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Bovinoscorte PDF
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1. CERCAS:
Podemos ter dois tipos de cercas numa propriedade: Convencional ou Elétrica. A cerca
convencional pode ser confeccionada com arame liso ou com arame farpado, dependendo das
condições existentes e do gosto pessoal do produtor.
Arame farpado: Diâmetro mínimo 1,6mm e resistência à ruptura mínima de 350 kgf. , galvanizado.
Grampos galvanizados: Os grampos, assim como os arames devem ser galvanizados (que é uma fina
cobertura de zinco) para prevenir ferrugem.
Mourões (postes, esteios ou esticadores): Devem ser de madeira de lei ou eucalipto tratado.
Podem ser quadrados com 15cm de lado ou roliços, com diâmetro entre 15 e 20cm e
com 2,30 ou 2,50cm de altura. O topo deve ser chanfrado para evitar infiltração de
água.
Lascas ou mourões intermediários: Devem ser da mesma madeira que os mourões. Quando serrados
devem ter 10cm de lado e quando roliços devem ter diâmetro aproximado de 10cm. A
altura é de 2,00 a 2,20m
B) Cerca elástica de 3 fios de arame farpado em terreno compacto – Utilizada para gado leiteiro de
alta produção
C) Cerca elástica de 4 fios de arame farpado em terreno compacto – Utilizada para gado de corte
europeu, leiteiro manso ou lavoura.
D) Cerca elástica de 4 fios de arame farpado em terreno arenoso – Utilizada para gado de corte
europeu, leiteiro manso ou lavoura.
E) Cerca elástica de 5 fios de arame farpado em terreno compacto – Utilizada para gado de corte
mestiço ou zebuíno
Após decidir o tipo de cerca mais adequada à situação que dispomos e adquirir material
de qualidade, o primeiro passo é:
B.1) Mourões esticadores: A colocação dos mourões pode se dar de duas formas: Ou
se abre um buraco com 1 vez e meia o diâmetro do mourão e compacta-o dentro com a terra livre e
um socador ou se abre um buraco do tamanho exato do mourão e crava-o com uma marreta. Este
segundo método pode apresentar o inconveniente de rachar o mourão, o que o inutiliza por causa da
infiltração de água e diminuição da vida útil do mourão. Depois de fincado no solo, o mourão deve
estar a prumo (vertical ao chão e reto) e a 1,40m fora do solo.
B.2) Escoras: As escoras são utilizadas para aumentar a resistência do mourão. São
peças de 1,5 m de comprimento e 10 cm de diâmetro, colocada de forma inclinada no terreno para
não deixar o mourão sair de sua posição vertical. Deve sempre ser colocada no sentido contrário à
tensão do arame. Para perfeito encaixe da escora deve-se abrir um entalhe com formão a 40cm do
topo do mourão bem como cortar a ponta da escora para encaixar um no outro. A escora também
deve ser enterrada 10 cm no solo ou apoiada em uma estaca cravada ou pedra bem socada no chão.
No meio da cerca o escoramento deve ser duplo para que o mourão não ceda para
nenhum dos lados:
Nas mudanças de direção este escoramento deve ser triplo, entrando uma nova
escora, entre as duas laterais, impedindo que o mourão tombe para o lado interno da cerca.
E) Outros detalhes:
E.1) Passagem sobre lajeados: Quando não é possível enterrar o mourão, coloca-se
mourões a cada 2,0m apoiados sobre a própria laje. Amarra-se então dois pedaços de 4,0m de arame
e dá-se a volta no mourão, fixando-os com dois grampos. Cada perna é então firmemente amarrada a
uma pedra pesada, afastada 80 cm do mourão, uma para cada lado. Pode-se também pregar uma
travessa na base do mourão, colocando duas escoras nas laterais para dar firmeza.
E.4) Porteira:
Conhecida também como Cerca Elástica, a cerca de arame liso é ótima solução para
terrenos planos. É uma cerca bastante flexível e tem grande resistência ao impacto (avanço) dos
animais. Não causa ferimentos ou lesões no couro ou no úbere, pois não contém farpas. Se for bem
feita, conterá o animal sem machuca-lo, mesmo que ele invista sobre ela.
Para adequada contenção dos animais, os arames lisos a serem utilizados devem ter
diâmetro mínimo de 2,2 mm e resistência igual ou superior a 600Kgf. (o dobro do arame farpado, por
não possuir farpas).
De acordo com o tipo de terreno, o tipo de animal e o objetivo da cerca, o número de
fios utilizados e o espaçamento entre eles variam. Veja a tabela abaixo:
Arame liso: Diâmetro mínimo 2,2 mm, resistência mínima à ruptura de 600 kgf e galvanizado.
Grampos galvanizados: Os grampos, assim como os arames devem ser galvanizados (que é uma fina
cobertura de zinco) para prevenir ferrugem.
Mourões (postes, palanques ou esteios): Devem ser de madeira de lei ou eucalipto tratado. Podem
ser quadrados com 15cm de lado ou roliços, com diâmetro entre 15 e 20cm e com
2,30 ou 2,50cm de altura. O topo deve ser chanfrado para evitar infiltração de água.
Lascas ou mourões intermediários: Devem ser da mesma madeira que os mourões. Quando serrados
devem ter 10cm de lado e quando roliços devem ter diâmetro aproximado de 10cm. A
altura é de 2,00 a 2,20m. As lascas podem ser perfuradas antes ou durante a
construção da cerca, utilizando-se broca ” ou ½”.
A) Cerca elástica de 3 fios de arame liso e 1 fio de arame farpado com ancoragem simples –
Após decidir o tipo de cerca mais adequada à situação que dispomos e adquirir material
de qualidade, o primeiro passo é:
Lances maiores, com 300m ou mais exigem esticador, fêmea, trava e morto, conforme
figura: (OBS: O morto é uma peça de 10 cm de diâmetro com 1m de comprimento, enterrada a 1,40m
de distância do esticador. A trava é uma peça de 5cmx6cmx1, 5m, colocada sob pressão entre o
mourão esticador e a fêmea, encaixada em uma “caixa” aberta com formão a 10 cm do topo dos
mourões).
C) Canto de Cerca: Deve ser feito como uma ancoragem normal, apenas utilizando-se o
mesmo mourão esticador para dois lances de cerca.
D) Meio de Cerca: Quando o lance de cerca excede a 500m, deve-se colocar uma
ancoragem no meio, aproveitando um só conjunto de peças para ancorar os dois lances que se
formaram.
L) Outros detalhes: Como porteiras, colchetes, passagem por valas secas ou com
enxurradas e quebra corpo seguem da mesma forma que as cercas de arame farpado.
Eletrificador: O eletrificador a ser utilizado numa cerca elétrica deve seguir as regras
internacionais de segurança. Eletrificadores caseiros ou “arranjados” põem em risco
a segurança das pessoas e dos animais envolvidos. Na escolha do eletrificador é
importante levar em conta o comprimento (quilometragem de fio utilizada em toda a
extensão da cerca – se for de dois fios, somar as duas distâncias) e o raio de
operação (distância máxima do eletrificador ao ponto mais extremo) da cerca. O
eletrificador pode ser ligado na rede elétrica, em baterias ou ainda possuir painel
solar.
Chave interruptora: Permite desligar o eletrificador de maneira rápida e eficiente.
Arame: O arame deve ser galvanizado, pois a ferrugem interfere na condutibilidade elétrica e o
diâmetro mínimo deve ser 2,1mm. Pode ser substituído por fios especiais para cercas
elétricas.
Esticadores de arame: Peças semelhantes às utilizadas em cercas convencionais de arame liso.
Isoladores intermediários: Existem inúmeros tipos de isoladores disponíveis no mercado. O
importante é que ele tenha pouco contato com a superfície do arame (não atrapalha o
campo magnético e não enferruja o arame com o contato), situe-se a 2,5cm de
distância do poste, seja fácil de instalar (não ter que furar o poste e seja fácil de
passar o arame) e de fácil reposição (não precisar tirar todo o arame da cerca).
Isoladores de canto: Precisa ser resistente, pois será ele que suportará a tensão do fio no final do
lance de cerca.
Isoladores para porteiras: idem ao isolador de canto.
Manoplas para porteiras: Peças que servem para utilização das porteiras sem a necessidade de
desligar a cerca.
Pára Raio: Normalmente é um equipamento simples e barato, vendido junto com os eletrificadores.
É ligado à cerca, ao eletrificador e aterrado de forma eficiente. Quando há uma
descarga elétrica muito alta, ele desvia esta energia vinda da cerca para o fio terra,
impedindo a queima do aparelho e incêndios eventuais.
Hastes de aterramento: hastes de aço galvanizado (mínimo 3), de pelo menos 1m de comprimento,
enterradas no solo com distâncias de 3m entre elas, em linha reta e ligada ao fio
terra do aparelho.
Cabo de aterramento: Deve ser um cabo isolado, ligando o aparelho às hastes de aterramento,
fixado nestas com parafusos.
Voltímetro: Aparelho para medir a voltagem em diversos pontos da cerca. Permite ver se o aparelho
está funcionando de acordo com o esperado e se há ou não perdas de corrente ao
longo da cerca.
Placas de advertência: as normas internacionais exigem placas de advertência ao longo da cerca
para prevenir acidentes com pessoas desavisadas.
2. CENTRO DE MANEJO
Tipos de Centros de Manejo: Existem alguns tipos padrões de Centros de Manejo que
podem ser utilizados na íntegra ou modificados de acordo com cada situação.
A) Curral Aguirre para 100 animais: Este curral é muito bom para um número pequeno
de animais, embora não apresente local para colocação da balança. Esta facilmente pode ser colocada
entre o tronco coletivo e o tronco individual. Pode ainda ser colocada após o tronco individual e antes
do embarcadouro, embora deva ser prevista uma porteira apartadora após a balança.
B) Curral Água Amarela para 240 animais: Este módulo não apresenta tronco individual,
que é muito importante para várias práticas de manejo, no entanto este pode facilmente ser alocado
na parte final do tronco coletivo.
OBS: A grande maioria das ilustrações utilizadas é proveniente de manuais informativos das
empresas DeLaval e Cia. Siderúrgica Belgo Mineira