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Introdução ao Direito Econômico

- O fim da Primeira Guerra Mundial, portanto, coincide com o surgimento da Primeira


República Alemã, instituída pela constituição elaborada e votada na cidade da Saxônia,
Weimar.

- A Constituição de Weimar, além de ser uma das primeiras constituições econômicas, é


certamente aquela que acaba influenciando as cartas constitucionais do período pós-
Primeira Guerra Mundial e que consolida a constituição econômica nas Cartas do pós-
Segunda Guerra.

- Entendem-se constituições econômicas aquelas Cartas que possuem em artigos esparsos


de seu texto ou em títulos ou capítulos específicos temas econômicos, ou seja, atribuir ao
tema econômico sentido jurídico.

- A Constituição de Weimar de 1919 vem na esteira de outros dois acontecimentos


históricos que modificam a realidade jurídico-econômica: Constituição Mexicana e
Revolução Russa, ambas de 1917.

- A Constituição de Weimar, e aquelas que nela se inspiraram ou sucederam, contribuíram


para tratar assuntos econômicos em sentido jurídico, trazendo a preocupação com a ordem
jurídico-econômica e social. Surge então um novo Direito, a disciplina do Direito
Econômico.

- O Direito Econômico é instrumento jurídico a dar segurança às práticas econômicas,


garantindo a atuação do Estado e assegurando a ordem econômica e social.

- O Direito Econômico é a disciplina autônoma do Direito, interdisciplinar jurídica e


econômica, que se ocupa do tratamento jurídico da política econômica do Estado e da
relação entre os indivíduos e os agentes do mercado, para alcançar o bem-estar social e,
consequentemente, promover o desenvolvimento socioeconômico, a partir da utilização do
princípio da economicidade, traduzindo o conceito de eficiência em justiça.

- A disciplina do Direito Econômico tem sua vertente na ordem jurídica e suas perspectivas
político-econômicas.

- A ordem política reúne os elementos que definem sistemas e regimes políticos, que, por sua
vez, estarão inseridos na Constituição.
- A ordem econômica é constituída de princípios econômicos segundo valores da disciplina
econômica que, em harmonia, apresentam uma concepção teórica do modelo econômico
(sistema econômico) ou a realidade do modelo econômico (regime econômico).

- A ordem jurídica é o conjunto de normas da disciplina jurídica que, em harmonia, define a


concepção teórica e o Direito vigente.

- O Estado realiza seu dirigismo da economia por meio de políticas econômicas.

- A "Análise Econômica do Direito", para uns também "Economia Aplicada ao Direito", ou


ainda Law and Economics, implica na análise de atos e fatos de acordo com as regras da
Ciência Econômica, o que resultará naquilo "economicamente
certo".

- A decisão do jurista, portanto, não se detém ao "certo econômico" obtido a partir de


expressões meramente matemáticas; visa ao "certo-justo" das teorias econômicas aplicadas
à realidade social jungida às normas jurídicas, baseando-se,
dessa forma, no "princípio da economicidade" .

- O princípio da economicidade é o critério que condiciona as escolhas feitas pelo Estado, ao


regular a atividade econômica, de modo que o resultado final seja o mais vantajoso diante
dos custos sociais envolvidos.

- O Estado, para implantar sua política econômica, deve atentar para o "princípio da
eficiência", seja exercendo uma atividade econômica, seja normatizando a atividade
econômica, seja estimulando, favorecendo ou planejando a atividade econômica.

- O Direito Econômico não se ocupa apenas de legislações de cunho econômico; é uma


disciplina autônoma que versa sobre o campo político-econômico, apresentando regras
próprias, princípios específicos e normas distintas dos demais ramos do Direito.

- O Direito Econômico não se enquadra na definição tradicional do Direito, pois, ao mesmo


tempo em que é Público, já que a política econômica definida pelo Estado interessa à
coletividade, também é Privado, dada a relevância da iniciativa privada na realidade
econômica do Estado.

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