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Laboratório de física I
Turma PL2, Grupo7
Professores: André Miguel Trindade Pereira; Hélder Manuel Paiva Rebelo Cerejo Crespo
João Calçada, Laboratório de física I
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 2
Objetivos ....................................................................................................................................... 2
Introdução teórica......................................................................................................................... 3
Experiência .................................................................................................................................... 4
Resultados experimentais e análise .............................................................................................. 5
Conclusão .................................................................................................................................... 15
Referências .................................................................................................................................. 16
Anexo I - Dados recolhidos .......................................................................................................... 17
Anexo II – Momento em que o ponto A toca na calha ............................................................... 20
Anexo III – Momento em que o ponto A se encontra na sua altura máxima. ............................ 22
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Faculdade de ciências da universidade do Porto
João Calçada, Laboratório de física I
Introdução
Ora, este tipo de movimento pode ser observado em diversas ocasiões no nosso
quotidiano, sendo a mais comum o caso das rodas dos automóveis.
Assim, para estudar este fenómeno, optamos pela estratégia de filmar um cilindro a
rodar e através do estudo da filmagem, retirar os dados necessários para podermos tirar as
conclusões que nos interessassem.
Objetivos
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Introdução teórica
Para explicar um rolamento puro, isto é, um cilindro que roda sem escorregar, é
necessário primeiro perceber que cada ponto do cilindro, exceto o seu centro, realiza dois tipos
de movimento: Um movimento de translação com a mesma velocidade do centro de massa e
um movimento de rotação em torno do centro do cilindro.
• 𝑥𝐶 = 𝜃𝑟 ⇔ 𝑣𝑐 = 𝜔𝑟 (3)
Figura 2 – Representação gráfica da posição teórica do ponto A, do centro de massa e de um ponto do cilindro em
relação ao centro de massa.
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Experiência
Método experimental
Material:
• Cilindro;
• Câmara de filmar e tripé;
• Holofotes;
• Computador com software traker e freemaker;
• Nivelador.
Na montagem experimental tivemos de garantir que a calha estava nivelada, que o local
da experiência estava bem iluminado e de forma homogénea recorrendo a holofotes, também
tivemos o cuidado de posicionar a câmara de vídeo onde minimizasse erros de paralaxe e
captasse com melhor resolução a experiência. No lançamento do cilindro, também tivemos de
assegurar um bom alinhamento da direção com o bordo da escala, para isso, recorremos a uma
placa de alumínio à qual, antes de cada lançamento, encostávamos uma das bases do cilindro,
mesmo assim, a qualidade do lançamento dependia da perícia do lançador que tinha de evitar
obstruir a filmagem e não desalinhar o cilindro.
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Com esta análise percebemos que os ensaios mais relevantes para estudo eram o 8 e o
11 pois apresentaram um erro menor.
Embora apresente um erro pequeno, o ensaio 17 não foi analisado com maior detalhe,
pois, apresenta poucos frames, portanto, um número reduzido de dados para análise.
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Comecemos pela análise dos ensaios menos conseguidos devido ao erro no período de
rotação. Os seguintes gráficos correspondem à posição do ponto A (Azul), à posição do centro
de massa (Vermelho) e da posição do ponto A relativa ao centro de massa (Verde) em função
do tempo.
140
120
Centro de massa
100 Ponto A
60
40
20
0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
-20
[s]
Gráfico 1 - Ensaio 3
120
100
80
[Cm]
60
40
20
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00
-20 [s]
Gráfico 2 – Ensaio 13
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80
70
60
50
[Cm]
40
30
20
10
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
-10 [s]
Gráfico 3 - Ensaio 6
120
100
80
[Cm]
60
40
20
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00
[s]
-20
Gráfico 4 - Ensaio 14
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120
100
[Cm] 80
60
40
20
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00
-20 [s]
Gráfico 5 - Ensaio 1
120
100
80
[Cm] 60
40
20
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
-20 [s]
Gráfico 6 - Ensaio 10
Como se pode observar, nestes ensaios a posição do centro de massa não tem um
comportamento linear, o que revela uma perda de velocidade por parte do cilindro, não sendo
um resultado satisfatório, uma vez que, o tipo de movimento pretendido era retilíneo uniforme.
Este fenómeno está relacionado com perdas de energia, devidas ao atrito existente entre a calha
e o cilindro e entre o ar e o cilindro que, consequentemente, levam a um abrandamento do
cilindro. Também é possível ver um aumento do período correspondente ao movimento de
rotação do ponto A à volta do centro de massa, é daí que vem o erro obtido.
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Passemos agora à análise dos ensaios que apresentam dados mais convincentes. São
eles os ensaios 8 e 11.
Ensaio 8
120
Ponto A
80
Ponto A relativo ao CM
60
[Cm]
40
20
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
[s]
-20
Gráfico 7 – Ensaio 8
Este ensaio já apresenta um centro de massa cuja posição segue um crescimento linear
e o período inicial não é muito diferente do final. De salientar também a semelhança deste
gráfico ao gráfico deduzido teoricamente!
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Como já foi dito, teoricamente, o ponto A possui velocidade nula quando toca no chão.
Para verificar, fomos procurar no gráfico os pontos correspondentes a esses instantes e
traçamos uma reta com outros pontos próximos, cujo declive representa a velocidade nesse
instante. No anexo II estão presentes as imagens destes momentos.
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
[s]
Gráfico 8 – Posição do ponto A e linhas de tendência com os pontos próximos aos instantes em que A toca no chão.
Todas estas retas apresentam um declive muito próximo de zero, indo de encontro ao
previsto teoricamente.
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0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
[s]
Gráfico 9 - Posição do ponto A e linhas de tendência com os pontos próximos aos instantes em que A se situa o mais
longe da calha.
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Ensaio 11
O mesmo tratamento de dados realizado para o ensaio 8, foi feito para o ensaio 11
sendo os resultados obtidos os seguintes.
120
100
Centro de massa
80 Ponto A
Ponto A relativo ao CM
60
[Cm]
40
20
0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
[s]
-20
Gráfico 10 – Ensaio 11
Neste caso a densidade e quantidade de pontos não é tão elevada, isto porque, este
ensaio teve uma maior velocidade e, portanto, um menor número de frames (pontos), uma vez
que, o cilindro efetuou mais depressa o seu percurso.
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0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
[s]
Gráfico 11 - Posição do ponto A e linhas de tendência com os pontos próximos aos instantes em que A toca na calha.
Neste caso os valores das velocidades obtidas não foram tão próximos de 0,
consequência da menor densidade de pontos, o que nos obriga a usar pontos mais afastados do
ponto onde A toca na calha, resultando assim numa reta com um declive maior.
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Procedendo agora da mesma maneira, mas, para os pontos onde A se encontra na sua
altura máxima.
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0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
s
Gráfico 12 - Posição do ponto A e linhas de tendência com os pontos próximos aos instantes em que A se situa o mais
longe da calha.
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Conclusão
Após o estudo feito chegámos à conclusão de que este tipo de movimento, rolamento
de um cilindro, respeita algumas regras. São elas: A velocidade do ponto que se encontra em
contacto com o solo tem de ser nula, se tal não acontecesse queria dizer que o cilindro estava a
deslizar e não a efetuar um movimento de rolamento puro. A velocidade do ponto mais distante
do cilindro em relação ao solo é o dobro da velocidade do centro de massa. Para obter estas
velocidades, foi-nos requerido a existência de vários pontos da posição de A em torno desses
locais, isso apenas foi possível por utilizarmos a câmara, que captou imagens com uma diferença
temporal de apenas 0.04 segundos, estes vídeos quando aliados ao programa tracker
constituíram uma importante ferramenta que nos facilitou o nosso estudo.
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Referências
Paulo Flores; Filipe Marques – Sobre a dinâmica do carro – Teoria e aplicação, Engebook, 2017
https://www.colegioweb.com.br/composicao-dos-movimentos/movimento-de-puro-
rolamento-de-uma-roda-em-um-plano-horizontal-fixo-na-superficie-terrestre.html
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Neste anexo estão presentes os dados recolhidos para os ensaios que foram analisados
com maior detalhe.
Dados do ensaio 8
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Dados do ensaio 11
Ensaio 8
a) b)
c) d)
e)
Figura 4 – Momentos em que o ponto A (Vermelho) toca na calha para o ensaio 8. Os momentos a)->b)->c)->d)->e)
estão por ordem cronológica.
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Ensaio 11
a) b)
c) d)
e)
Figura 5 – Momentos em que o ponto A (Vermelho) toca na calha para o ensaio 11. Os momentos a)->b)->c)->d)->e)
estão por ordem cronológica.
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a) b)
c) d)
e)
Figura 6 – Momentos em que o ponto A (Vermelho) se situa o mais longe da calha para o ensaio 8. Os momentos a)-
>b)->c)->d)->e) estão por ordem cronológica.
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Ensaio 11
a) b)
c) d)
Figura 7 – Momentos em que o ponto A (Vermelho) se situa o mais longe da calha para o ensaio 11. Os momentos
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