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DESMONTAGEM E
OPERAÇÃO DE CADEIRINHA
SUSPENSA
MINISTRANTE
ENG. MEC./SEG. TRAB. RENATO FREITAS
CADEIRINHA MODELO CS-3
Formas de fixação dos cabos de aço e cordas
As normas NBR 14626, 14627, 14628 e 14751 da ABNT exigem que os cabos e as cordas das cadeiras e
trava quedas sejam fixados em pontos ou suportes de ancoragem que resistam, no mínimo, 1.500 kg.
Fixação dos cabos de aço ou cordas sem uso de suportes
Fig. 1
Nesse caso, não há distância entre os cabos e a fachada, sendo possível a movimentação da cadeira, com
facilidade, do solo ao penúltimo andar (figura 1). As cordas devem ser protegidas da quina da parede por
meio de material flexível, tipo borracha.
IMPORTANTE:
Os cabos de aço das cadeiras e dos trava-quedas não devem ser apoiados nas quinas, mesmo com
proteção, tipo borracha, visto que sofrem deformação permanente e ficam com a resistência
comprometida. Para sua correta fixação é necessário usar corrente ou outro cabo de aço (com diâmero
maior) ligados por meio de mosquetão ou manilhas.
Fixação dos cabos de aço ou cordas com uso de suportes
Utilizando-se os suportes que deixam os cabos distanciados cerca de 30 cm da fachada, é possível
movimentar-se com facilidade do solo ao último andar conforme as figuras 2 e 3.
Fig. 2 Fig. 3
5- As cadeiras CS-2 e CS-3 devem ter os dentes das três engrenagens em perfeito estado. A corda da
cadeira CS-2 e o cabo de aço da cadeira CS-3 devem ser colocados corretamente conforme o esquema a
cima.
3. Manuseio do cabo de aço: o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado corretamente, a fim de não
ser estragado facilmente por deformações permanentes e formação de nós fechados . Se o cabo for
manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem girar o rolo ou o carretel, o cabo ficará
torcido e formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo já estará estragado e precisará ser
substituído ou cortado no local.
CERTO ERRADO
Importante: mesmo que um nó esteja aparentemente endireitado, o cabo nunca poderá render serviço
máximo, conforme a capacidade garantida. O uso de um cabo com este defeito torna-se perigoso,
podendo causar graves acidentes.
Formação do laço:
4. Superlaço: os cabos de aço utilizados nas cadeirinhas são fornecidos com olhal tipo superlaço, de
máxima segurança, inviolável por lacre prensado industrialmente com sapatilha protetora. A construção
deste superlaço é detalhado nas figuras abaixo.
Importante: mesmo sem o lacre e a sapatilha protetora, o olhal já suporta uma carga superior à carga de
trabalho do cabo (posição 5).
INSPEÇÃO: Antes de cada uso, o cabo de aço deve ser inteiramente inspecionado quanto aos seguintes
problemas:
1. Formação de nó fechado, em decorrência de manuseio incorreto.
2. Número de arames rompidos:
Cabo de aço com 4,8 mm de diâmetro: deve ser inspecionado em trechos de 3 cm de comprimento e
substituído se, em um trecho, tiver 6 arames rompidos ou se, em uma única perna, tiver 3 arames
rompidos.
Cabo de aço com 8 mm de diâmetro: deve ser inspecionado em trechos de 5 cm de comprimento e
substituído se, em um trecho, tiver 6 arames rompidos ou se, em uma única perna, tiver 3 arames
rompidos.
3. Corrosão: quando se verificar a incidência de corrosão na galvanização.
A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos mesmos.
Importante:
a) Havendo problemas em todo o cabo, ele deve ser aposentado. Havendo problemas localizados, ele
pode ser cortado e usado.
b) Ao se observar um cabo de aço, se for encontrado algum outro defeito considerado grave, o cabo deve
ser substituído, mesmo que o número admissível de arames rompidos não tenha atingido o limite
encontrado na tabela, ou até mesmo sem ter nenhum arame rompido.
MANUTENÇÃO:
1. Mantê-lo: afastado de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos afiados.
2. Armazená-lo: em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.
3. Olhal com grampos: os cabos de aço poderão ter olhal confeccionado com grampos de aço
galvanizados (fig. ao lado), conforme tabela abaixo:
Para cabo de aço com diâmetro de 4,8 mm, usa-se 3 grampos de 3/16” com espaçamento entre si de 29
mm.
Para cabo de aço com diâmetro de 8 mm, usa-se 3 grampos de 5/16” com espaçamento entre si de 48 mm.
Importante: os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o uso do cabo de aço.
4. Lubrificação: os cabos de aço da cadeira suspensa modelo CS-3 e do trava-queda XA não podem ser
lubrificados, para evitar escorregamento dos aparelhos.
MODELO XN
Só utiliza corda de nylon trançado, 12 mm de diâmetro, formada por três camadas independentes, peso de
100 g/m, resistência de 2000 kg. Maiores detalhes sobre cordas de segurança consulte o capítulo 16.
Cinturão de segurança
Todos os trava-quedas devem ser utilizados, obrigatoriamente. com cinturão de segurança tipo pára-
quedista. A ligação do aparelho ao cinturão (extensor) deve ser, obrigatoriamente, nas costas (dorsal) ou
peito (frontal). O extensor é constituído por dois mosquetões, em aço inox, interligados por (no máximo)
seis elos de corrente de aço galvanizado.
Escolha do tipo de trava-queda
Em instalações permanentes (escadas tipo marinheiro) usa cabo de aço.
Em serviços móveis, em instalações temporárias, geralmente, usa-se corda de nylon e em aplicações
envolvendo solda, produtos corrosivos, abrasão, etc. usa-se cabo de aço.
APLICAÇÕES
1- Cadeira Suspensa
Na utilização de cadeira suspensa, o Ministério do Trabalho obriga o uso de trava-quedas com cinturão de
segurança tipo pára-quedista (NR 18.15.52) com ligação dorsal ou ligação no peito.
Atualmente, em todo o mundo, está predominando o uso de trava-queda com ligação frontal (no peito),
montagem indiscutivelmente melhor que a dorsal.
Fig. 6 Fig. 7
3- A carga de ruptura da linha de segurança deve ser de, no mínimo, 15 kN para cabo de aço ou 20 kN
para corda de segurança.
4- Os trava-quedas modelos XA (para cabo de aço de 8 mm) e XN (para corda de segurança de 12 mm)
devem ser usados somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo,
dois mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.
Nota: nunca aumentar o comprimento da ligação entre o aparelho e o cinturão; no máximo usar seis elos
de corrente.
5- Colocação dos trava-quedas XA e XN:
a) Retirar o mosquetão e mover as alavancas para cima;
b) Girar o aparelho na horizontal e introduzir o cabo na sua abertura intermediária:
c) Recolocar o aparelho na vertical; o cabo se ajustará normalmente;
d) Verificar se o aparelho ficou colocado na posição correta (seta para cima), recolocar o mosquetão e
apertar a porca de sua segurança.