Você está na página 1de 30

PROFESSOR HENRIQUE NERY

EMAIL: hjnery@gmail.com
 Apesentar ementa e plano de curso – arquivo em word;

 Dados: hjnery@gmail.com

Email da turma?? Qual melhor contato??

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 2


 Sistema de avaliação:
 Prova + Trabalho = Nota
 Peso da prova = 0,6
 Peso do trabalho = 0,4

PROVA*(0,6) + TRABALHO*(0,4) = NOTA FINAL

• Nas provas poderá haver consulta a material de apoio;


• Se o aluno for pego colando terá sua prova tomada e sua nota será ZERO. Em caso de
trabalhos iguais os mesmos terão nota ZERO

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 3


 O concreto moderno, utilizado atualmente para a construção dos mais diversos tipos

de estrutura é fruto do trabalho de inúmeros homens no decorrer da história, que


durante milhares de anos observaram a natureza e se dedicaram em aperfeiçoar
materiais, técnicas, teorias e formas estruturais.

 O concreto mais antigo encontrado até hoje data de 5600 a.C., confeccionado em

Lepenski Vir Iugoslávia, foi o piso de um casebre, tinha 250 mm de espessura. Era
constituído de uma mistura de cal, argila e agregados. Já em 2500 a.C. a primeira
das pirâmides Egípcias na cidade de Gisé foi parcialmente construída em concreto.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 4


 Linha do tempo da evolução do concreto
 Concreto Antigo: 5000 a.C. – 100 a.C.;

 Concreto Romano: 100 a.C. – 400 d.C.;

 Concreto Medieval: 1200 d.C. – 1600 d.C.;

 Concreto da Revolução Industrial: 1600 d.C. – 1800 d.C.

 Concreto Moderno: 1800 d.C em diante

 Concreto com Agregados Reciclados 1946 d.C.

 Concreto de Alto Desempenho 1990 d.C.

 C.A.D. com Agregados Reciclados 2000 d.C.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 5


 O uso do concreto no Brasil começou no limiar do século XX e não parou mais.
Apesar do Brasil não ter participado na descoberta do concreto, já que as
pesquisas tecnológicas na Europa e Estados Unidos eram bem mais avançadas que
as nossas na época, soube muito bem usá-lo de forma criativa, ousada e
eficiente, como comprovam o nosso acervo de obras por todo o país. Hoje, além
das contribuições construtivas, o Brasil participa efetivamente no
desenvolvimento tecnológico do concreto, e da ciência da engenharia como
um todo.
 Segundo VASCONCELOS (1992), a primeira obra em concreto do Brasil de que se
tem notícia é de 1892. Consistia da construção de casas de habitação sob a
responsabilidade do engenheiro Carlos Poma.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 6


 Emílio Henrique Baumgart
 Blumenau, 25 de Maio se 1889 – Rio de Janeiro 9 de outubro de 1943.
 1913 - elaborou alguns dos primeiros projetos em concreto armado do
Brasil, como a ponte Maurício de Nassau em Recife.

 Emílio Henrique Baumgart destacou-se como engenheiro projetista inovador, vindo a receber

o título de "Pai do Concreto Armado" pelos profissionais do ramo no Brasil.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 7


 Alguns dos principais projetos de estruturas de Baumgart

 Ponte Maurício de Nassau, no Recife, PE (1913)

 Hotel Glória, no Rio de Janeiro (1922)

 Copacabana Palace, no Rio de Janeiro (1923)

 Cinema Capitólio, no Rio de Janeiro (1924)


Viaduto Santa Tereza, em Belo
 Ponte dos Arcos, em Indaial (1926) Horizonte,
uma das obras de Emilio H. Baumgart

 Edifício "A Noite" (com Joseph Gire), no Rio de Janeiro (1928)

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 8


Ponte sobre o Rio das Antas – Rio Grande do Sul

 Antônio Alves de Noronha

Ponte Rio-Niterói – Rio de Janeiro

 A ponte do Rio das Antas possui um vão livre em 186 metros, 287,7 metros de extensão
e uma altura de 46 metros. Foi a maior ponte construída na época, em toda a América
Aula 1 - Professor: Henrique Nery 9
 Joaquim Maria Moreira Cardozo (1897- 1979):
Especializado em cálculo de estruturas, notabilizou-se
pela sua colaboração com o arquiteto Oscar Niemeyer

Catedral de Brasília- Brasília

Palácio do Planalto - Brasília

Aula 1 - Professor: Henrique Nery Palácio do Congresso Nacional - Brasília 10


 1940 - Começa a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), com Rodrigo Melo Franco, Lucio Costa e Burle
Marx

 1941/1945 - Conhece o arquiteto Oscar Niemeyer é é convidado para fazer os cálculos estruturais do conjunto da Pampulha

 1956/1964 - Realiza o cálculo estrutural de alguns dos mais importantes edifícios de Brasília

 1962 - Paraninfo da turma de arquitetos do Recife

 1971 - Desaba o Pavilhão de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte, vitimando quase oitenta operários (4 de fevereiro).

Aula 1 - Professor: Henrique Nery


Pampulha - Igreja São Edifício JK – BH – Minas
11
Francisco de Assis Gerais
 O desastre é considerado até hoje, o maior da construção civil brasileira: 10 mil
toneladas de laje vieram abaixo
 No dia do desabamento, 512 trabalhadores haviam batido cartão. Era uma quinta-
feira. O registro de 69 mortos é restrito aos corpos resgatados dos escombros, depois
da queda da laje de quase 10 mil toneladas no pavilhão projetado pelo arquiteto
Oscar Niemeyer. O número de vítimas não inclui os óbitos posteriores, nos hospitais.
Houve pelo menos 100 feridos. A perícia constatou falha técnica

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 12


ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – 1937

NBR – Norma brasileira Registrada no Inmetro.


Para o engenheiro de estruturas de concreto armado, são de maior interesse as seguintes normas:

- NBR-6118 : Projeto de estruturas de concreto;

- NBR-14931 : Execução de estruturas de concreto;

- NBR-9062 : Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;

- NBR-7187 : Cálculo e execução de pontes de concreto armado;

- NBR- 6122: Projeto e execução de fundações;

- NBR-6120 : Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;

- NBR-6123 : Forças devidas ao vento em edificações;

- NBR-7480 : Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;

- NBR-8681 : Ações e segurança nas estruturas.

Dessas, a que está mais estreitamente ligada ao engenheiro de edificações de concreto armado, é a NBR-6118/2014, classificada como nível
3.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 13


 Concreto é um material de constituição proveniente da mistura, em proporção
adequada, de: aglomerantes, agregados e água.

o Aglomerantes: unem os fragmentos de outros materiais. No concreto, em geral se


emprega cimento portland, que por ser um aglomerante hidráulico, reage com
a água e endurece com o tempo.

o Agregados: são partículas minerais que aumentam o volume da mistura,


reduzindo seu custo, além de contribuir para estabilidade volumétrica do produto
final. Dependendo das dimensões características Ø, dividem-se em dois grupos:
• Agregados miúdos: 0,075mm < Ø < 4,8mm. Exemplo: areias.
• Agregados graúdos: Ø ≥ 4,8mm. Exemplo: pedras.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 14


 Também é frequente o emprego de aditivos e adições na composição do concreto.

 Aditivos: são utilizados na composição  Adições: constituem materiais que, em


do concreto com a finalidade de dosagens adequadas, podem ser
melhorar ou modificar suas incorporados aos concretos ou
propriedades básicas, no sentido de inseridos nos cimentos ainda na
melhorar o concreto para fábrica, o que resulta na diversidade
determinadas condições. Os principais de cimentos comerciais. Os exemplos
utilizados são: plastificantes, mais comuns de dições são: escória
retardadores de pega, aceleradores de de alto forno, cinza volante, sílica ativa
pega, incorporadores de ar, super de ferro-silício e metacaulinita.
plastificantes.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 15


o Pasta: Resulta das reações químicas do cimento com a água. Quando há água em
excesso, denomina-se nata.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 16


o Argamassa: Provém da pela mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou seja,
pasta com agregado miúdo.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 17


o Concreto simples: É formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado
graúdo, ou seja, argamassa e agregado graúdo.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 18


 Argamassa armada: é constituída por agregado miúdo e pasta de cimento, com
armadura de fios de aço de pequeno diâmetro, formando uma tela.

 Concreto de alto desempenho: é obtido por meio da mistura de cimento e


agregados convencionais com sílica ativa e aditivos plastificantes. Apresenta
propriedades melhores que o concreto tradicional. Em vez da sílica ativa, pode-se
também utilizar cinza volante ou resíduo de alto forno.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 19


 Depois de endurecer o concreto aparenta:

 Boa resistência à compressão;

 Baixa resistência à tração;

 Comportamento frágil, isto é, rompe com pequenas deformações.

 Na maior parte das aplicações estruturais, para melhorar as características do

concreto, ele é usado junto com outros materiais.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 20


 Concreto armado: É a associação do concreto simples com uma armadura,
usualmente constituída por barras de aço. Os dois materiais devem resistir
solidariamente aos esforços solicitantes. Essa solidariedade é garantida pela
aderência.

 Concreto protendido: No concreto armado, a armadura não tem tensões iniciais.


Por isso, é denominada armadura frouxa ou armadura passiva. No concreto
protendido, pelo menos uma parte da armadura tem tensões previamente
aplicadas, denominada armadura de protensão ou armadura ativa.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 21


 Vantagens do concreto armado:
 É moldável;
 Boa resistência à maioria dos tipos de solicitação;
 Estrutura é monolítica, ou seja, todo conjunto trabalha quando solicitado;
 Baixo custo de materiais;
 Baixo custo de mão-de-obra;
 Processos construtivos conhecidos e difundidos;
 Facilidade e rapidez na execução;
 O concreto é durável e protege armação contra corrosão;
 Baixo gasto com manutenção;
 Pouco permeável à agua;
 Boa resistência ao fogo, choques e vibrações, efeitos térmicos,
atmosféricos e a desgastes mecânicos.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 22


 Restrições do concreto armado:
 Baixa resistência à tração;
 Fragilidade;
 Peso próprio elevado;
 Custo de formas para montagem;
 Corrosão das armaduras;
 Dificuldade em adaptações posteriores.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 23


 Tanto a retração quanto a fluência dependem da estrutura interna do concreto.
Portanto, para minimizar seus efeitos, adequada atenção deve ser dada a todas as
fases de preparação, desde a escolha dos materiais e da dosagem até o
adensamento e a cura do concreto colocado nas fôrmas.
 A fluência depende também das forças que atuam na estrutura. Portanto, um
programa adequado das fases de carregamento, tanto na fase de projeto quanto
durante a construção, pode atenuar os efeitos da fluência.
 A baixa resistência à tração pode ser contornada com o uso de adequada
armadura, em geral constituída de barras de aço, obtendo-se o concreto armado.
Além de resistência à tração, o aço garante ductilidade e aumenta a
resistência à compressão, em relação ao concreto simples.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 24


 Em peças comprimidas, como nos pilares, os estribos, além de evitarem a
flambagem localizada das barras, podem confinar o concreto, o que também
aumenta sua ductilidade.
 A fissuração pode ser contornada ainda na fase de projeto, com armação
adequada e limitação do diâmetro das barras e da tensão na armadura.
 Também é usual a associação do concreto com pelo menos uma parte de
armadura ativa, ou seja, com tensões prévias, formando o concreto
protendido.
 A utilização de armadura ativa tem como principal finalidade aumentar a
resistência da peça, o que possibilita a execução de grandes vãos ou o uso de
seções menores, diminuindo o peso próprio, sendo que também se obtém
uma melhora do concreto com relação à fissuração.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 25


 A padronização de dimensões, a pré-moldagem e o uso de sistemas
construtivos adequados permitem a racionalização do uso de fôrmas, levando
a economia neste quesito. Outro fator pode contribuir para maior reutilização de
fôrmas é o uso de materiais alternativos, como o plástico.

 A corrosão da armadura pode ser prevenida com controle da fissuração e


com o uso de adequado do cobrimento da armadura, cujo valor depende do
grau de agressividade do ambiente em que a estrutura for construída.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 26


 Concreto armado: é o material construtivo mais utilizado no mundo (consumido)

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 27


 Aplicações do concreto:
 Edifícios: mesmo que a estrutura principal não seja de concreto, alguns
elementos serão;
 Obras hidráulicas e de saneamento: barragens, tubos, canais,
reservatórios, estações de tratamento etc;
 Galpões e pisos industriais ou para fins diversos;
 Rodovias: pavimentação de concreto, pontes, viadutos, passarelas, túneis,
galerias, obras de contenção etc;
 Estruturas diversas: elementos de cobertura, chaminés, torres, postes,
mourões, dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais, fundações de
máquinas etc.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 28


 Estrutura é a parte resistente da construção e tem as funções de resistir as
ações e as transmitir para o solo.

Lajes: são placas que, além das cargas permanentes, recebem as ações de
uso e as transmitem para os apoios; travam os pilares e distribuem as ações
horizontais entre os elementos de contraventamento;
Vigas: são barras horizontais que delimitam as lajes, suportam paredes e
recebem ações das lajes ou de outras vigas e as transmitem para os apoios;

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 29


Pilares: são barras verticais que recebem as ações das vigas ou das lajes e
dos andares superiores as transmitem para os elementos inferiores ou para a
fundação;
Fundação: são elementos como blocos, lajes, sapatas, vigas, estacas etc.,
que transferem os esforços para o solo.

Aula 1 - Professor: Henrique Nery 30

Você também pode gostar