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ANÁLISE DE RISCO
ÍNDICE:
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................................4
1.1 SUMÁRIO EXECUTIVO...................................................................................................................................................4
1.2 RESULTADOS E CONCLUSÕES .......................................................................................................................................6
Risco Individual ...................................................................................................................................................................6
Risco Social .........................................................................................................................................................................7
1.3 RESULTADOS E CONCLUSÕES COM AS MEDIDAS MITIGADORAS...................................................................................8
1.3 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................10
1.4 DESCRIÇÃO GERAL DAS INSTALAÇÕES E DO PROCESSO .............................................................................................10
1.4.1. Descrição do Processo ......................................................................................................................................11
1.4.1 Descrição do Sistema de Combate a Incêndio...................................................................................................12
2. OCUPAÇÃO DA VIZINHANÇA ..................................................................................................................................13
2.1 CARACTERÍSTICAS METEOROLÓGICAS .............................................................................................................................15
3. PRODUTOS ENVOLVIDOS NOS PROCESSOS E QUANTIDADES MOVIMENTADAS...................................17
3.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................17
3.2 QUANTIDADE DE PRODUTOS MOVIMENTADOS ...........................................................................................................17
3.3 TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS .....................................................................................................................17
4. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS ..............................................................................................................................18
4.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................18
4.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP) ..................................................................................................................18
4.2.1 Metodologia de Análise .....................................................................................................................................18
4.2.2 Realização da APP ............................................................................................................................................26
4.2.3 Planilhas da APP...............................................................................................................................................26
4.2.4 Estatísticas dos Cenários de Acidentes..............................................................................................................26
4.3 CENÁRIOS ESCOLHIDOS ..............................................................................................................................................28
5. CÁLCULO DAS FREQUÊNCIAS DOS CENÁRIOS DE ACIDENTE E VULVERABILIDADE .........................30
5.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................................30
5.2 FREQUÊNCIA DOS EVENTOS INICIADORES ..................................................................................................................35
5.3 ÁRVORES DE EVENTOS ...............................................................................................................................................45
5.3.1 Características das Árvores de Eventos ............................................................................................................45
5.4. CÁLCULO DAS FREQUÊNCIAS DOS CENÁRIOS DE ACIDENTE .......................................................................................50
5.4.1. Equação da Freqüência dos Cenários...............................................................................................................50
5.4.2 Itens dos Cabeçalhos das Árvores de Eventos...................................................................................................51
5.5. CARACTERIZAÇÃO DOS CENÁRIOS ESCOLHIDOS ........................................................................................................57
5.5.1. Caracterização dos cenários críticos ................................................................................................................58
5.6 CÁLCULO DAS ÁREAS VULNERÁVEIS .........................................................................................................................73
5.6.1 Área Vulnerável a Nuvem de Gás Tóxico ..........................................................................................................75
5.6.2 Área vulnerável a Radiação Térmica ................................................................................................................76
5.6.3 Área Vulnerável a Explosões .............................................................................................................................78
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ANÁLISE DE RISCO
9. EQUIPE TÉCNICA.......................................................................................................................................................110
10. ANEXOS.........................................................................................................................................................................111
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ANÁLISE DE RISCO
1. INTRODUÇÃO
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ANÁLISE DE RISCO
Resumo da Metodologia:
Esta análise foi feita utilizando-se técnicas de análise de risco, que por sua vez, compõem-se de
um conjunto de procedimentos qualitativos, quantitativos e modelos de cálculo, cuja aplicação
sistemática resulta na identificação dos perigos potenciais decorrentes da operação de uma
instalação industrial e na avaliação/quantificação dos efeitos físicos e riscos devido a liberação
de substâncias inflamáveis.
As etapas da Análise de Risco das Instalações da EMPRESA, foram feitas da seguinte forma:
1. Definição dos objetivos da análise e delimitação das fronteiras abrangidas pela análise,
tomando-se como base as exigências da Notifição n o do Processo n o emitida pela FEEMA -
Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente.
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ANÁLISE DE RISCO
Risco Individual
Segundo o critério adotado pela Feema, o risco individual considerado intolerável para a
população externa é de 1.0E-05 / ano para instalações já existentes. Da figura 1.1, observamos
que a curva de 1.0 E-05/ano ultrapassa os limites da EMPRESA, demonstrando que as
instalações da EMPRESA precisam de medidas para redução do risco individual.
F I G U R A 1.1 C U R V A D E I S O -R I S C O P AR A A S I N S T AL AÇ Õ E S D A EMPRESA
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ANÁLISE DE RISCO
Risco Social
A figura 1.2 mostra o gráfico contendo as curvas de aceitabilidade adotadas pela FEEMA e a
simples observação da curva F X N da instalação da EMPRESA demonstra que o risco social é
aceitável.
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ANÁLISE DE RISCO
Risco Individual
Segundo o critério adotado pela FEEMA, o risco individual considerado intolerável para a
população externa é de 1.0E-05 / ano para instalações já existentes. Da figura 1.1, observamos
que a curva de 1.0 E-05/ano ultrapassa os limites da EMPRESA em cerca de 10 metros para o
lado Oeste sem alcançar ocupação sensível. Vale ressaltar que o risco social da EMPRESA está
dentro da região de aceitabilidade.
F I G U R A 1.1- C U R V AS D E I S O R I S C O P AR A A EMPRESA
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ANÁLISE DE RISCO
Risco Social
A figura 1.2 mostra o gráfico contendo as curvas de aceitabilidade adotadas pela Feema. A
curva F X N da instalação da EMPRESA aparece no gráfico dentro da região de risco aceitável.
F I G U R A 1.2 C O M P A R A Ç Ã O D O R I S C O P A R A A P O P U L A Ç Ã O E X T E R N A C O M O C R I T É R I O D E A C E I T A B I L I D A D E – FEEMA
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ANÁLISE DE RISCO
1.3 Introdução
R ISCOS , TAIS COMO : DESCRIÇÃO GERAL DAS INSTALAÇÕES , DESCRIÇÃO DO PROCESSO , SISTEMAS DE
ENVOLVIDOS NO PROCESSO .
A FÁBRICA DA EMPRESA CONTA COM um EFETIVO DE 47 FUNCIONÁRIOS , TEM COMO ATIVIDADE PRINCIPAL
O SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO UTILIZA A MÔNIA COMO SUBSTÂNCIA REFRIGERANTE , SENDO ESTE SISTEMA
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ANÁLISE DE RISCO
A FASE LÍQUIDA DOS TANQUES SEGUEM PARA OS SEPARADORES DE LÍQUIDO DAS CAMARAS DE
RESFRIAMENTO ATRAVÉS DE UMA LINHA DE ¾”, ONDE SE EXPANDE / RESFRIA , MANTENDO - SE EM EQUILÍBRIO
À TEMPERATURA DE -5 °C E TROCANDO CALOR NOS EVAPORADORES DAS CÂMARAS PARA MANTÊ - LAS
REFRIGERADAS .
O UTRAS 2 LINHAS DE LÍQUIDO DE 1” SAEM DOS TANQUES E SEGUEM PARA SEPARADORES DE LÍQUIDO EM
0
CASCATA , SAINDO DO PRIMEIRO A –5 C E INDO PARA O SEGUNDO SEPARADOR DE LÍQUIDO , ONDE
D AS PARTES INFERIORES DE CADA SEPARADOR DE LÍQUIDO SAI UMA TUBULAÇÃO DE 3’’, PARA AS BOMBAS
DE DESLOCAMENTO POSITIVO , ONDE A AMÔNIA LÍQUIDA SEGUE PARA O “ HEADER ” COM REGISTROS DE
DOS SEPARADORES DE ONDE É SUCCIONADO PELOS 5 COMPRESSORES QUE COMPRIMEM A UMA PRESSÃO
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ANÁLISE DE RISCO
O SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DA EMPRESA CONTA COM UMA RÊDE DE HIDRANTES
ESPALHADOS PELA ÁREA DA FÁBRICA DE FORMA ESTRATÉGICA PARA PROTEGER TODOS OS PONTOS
DA INSTALAÇÃO . A LÉM DISSO , EXISTEM EXTINTORES DE INCÊNDIO LOCALIZADOS JUNTO AOS PONTOS
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ANÁLISE DE RISCO
2. Ocupação da Vizinhança
A REGIÃO ONDE A EMPRESA ESTÁ SITUADA É OCUPADA POR ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E
RESIDÊNCIAS .
O M APA DE S ITUAÇÃO DA EMPRESA E SUAS OCUPAÇÕES SENSÍVEIS ESTÁ APRESENTADO NA F IGURA 2.1
E A TABELA 2.2 DESCREVE A LOCALIZAÇÃO NO MAPA (ID), O TIPO DE OCUPAÇÃO , A POPULAÇÃO ,
T AB E L A 2.2 D I S T R I B U I Ç Ã O D A P O P U L AÇ Ã O N A R E G I Ã O
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 2.1 – M AP A D E S I T U AÇ Ã O D A EMPRESA
A OCUPAÇÃO SENSÍVEL MAIS PRÓXIMA DA FÁBRICA É A U NIVERSIDADE A 280 METROS E UMA ESCOLA
LOCALIZADA A 400 M A S UDESTE . O UTRA O CUPAÇÃO IMPORTANTE COM GRANDE POPULAÇÃO NOS FINAIS DE
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ANÁLISE DE RISCO
Abaixo são apresentados os parâmetros climáticos que podem afetar a dispersão de nuvens
geradas por liberações de substâncias tóxicas e/ou inflamáveis.
A tabela 2.3 apresenta as freqüências de vento na Região da EMPRESA, que foram obtidas a
partir de dados da estação do Aeroporto fornecidos pela Infraero. As velocidades médias
consideradas na tabela, representam as seguintes faixas de velocidades:
T AB E L A 2.3 - F R E Q U Ê N C I A D E V E N T O S N A R E G I Ã O D A EMPRESA
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ANÁLISE DE RISCO
Altura do anemômetro: 10 m
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ANÁLISE DE RISCO
3.1 Introdução
O conhecimento das características dos produtos utilizados é fundamental para a análise de risco
das instalações da Empresa.
Para tal, foi utilizado o Banco de Dados CHEMINFO (Referência 8.10) para obter as propriedades
físico-químicas , caracterização quanto à toxicidade e inflamabilidade dos produtos inflamáveis
manuseados nas instalações da EMPRESA. As características dos produtos – FISPQ, utilizados
na empresa são apresentadas no capítulo de Anexos - Anexo 3.
EMPRESA .
T AB E L A 3.5- Q U AN T I D AD E M O V I M E N T AD A D O P R I N C I P AL P R O D U T O P E R I G O S O
A Amônia é o único produto perigoso recebido na EMPRESA. O produto é utilizado para reposição
das perdas do sistema de Amônia, sendo entregue a cada 6 meses 700 kg em cilindros que são
imediatamente transferidos para o processo. O fornecedor utiliza a Rodovia como via de acesso.
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ANÁLISE DE RISCO
4.1 Introdução
P ERIGOS (APP).
A SEÇÃO 4.2 APRESENTA A A NÁLISE P RELIMINAR DE P ERIGOS (APP), QUE TEVE A PARTICIPAÇÃO DO
OBTIDOS .
PERIGOS QUE PODEM SER CAUSADOS DEVIDO À OCORRÊNCIA DE EVENTOS INDESEJÁVEIS . E STA
METODOLOGIA PODE SER USADA PARA SISTEMAS EM INÍCIO DE DESENVOLVIMENTO OU EM FASE DE
PROJETO E , TAMBÉM , COMO REVISÃO GERAL DE SEGURANÇA DE SISTEMAS JÁ EM OPERAÇÃO . N A APP SÃO
O ESCOPO DA APP ABRANGE TODOS OS EVENTOS PERIGOSOS CUJAS CAUSAS TENHAM ORIGEM NAS
COMO EVENTUAIS ERROS OPERACIONAIS ( ERROS HUMANOS ). F ICAM EXCLUÍDOS DA ANÁLISE OS EVENTOS
PERIGOSOS CAUSADOS POR AGENTES EXTERNOS , TAIS COMO QUEDAS DE AVIÕES OU HELICÓPTEROS ,
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ANÁLISE DE RISCO
TERREMOTOS E INUNDAÇÕES . T AIS EVENTOS EXTERNOS FORAM EXCLUÍDOS POR SEREM AS SUAS
INDESEJÁVEIS :
A realização da análise foi feita através do preenchimento de uma planilha de APP para cada
módulo de análise da instalação. A planilha utilizada nesta APP, mostrada na figura 4.1 , contém
9 colunas, as quais foram preenchidas conforme a descrição apresentada a seguir.
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 4.1 - P L AN I L H A U T I L I Z AD A P AR A A A N Á L I S E P R E L I M I N AR D E P E R I G O S
1ª coluna: Perigo
Esta coluna contém os perigos identificados para o módulo de análise em estudo. De uma forma
geral, os perigos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos às instalações, aos
operadores, ao público ou ao meio ambiente. Portanto, os perigos de uma forma geral, referem-se
a eventos tais como liberação de material inflamável e tóxico.
2ª coluna: Causa
As causas de cada perigo são discriminadas nesta coluna. Estas causas podem envolver tanto
falhas intrínsecas de equipamentos (vazamentos, rupturas, falhas de instrumentação, etc), bem
como erros humanos de operação e manutenção.
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ANÁLISE DE RISCO
4ª coluna: Efeito
Os possíveis efeitos danosos de cada perigo identificado foram listados nesta coluna. Os
principais efeitos dos acidentes envolvendo substâncias inflamáveis e tóxicas incluem:
⋅ incêndio em nuvem;
⋅ explosão de nuvem;
⋅ incêndio em poça;
⋅ nuvem tóxica;
No âmbito desta APP, um cenário de acidente é definido como o conjunto formado pelo perigo
identificado, suas causas e cada um dos seus efeitos. Exemplo de cenário de acidente possível:
De acordo com a metodologia de APP adotada neste trabalho, os cenários de acidentes foram
classificados em categorias de freqüência, as quais fornecem uma indicação qualitativa da
freqüência esperada de ocorrência para cada um dos cenários identificados, conforme tabela 4.1.
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ANÁLISE DE RISCO
Também de acordo com a metodologia de APP adotada neste trabalho, os cenários de acidentes
foram classificados em categorias de severidade, as quais fornecem uma indicação qualitativa do
grau de severidade das conseqüências de cada um dos cenários identificados, dentro e fora da
fábrica. As categorias de severidade utilizadas no presente trabalho estão na tabela 4.2.
8ª coluna: Medidas/Observações
Esta coluna contém as medidas que devem ser tomadas diminuir a freqüência ou severidade do
acidente ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em estudo. A letra (E) -
Existente nesta coluna indica que as medidas já foram tomadas.
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 4.1 - C AT E G O R I AS D E F R E Q Ü Ê N C I AS D O S C E N Á R I O S U S AD AS N A APP
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 4.2 - C AT E G O R I A D E S E V E R I D AD E D AS C O N S E Q Ü Ê N C I AS D O S C E N Á R I O S
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 4.2 - M AT R I Z D E C L AS S I F I C AÇ Ã O D E R I S C O S U S AD A E M APP
FREQÜÊNCIA
A B C D E
S
IV E
V
E
III R
I
D
II A
D
E
I
SEVERIDADE FREQÜÊNCIA
RISCO
(1) DESPREZÍVEL
(2) MENOR
(3) MODERADO
(4) SÉRIO
(5) CRÍTICO
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ANÁLISE DE RISCO
F OI FEITA UMA APRESENTAÇÃO DOS OBJETIVOS DO TRABALHO E DA METODOLOGIA DE APP PARA QUE
SEVERIDADE .
A NEXOS - A NEXO 4.
QUANTIDADE DE CENÁRIOS EM CADA UMA DAS CATEGORIAS . V ERIFICAMOS QUE 30 CENÁRIOS FORAM
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 4.3 - N Ú M E R O D E C E N Á R I O S C L AS S I F I C AD O S E M C AD A C AT E G O R I A D E R I S C O
A B C D E
16 16
IV
16
III
II
15 1 15 I
RISCO
(1) DESPREZÍVEL
(2) MENOR
(3) MODERADO
(4) SÉRIO
(5) CRÍTICO
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ANÁLISE DE RISCO
A tabela 4.3 apresenta os cenários que serão objetos da análise quantitativa, considerando a
configuração do sistema estudado.
Os cenários classificados nas categorias de severidade 3 e 4 foram escolhidos para este estudo
por serem os cenários onde foram previstas os maiores danos, e que têm potencial para gerar
danos à população exposta dentro e fora dos limites da propriedade da EMPRESA.
T AB E L A 4.3 - C E N Á R I O S E S C O L H I D O S P AR A S I M U L AÇ Õ E S D E C O N S E Q Ü Ê N C I AS :
C ENÁRIO
EI-01- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura de 05, 06, 07, 08
linha de NH3 líquida no trecho compreendido entre a saída dos tanques de
amônia e os tanques de expansão da câmara de salgados e o da câmara de
laticínios
EI-02- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a r uptura de 09, 10, 11, 12
linha de NH3 líquida no trecho compreendido entre a saída do tanque de expansão da
câmara de salgados até os evaporadores da câmara
EI-03- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a Ruptura de 13, 14, 15, 16
linha de NH3 gás entre a saída dos evaporadores das câmaras de salgados e
a de laticínios e os compressores de NH3, passando pelos tanques de
expansão
EI-04- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a r uptura de 17, 18,19,20
linha de NH3 líquido no trecho entre a bomba de NH3 da câmara de laticínios e os
evaporadores;
EI-05- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a r uptura do 21,22,23,24
tanque de estocagem de Amônia
EI-06- Grande liberação de substância tóxica/inflamável-Amônia, devido r uptura 31,32,33,34
no trecho de linha de NH3 gás entre os tanques 1 , 2 e 3
EI-07- Grande liberação de substância tóxica/inflamável-Amônia, devido r uptura 37,38,39,40
no trecho de linha de NH3 líquida entre os tanques 1 , 2 e 3 até o separador
intermediário
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 4.3 - C E N Á R I O S E S C O L H I D O S P AR A S I M U L AÇ Õ E S D E C O N S E Q Ü Ê N C I AS :
C ENÁRIO
EI-08- Grande liberação de substância tóxica/inflamável, devido a ruptura no 41,42,43,44
trecho de linha de NH3 líquida entre os tanques 1 , 2 e 3 até o separador
separador 2
EI-09- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 46, 47, 48, 49
trecho de linha de transferência de NH3 líquida entre o separador
intermediário e o separador 1.
EI-10- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 51, 52, 53, 54
trecho de linhas de gás dos vasos separadores 1 e 2 até os compressores.
EI-11- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 60, 61,62, 63
trecho de linha de líquido das bombas de NH3 até os evaporadores da câmara
de congelados.
EI-12- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 64, 65, 66, 67
trecho de linha de líquido das bombas de NH3 até os evaporadores da câmara
de carnes.
EI-13- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 68, 69, 70, 71
trecho de linha de gás entre os evaporadores das câmaras de congelados e o
separador 1.
EI-14- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 72, 73, 74, 75
trecho de linha de gás entre os evaporadores das câmaras de carnes e o
separador 2.
EI-15- Grande liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura no 76, 77, 78, 79
trecho de linha de gás da descarga dos compressores até os tanques de
estocagem, passando pelos condensadores.
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ANÁLISE DE RISCO
5.1 Introdução
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ANÁLISE DE RISCO
Em caso de ocorrência de um vazamento de líquido inflamável (não tóxico), por exemplo, o risco
pode ser avaliado, utilizando-se o esquema de cálculo representado pela Árvore de Eventos (AE)
genérica mostrada na figura 5.1, cuja construção é explicada a seguir.
No caso de uma liberação de líquido inflamável em uma instalação industrial qualquer, a primeira
pergunta a ser feita na AE corresponde à ocorrência ou não de ignição imediata. Em caso
afirmativo (ramo superior), tem-se a ocorrência de um incêndio em poça, cuja radiação térmica
pode causar danos às pessoas e às estruturas nas imediações da poça.
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 5.1 – Á R V O R E D E E V E N T O S G E N É R I C A
Evento Ignição Direção Velocidade do Ignição Incêndio Cenário dos acidentes
iniciador 1 imediata do vento Vento retardada Explosão Id
S 1 Incêndio em poça
E 3 Explosão
N 4 Dispersão
E 6 Explosão
N 7 Dispersão
E 9 Explosão
N 10 Dispersão
E 12 Explosão
N 13 Dispersão
E 15 Explosão
N 16 Dispersão
E 18 Explosão
N 19 Dispersão
E 21 Explosão
N 22 Dispersão
E 24 Explosão
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 5.1 – Á R V O R E D E E V E N T O S G E N É R I C A - C O N T I N U AÇ Ã O
Evento Ignição Direção Velocidade do Ignição Incêndio
iniciador 1 imediata do vento Vento retardada Explosão Id Cenário dos acidentes
N 25 Dispersão
E 27 Explosão
N 28 Dispersão
E 30 Explosão
N 31 Dispersão
E 33 Explosão
...
N 34 Dispersão
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ANÁLISE DE RISCO
Caso não ocorra ignição imediata do líquido derramado, dá-se a formação de uma nuvem de
vapor que é transportada pelo vento.
Após a construção das árvores de eventos para cada evento iniciador, a freqüência de cada
cenário é obtida multiplicando-se a freqüência do evento iniciador pelas probabilidades dos itens
do cabeçalho da árvore (ignição imediata, sistema de controle do vazamento, direção e
velocidade do vento, etc.)
Assim, para a árvore genérica da figura 5.1 temos, por exemplo, o valor da freqüência do cenário
2 é dado por:
A primeira etapa para o cálculo das freqüências dos cenários consiste na obtenção das
freqüências dos eventos iniciadores, como apresentado no item 5.2. Os itens 5.3 e 5.4 estão
relacionados, respectivamente, com as árvores de eventos e o cálculo das freqüências dos
cenários.
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ANÁLISE DE RISCO
Para o cálculo das freqüências de cada Evento Iniciador (EI) foram somadas as freqüências de
cada uma das causas associadas ao EI, além de se considerar o tempo de operação, já que o
sistema não opera 24 horas por dia.
A freqüência de cada evento iniciador foi obtida, em quase todos os casos, multiplicando-se o
número de componentes pela freqüência de ruptura de cada componente, tendo como base a
tabela 5.1, cujos dados foram extraídos de banco de dados e literatura internacional.
As tabelas 5.2 a 5.16 apresentam o cálculo das freqüências para os eventos iniciadores
selecionados na APP.
T AB E L A 5.1 – F R E Q Ü Ê N C I AS A N U AI S
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.2 – F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 01
T AB E L A 5.3 – F R E Q Ü Ê N C I A D O S E V E N T O S I N I C I AD O R E S 02
Pág. 36 de 107
ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.4 – F R E Q Ü Ê N C I A D O S E V E N T O S I N I C I AD O R E S 03
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.5 – F R E Q Ü Ê N C I A D O S E V E N T O S I N I C I AD O R E S 04
T AB E L A 5.6 – F R E Q Ü Ê N C I A D O S E V E N T O S I N I C I AD O R E S 05
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.7 – F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 06
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.8 – F R E Q Ü Ê N C I A D E V E N T O I N I C I AD O R 07
T AB E L A 5.9 – F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 08
TOTAL 11 E-05
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.10 – F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 09
T AB E L A 5.11– F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 10
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.12– F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 11
T AB E L A 5.13– F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 12
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.14– F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 13
T AB E L A 5.15– F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 14
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.16– F R E Q Ü Ê N C I A D O E V E N T O I N I C I AD O R 15
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ANÁLISE DE RISCO
Para cada um dos eventos iniciadores foi construída uma Árvore de Evento (como apresentada na
figura 5.1). Como exemplo, a figura 5.2 mostra parte da Árvore do Evento Iniciador 01: Grande
liberação de substância tóxica/inflamável devido a ruptura de linha de NH3 líquida no trecho
compreendido entre a saída dos tanques de amônia e os tanques de expansão da câmara de
salgados e o da câmara de laticínios, construída conforme metodologia descrita no item 5.1. As
demais árvores são semelhantes, diferenciando-se, no evento iniciador e nos pontos de ignição.
A primeira coluna de cada AE caracteriza o EI. No caso do Evento Iniciador 01 não há
possibilidade de bloqueio, portanto, a coluna seguinte refere-se a ocorrência ou não de ignição
imediata (no local). Em caso afirmativo, pode ocorrer formação de jato de fogo/incêndio em poça.
Não havendo ignição imediata (no local) do produto liberado, dá-se a formação de uma nuvem de
vapor que é transportada pelo vento. Portanto, as perguntas subsequentes referem-se ao fato de
ser dia ou noite, à direção e velocidade do vento.
O transporte da nuvem de vapor no meio ambiente depende fundamentalmente da topografia
local, da velocidade do vento e do grau de turbulência da atmosfera no momento do acidente.
Para a turbulência atmosférica foi assumida classe de estabilidade D, a qual corresponde a um
comportamento médio na região.
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ANÁLISE DE RISCO
Foram consideradas 8 direções de vento e para a velocidade, os valores obtidos na região foram
classificados em um número de categorias de velocidades representativas das condições
meteorológicas da região. Neste trabalho foram utilizadas quatro categorias:
1ª - velocidade média = 1,0 m/s
2ª - velocidade média = 2,0 m/s
3ª - velocidade média = 3,0 m/s
4ª - velocidade média = 4,0 m/s
Estas quatro categorias caracterizam as diferenças no processo de dispersão da nuvem, cobrindo
adequadamente todo o conjunto dos valores de velocidades do vento obtidos na região, conforme
mostrado no item 2.5.
Nas colunas seguintes questiona-se sobre a ocorrência de ignição retardada da nuvem. Em caso
afirmativo a última pergunta refere-se a ocorrência de incêndio em nuvem (I) ou explosão (E).
Não ocorrendo ignição retardada a nuvem se dispersa no meio ambiente sem causar qualquer
dano.
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ANÁLISE DE RISCO
E 3 Explosão
E 6 Explosão
E 9 Explosão
E 12 Explosão
E 15 Explosão
E 18 Explosão
E 21 Explosão
E 24 Explosão
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
Como descrito anteriormente, foi construída uma AE para cada EI, e a freqüência de cada cenário
foi obtida multiplicando-se o valor da freqüência do EI (tabelas 5.2 a 5.16) pelas probabilidades
dos itens do cabeçalho da Árvore de Eventos.
Assim, por exemplo, a freqüência do cenário 06 do EI-01 é dada por:
Freq. (Cen 06) = (Freq. do evento iniciador EI-01) x (prob. de não ocorrer ignição imediata)
x(fração do tempo que o vento sopra na direção norte com o velocidade de 1 m/s) x (prob. de
ocorrer ignição retardada) x (prob. que a ignição resulte em incêndio em nuvem).
No caso da nuvem de gás tóxico do EI-01 seria: Freq. de ocorrência do EI-01 x prob. do vento
com 1 m/s x prob. do vento em uma das 8 direções. A partir daí, o cálculo seria feito utilizando-se
equação de Probit para determnar a probabilidade de morte em cada ponto e a população exposta
seria considerada na determinação do risco social.
Freq. (Cen 05) = (Freq. do evento iniciador EI-01) x (prob. de não ocorrer ignição imediata) x
prob. do vento com 1,2,3 ou 4 m/s x prob. do vento em uma das 8 direções x (prob. de não
ocorrer ignição retardada)
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ANÁLISE DE RISCO
5.4.2.1-Ignição Imediata
Como referência, apresentamos na tabela 5.17 os valores das probabilidades de ignição imediata
adotados pelo SRD da Inglaterra na Análise de Risco de Canvey Island (SRD(1978)).
T AB E L A 5.17 – P R O B AB I L I D A D E D E I G N I Ç Ã O I M E D I AT A
Nenhuma 0,1
Muito Poucas 0,2
Poucas 0,5
Muitas 0,9
Nenhuma
Muito Poucas
Grande liberação de gás liqüefeito sob pressão após ruptura catastrófica do tanque em uma área
de tancagem (“tank farm”)
Poucas
Liberação de material inflamável próximo a operações não contínuas, ex: liberação de GLP de um
tanque próximo a instalações rodoviárias ou ferroviárias.
Muitas
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ANÁLISE DE RISCO
Neste trabalho foi adotado o valor de 0,9 para probabilidade de ignição imediata dentro das
instalações industriais e 0,5 para locais externos à instalação. Comparado ao valor da tabela
5.17, Os valores adotados neste trabalho correspondem a situações onde haveriam “muitas” e
“poucas” fontes de ignição.
A fração do tempo em que o vento sopra em cada direção e a fração em que o vento está em
cada uma das quatro faixas de velocidade, foram obtidas a partir dos dados da Estação
Meteorológica do Aeroporto, conforme tabela 2.3.
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ANÁLISE DE RISCO
Existem poucos trabalhos na literatura disponível, de onde se possa aferir sem ambigüidades a
probabilidade de ignição de uma nuvem de gás inflamável devido a uma dada fonte de ignição.
Pode-se dizer que, a fixação dos valores dessas probabilidades é ainda uma questão de
julgamento dos analistas. Existem incidentes registrados na literatura, em que nuvens de gás
inflamável passaram sobre o que pareciam ser, à primeira vista, fontes certas de ignição
(probabilidade de ignição = 1) sem que tenha havido ignição. Um exemplo bem conhecido é o
incidente ocorrido em Pensacola, Flórida em 1971, quando parte de uma nuvem contendo cerca
de 30 toneladas de ciclohexano (a mesma substância que causou a explosão em Flixborough)
penetrou na casa de força de uma fornalha, fazendo com que uma densa fumaça negra fosse
emitida pela chaminé, sem que tenha ocorrido explosão (Lees,1980).
Os valores das probabilidades de ignição de uma nuvem em movimento adotados pelo SRD da
Inglaterra na Análise de Riscos de canvey island (SRD/1978) estão mostrados na tabela 5.18.
T AB E L A 5.18 I G N I Ç Ã O E M N U V E M
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 5.4 L O C AL I Z AÇ Ã O D O S P O N T O S D E I G N I Ç Ã O
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.19 P O N T O S D E I G N I Ç Ã O
I GNIÇÃO IGNIÇÃO
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ANÁLISE DE RISCO
5.4.2.4. Incêndio/Explosão
Quando uma nuvem não confinada de vapor inflamável entra em ignição, dois processos distintos
podem ocorrer: incêndio em nuvem (“flash fire”) ou explosão de nuvem. Portanto, faz-se
necessário determinar a probabilidade de que a ignição resulte em uma explosão (geração de
sobrepressão) ou em incêndio em nuvem.
Esta questão ainda não está completamente definida, podendo-se encontrar valores discrepantes
na literatura. A dificuldade na fixação desses valores advém da grande variabilidade das
condições de ocorrência dos acidentes registrados, de onde se procura extrair este tipo de
informação. Fatores como, a reatividade do gás, a massa liberada, as condições de dispersão, a
presença de obstáculos, o grau de confinamento, a presença de maior ou menor número de
fontes de ignição, entre outros, tem um papel importante no resultado final de cada evento de
liberação de gases ou vapores inflamáveis.
Kletz (1977) sugere que se a quantidade de material inflamável dentro dos limites de
inflamabilidade da nuvem de vapor for da ordem de 10 toneladas, a probabilidade de explosão da
nuvem é de 1 em 10, e se a quantidade é da ordem de 1 tonelada ou menos, então, a
probabilidade é de 1 em 100 ou menos. Analisando uma relação de 165 acidentes, Wiekema
(1984) concluiu que em 150 desses acidentes tinha-se um conhecimento positivo sobre se havia
ocorrido incêndio ou explosão. Em aproximadamente 60% dos 150 acidentes, ocorreu explosão e
nos restantes, apenas incêndio. No presente trabalho, adotou-se 0,5 para a probabilidade de
explosão. Este valor está próximo do encontrado por Wiekema.
As freqüências dos cenários de cada uma das árvores de eventos foram quantificadas,
juntamente com as suas respectivas conseqüências pelo Programa Safeti®, desenvolvido pela
DNV Technica, constando os resultados no Anexos 5 e 6.
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ANÁLISE DE RISCO
Neste capítulo serão apresentadas as áreas atingidas pelos efeitos dos possíveis acidentes
envolvendo as instalações, considerando as condições ambientais predominantes na região.
A determinação da área vulnerável para cada um dos cenários de acidente identificados na APP,
é o que denominamos de “Análise de Vulnerabilidade”. Para os cálculos das áreas vulneráveis,
foram utilizadas quatro velocidades de vento ( 1.0, 2.0, 3.0 e 4,0 m/s) que caracterizam a rosa
dos ventos da região da EMPRESA e classe de estabilidade D. Portanto, as áreas vulneráveis
estimam o alcance dos efeitos físicos dos acidentes analisados, tomando como base as
condições meteorológicas médias da região.
São apresentadas abaixo as tabelas 5.20 a 5.35 com a caracterização de cada cenário de
acidente selecionado para simulação em termos de condições de estocagem ou processo, local e
condições de liberação do material.
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.20 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 01
C ENÁRIO 5,6,7,8
Ponto de Liberação Ruptura de linha de NH3 líquida no trecho compreendido
entre a saída dos tanques de amônia e os tanques de
expansão da câmara de salgados e o da câmara de laticínios
Material: Amônia
Estado do Material: Líquido
Tipo de liberação: Transiente
Efeitos : Jato de fogo, nuvem tóxica
Caracterização do Fração Líquida 0.83 fraction
vazamento: Temperatura 2,10°C
Veloc. Descarga 74,8 m/s
Vazão Descarga 0,896 kg/s
Duração 600 s
Caracterização da Classe de estabilidade: D
Dispersão: Velocidade do vento: 1.0, 2.0, 3.0 e 4.0 m/s
Área do dique: Sem dique
Observações 1. O sistema de Amônia está instalado em local confinado
com uma taxa de ventilação natural estimada em 1
troca/hora, conforme critério de P.M.Brown 1985.
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.21 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 02
C ENÁRIOS : 09,10,11,12
Ponto de Ruptura de linha de NH3 líquida no trecho compreendido entre a
Liberação saída do tanque de expansão da câmara de salgados até os
evaporadores da câmara
Material: Amônia
Estado do Líquido
Material:
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.22 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 03
C ENÁRIO : 13,14,15,16
Ponto de Ruptura de linha de NH3 gás entre a saída dos evaporadores das
Liberação câmaras de salgados e a de laticínios e os compressores de NH3,
passando pelos tanques de expansão
Material: Amônia
Estado do Gás
Material:
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.23 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 04
C ENÁRIOS : 17,18,19,20
Ponto de Ruptura de linha de NH3 líquido no trecho entre a bomba de NH3
Liberação da câmara de laticínios e os evaporadores;
Material: Amônia
Estado do Liquido
Material:
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.24 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 05
C ENÁRIO : 21,22,23,24
Ponto de Ruptura do tanque de estocagem de Amônia
Liberação
Material: Amônia
Estado do Líquido
Material:
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.25 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 06:
C ENÁRIOS : 31,32,33,34
Ponto de Ruptura no trecho de linha de NH3 gás entre os tanques 1 , 2 e 3
Liberação
Material: Amônia
Estado do Gás
Material:
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.26 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 07
C ENÁRIO : 37,38,39,40
Ponto de Ruptura no trecho de linha de NH3 líquida entre os tanques 1 , 2 e
Liberação 3 até o separador intermediário
Material: Amônia
Estado do Líquido
Material:
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.27 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 08
C ENÁRIO : 41,42,43,44
Ponto de Ruptura no trecho de linha de NH3 líquida entre os tanques 1 , 2 e 3 até o
Liberação separador separador 2
Material: Amônia
Estado do Líquida
Material:
Tipo de liberação:
Transiente
Efeitos :
Nuvem tóxica, jato de fogo
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.28 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 09
C ENÁRIO : 46,47,48,49
Ponto de Ruptura no trecho de linha de transferência de NH3 líquida entre o separador
Liberação intermediário e o separaor 1
Material:
Amônia
Estado do
Gasoso
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, incêndio em nuvem
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.30 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 10
C ENÁRIO : 51,52,53,54
Ponto de Ruptura no trecho de linhas de gás dos vasos separadores 1 e 2 até os
Liberação compressores
Material:
Amônia
Estado do
Gás
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, jato de fogo
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.31 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 11
C ENÁRIO : 60,61,62,63
Ponto de Ruptura no trecho de linha de líquido das bombas de NH3 até os evaporadores da
Liberação câmara de congelados
Material:
Amônia
Estado do
Líquido
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, incêndio em nuvem, incêndio m poça, jato de fogo
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.32 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 12
C ENÁRIO : 64,65,66,67
Ponto de Ruptura no trecho de linha de líquido das bombas de NH3 até os evaporadores da
Liberação câmara de carnes
Material:
Amônia
Estado do
Líquido
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, incêndio em nuvem, incêndio m poça, jato de fogo
Pág. 69 de 107
ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.33 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 13
C ENÁRIO : 68,69,70,71
Ponto de Ruptura no trecho de linha de gás entre os evaporadores das câmaras de
Liberação congelados e o separador 1
Material:
Amônia
Estado do
Gás
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, jato de fogo
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.34 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 14
C ENÁRIO : 72,73,74,75
Ponto de Ruptura no trecho de linha de gás entre os evaporadores das
Liberação câmaras de carnes e o separador 2
Material:
Amônia
Estado do
Gás
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, incêndio em nuvem, jato de fogo
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ANÁLISE DE RISCO
T AB E L A 5.35 - C E N Á R I O S R E F E R E N T E S AO E V E N T O I N I C I AD O R 15
C ENÁRIO : 76,77,78,79
Ponto de Ruptura no trecho de linha de gás da descarga dos compressores até os
Liberação tanques de estocagem, passando pelos condensadores
Material:
Amônia
Estado do
Gás
Material:
Efeitos :
Nuvem tóxica, jato de fogo
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ANÁLISE DE RISCO
Y = k1 + k2 ln (V)
Onde:
Y = Probit, que está relacionado com a percentagem de morte na área afetada pelo acidente
V = medida da intensidade do efeito físico causador dos danos (sobrepressão, impulso, radiação
térmica X tempo de exposição ou concentração x tempo de exposição)
1 Y-5
⊗
P=
exp – (u2/2) du
2π -∝
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ANÁLISE DE RISCO
Esta correspondência matemática é mais fácil de ser usada na forma de uma tabela, conforme
mostrado na tabela 5.36, na qual a primeira linha e a primeira coluna indicam a percentagem de
morte na área afetada correspondente aos valores de Probit que constam nas demais linhas e
colunas.
Com base no modelo de vulnerabilidade, as equações de probit referem-se aos seguintes efeitos:
% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 0.00 2.67 2.95 3.12 3.25 3.36 3.45 3.52 3.59 3.66
10 3.72 3.77 3.82 3.87 3.92 3.96 4.01 4.05 4.08 4.12
20 4.16 4.19 4.23 4.26 4.29 4.33 4.36 4.39 4.42 4.45
30 4.48 4.5 4.53 4.56 4.59 4.61 4.64 4.67 4.69 4.72
40 4.75 4.77 4.80 4.82 4.85 4.87 4.90 4.92 4.95 4.97
50 5.00 5.03 5.05 5.08 5.10 5.13 5.15 5.18 5.20 5.23
60 5.25 5.28 5.31 5.33 5.36 5.39 5.41 5.44 5.47 5.50
70 5.52 5.55 5.58 5.61 5.64 5.67 5.71 5.74 5.77 5.81
80 5.84 5.88 5.92 5.95 5.99 6.04 6.08 6.13 6.18 6.23
90 6.28 6.34 6.41 6.48 6.55 6.64 6.75 6.88 7.05 7.33
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ANÁLISE DE RISCO
Os efeitos causados por uma nuvem de gás tóxico sobre as pessoas dependem do tipo de gás, da
concentração desse gás e do tempo que as pessoas ficam expostas.
Y = K1 + K2 ln (Cn t)
Onde:
t = tempo de exposição
Assim, pode-se determinar, a partir dos cálculos de dispersão da nuvem tóxica, as áreas
correspondentes ao IDLH (concentração máxima de uma substância no ar, na qual pessoas
podem estar expostas, em um tempo de 30minutos, sem ocasionar morte ou efeitos à saúde) e
LC 1 - 3 0 (concentração letal para 1% da população exposta durante um tempo de 30 minutos)
LC 1 - 3 0 para o Amônia = 1206 ppm 2.67 = -9.82 + 0,71 (ln C 2 x 30) C = 1206 ppm
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ANÁLISE DE RISCO
As áreas vulneráveis devido a ocorrência de incêndio em poça ou bola de fogo ficam delimitadas
pelas linhas de isofluxo térmico correspondentes aos níveis de fluxo térmico de interesse. Estes
níveis de interesse podem ser determinados usando-se a equação de probit. A equação de probit
para morte por queimadura, decorrente tanto de incêndio em poça como de bola de fogo, é dada
por:
Onde:
A tabela 5.37 mostra, para alguns níveis de efeito e tempos de exposição, os valores de fluxo
térmico correspondentes. Assim, por exemplo, a linha de isofluxo térmico de 12,5 kW/m2,
correspondente à probabilidade de morte igual a 1% das pessoas expostas por um período de 30
segundos, pode ser usada para definir o limite da área vulnerável. Como o efeito da bola de fogo
gerada pelo “BLEVE” depende do tempo de sua duração e este da quantidade de produto
envolvido, abaixo é calculado o tempo de duração da bola de fogo.
T A B E L A 5.37 - R A D I A Ç Ã O T ÉR M I C A X E F E I T O
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ANÁLISE DE RISCO
A duração do efeito de uma bola de fogo gerada pelo BLEVE pode ser calculada pela seguinte
correlação:
Onde:
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ANÁLISE DE RISCO
Para a determinação da área vulnerável a explosão de nuvem não confinada devido a liberação
de substância inflamável, é considerada a massa da substância liberada que está entre o limite
inferior e superior de inflamabilidade. Assim, se a massa encontrada entre estes limites superar a
massa mínima necessária para uma explosão, a equação de probit poderá fornecer o percentual
de fatalidades na região afetada.
Y = -77,1 + 6,91 ln ΔP
ΔP = sobrepressão (N/m2)
Y = -46,1 + 4,82 ln J
Onde:
J = impulso (N.s/m2)
Outras equações de probit podem ser usadas para cálculo da percentagem de pessoas que
sofrerão outros efeitos de menor severidade e danos, tais como:
Ruptura de tímpano
Danos estruturais
Quebra de vidros
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ANÁLISE DE RISCO
T A B E L A 5.38 - N Í V E I S D E S O B R E P R E S S Ã O E E F E I T O
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ANÁLISE DE RISCO
As tabelas 5.39 a 5.42 apresentam os raios das áreas vulneráveis para cada efeito físico. As
áreas foram marcadas sobre mapa de localização da EMPRESA e sua vizinhança.
As tabelas 5.39, 5.40 apresentam as distâncias obtidas para cada nível de fluxo térmico por jato
de fogo, incêndio em poça respectivamente.
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ANÁLISE DE RISCO
Os raios das áreas vulneráveis apresentados na tabela 5.39 não consideram os limites do prédio.
Portanto, para os EIs que apresentarem alcance maior que 15 metros, deve-se considerar esta
distância como o máximo alcance possível sem barreiras para o jato de fogo.
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
Pág. 84 de 107
ANÁLISE DE RISCO
A tabela 5.41 apresenta os alcances máximos das nuvens correspondentes ao limite inferior de
inflamabilidade da substância liberada. Estes alcances definem os raios das áreas vulneráveis
dos cenários de incêndio em nuvem. A probabilidade de morte para quem estiver exposto a este
efeito é de 100%.
T A B E L A 5.41 - Á R E A S V U L N E R Á V E I S A I N C Ê N D I O E M N U V E M
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
Não há formação destes efeitos devido a quantidade de produto envolvida ser menor que
1000 kg.
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ANÁLISE DE RISCO
A tabela 5.42 apresenta os raios das áreas vulneráveis a exposição a nuvem tóxica.
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
As figuras 5.5, 5.6, 5.7 e 5.8 mostram respectivamente, a delimitação das áreas vulneráveis a
nuvem tóxica – IDLH e LC1_30, radiação térmica devido a jato de fogo e incêndio em nuvem e
incêndio em nuvem. Como o cenário simulado para cada efeito foi o mais crítico dos possíveis
acidentes, as curvas apresentadas incluem as áreas vulneráveis aos efeitos de todos os cenários
de acidente de menor conseqüência.
A figura 5.5 mostra a área que poderá ser atingida pela nuvem tóxica de Amônia (IDLH=300 ppm)
no caso de um acidente no processo. O acidente de maior gravidade seria a ruptura no trecho de
linha de líquido da descarga das bombas de NH3 até os evaporadores da câmara de carnes (EI-
12). A nuvem tóxica alcançaria 1403,1 metros, e atingiria casas situadas na vizinhança.
A figura 5.5 mostra ainda a área na qual há potencial para 1% de fatalidade LC1_30 (curva
vermelha) para uma exposição de 30 minutos, EI 12 = 474,9 metros.
A Figura 5.6 mostra a área vulnerável ao nível de 5 kW/m 2 – raio de 114.4 m para Jato de fogo
(EI-12) e as áreas com potencial de 1% - alcance de 102,1 metros e 90% de fatalidade em 1
minuto de exposição.
A figura 5.7 mostra a área vulnerável a incêndio em poça. Lembramos que para jato de fogo como
incêndio em poça, o resultado é a distância máxima que a radiação pode alcançar sem obstáculo.
Como o sistema está dentro do prédio, o alcance máximo só existirá se a barreira (parede)
resistir menos que a duração do efeito jato de fogo.
Normalmente, jatos de fogo não são eventos de grande periculosidade para pessoas, pois a sua
natureza relativamente gradual e a necessidade de um certo tempo de exposição para que o dano
seja efetivamente consignado, possibilita que pessoas potencialmente afetadas alcancem abrigos
contra radiação térmica.
A figura 5.8 mostra a área vulnerável a incêndio em nuvem devido a ruptura no trecho de linha de
líquido entre a descarga da bomba de NH3 e a câmara de congelados (EI-11).
Vale lembrar que as áreas vulneráveis mostradas nas figuras supracitadas são contornos
externos das áreas potencialmente atingidas pelos efeitos danosos de possíveis liberações
acidentais. Portanto, no caso de vazamento em um determinado ponto, a área realmente atingida
seria apenas uma parte daquela apresentada, sendo definida pela direção e velocidade do vento
dominante no momento do vazamento.
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ANÁLISE DE RISCO
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 5.6 Á R E A V U L N E R Á V E L A R AD I AÇ Ã O T É R M I C A - J A T O D E F O G O
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 5.7 Á R E A V U L N E R Á V E L A I N C Ê N D I O E M P O Ç A
Pág. 93 de 107
ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 5.8 Á R E A V U L N E R Á V E L A I N C Ê N D I O E M N U V E M
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ANÁLISE DE RISCO
6.1. Introdução
Os resultados dos cálculos dos riscos das instalações da EMPRESA são apresentados neste
capítulo. Foram calculados dois tipos de risco: os riscos individuais e os riscos sociais. Os riscos
individuais são apresentados na forma de curvas de iso-risco e os riscos sociais na forma de
curvas F X N.
O cálculo foi feito pelo programa SAFETI ® , desenvolvido pela DNV TECHNICA, que calcula os
riscos individuais em cada ponto, para cada um dos cenários de acidente obtidos a partir de cada
um dos eventos iniciadores. Este programa constrói as curvas de iso-risco individual e produz as
curvas F X N de risco social, a partir de uma série de dados gerados pelo analista e fornecidos ao
programa, os quais são listados na Tabela 6.1.
T AB E L A 6.1 – D AD O S U T I L I Z AD O S N O C Á L C U L O D O R I S C O
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ANÁLISE DE RISCO
“A freqüência esperada por ano de que um indivíduo situado em determinada posição nas
proximidades de uma indústria de processos químicos, venha ter um certo nível de dano (morte,
ferimento, perda econômica, incômodo, etc…) em decorrência de acidentes nos sistemas
analisados”.
A TUALMENTE , OS RISCOS INDIVIDUAIS DE UMA INSTALAÇÃO ESTÃO SENDO EXPRESSOS ATRAVÉS DOS
LIGAM OS PONTOS DE MESMO NÍVEL DE RISCO INDIVIDUAL , FORNECENDO UMA INDICAÇÃO GRÁFICA DOS
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ANÁLISE DE RISCO
DIVIDIDAS EM DUAS PARTES . A PRIMEIRA PARTE , CHAMADA Á RVORE DE E VENTOS S ISTÊMICA , CONTÉM O
POSSÍVEIS ACIDENTES .
TAIS COMO , A DIREÇÃO E A VELOCIDADE DO VENTO QUE VÃO INFLUENCIAR A ÁREA AFETADA POR NUVENS
EXPLOSÃO SÃO TAMBÉM CONSIDERADAS NOS CASOS DE PRODUTOS INFLAMÁVEIS ( VER F IGURAS 5.2 E 5.3)
OS CONTORNOS DE RISCO INDIVIDUAL ( CURVAS DE ISO - RISCO ) PARA A EMPRESA ESTÃO APRESENTADOS
NA FIGURA 6.1. E STA FIGURA INDICA OS NÍVEIS DE RISCO INDIVIDUAL NAS REGIÕES EM TORNO DA
INSTALAÇÃO ANALISADA , DE ONDE PODE - SE OBSERVAR QUAIS AS ÁREAS QUE ESTÃO SUBMETIDAS AOS
MAIORES NÍVEIS DE RISCO INDIVIDUAL . OS RESULTADOS MOSTRADOS NESTA FIGURA PODEM SER
FEEMA. A ANÁLISE DOS RESULTADOS DA FIGURA 6.1 À LUZ DOS CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE ADOTADOS
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ANÁLISE DE RISCO
F I G U R A 6.1 C U R V A D E I S O -R I S C O P AR A A S I N S T AL AÇ Õ E S D A EMPRESA
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ANÁLISE DE RISCO
O risco social é uma medida do risco para o grupo constituído por toda a comunidade exposta aos
efeitos do acidente. Portanto, o risco social diz respeito a toda a população exposta, relacionando
a magnitude dos danos que podem ser causados sobre a comunidade como um todo (múltiplas
vítimas) e as freqüências esperadas dos acidentes capazes de causar os referidos danos.
Nos trabalhos de análise de riscos, os riscos sociais estão sendo expressos através das
chamadas curvas F X N. Estas curvas fornecem a freqüência esperada de acidentes com número
de vítimas maior ou igual a qualquer valor desejado. A grande vantagem dessas curvas é que
elas mostram graficamente todo o espectro de risco da instalação, indicando explicitamente o
potencial de acidentes de grande magnitude da instalação analisada. A figura 6.2 mostra a curva
F x N da instalação da EMPRESA dentro da região de aceitabilidade.
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ANÁLISE DE RISCO
Na tabela 6.2, apresentamos a contribuição dos eventos iniciadores para o risco social médio
para a população externa à EMPRESA. Para cada evento iniciador são apresentadas as
contribuições absoluta (fatalidade/ano) e relativa (percentual do risco total). É importante também
observar que os eventos iniciadores estão ordenados por ordem de importância, isto é do maior
para o menor contribuidor do risco social médio para a população externa.
Podemos verificar que o evento iniciador EI-15 é o que mais contribui para o risco social médio
para população externa (29,07%) em função principalmente do valor de sua consequência. O EI-
12 e EI-13 contribuem respectivamente com 26,44% e 26,03%.
T AB E L A 6.2 C O N T R I B U I Ç Ã O D O S E V E N T O S I N I C I AD O R E S P A R A O R I S C O S O C I AL
A comparação dos riscos com os critérios de aceitabilidade adotado pela FEEMA, nos forneceram
os resultados descritos abaixo.
Segundo o critério adotado pela FEEMA, o risco individual considerado intolerável para a
população externa é de 1.0E-05 / ano para instalações já existentes. Da figura 6.1, observamos
que a curva de 1.0 E-05/ano ultrapassa os limites da EMPRESA, demonstrando que as
instalações da EMPRESA precisam de medidas para redução do risco individual.
A figura 6.2 mostra o gráfico contendo as curvas de aceitabilidade adotadas pela FEEMA e a
simples observação da curva F X N da instalação da EMPRESA demonstra que o risco social é
aceitável.
É fundamental que qualquer tipo de vazamento seja detectado logo que possível, de modo que
possa ser rapidamente controlado, uma vez que a causa principal para os cenários de possíveis
acidentes é o vazamento em tubulações, bombas e flanges.
7.1.2. - As válvulas dos drenos de óleo do processo deverão ser bloqueados com corrente e
cadeado para evitar sua abertura por engano.
Evento Iniciador
Risco Individual
Segundo o critério adotado pela FEEMA, o risco individual considerado intolerável para a
população externa é de 1.0E-05 / ano para instalações já existentes. Da figura 1.1, observamos
que a curva de 1.0 E-05/ano ultrapassa os limites da EMPRESA em cerca de 10 metros para o
lado Oeste sem alcançar ocupação sensível. Vale ressaltar que o risco social da EMPRESA está
dentro da região de aceitabilidade.
F I G U R A 1.1- C U R V AS D E I S S O - R I S C O P AR A A EMPRESA
Riscos Sociais
A figura 1.2 mostra o gráfico contendo as curvas de aceitabilidade adotadas pela Feema. A
curva F X N da instalação da EMPRESA aparece no gráfico dentro da região de risco aceitável.
F I G U R A 1.2 C O M P A R A Ç Ã O D O R I S C O P A R A A P O P U L A Ç Ã O E X T E R N A C O M O C R I T É R I O D E A C E I T A B I L I D A D E – FEEMA
1. A Unidade deverá revisar seu Plano de Ação de Emergência e incluir os cenários mais
críticos identificados neste estudo, bem como treinar seus funcionários para responderem
aos cenários apresentados através de exercícios práticos.
8. BIBLIOGRAFIA
⋅ Guidelines for chemical process quantitative risk analysis center for chemical process safety
de the American Institute de chemical engineers, 1989.
⋅ Chemical Hazards Response Information System, United States Coast Guard, November,
1997;
⋅ CHEMINFO - Canadian Centre for Occupation Health and Safety Issue:98-1, February, 1998
9. EQUIPE TÉCNICA
10. ANEXOS