle interno.
(E) da auditoria interna

Comentários:
A questão cobrou o conhecimento da definição de Auditoria Interna.
Segundo a NBC TI 01, a atividade da Auditoria Interna “está
estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo, sistemático
e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da
organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos
processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação
de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios”.
Resposta: E

25 - (FCC/TCE-RS/2014) - A atividade que compreende os exames,


análises, avaliações, levantamentos e comprovações,
metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos
sistemas de informações e de controles internos integrados ao
ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir a
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos,
forma o conceito de auditoria:
(A) ambiental.
(B) interna.
(C) contábil.
(D) de gestão.
(E) de programa.

Comentários:
Segundo o item 12.1.1.3 da NBC TI 01, a Auditoria Interna
compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos
processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados
ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
Resposta: B

26 - (FCC/TRT-13ªRegião/2014) - O relatório é o documento pelo


qual a auditoria interna apresenta o resultado dos seus trabalhos.
É norma atinente ao relatório que:
(A) seja apresentado somente àquele que solicitou.
(B) seja confidencial quanto à autoria, mas não em relação ao conteúdo.
(C) seja minucioso e imparcial.
(D) contenha eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de
auditoria.
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(E) contenha apenas a conclusão, devendo as recomendações serem feitas
em separado.

Comentários:
O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o
resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade (erro
da letra C) e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas
conclusões, recomendações e providências (erro da letra E) a serem
tomadas pela administração da entidade.
Além disso, o relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a
quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar (erro da letra
A), devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo (erro
da letra B).
Resposta: D

27 - (FCC/TCE-PI/2014) - A auditoria interna:


A) é exercida por profissional independente.
B) é realizada de forma periódica.
C) emite Parecer.
D) opina sobre as demonstrações Contábeis.
E) emite recomendações a entidade auditada.

Comentários:
As letras A, B e D tratam de atributos da auditoria independente.
A letra C também está errada, já que o documento emitido pelo
Auditor Interno chama Relatório (não é Parecer).
De qualquer forma, o gabarito é mesmo a letra E, já que
recomendações à entidade auditada no relatório de auditoria é uma
característica do auditor interno.
Resposta: E

28 - (FCC / TRF-3ª Região / 2014) - Nos termos da Resolução CFC


986/03, a auditoria interna é exercida nas pessoas jurídicas de
direito público, interno e externo, e de direito privado. É regra
atinente à auditoria interna que:
A) devem ser obtidas e avaliadas informações consideradas adequadas,
que são aquelas convincentes e factuais, de tal forma que uma pessoa
prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor
interno.
B) o relatório é o documento pelo qual a auditoria interna apresenta o
resultado dos seus trabalhos, não podendo ser parcial.
C) deve assessorar a administração da entidade no trabalho da prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, ainda que verbalmente e de
maneira reservada, sobre quaisquer indicações de irregularidades.

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D) a obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro e fora da entidade,
é denominada investigação e confirmação.
E) a verificação de registros, documentos e atos tangíveis é procedimento
denominado observação.

Comentários:
Vamos aos erros.
A - A informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a
melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de
Auditoria Interna. A definição constante nessa letra é de informação
suficiente. Mas não se preocupem, esse tema é assunto de outra aula.
B - A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de
relatório parcial, na hipótese de constatar
impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências
imediatas da administração da entidade, e que não possam aguardar o final
dos exames.
C - A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade
no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la,
sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou
confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
D – Gabarito da questão, retirado de forma literal do item 12.2.3.2
da norma.
E – Essa definição é de Inspeção. Observação é o acompanhamento
de processo ou procedimento quando de sua execução.
Resposta: D

29 - (FCC / TRF-3ª Região / 2014) - Os procedimentos de auditoria


interna constituem exames e investigações que permitem ao
auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas
conclusões e recomendações à administração da entidade. Para
tanto, pode aplicar testes que visam tanto a obtenção de razoável
segurança de que os controles internos estabelecidos pela
administração estão em efetivo funcionamento, como a obtenção
de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelo sistema de informação da entidade. Esses testes
são denominados, respectivamente,
A) substantivo e de observância.
B) de observância e vistoria.
C) vistoria e substantivo.
D) substantivo e vistoria.
E) de observância e substantivo.

Comentários:
Segundo a NBC TI 01, os testes de observância visam à obtenção
de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela
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administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Já os
testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da
entidade.
Resposta: E

30 - (FCC/TRT 12ª/2013) - Nos termos da Resolução CFC no


986/03, que trata das normas brasileiras de contabilidade
relacionadas à auditoria interna,
A) a análise dos riscos de auditoria interna deve ser feita após a emissão
do relatório final e serve como retorno de informações para inspeções
futuras.
B) as análises que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações
da entidade são chamadas de testes de observância.
C) o relatório de auditoria interna deve abordar, dentre outros pontos, a
metodologia adotada e as limitações ao alcance dos procedimentos de
auditoria.
D) em razão dos princípios do sigilo, ética e zelo profissional, não cabe a
emissão de relatório parcial de auditoria.
E) a auditoria de processamento eletrônico de dados é feita
independentemente de existir na equipe de auditoria interna profissional
com conhecimentos relativos à tecnologia da informação.

Comentários:
A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de
planejamento dos trabalhos e esses riscos estão relacionados à
possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos
trabalhos. Dessa forma, a letra A está errada.
Já a letra B está incorreta, pois a definição apresentada se refere aos
testes substantivos e não de observância.
A letra C é o gabarito da questão, já que esses são alguns pontos que
devem ser abordados no relatório final de auditoria interna.
A letra D também está errada, pois uma das características da
auditoria interna é a possibilidade de se emitir um relatório parcial quando
constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem
providências imediatas da administração da entidade, e que não possam
aguardar o final dos exames
Por fim, a letra E está incorreta, pois se o auditor não tem
conhecimentos em TI não tem como ele realizar uma auditoria desse tipo,
já que um dos princípios éticos é a necessidade de competência
profissional.
Resposta: C

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31 - (FCC/DPE SP/2013) - A auditoria interna deve estar vinculada
aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade com vistas a:
A) atuar estritamente como órgão fiscalizador.
B) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis para os usuários
externos.
C) garantir autonomia e independência.
D) punir os responsáveis por erros nas demonstrações contábeis.
E) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenção.

Comentários:
O principal objetivo dessa vinculação (geralmente ao Conselho de
Administração) é garantir a autonomia e independência necessárias para
realização dos trabalhos de auditoria interna.
A auditoria interna não tem apenas função fiscalizadora, mas também
de assessoramento (letra A). Além disso, não emite parecer sobre as
demonstrações contábeis (letra B). Por fim, não tem função punitiva (letras
D e E).
Resposta: C

32 - (FCC / ISS-SP / 2012) - NÃO é uma atividade da função da


auditoria interna:
A) a avaliação do processo de governança.
B) a gestão de risco.
C) o monitoramento do controle interno.
D) o exame das informações contábeis e operacionais.
E) a aprovação do relatório de auditoria externa.

Comentários:
A letra E, gabarito da questão, não faz sentido. Vejamos. Se a
auditoria externa é contratada para emitir uma opinião independente
acerca das demonstrações contábeis, não faria sentido em ter que passar
por alguma aprovação da empresa auditada, seja da auditoria interna, seja
de qualquer setor da administração.
As outras quatro alternativas se encaixam perfeitamente no que foi
visto como funções de auditoria interna, na parte teórica desta aula, e
foram retiradas de forma literal da NBC TA 610.
Resposta: E

33 - (FCC / TCE-SP / 2012) – Em relação às diferenças entre a


auditoria interna e externa das demonstrações contábeis, é correto
afirmar:
A) A auditoria externa é de competência exclusiva de contador registrado
no Conselho Federal de Contabilidade, enquanto a auditoria interna pode
ser realizada por um funcionário qualificado que receba treinamento
adequado para tal fim.

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B) O grau de autonomia do auditor interno é maior que o do auditor externo
independente, em virtude de se reportar diretamente à controladoria da
entidade.
C) O auditor externo executa as auditorias operacional e contábil e o auditor
interno, apenas a contábil.
D) O auditor externo é responsável pelo exame e avaliação do controle
interno da entidade, cabendo ao auditor interno apenas implementar as
modificações julgadas necessárias pelo auditor externo para o seu correto
funcionamento.
E) Regra geral, os relatórios do auditor interno são de uso exclusivo da
administração da entidade, enquanto os elaborados pelo auditor
independente são destinados também aos usuários externos da informação
contábil.

Comentários:
A letra A está incorreta, pois o registro do contador é no Conselho
REGIONAL de Contabilidade e não no FEDERAL. Cuidado com essas
pegadinhas. Caso não tivesse esse erro, a segunda parte da questão dá
margem para questionamentos, já que, a princípio, o auditor interno só
precisa ser contador se estiver realizando auditoria contábil.
A alternativa B também está errada, pois o grau de autonomia do
auditor interno é menor do que a do auditor externo. Além disso, a
auditoria interna deve estar ligada à alta administração e não à
controladoria.
Conforme visto no quadro comparativo, o auditor externo executa
auditoria contábil e o auditor interno, contábil e operacional, dentre outras.
Embora o auditor externo faça avaliação do controle interno para
definir o volume de seus procedimentos substantivos, é o auditor interno
que tem essa responsabilidade. Além disso, quem implementa as
recomendações feitas pelo auditor interno é a própria empresa.
Resposta: E

34 - (FCC / TRE-CE / 2012) – É correto afirmar com relação aos


objetivos da auditoria interna que:
A) os objetivos não variam e independente do tamanho da empresa ou do
quadro funcional devem cobrir totalmente as atividades.
B) é totalmente responsável pela gestão de riscos, garantindo à gestão e
governança da empresa a mitigação ou eliminação dos mesmos.
C) está subordinada aos órgãos de governança da empresa, sendo limitada
sobre a possibilidade de avaliar as questões de ordem ética, valores e
cumprimento de suas funções.
D) ela pode ser responsável por revisar a economia, eficiência e eficácia
das atividades operacionais, incluindo as atividades não financeiras de uma
entidade.

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E) suas atribuições com relação ao cumprimento de leis e normas limitam-
se a aquelas pertinentes à área contábil e financeira, ficando as demais
normas e leis sob responsabilidade das áreas específicas.

Comentários:
A capacidade operacional de trabalho da auditoria interna irá
depender do seu quadro funcional, portanto, a letra A está incorreta.
O responsável primário pela gestão de riscos é o próprio gestor. Cabe
ao auditor interno avaliar essa gestão. Por isso a alternativa B está errada.
A letra C está incorreta, pois o auditor interno pode avaliar as
questões de ordem ética, valores e cumprimento de suas funções,
independentemente de estar ligado à alta administração.
Por fim, a letra E também está errada, pois vimos que, além de
auditoria contábil o auditor interno também realiza auditorias operacionais,
dentre outras.
Resposta: D

35 - (FCC / SEFAZ-SP / 2009) - O trabalho da auditoria interna:


A) tem maior independência que o de auditoria externa.
B) é responsável pela implantação e pelo cumprimento dos controles
internos.
C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
D) deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações
contábeis.
E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

Comentários:
A Fundação Carlos Chagas procurou verificar o conhecimento do
candidato acerca da auditoria interna, mas também das diferenças entre
esta e a auditoria independente.
A letra “a” está incorreta, pois ambas têm independência, embora a
da auditoria independente seja considerada maior por não ter vínculo
empregatício com a entidade auditada.
A alternativa “b” também está errada, já que a implantação e
cumprimento dos controles internos são de responsabilidade da própria
administração e não da auditoria interna.
A letra “c” é falsa porque a auditoria interna deve estar ligada
diretamente à mais alta administração da entidade e não à Controladoria,
para que não haja nenhuma influência nos resultados dos trabalhos de
auditoria interna.
Quem deve emitir Parecer (atualmente, Relatório de Auditoria
Independente) é o auditor independente e não o auditor interno. Dessa
forma, a alternativa “d” está incorreta.
Por fim, a letra “e” é a resposta certa, já que é responsabilidade do
auditor interno a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos por
meio das recomendações contidas no relatório do auditor interno.
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Resposta: E

36 - (FCC / APOFP-SP / 2010) - As auditorias internas e externas


atuam em diferentes graus de profundidade e de extensão nas
tarefas de auditoria. Embora exista uma conexão nos trabalhos de
ambas, é função da auditoria externa:
A) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de
administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
B) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca
da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
C) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa,
concluindo as tarefas com a elaboração de relatórios.
D) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos
trabalhos, com grau de independência limitado.
E) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os
ajustes necessários.

Comentários:
Novamente, exige-se do “concurseiro” a distinção entre auditoria
interna e externa. Os procedimentos apresentados nas alternativas “a”, “c”,
“d” e “e” referem-se a funções da auditoria interna. A única opção que
aborda procedimentos adotados pelos auditores externos é a letra “b”, já
que o objetivo destes auditores é expressar opinião sobre a fidedignidade
das demonstrações contábeis.
Cabe ressaltar que a FCC traz, na letra “d”, o termo independência
limitada. Algumas bancas consideram a auditoria interna menos
independente que a externa, outras tratam essa independência como
limitada, e há também aquelas que preferem utilizar o termo autonomia e
não independência, quando se referem à auditoria interna. Portanto,
atenção na forma de cobrança pelas diversas bancas!
Resposta: B

37 - (FGV/ISS-Cuiabá/2014) - Sobre a auditoria interna, de acordo


com a NBC TI 01 – da Auditoria Interna, assinale a afirmativa
incorreta.
(A) Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho elaborados em
meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma
sistemática e racional.
(B) Deve incluir testes de observância e testes substantivos, que permitam
ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas
conclusões e recomendações para a administração da entidade.
(C) Deve empregar recursos tecnológicos de processamento de
informações, o que requer profissionais com conhecimentos suficientes
para implementar os procedimentos, ou orientar, supervisionar e revisar os
trabalhos de especialistas.

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(D) Deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese
de constatar impropriedades, irregularidades ou ilegalidades que exijam
providências imediatas da administração da entidade e que não possam
aguardar o final dos exames.
(E) Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a divulgar para os funcionários da
empresa, por meio eletrônico, quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

Comentários:
Segundo a NBC TI 01, a Auditoria Interna deve assessorar a
administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros,
obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada,
sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no
decorrer de seu trabalho.
Resposta: E

38 - (FGV/DPE-RJ/2014) - Sobre o relacionamento profissional do


auditor interno com profissionais de outras áreas, é correto afirmar
que:
A) o auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com
profissionais de outras áreas, situação em que a equipe fará a divisão de
tarefas, segundo a habilitação técnica e legal dos seus participantes.
B) o auditor interno sempre deve realizar trabalhos com equipes distintas,
de forma a ampliar ao máximo o escopo dos trabalhos e assim diminuir a
possibilidade de fraudes.
C) o auditor interno em nenhuma hipótese pode se envolver em trabalhos
conjuntos com outras equipes e áreas, pois deve resguardar as técnicas e
procedimentos dos trabalhos de forma a manter os testes realizados
eficazes contra fraudes.
D) todos os trabalhos da auditoria interna elaborados com outras áreas
devem ser obrigatoriamente coordenados pelos auditores internos e o
relatório final deve ficar restrito à área de auditoria interna e ao Conselho
de Administração da entidade.
E) os auditores só realizam trabalhos conjuntos com outras áreas quando
são convidados e sob orientação do Comitê de Auditoria.

Comentários:
Vamos aos erros!
B – A realização de trabalhos com equipes distintas, além de não ser
obrigatória, não indica necessariamente uma ampliação no escopo dos
trabalhos nem diminui a possibilidade de fraudes.
C – Conforme visto na letra A, gabarito da questão, ele pode sim
trabalhar em conjunto com outras equipes.
D – O relatório final também é enviado à área auditada, para as
medidas corretivas cabíveis.
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E – Não. Pode partir de iniciativa da própria auditoria interna.
Resposta: A

39 - (FGV/SUDENE/2013) - Quanto à auditoria, analise as


afirmativas a seguir.
I. A auditoria interna apresenta, como um de seus objetivos, avaliar a
necessidade de novas normas internas ou de modificação das já existentes.
II. O controle interno não apresenta limitações ou restrições para a
execução de suas atividades por fazer parte do corpo funcional do próprio
órgão controlado.
III. Mesmo que a entidade tenha um excelente controle interno, o auditor
independente deve executar procedimentos mínimos de auditoria.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:
O item II está errado, pois há limitações no controle interno, uma vez
que é implementado e executado por pessoas. Dessa forma, qualquer
questão que disser que os controles internos são infalíveis ou algo parecido
estará incorreta. Os controles, por melhores que sejam, só fornecem
segurança razoável.
Resposta: C

40 - (FGV / TCE-BA / 2013) - A finalidade de comunicar o risco e o


controle para as áreas apropriadas da organização à alta
administração, examinando, avaliando e monitorando a adequação
e efetividade do controle interno de forma contínua e com maior
volume de testes, é competência da:
(A) Auditoria Independente.
(B) Auditoria Interna.
(C) Auditoria Operacional.
(D) Auditoria Contábil.
(E) Auditoria de Gestão.

Comentários:
Algumas palavras no caput da questão já nos dão a ideia de que
estamos falando de auditoria interna, tais como: avaliando a efetividade do
controle interno; forma contínua; maior volume de testes.
Resposta: B

41 - (FGV / INEA-RJ / 2013) - Assinale a alternativa que indica uma


característica da auditoria interna de uma organização.
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(A) Mostra maior grau de independência funcional sobre as atividades
operacionais.
(B) Emite um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis
auditadas.
(C) Atende exclusivamente às normas de contabilidade em vigor.
(D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias
operacional e contábil.
(E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrações contábeis.

Comentários:
Em questões desse tipo, embora a banca não deixe claro, haverá
sempre uma comparação entre auditoria interna e externa. Nesse sentido,
vamos aos comentários:
A – O auditor interno tem grau de independência funcional menor do
que o auditor independente, já que é um funcionário da empresa.
B – Esse é o auditor independente.
C – O auditor interno faz diversos outros trabalhos, não apenas
auditoria contábil, razão pela qual deve atender a diversas outras normas.
D – Essas são as duas principais áreas auditadas pelo auditor interno,
o que faz com que a alternativa esteja correta.
E – Distorções relevantes são objeto de verificação do auditor
independente.
Resposta: D

42 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – De acordo com


a Resolução CFC n.º 1229/09, as atividades inerentes a auditoria
interna estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de
uma. Assinale-a.
A) Revisão da conformidade com leis e regulamentos.
B) Monitoramento da auditoria externa.
C) Exame das informações contábeis e operacionais.
D) Revisão das atividades operacionais.
E) Gestão de risco.

Comentários:
Nesta questão a FGV cobrou, explicitamente, a NBC TA 610, que trata
da utilização do trabalho de auditoria interna. Segundo o item A3 dessa
norma, as atividades da função de auditoria interna podem incluir um ou
mais dos itens a seguir:
 Monitoramento do controle interno.
 Exame das informações contábeis e operacionais.
 Revisão das atividades operacionais.
 Revisão da conformidade com leis e regulamentos.
 Gestão de risco.
 Governança.

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Desse modo, a única opção que não é considerada uma atividade
inerente à auditoria interna é a letra “b”, já que o monitoramento que é
realizado pelo auditor interno é o do controle interno e não da auditoria
externa.
Resposta: B

43 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – Com relação à


Resolução 986/03, que estabelece os procedimentos relacionados
à Auditoria Interna, analise as afirmativas a seguir.
I. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,
apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão
e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as
não-conformidades apontadas nos relatórios.
II. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em
meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma
sistemática e racional.
III. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de
maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
Assinale:
A) se somente a afirmativa II estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:
Os itens desta questão foram retirados na íntegra da NBC TI 01.
O item I está exatamente como descrito no item 12.1.1.4 da norma,
que estabelece que a auditoria interna “tem por finalidade agregar valor
ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por
meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas
nos relatórios”.
O item II foi retirado do item 12.1.2.1: “A Auditoria Interna deve ser
documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio
físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma
sistemática e racional”.
Por fim, o item III foi transcrito do item 12.1.3.1, que determina que
a auditoria interna “deve assessorar a administração da entidade no
trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la,
sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou
confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho”.
Resposta: E

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44 - (FGV / SEAD-AP / 2011) - A norma brasileira de contabilidade
relativa à auditoria interna (NBC T 12) estabelece que a atividade
da Auditoria Interna deve estar estruturada em procedimentos
técnicos, objetivos, sistemáticos e disciplinados, com a finalidade
de:
(A) avaliar a fidelidade funcional de todos quantos tenham sob sua
responsabilidade a guarda e gerenciamento de bens, créditos e valores da
empresa, seguindo as orientações dos órgãos governamentais
responsáveis pela fiscalização de operações financeiras.
(B) agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para
o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por
meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas
nos relatórios.
(C) verificar as conformidades das operações da empresa em relação aos
manuais de procedimentos externos das agências públicas reguladoras das
atividades empresariais.
(D) avaliar a gestão administrativa sob os aspectos da qualidade das ações
da empresa em relação ao mercado para confirmar a efetividade das
práticas adotadas.
(E) resguardar a administração quanto às práticas lesivas adotadas pelas
empresas concorrentes e denunciar os abusos verificados nos processos da
gestão.

Comentários:
A norma em vigor é a NBC TI 01, que estabelece que a atividade da
Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque
técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar
valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o
aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos,
por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades
apontadas nos relatórios.
Dessa forma, questão literal.
Resposta: B

45 - (FGV / MPE-MS / 2013) - O auditor, ao verificar se as normas


internas estão sendo corretamente seguidas pelos colaboradores
da empresa, está realizando um dos objetivos da auditoria:
(A) interna.
(B) externa.
(C) operacional.
(D) independente.
(E) de gestão.

Comentários:
É a auditoria interna que tem essa preocupação e competência, de
verificar se há normas suficientes na empresa para o atingimento dos seus
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objetivos estratégicos, táticos e operacionais, bem como se essas normas
estão sendo aplicadas.
Resposta: A

46 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - Com a crescente


expansão dos negócios, as administrações das empresas
instituíram o órgão de auditoria interna, que, em muitos ramos,
tornou-se um setor obrigatório por força de lei. A auditoria interna
auxilia a organização a alcançar seus objetivos, adotando uma
abordagem sistemática para a:
A) avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de
riscos, de controle e governança corporativa.
B) avaliação dos índices de liquidez e financeiros a fim de assegurar a boa
saúde financeira da empresa.
C) elaboração do mapeamento organizacional por meio de entrevistas com
todos os funcionários.
D) emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis e publicação em
jornal de grande circulação.
E) revisão das contas contábeis para elaboração do balanço.

Comentários:
Conforme visto anteriormente, segundo a NBC TI 01 a auditoria
interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da
integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos
processos, dos sistemas de informações e de controles internos
integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos. (Grifei)
Dessa forma, a letra “a” aborda exatamente as características da
auditoria interna. As alternativas “b”, “c” e “e” apresentam procedimentos
que são de responsabilidade da própria administração e não do auditor
interno. Já a emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis é de
responsabilidade do auditor independente. Cabe ressaltar, mais uma vez,
que a CESGRANRIO continua adotando, a nomenclatura Parecer, apesar de
esse termo já ter sido substituído, desde 2009, quando da edição da NBC
TA 700, pelo Relatório do Auditor Independente. Portanto, atenção!
Resposta: A

47 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - O gerenciamento de


riscos dentro da empresa é uma atividade fundamental que servirá
de apoio para diversas outras atividades, como planejamento
estratégico, auditoria interna, etc. Nesse contexto, durante uma
auditoria, o auditor interno deve:
A) preparar toda a estrutura da gestão de riscos, realizando o mapeamento
de todas as atividades chaves relacionadas ao processo auditado.
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B) justificar à alta administração da empresa os pontos levantados em
consequência de falhas na gestão de riscos dos processos auditados.
C) identificar o tipo de risco associado aos processos auditados, verificando
se estão classificados adequadamente quanto à sua natureza, evitando a
ocorrência de duplicidade nos testes de auditoria.
D) avaliar a aplicação de ferramentas de alta tecnologia que são eficazes
para a realização da gestão dos riscos associados aos processos auditados.
E) avaliar e monitorar os riscos dos processos auditados, verificando as
consequências quando os objetivos não são atingidos e se os controles
associados mitigam os riscos existentes.

Comentários:
A questão tenta confundir o candidato, combinando procedimentos
que são de responsabilidade da própria administração, do próprio controle
interno da empresa, com responsabilidades que são do auditor interno.
A alternativa “a” está incorreta, pois quem elabora a estrutura de
gestão de riscos dos processos da empresa são os gerentes, diretores, etc.
e não o auditor interno, o que não impede que o auditor interno utilize
gestão de riscos e auditoria baseada em riscos para traçar seu
planejamento de auditoria.
A letra “b” também está errada, pois também são os gerentes,
diretores, etc. os responsáveis por justificativas à alta administração de
alguma falha na gestão de riscos.
A classificação de risco dos processos não tem relação com a
ocorrência ou não de duplicidade nos testes de auditoria. Além disso, a
avaliação realizada pelo auditor interno é da gestão de riscos da empresa
e não das ferramentas de alta tecnologia. Portanto, as opções “c” e “d”
estão incorretas.
Por fim, a alternativa “e” aborda exatamente a maneira como o
auditor interno deve agir em relação aos riscos dos processos auditados,
que é monitorar esses riscos, avaliando o controle interno e os resultados
alcançados.
Resposta: E

48 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Com relação às funções de


auditor interno e auditor externo, analise as alternativas abaixo e
marque a opção correta:
A) O auditor interno emite relatório para a alta administração e para
terceiros interessados, enquanto o auditor externo emite relatório para a
alta administração da empresa auditada.
B) Tanto o auditor interno quanto o auditor externo são subordinados à alta
administração da empresa auditada.
C) Tanto o auditor interno quanto o auditor externo devem avaliar os
controles internos e a possibilidade de ocorrência de fraudes e erros que
afetem as demonstrações contábeis.

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D) A responsabilidade primária na detecção de fraudes e erros é do auditor
externo, já que seu relatório pode ser direcionado não só para a alta
administração, mas também para terceiros interessados.
E) O auditor externo pode ser terceiro ou funcionário da empresa, enquanto
o auditor interno necessariamente precisa ser empregado.

Comentários:
Realmente, tanto auditor interno quanto externo devem avaliar os
controles internos e a possibilidade de ocorrência de fraudes e erros que
afetem as demonstrações contábeis. Isso não quer dizer que eles são os
responsáveis primários pela prevenção e identificação de fraudes e erros
(letra D).
O relatório do auditor interno, a princípio, é apenas para a própria
empresa que ele faz parte. O do auditor externo é para a empresa e para
os usuários da informação. Portanto, letra A está errada.
O auditor externo não tem nenhuma subordinação (letra B) e não
pode ser funcionário da empresa (letra E).
Resposta: C

49 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Segundo a Resolução CFC n


986 de 2003, que aprovou a NBC TI 01 – Auditoria Interna, os
objetivos da auditoria interna compreendem:
I - Apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da
gestão e dos controles internos da entidade auditada.
II - Apontar as não conformidades diagnosticadas e fornecer
recomendações de soluções para essas não conformidades.
III - Emitir opinião sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.

Comentários:
Emitir opinião sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis
não é função da auditoria interna e sim da externa. Dessa forma o item III
está errado.
Os itens I e II correspondem a objetivos da auditoria interna.
Resposta: C

50 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – De acordo com a NBC TG 200


– Objetivos gerais do auditor independente e a Condução de uma
auditoria em conformidade com as normas de auditoria, são
responsabilidades do auditor independente:

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I - Elaborar as demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada
apresentação.
II - Emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis em análise
foram ou não elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Para tanto, deve obter
segurança razoável de que estas demonstrações contábeis estão livres
de distorções relevantes, quer sejam por fraude ou por erro.
III - Manter o sistema de controle interno necessário para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes,
independente se causadas por fraude ou erro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e II
D) Apenas I e III
E) I, II e III

Comentários:
Apesar de o caput chamar a NBC TA 200 de NBC TG 200, o resto da
questão está correto.
Os itens I e III estão errados, pois essa responsabilidade é da
Administração e não do auditor independente.
Resposta: B

51 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Acerca do que disciplina a


NBC TI 01 – Auditoria Interna, analise as afirmativas abaixo,
assinalando V para verdadeiro e F para falso.
( ) A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público,
interno e externo, e de direito privado.
( ) A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de
trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser
organizados e arquivados de forma sistemática e racional.
( ) Visto que a auditoria interna é aplicada de forma permanente na
entidade, não existe exigência para a documentação de um planejamento
de auditoria.
( ) Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no
trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informa-la,
sempre por escrito, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
( ) A análise das limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria,
bem como a extensão da responsabilidade do auditor no uso dos trabalhos
de especialistas, é um aspecto a ser considerado na análise de riscos dos
trabalhos do auditor externo, não sendo aplicáveis em um trabalho de
auditoria interna.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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A) V – F – V – V – F
B) V – V – F – F – V
C) F – F – V – V – V
D) V – V – F – V – F
E) F – V – V – F – F

Comentários:
Os itens III e V estão incorretos, pois o auditor interno também deve
documentar seu planejamento e as limitações inerentes ao trabalho do
auditor interno, assim como as do auditor externo, também devem ser
considerados na análise de risco.
Resposta: D

Bom pessoal, por hoje é isso.

Vejo vocês na aula 02 e no fórum de dúvidas.

Segue, a partir de agora, a relação de questões comentadas durante


a aula, a fim de que possam resolver como um simulado. O gabarito
está ao final.

Até a próxima aula e bons estudos!

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1 - (ESAF/SEFAZ-SP/2009) - Sobre a auditoria independente, é


correto afirmar que tem por objetivo:
A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
C) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.
D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a
justa solução do litígio.
E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos
relatórios.

2 - (ESAF/ISS-Recife/2003) - A opção que representa o objetivo da


auditoria externa é:
A) A elaboração das normas e procedimentos econômicos, financeiros e de
auditoria da empresa auditada.
B) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e financeira da
empresa sem assegurar que elas representem adequadamente as
operações da empresa.
C) Assegurar que as demonstrações financeiras irrelevantes representem a
situação contábil-financeira da empresa de forma fidedigna.
D) O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações
financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,
a posição patrimonial e financeira da empresa.
E) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram efetuados
corretamente nos livros da empresa.

3 - (FCC/CNMP/2015) - A empresa Plantio de Árvores do Norte S/A,


contratou a firma de auditoria Aspectos & Consultoria, para
examinar as demonstrações contábeis do exercício de 2014. O
objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a:
(A) expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

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(B) natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria
realizados pelo auditor, alinhados com o objetivo da auditoria.
(C) obtenção, pelo auditor, de segurança razoável de que as
demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraudes ou erros de conhecimento ou
não dos responsáveis pela governança.
(D) realização, pelo auditor, de exames nas áreas, atividades, produtos e
processos, de forma a alcançar evidências adequadas e suficientes para
elaboração do relatório de auditoria.
(E) elaboração dos programas de trabalho de forma a servir como guia e
meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e
atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem.

4 - (FCC/SEFAZ-PE/2014) - Contratado para realizar auditoria nas


demonstrações contábeis da empresa Queijos Coalho S/A, o auditor
para obter segurança razoável e reduzir o risco de auditoria a um
nível baixo aceitável e possibilitar alcançar conclusões razoáveis e
nelas basear a sua opinião deve:
(A) elaborar os papeis de trabalho de acordo com os procedimentos de
auditoria.
(B) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.
(C) planejar os trabalhos de auditoria tomando por base o resultado de
auditorias anteriores.
(D) realizar a auditoria de acordo com os procedimentos definidos.
(E) avaliar o controle interno.

5 - (FCC/TCE-RS/2014) - Os manuais, de uma maneira geral,


definem auditoria como um exame analítico e pericial das
operações contábeis, desde o início até o balanço. Nos termos da
NBC TA 200, o objetivo da auditoria é:
(A) levantar informações suficientes e adequadas que permitam comparar
as metas fixadas com os resultados alcançados.
(B) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informações de
interesse da instituição auditada sejam divulgados.
(C) aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte
dos usuários.
(D) estabelecer metodologia para ação integrada de todos os setores da
instituição auditada.
(E) apurar e consolidar irregularidades contábeis em relatório para
subsidiar eventual investigação de ilícitos administrativos e penais.

6 - (FCC / TRF 2ª Região / 2012) – O auditor independente ou


externo:
A) tem como objetivo principal a prevenção e a detecção de falhas no
sistema de controle interno da entidade.

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B) deve produzir relatórios que visam atender, em linhas gerais, a alta
administração da entidade ou diretorias e gerências.
C) tem que fazer análise com alto nível de detalhes, independentemente
da relação custo-benefício, para minimizar o risco de detecção.
D) deve produzir um relatório ou parecer sobre as demonstrações contábeis
da entidade auditada.
E) tem menor grau de independência em relação à entidade auditada do
que o auditor interno.

7 - (FCC/TRT-24/2011) - Ao conduzir uma auditoria de


demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter
segurança:
A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.
B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
parecer financeiro.
C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.
D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse
opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.
E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas,
em todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de
parecer financeiro consolidado do auditor independente.

8 - (FGV/ISS-Recife/2014) - O auditor, ao expressar opinião de que


as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
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(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte
dos usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.

9 - (CESGRANRIO/LIQUIGÁS-Auditor/2012) - São objetivos gerais


do auditor, ao conduzir a auditoria das demonstrações contábeis,
A) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que o
auditor expresse sua opinião sobre a elaboração dessas demonstrações
consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável.
B) rastrear fraudes e identificar se a aplicação dos recursos financeiros da
empresa está de acordo com as normas impostas pelos órgãos de
fiscalização e regulamentação.
C) apresentar relatório sobre a administração e comunicar-se conforme
exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
D) identificar se a empresa apresenta informações nas demonstrações
contábeis de acordo com as normas impostas pelo Ministério Público.
E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variações conforme
estipulado no planejamento estratégico da empresa.

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de


auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.

10 - (CESPE / ANP / 2013) - O escopo dos trabalhos do auditor


interno deve ser fixado pela gerência, contudo o trabalho do auditor
externo é predefinido no contrato.

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de


auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes.

11 - (CESPE / ANP / 2013) - Quanto à natureza dos procedimentos


realizados durante a auditoria, o auditor é limitado em sua
investigação pela possibilidade de distorção nas informações
fornecidas pela administração da auditada.

De acordo com as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria


Interna e com a Resolução CFC n.º 986/2003, julgue os itens que
se seguem.

12 - (CESPE/FUB-DF/2013) - Os auditores internos, apesar de sua


subordinação à administração da empresa e do âmbito de seu
trabalho, devem adotar, entre seus procedimentos, a investigação

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e a confirmação, que envolvem pessoas físicas ou jurídicas de
dentro ou de fora da entidade.

13 - (CESPE/FUB-DF/2013) - No caso de a auditoria interna


detectar indícios de irregularidades no decorrer de seus trabalhos
e avaliar que a administração da entidade deve adotar providências
imediatas, a auditoria deve fazer a comunicação por escrito, em
caráter reservado.

De acordo com as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria


Interna e com a Resolução CFC n.º 1.229/2009, julgue os itens
seguintes.

14 - (CESPE/FUB-DF/2013) - A auditoria interna, além de suas


funções convencionais, pode ser incumbida de avaliar o processo
de governança, no que diz respeito à realização de seus objetivos
de ética e valores, assim como atuar na identificação e avaliação
das vulnerabilidades relevantes a riscos.

15 - (CESPE/AFT/2013) - Um dos requisitos para assegurar a


necessária independência técnica aos auditores internos é a
garantia de que, no planejamento de seu trabalho, eles não serão
influenciados pelas orientações emanadas da administração da
entidade e, eventualmente, por suas expectativas.

16 - (CESPE/TCU/2013) - As atribuições dos auditores internos e


externos diferem, pois, no primeiro caso, estão fixadas no contrato
de trabalho, como empregado da empresa, e, no segundo, no
contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa.
O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista;
o externo, responsabilidade profissional, civil e criminal.

17 - (CESPE/BACEN/2013) - Ao suspeitar da ocorrência de fraude


na entidade sob seu controle, o auditor interno deve levar o fato ao
conhecimento da administração da entidade, realizando essa
comunicação em conversa reservada.

18 - (CESPE/BACEN/2013) - Os auditores internos de determinada


entidade desobrigam-se de prestar ajuda ou assessoramento a
equipe de auditoria independente contratada para examinar as
demonstrações contábeis da referida entidade.

19 - (ESAF / ISS-RJ / 2010) - A respeito dos objetivos da auditoria


interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:

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A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no
cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é
a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas
utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar
os lançamentos e demonstrações contábeis.
C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da
avaliação é sempre a contabilidade.
D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da
entidade, enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a
respeito das demonstrações contábeis.
E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as
falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria
externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

20 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - Com relação aos relatórios


de auditoria interna, pode-se afirmar que:
A) podem considerar posições de interesse da administração e dos
gestores, sendo conduzidos aos interesses desses.
B) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa, sem
restrição.
C) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a
serem levantados pela auditoria externa.
D) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando
houver irregularidades que requeiram ações imediatas.
E) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem
informações completas.

21 - (ESAF / ANA / 2009) - Entre as Normas Brasileiras de


Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos
da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar:
A) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e
imparcialidade.
B) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de
transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e
demonstrações contábeis.
C) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve
se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis.
D) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção,
desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros
e demonstrações contábeis.
E) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na auditoria
interna.

22 - (ESAF/TCU-ACE/2006) - Em relação à auditoria interna pode-


se afirmar que:
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A) com relação às pessoas jurídicas de direito público não é sua atribuição
avaliar a economicidade dos processos, visto que o objetivo do governo é
de controle, independente do valor.
B) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e fazer cumprir as normas por
ela criadas em sua plenitude.
C) deve relatar as não-conformidades sem emitir opinião ou sugestões para
que sejam feitas as correções ou melhorias necessárias.
D) é seu objetivo prevenir fraudes ou roubos, sendo que sempre que tiver
quaisquer indícios ou constatações deverá informar a administração, de
forma reservada e por escrito.
E) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações
realizadas, sem ter como objetivo assistir à administração da entidade no
cumprimento de suas atribuições.

23 - (FCC/TCE-GO/2014) - O relatório é o documento pelo qual a


Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos. Nos
termos da NBC TI 01, entre os itens que devem ser abordados no
relatório, estão:
I. os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão.
II. os responsáveis por eventuais prejuízos causados à entidade.
III. a capacidade financeira da entidade para honrar seus compromissos.
IV. o objetivo e a extensão dos trabalhos.
V. os riscos associados aos fatos constatados.
Está correto o que consta APENAS em:
(A) I, III e IV.
(B) I, IV e V.
(C) IV e V.
(D) I, III e V.
(E) III e IV.

24 - (FCC/SEFAZ-PE/2014) - Agregar valor ao resultado da


organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos
processos, da gestão e dos controles internos, por meio da
recomendação de soluções para as não conformidades apontadas
nos relatórios, é finalidade, decorrente da atividade:
(A) do conselho fiscal.
(B) da auditoria externa.
(C) do conselho de administração.
(D) do controle interno.
(E) da auditoria interna

25 - (FCC/TCE-RS/2014) - A atividade que compreende os exames,


análises, avaliações, levantamentos e comprovações,
metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos
sistemas de informações e de controles internos integrados ao
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ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir a
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos,
forma o conceito de auditoria:
(A) ambiental.
(B) interna.
(C) contábil.
(D) de gestão.
(E) de programa.

26 - (FCC/TRT-13ªRegião/2014) - O relatório é o documento pelo


qual a auditoria interna apresenta o resultado dos seus trabalhos.
É norma atinente ao relatório que:
(A) seja apresentado somente àquele que solicitou.
(B) seja confidencial quanto à autoria, mas não em relação ao conteúdo.
(C) seja minucioso e imparcial.
(D) contenha eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de
auditoria.
(E) contenha apenas a conclusão, devendo as recomendações serem feitas
em separado.

27 - (FCC/TCE-PI/2014) - A auditoria interna:


A) é exercida por profissional independente.
B) é realizada de forma periódica.
C) emite Parecer.
D) opina sobre as demonstrações Contábeis.
E) emite recomendações a entidade auditada.

28 - (FCC / TRF-3ª Região / 2014) - Nos termos da Resolução CFC


986/03, a auditoria interna é exercida nas pessoas jurídicas de
direito público, interno e externo, e de direito privado. É regra
atinente à auditoria interna que:
A) devem ser obtidas e avaliadas informações consideradas adequadas,
que são aquelas convincentes e factuais, de tal forma que uma pessoa
prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor
interno.
B) o relatório é o documento pelo qual a auditoria interna apresenta o
resultado dos seus trabalhos, não podendo ser parcial.
C) deve assessorar a administração da entidade no trabalho da prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, ainda que verbalmente e de
maneira reservada, sobre quaisquer indicações de irregularidades.
D) a obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro e fora da entidade,
é denominada investigação e confirmação.
E) a verificação de registros, documentos e atos tangíveis é procedimento
denominado observação.

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29 - (FCC / TRF-3ª Região / 2014) - Os procedimentos de auditoria
interna constituem exames e investigações que permitem ao
auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas
conclusões e recomendações à administração da entidade. Para
tanto, pode aplicar testes que visam tanto a obtenção de razoável
segurança de que os controles internos estabelecidos pela
administração estão em efetivo funcionamento, como a obtenção
de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelo sistema de informação da entidade. Esses testes
são denominados, respectivamente,
A) substantivo e de observância.
B) de observância e vistoria.
C) vistoria e substantivo.
D) substantivo e vistoria.
E) de observância e substantivo.

30 - (FCC/TRT 12ª/2013) - Nos termos da Resolução CFC no


986/03, que trata das normas brasileiras de contabilidade
relacionadas à auditoria interna,
A) a análise dos riscos de auditoria interna deve ser feita após a emissão
do relatório final e serve como retorno de informações para inspeções
futuras.
B) as análises que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações
da entidade são chamadas de testes de observância.
C) o relatório de auditoria interna deve abordar, dentre outros pontos, a
metodologia adotada e as limitações ao alcance dos procedimentos de
auditoria.
D) em razão dos princípios do sigilo, ética e zelo profissional, não cabe a
emissão de relatório parcial de auditoria.
E) a auditoria de processamento eletrônico de dados é feita
independentemente de existir na equipe de auditoria interna profissional
com conhecimentos relativos à tecnologia da informação.

31 - (FCC/DPE SP/2013) - A auditoria interna deve estar vinculada


aos mais altos níveis hierárquicos de uma entidade com vistas a:
A) atuar estritamente como órgão fiscalizador.
B) emitir parecer sobre as demonstrações contábeis para os usuários
externos.
C) garantir autonomia e independência.
D) punir os responsáveis por erros nas demonstrações contábeis.
E) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenção.

32 - (FCC / ISS-SP / 2012) - NÃO é uma atividade da função da


auditoria interna:
A) a avaliação do processo de governança.
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B) a gestão de risco.
C) o monitoramento do controle interno.
D) o exame das informações contábeis e operacionais.
E) a aprovação do relatório de auditoria externa.

33 - (FCC / TCE-SP / 2012) – Em relação às diferenças entre a


auditoria interna e externa das demonstrações contábeis, é correto
afirmar:
A) A auditoria externa é de competência exclusiva de contador registrado
no Conselho Federal de Contabilidade, enquanto a auditoria interna pode
ser realizada por um funcionário qualificado que receba treinamento
adequado para tal fim.
B) O grau de autonomia do auditor interno é maior que o do auditor externo
independente, em virtude de se reportar diretamente à controladoria da
entidade.
C) O auditor externo executa as auditorias operacional e contábil e o auditor
interno, apenas a contábil.
D) O auditor externo é responsável pelo exame e avaliação do controle
interno da entidade, cabendo ao auditor interno apenas implementar as
modificações julgadas necessárias pelo auditor externo para o seu correto
funcionamento.
E) Regra geral, os relatórios do auditor interno são de uso exclusivo da
administração da entidade, enquanto os elaborados pelo auditor
independente são destinados também aos usuários externos da informação
contábil.

34 - (FCC / TRE-CE / 2012) – É correto afirmar com relação aos


objetivos da auditoria interna que:
A) os objetivos não variam e independente do tamanho da empresa ou do
quadro funcional devem cobrir totalmente as atividades.
B) é totalmente responsável pela gestão de riscos, garantindo à gestão e
governança da empresa a mitigação ou eliminação dos mesmos.
C) está subordinada aos órgãos de governança da empresa, sendo limitada
sobre a possibilidade de avaliar as questões de ordem ética, valores e
cumprimento de suas funções.
D) ela pode ser responsável por revisar a economia, eficiência e eficácia
das atividades operacionais, incluindo as atividades não financeiras de uma
entidade.
E) suas atribuições com relação ao cumprimento de leis e normas limitam-
se a aquelas pertinentes à área contábil e financeira, ficando as demais
normas e leis sob responsabilidade das áreas específicas.

35 - (FCC / SEFAZ-SP / 2009) - O trabalho da auditoria interna:


A) tem maior independência que o de auditoria externa.
B) é responsável pela implantação e pelo cumprimento dos controles
internos.
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C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
D) deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações
contábeis.
E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

36 - (FCC / APOFP-SP / 2010) - As auditorias internas e externas


atuam em diferentes graus de profundidade e de extensão nas
tarefas de auditoria. Embora exista uma conexão nos trabalhos de
ambas, é função da auditoria externa:
A) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de
administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
B) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca
da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
C) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa,
concluindo as tarefas com a elaboração de relatórios.
D) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos
trabalhos, com grau de independência limitado.
E) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os
ajustes necessários.

37 - (FGV/ISS-Cuiabá/2014) - Sobre a auditoria interna, de acordo


com a NBC TI 01 – da Auditoria Interna, assinale a afirmativa
incorreta.
(A) Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho elaborados em
meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma
sistemática e racional.
(B) Deve incluir testes de observância e testes substantivos, que permitam
ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas
conclusões e recomendações para a administração da entidade.
(C) Deve empregar recursos tecnológicos de processamento de
informações, o que requer profissionais com conhecimentos suficientes
para implementar os procedimentos, ou orientar, supervisionar e revisar os
trabalhos de especialistas.
(D) Deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese
de constatar impropriedades, irregularidades ou ilegalidades que exijam
providências imediatas da administração da entidade e que não possam
aguardar o final dos exames.
(E) Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a divulgar para os funcionários da
empresa, por meio eletrônico, quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

38 - (FGV/DPE-RJ/2014) - Sobre o relacionamento profissional do


auditor interno com profissionais de outras áreas, é correto afirmar
que:

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A) o auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com
profissionais de outras áreas, situação em que a equipe fará a divisão de
tarefas, segundo a habilitação técnica e legal dos seus participantes.
B) o auditor interno sempre deve realizar trabalhos com equipes distintas,
de forma a ampliar ao máximo o escopo dos trabalhos e assim diminuir a
possibilidade de fraudes.
C) o auditor interno em nenhuma hipótese pode se envolver em trabalhos
conjuntos com outras equipes e áreas, pois deve resguardar as técnicas e
procedimentos dos trabalhos de forma a manter os testes realizados
eficazes contra fraudes.
D) todos os trabalhos da auditoria interna elaborados com outras áreas
devem ser obrigatoriamente coordenados pelos auditores internos e o
relatório final deve ficar restrito à área de auditoria interna e ao Conselho
de Administração da entidade.
E) os auditores só realizam trabalhos conjuntos com outras áreas quando
são convidados e sob orientação do Comitê de Auditoria.

39 - (FGV/SUDENE/2013) - Quanto à auditoria, analise as


afirmativas a seguir.
I. A auditoria interna apresenta, como um de seus objetivos, avaliar a
necessidade de novas normas internas ou de modificação das já existentes.
II. O controle interno não apresenta limitações ou restrições para a
execução de suas atividades por fazer parte do corpo funcional do próprio
órgão controlado.
III. Mesmo que a entidade tenha um excelente controle interno, o auditor
independente deve executar procedimentos mínimos de auditoria.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

40 - (FGV / TCE-BA / 2013) - A finalidade de comunicar o risco e o


controle para as áreas apropriadas da organização à alta
administração, examinando, avaliando e monitorando a adequação
e efetividade do controle interno de forma contínua e com maior
volume de testes, é competência da:
(A) Auditoria Independente.
(B) Auditoria Interna.
(C) Auditoria Operacional.
(D) Auditoria Contábil.
(E) Auditoria de Gestão.

41 - (FGV / INEA-RJ / 2013) - Assinale a alternativa que indica uma


característica da auditoria interna de uma organização.
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(A) Mostra maior grau de independência funcional sobre as atividades
operacionais.
(B) Emite um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis
auditadas.
(C) Atende exclusivamente às normas de contabilidade em vigor.
(D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias
operacional e contábil.
(E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrações contábeis.

42 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – De acordo com


a Resolução CFC n.º 1229/09, as atividades inerentes a auditoria
interna estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de
uma. Assinale-a.
A) Revisão da conformidade com leis e regulamentos.
B) Monitoramento da auditoria externa.
C) Exame das informações contábeis e operacionais.
D) Revisão das atividades operacionais.
E) Gestão de risco.

43 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – Com relação à


Resolução 986/03, que estabelece os procedimentos relacionados
à Auditoria Interna, analise as afirmativas a seguir.
I. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,
apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão
e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as
não-conformidades apontadas nos relatórios.
II. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em
meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma
sistemática e racional.
III. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção
de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de
maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
Assinale:
A) se somente a afirmativa II estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

44 - (FGV / SEAD-AP / 2011) - A norma brasileira de contabilidade


relativa à auditoria interna (NBC T 12) estabelece que a atividade
da Auditoria Interna deve estar estruturada em procedimentos
técnicos, objetivos, sistemáticos e disciplinados, com a finalidade
de:

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(A) avaliar a fidelidade funcional de todos quantos tenham sob sua
responsabilidade a guarda e gerenciamento de bens, créditos e valores da
empresa, seguindo as orientações dos órgãos governamentais
responsáveis pela fiscalização de operações financeiras.
(B) agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para
o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por
meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas
nos relatórios.
(C) verificar as conformidades das operações da empresa em relação aos
manuais de procedimentos externos das agências públicas reguladoras das
atividades empresariais.
(D) avaliar a gestão administrativa sob os aspectos da qualidade das ações
da empresa em relação ao mercado para confirmar a efetividade das
práticas adotadas.
(E) resguardar a administração quanto às práticas lesivas adotadas pelas
empresas concorrentes e denunciar os abusos verificados nos processos da
gestão.

45 - (FGV / MPE-MS / 2013) - O auditor, ao verificar se as normas


internas estão sendo corretamente seguidas pelos colaboradores
da empresa, está realizando um dos objetivos da auditoria:
(A) interna.
(B) externa.
(C) operacional.
(D) independente.
(E) de gestão.

46 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - Com a crescente


expansão dos negócios, as administrações das empresas
instituíram o órgão de auditoria interna, que, em muitos ramos,
tornou-se um setor obrigatório por força de lei. A auditoria interna
auxilia a organização a alcançar seus objetivos, adotando uma
abordagem sistemática para a:
A) avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de
riscos, de controle e governança corporativa.
B) avaliação dos índices de liquidez e financeiros a fim de assegurar a boa
saúde financeira da empresa.
C) elaboração do mapeamento organizacional por meio de entrevistas com
todos os funcionários.
D) emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis e publicação em
jornal de grande circulação.
E) revisão das contas contábeis para elaboração do balanço.

47 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - O gerenciamento de


riscos dentro da empresa é uma atividade fundamental que servirá
de apoio para diversas outras atividades, como planejamento
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estratégico, auditoria interna, etc. Nesse contexto, durante uma
auditoria, o auditor interno deve:
A) preparar toda a estrutura da gestão de riscos, realizando o mapeamento
de todas as atividades chaves relacionadas ao processo auditado.
B) justificar à alta administração da empresa os pontos levantados em
consequência de falhas na gestão de riscos dos processos auditados.
C) identificar o tipo de risco associado aos processos auditados, verificando
se estão classificados adequadamente quanto à sua natureza, evitando a
ocorrência de duplicidade nos testes de auditoria.
D) avaliar a aplicação de ferramentas de alta tecnologia que são eficazes
para a realização da gestão dos riscos associados aos processos auditados.
E) avaliar e monitorar os riscos dos processos auditados, verificando as
consequências quando os objetivos não são atingidos e se os controles
associados mitigam os riscos existentes.

48 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Com relação às funções de


auditor interno e auditor externo, analise as alternativas abaixo e
marque a opção correta:
A) O auditor interno emite relatório para a alta administração e para
terceiros interessados, enquanto o auditor externo emite relatório para a
alta administração da empresa auditada.
B) Tanto o auditor interno quanto o auditor externo são subordinados à alta
administração da empresa auditada.
C) Tanto o auditor interno quanto o auditor externo devem avaliar os
controles internos e a possibilidade de ocorrência de fraudes e erros que
afetem as demonstrações contábeis.
D) A responsabilidade primária na detecção de fraudes e erros é do auditor
externo, já que seu relatório pode ser direcionado não só para a alta
administração, mas também para terceiros interessados.
E) O auditor externo pode ser terceiro ou funcionário da empresa, enquanto
o auditor interno necessariamente precisa ser empregado.

49 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Segundo a Resolução CFC n


986 de 2003, que aprovou a NBC TI 01 – Auditoria Interna, os
objetivos da auditoria interna compreendem:
I - Apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da
gestão e dos controles internos da entidade auditada.
II - Apontar as não conformidades diagnosticadas e fornecer
recomendações de soluções para essas não conformidades.
III - Emitir opinião sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
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50 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – De acordo com a NBC TG 200


– Objetivos gerais do auditor independente e a Condução de uma
auditoria em conformidade com as normas de auditoria, são
responsabilidades do auditor independente:
I - Elaborar as demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada
apresentação.
II - Emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis em análise
foram ou não elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Para tanto, deve obter
segurança razoável de que estas demonstrações contábeis estão livres
de distorções relevantes, quer sejam por fraude ou por erro.
III - Manter o sistema de controle interno necessário para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes,
independente se causadas por fraude ou erro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e II
D) Apenas I e III
E) I, II e III

51 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Acerca do que disciplina a


NBC TI 01 – Auditoria Interna, analise as afirmativas abaixo,
assinalando V para verdadeiro e F para falso.
( ) A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público,
interno e externo, e de direito privado.
( ) A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de
trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser
organizados e arquivados de forma sistemática e racional.
( ) Visto que a auditoria interna é aplicada de forma permanente na
entidade, não existe exigência para a documentação de um planejamento
de auditoria.
( ) Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no
trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informa-la,
sempre por escrito, sobre quaisquer indícios ou confirmações de
irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.
( ) A análise das limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria,
bem como a extensão da responsabilidade do auditor no uso dos trabalhos
de especialistas, é um aspecto a ser considerado na análise de riscos dos
trabalhos do auditor externo, não sendo aplicáveis em um trabalho de
auditoria interna.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) V – F – V – V – F
B) V – V – F – F – V
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C) F – F – V – V – V
D) V – V – F – V – F
E) F – V – V – F – F

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C D A B C D A D A E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C C C E C E C A D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A D B E B D E D E C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E E D E B E A C B
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
D B E B A A E C C B
51
D

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Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8.


ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BRITO, Claudenir; FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. Niterói: Impetus. 2. ed. 2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de


Contabilidade.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed. São


Paulo: Atlas, 2012.

FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria: mais de 219 questões de


concursos com gabarito comentado. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed.
2012.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

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