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Subestações

Requisitos Técnicos Mínimos de


Subestações
Professora: Girlene Ribeiro
Introdução
 Procedimentos de Rede: documentos de caráter normativo,
elaborados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e aprovados
pela ANEEL, que definem os procedimentos e os requisitos técnicos
necessários para garantir o livre acesso às instalações de
transmissão, a realização das atividades de planejamento e
programação da operação eletroenergética, administração de
serviços de transmissão de energia elétrica, proposição de
ampliações e reforços para a Rede Básica e para as Demais

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Instalações de Transmissão (DIT), bem como as atividades de
supervisão, coordenação e controle da operação do Sistema
Interligado Nacional (SIN).
2 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Introdução
 Os principais objetivos dos Procedimentos de Rede são:
 Legitimar, garantir e demonstrar a Transparência, Integridade,
Equanimidade, Reprodutibilidade e Excelência da Operação do Sistema
Interligado Nacional;
 Estabelecer, com base legal e contratual, as responsabilidades do ONS e dos
Agentes de Operação, no que se refere a atividades, insumos, produtos e
prazos dos processos de operação do sistema elétrico;
 Especificar os requisitos técnicos contratuais exigidos nos Contratos de
Prestação de Serviços de Transmissão - CPST, dos Contratos de Conexão ao

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Sistema de Transmissão -CCT e dos Contratos de Uso do Sistema de
Transmissão - CUST.

3 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Introdução
 Atualmente, estes procedimentos são compostos por 25
módulos divididos em submódulos.
 Módulo 2: Requisitos mínimos para instalações de transmissão e
gerenciamento de indicadores de desempenho
 Módulo 3: Acesso às instalações de transmissão
 ...
 Módulo 25: Apuração de dados, relatórios da operação do Sistema
Interligado Nacional e indicadores de desempenho

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 Módulo 26: Modalidade de operação de usinas

4 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Introdução
 Módulo 2 – Requisitos mínimos para instalações e
gerenciamento de indicadores de desempenho
 Define os requisitos mínimos que devem ser observados para as
instalações da rede básica e das demais instalações de transmissão, a
fim de propiciar as condições necessárias à obtenção da
continuidade, da qualidade e da confiabilidade do suprimento de
energia elétrica aos seus usuários.
 Estabelece o processo de verificação da conformidade dos

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empreendimentos de transmissão com os requisitos estabelecidos
nos respectivos editais de licitação.

5 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Submódulo 2.3 dos Procedimentos de rede

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6 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Submódulo 2.3 dos Procedimentos de rede
 Para assegurar que as instalações de transmissão tenham o
desempenham adequado, faz-se necessário estabelecer um
conjunto de requisitos técnicos para assegurar o desempenho de
cada um dos elementos funcionais de transmissão, quais sejam,
linhas de transmissão, transformadores, compensadores de
potência reativa, dentre outros.
 Os requisitos técnicos descritos neste submódulo aplicam-se às
instalações de transmissão integrantes ou que venham a integrar a

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Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.

7 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Submódulo 2.3 dos Procedimentos de rede
 Os requisitos apresentados referem-se à unidade
transformadora de potência, à unidade de compensação de
potência reativa convencional, ao banco de capacitores série
fixos, às unidades FACTS (Flexible AC Transmission Systems) e
aos barramentos.

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8 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Submódulo 2.3 dos Procedimentos de rede
 Objetivo:
 Atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos para as
subestações, para os equipamentos integrantes das Funções Transmissão
Transformação (FTTR), Controle de Reativo (FTCR) e Módulo Geral (FTMG) e
para os equipamentos terminais da Função Transmissão Linha de
Transmissão (FTLT) das instalações integrantes ou que venham a integrar a
Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas
a interligações internacionais conectadas à Rede Básica e os requisitos
mínimos aplicáveis aos agentes de geração, de distribuição, de

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importação/exportação e consumidores responsáveis por subestações com
conexão às instalações sob responsabilidade de concessionária de
transmissão.

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Submódulo 2.3 dos Procedimentos de rede
 Princípios básicos:
 Os equipamentos e instalações não podem comprometer o
desempenho sistêmico da Rede Básica, limitar a operação da Rede
Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica,
nem tampouco impor restrições às instalações a elas conectadas.
 Deve haver uma coordenação e compatibilização entre as
capacidades nominais e de sobrecarga de todos os equipamentos de

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uma mesma Função Transmissão.

10 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Subestação
 Arranjo de barramento e área da subestação
 Condições básicas (para SE com isolamento a ar)
 Barramentos de tensão igual a 230 kV: arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro
chaves;
 Barramentos de tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo barra dupla com disjuntor e meio.

 Condições especiais
 Arranjos de barramentos alternativos (ex: com isolamento em SF6) podem ser utilizados
desde que apresentem desempenho igual ou superior ao dos arranjos citados anteriormente,
o que deve ser comprovado por meio de estudos de confiabilidade, flexibilidade operativa e

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disponibilidade. Esses arranjos devem atender ao que estabelece os princípios básicos.
 Esses arranjos alternativos são submetidos à aprovação do ONS, que faz análise e encaminha
a proposta para a ANEEL.

11 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Subestação
 Arranjo de barramento e área da subestação
 Condições especiais
 Os requisitos de arranjo de barramento para subestações são estabelecidos para a etapa final
da instalação. Para a etapa inicial, podem ser aceitas variantes que permitem evoluir para os
requisitos listados anteriormente.
 Barramentos com tensão de 230 kV: arranjo de barramento em barra principal e
transferência;
 Barramentos com tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo de barramento em anel simples

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12 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Subestação
 Arranjo de barramento e área da subestação
 A subestação, com isolamento a ar, deve ter pelo menos a seguinte área mínima,
observado o maior nível de tensão da subestação:
 Vmax < 88 kV: 8.000 m²
 88 kV ≤ Vmax ≤ 138 kV: 15.000 m²
 138 kV ≤ Vmax ≤ 230 kV: 25.000 m²
 230 kV ≤ Vmax ≤ 345 kV: 100.000 m²
 Vmax ≤ 440 kV: 140.000 m²

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13 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Subestação
 Condições para SE de uso exclusivo de agente de geração, de
importação/exportação ou consumidor com conexão às instalações sob
responsabilidade de concessionária de transmissão:
 Com isolamento a ar:
 Barramentos de tensão inferior a 230 kV: arranjo barra simples, com possibilidade de
evolução para arranjo barra principal e transferência; ou arranjo barra principal e
transferência;
 Barramentos de tensão igual a 230 kV: arranjo barra principal e transferência, com
possibilidade de evolução para arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves; ou
arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves;
 Barramentos de tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo em anel para SE com até 6

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conexões de linha de transmissão e/ou equipamentos, com possibilidade de evolução para
arranjo barra dupla com disjuntor e meio; ou arranjo barra dupla com disjuntor e meio para
SE com número de conexões superior a 6.

14 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Corrente em regime permanente
 Os barramentos devem suportar tanto os valores de corrente em
regime permanente definidos pelos estudos com horizonte de
operação, quanto pelos estudos de longo prazo, elaborados pela
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nos quais devem ser
consideradas as possíveis futuras expansões das subestações para o
período de concessão da instalação.
 Condição também válida para os equipamentos dos módulos de entrada de
linha, de conexão de unidade transformadora de potência, de conexão de
unidade de compensação reativa convencional, conexão de banco de

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capacitores série, de conexão de unidades FACTS e de interligação de barras.

15 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Corrente em regime permanente
 OS equipamentos de conexão em série com linha de transmissão
devem atender aos requisitos de capacidade de corrente estabelecidos
no Submódulo 2.4 (Requisitos mínimos para linhas de transmissão).
 Os barramentos e demais equipamentos deste submódulo devem ser
dimensionados considerando a indisponibilidade de elementos da
subestação.

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16 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Aterramento
 As instalações de transmissão devem ser solidamente aterradas,
atendendo às relações X0/X1 ≤ 3 e R0/X1 ≤ 1. Esse requisito deve
contemplar a etapa final de evolução da instalação, conforme previsto
pelos estudos de planejamento da expansão da transmissão.

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17 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Capacidade de curto-circuito
 Os barramentos, a malha de terra e os equipamentos devem suportar as
máximas correntes de curto-circuito, simétricas e assimétricas, definidas
tanto pelos estudos de operação quanto pelos de longo prazo elaborados
pela EPE, considerando os tempos máximos de eliminação de defeitos
adotados no Submódulo 2.6 (Requisitos mínimos para os sistemas de
proteção, de registro de perturbações e de teleproteção), para o período
de concessão da instalação.
 Para fins de padronização, os requisitos mínimos para correntes de curto-
circuito nominais para os equipamentos e instalações são:

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 Tensão igual a 230 kV: 40 kA;
 Tensão igual ou superior a 345 kV: 50 kA.

18 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Coordenação de isolamento
 Tensão em regime permanente:
 Os barramentos e equipamentos devem suportar, para a condição de operação em regime
permanente nas barras com carga, o valor máximo de tensão estabelecido na tabela a
seguir:

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19 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Coordenação de isolamento
 Equipamentos localizados os terminais de uma linha de transmissão que possam ficar
energizados após a manobra da linha, tais como reatores de linha, disjuntores, seccionadores,
TP, devem suportar, no terminal em vazio, por uma hora as sobretensões à frequência
industrial a seguir:

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20 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Coordenação de isolamento
 Isolamento sob poluição
 As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sob tensão operativa máxima, as
características de poluição da região, conforma classificação contida na IEC 815 (Guide for
the selection of insulators in respect of polluted conditions).

 Desempenho sob descargas atmosféricas


 O sistema de proteção contra descargas atmosféricas da subestação deve ser
dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por
50 anos.
 Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para

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correntes superiores a 2 kA.

21 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Emissão eletromagnética
 Rádio interferência
 O valor de tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2500
µV/m a 1000 Hz, com 110% da tensão nominal do sistema.

 Efeito corona
 As instalações das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem
apresentar efeito corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas
predominantes na região da subestação.

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22 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Unidades transformadoras de potência
 Energização das unidades transformadoras de potência
 Devem ser dimensionadas de forma a permitir a sua energização tanto pelo enrolamento primário
quanto pelo enrolamento secundário, para toda a faixa de tensão operativa, sem ocasionar restrições
de operação.

 Enrolamentos terciários
 A necessidade dos enrolamentos terciários deve, mediante estudos, ser determinada pelos
condicionamentos sistêmicos listados a seguir:
 Instalação de suporte reativo;
 Atenuação de fatores de sobretensão;

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 Absorção de harmônico de tensão de terceira ordem.

23 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Unidades transformadoras de potência
 Comutação de derivação em carga
 O comutador de derivação em carga deve estar de acordo com a IEC 214 (On load tap changers) e as
normas da ABNT.
 O quantitativo e a faixa de derivações, assim como o enrolamento onde deve ser instalado o comutador
em carga, são os definidos nos estudos sistêmicos, exceto quando a unidade transformadora de
potência for instalada em paralelo a outra existente, situação na qual o comutador em carga deve ter as
mesmas características de derivações e de locação da unidade transformadora de potência existente.

 Condições operativas
 As unidades transformadoras de potência devem ser capazes de operar com as suas potências
nominais, em regime permanente, para toda faixa operativa de tensão definida no Submódulo

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23.3 (Diretrizes e critérios para estudos elétricos), tanto no primário quanto no secundário.
 Devem ser dimensionadas para 3 situações distintas: carregamento em condição normal de
operação, carregamento em condição de emergência de curta duração e de longa duração.

24 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Unidades transformadoras de potência
 Condições operativas
 Condição normal de operação: a unidade transformadora de potência deve operar
continuamente desde sua entrada em operação e ao longo de toda a vida útil com carregamento
de 100% da potência nominal.
 Condição de operação de emergência de curta e de longa duração: deve operar sempre que
solicitada pelo NOS desde sua entrada em operação e ao longo de toda a vida útil nas condições:
 Carregamento de 120% da potência nominal por 4 horas do seu ciclo diário. A referida sobrecarga
de 20% deve poder ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do
transformador no seu ciclo diário de carga.
 Carregamento de 140% da potência nominal por 30 minutos do seu ciclo diário. A referida
sobrecarga de 40% deve poder ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do

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transformador no seu ciclo diário de carga.
 O carregamento de 120% e 140% podem ocorrer dentro do mesmo ciclo diário.

25 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Unidades transformadoras de potência
 Condições operativas

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26 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Unidades transformadoras de potência
 Condições operativas
 É responsabilidade da transmissora a gestão da unidade transformadora, do ponto de vista de
rotinas de manutenção.
 Cada unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de sobreexcitação
em vazio a 60 Hz apresentado a seguir:

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27 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Unidades transformadoras de potência
 Impedância
 O valor da impedância entre o enrolamento primário e o secundário de uma
unidade transformadora de potência deve ser no máximo de 14%, referenciado
a 75 ⁰C, na base nominal da unidade transformadora de potência, com todo o
sistema de refrigeração em operação.
 Na definição do valor mínimo da impedância, devem-se considerar os máximos
valores admissíveis de corrente de curto-circuito.

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28 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Unidades transformadoras de potência
 Perdas
 Autotransformadores
 O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de
qualquer potência, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou
superior a 230 kV, deve ser inferior ou igual a 0,3% da potência nominal, para operação
primáriosecundário nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
 Transformadores
 No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal
superior a 5 MVA, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior
a 230 kV, as perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 5,

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para operação nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.

29 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Unidades transformadoras de potência
 Perdas
 Transformadores

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30 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Banco de capacitores em derivação
 Conexão
 É permitida a ligação de mais de um banco de capacitores em derivação ao barramento
através de uma única conexão, desde que cada banco de capacitor seja protegido e
manobrado de modo independente e que tal configuração não comprometa o
desempenho do sistema.
 Tolerância
 São admitidas as seguintes tolerâncias para os valores de capacitância do banco: ± 2,0%
por fase em relação ao valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três
fases deve afastar-se mais de 1% do valor médio medido das três fases.

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31 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Banco de capacitores em derivação
 Capacidade de curto-circuito
 A máxima corrente de descarga dos capacitores provocada por curtos-circuitos internos
na subestação, acrescida da contribuição de curto-circuito proveniente da rede, não
deve exceder a suportabilidade dos equipamentos da subestação.
 Energização
 As correntes e tensões transitórias provenientes da energização do banco,
isoladamente ou na condição back-to-back, não devem submeter os equipamentos e
dispositivos das instalações de transmissão a solicitações acima de suas
suportabilidades. Na condição de back-to-back devem ser tomadas precauções que

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evitem elevação transitória de potencial de terra que possa infringir os critérios de
segurança pessoal ou causar interferências eletromagnéticas que causem o
funcionamento indevido dos circuitos de comando, controle e proteção.

32 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Reatores em derivação
 Tensão nominal
 Os reatores em derivação devem ser especificados com uma tensão nominal que
atenda aos seguintes requisitos:
 Ser no mínimo igual ao valor mediano da faixa de valores de tensão estabelecidos no
Submódulo 23.3 para a condição operativa normal.
 Nas situações em que o reator está instalado nas proximidades de um banco de
capacitores série, atender às solicitações determinadas pelos estudos de fluxo de
potência, que podem levar, no ponto de instalação do reator, a valores de tensão
superiores à tensão máxima operativa do sistema.
 O dimensionamento do reator, do ponto de vista das temperaturas máximas possíveis

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de serem atingidas, deve ser feito para a tensão máxima operativa, ou para a tensão
determinada pelos estudos de fluxo de potência nas situações em que a tensão
nominal seja superior à máxima tensão operativa do sistema.

33 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Reatores em derivação
 Tolerâncias
 São admitidas as seguintes tolerâncias para a reatância: ± 2,0% por fase em
relação ao valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três
fases deve afastar-se mais de 1% do valor médio medido das três fases.
 Esquemas de aterramento
 Os reatores podem considerar os seguintes esquemas de aterramento:
 Estrela solidamente aterrada;
 Estrela aterrada através de impedância.

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34 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Reatores em derivação
 Regime de operação
 Os reatores manobráveis devem ser especificados para suportar os transitórios devido
às manobras de abertura e fechamento diária de seus disjuntores durante toda a sua
vida útil.
 As manobras de abertura e fechamento de reatores em derivação não devem provocar
sobretensões inadmissíveis ou transitórios de frequência elevada que possam colocar
em risco os demais equipamentos da subestação, nem o próprio reator manobrado.
 O dimensionamento dos reatores deve considerar a possibilidade de sobretensões em
regime normal de operação de forma a não serem limitadores da capacidade de

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transmissão da LT.

35 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Reatores em derivação
 Perdas
 Para reatores em derivação trifásicos ou monofásicos de potência nominal igual ou
superior a 5 Mvar e de tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior
a 230 kV, as perdas totais máximas, à tensão e frequência nominais, devem atender à
Tabela 6.

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36 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Banco de capacitores fixos
 Tolerâncias
 Em relação à capacitância, são admitidas as seguintes tolerâncias nos bancos de
capacitores: ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado. Nenhum valor medido
de quaisquer das três fases deve afastar-se mais de 1% do valor médio medido das três
fases.
 Capacidade de sobrecarga: a capacidade de sobrecarga deve atender, no
mínimo, aos valores de sobrecarga discriminados na Tabela 7.

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37 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Banco de capacitores fixos
 Dispositivos de proteção dos equipamentos de compensação série que
utilizem varistores devem ser dimensionados considerando os varistores à
base de óxido metálico.
 Os requisitos de energia dos varistores devem ser definidos levando-se em
consideração todos os cenários e intercâmbios previstos no sistema de
transmissão, bem como todos os tipos de falta. Esses cenários devem
abranger desde a configuração inicial até a do ano horizonte de
planejamento. Os requisitos devem ser definidos para a condição de falta

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externa mais crítica, inclusive para a possibilidade de linha paralela fora de
serviço.

38 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Compensador estático de potência reativa
 Condições gerais:
 O sistema de controle do compensador estático de potência reativa (CER) não pode
comprometer o desempenho do SIN, tanto em operação normal como sob
contingências, emergências e operação degradada, para regimes permanente e
transitório.
 O controle do CER deve ser concebido de forma a contribuir para minimizar as
perturbações no sistema elétrico, durante uma falta. O controle deve ser dimensionado
considerando a necessidade de atuação do esquema de religamento monopolar.
 O controle do CER deve ser projetado de tal forma a não comprometer a estabilidade

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de tensão da rede elétrica. Para tanto, deve identificar a sensibilidade da tensão da
rede elétrica à variação da susceptância do CER e adotar medidas corretivas para evitar
condições de instabilidade.

39 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Compensador estático de potência reativa
 Condições gerais:
 Todos os equipamentos integrantes do CER devem ser dimensionados para
suportar as solicitações de curto-circuito na barra de conexão à Rede Básica
onde serão instalados.
 Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo com o dimensionamento do
circuito principal do CER.
 Deve ser disponibilizado ao ONS os modelos computacionais para simulações
de regime permanente, transitórios eletromecânicos (estudos dinâmicos) e

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de transitórios eletromagnéticos. Esses modelos devem ser entregues
devidamente aferidos e documentados.

40 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Equipamentos de compensação reativa
convencional
 Compensador estático de potência reativa
 Frequência:
 O CER deve ser dimensionado para operar nas seguintes condições de
frequência:
 Faixa de Frequência em Regime Permanente: 60 Hz ± 0,2 Hz

 Faixa de Variação Transitória de Frequência:


 56 a 59,8 Hz por 20 segundos;
 60,2 a 66 Hz por 20 segundos.

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41 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Unidades FACTS
 FACTS: sistema de transmissão flexível em corrente alternada; conjunto de
equipamentos que utilizam de eletrônica de potência para o controle de
transmissão em corrente alternada.
 Aplicações:
 A necessidade de utilização de dispositivos FACTS deve ser determinada
mediante estudos de planejamento e determinada sobretudo pelos
condicionamentos sistêmicos listados a seguir:
 Controle de tensão (potência reativa) local ou de uma rede elétrica;
 Controle do fluxo de potência, ou ângulo de fase, em um trecho da rede;
 Ajuste da impedância série em linhas de transmissão (compensação série);

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 Aumento do grau de amortecimento dinâmico dos sistemas e/ou aumento
das margens de estabilidade, tanto transitórias quanto dinâmicas.

42 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Unidades FACTS
 Comportamento:
 A unidade FACTS não deve provocar interferências na operação de
defasadores, comutadores em derivação, manobras em reatores, bancos de
capacitores, saturação de núcleos de transformadores, ou na operação de
qualquer outro tipo de equipamento, nem propiciar o surgimento de
condições de ferrorressonância.
 Devem ser respeitados os limites de distorções harmônicas estabelecidos no
Submódulo 2.8 (Gerenciamento dos indicadores de qualidade de energia
elétrica da Rede Básica e de desempenho das funções transmissão)

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43 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Unidades FACTS
 Comportamento em regime transitório:
 Transitórios eletromagnéticos: a unidade FACTS não deve submeter os
equipamentos da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia
elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica a
valores de tensão e corrente acima das suas suportabilidades.
 Controle: o sistema de controle da unidade FACTS não pode comprometer o
desempenho do SIN, tanto em operação normal como sob contingências,
emergências e operação degradada.

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44 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Disjuntores
 Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção de 2 ciclos para
as classes de tensão de 800, 550, 460 e 362 kV e 3 ciclos para as classes de
tensão de 242, 145 e 72,5 kV, em 60 Hz.
 Os disjuntores das unidades transformadoras de potência e dos bancos de
capacitores em derivação devem ser dotados de elementos ou sistemas
que limitem os transitórios de energização desses equipamentos, com o
intuito de não causar sobretensões, subtensões ou sobrecorrentes que
afetem o desempenho da rede ou causem o funcionamento indevido dos
sistemas de proteção e controle.

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45 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Disjuntores
 Os disjuntores dos bancos de capacitores em derivação e os disjuntores
que manobrarem linhas de transmissão a vazio devem ser do tipo de
“baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2.
 Os disjuntores dos bancos de reatores em derivação devem ser
monopolares e dotados de dispositivo de manobra controlada.
 Os disjuntores das conexões dos enrolamentos secundários das unidades
transformadoras de potência devem ser adequados para abertura de
defeito trifásico no barramento que não envolva terra.
 Os requisitos mínimos para a corrente nominal de disjuntores são, em

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função de sua classe de tensão:
 Igual ou superior a 345 kV: 4.000 A;
 Igual a 230 kV: 3.150 A.

46 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Disjuntores
 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos
e/ou linhas de transmissão existentes na subestação onde estão instalados,
em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha do referido
disjuntor, considerando inclusive disjuntor em manutenção.
 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar a linha de transmissão
em conjunto com os equipamentos / linhas de transmissão a elas
conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no equipamento /
linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do
respectivo disjuntor.

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47 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de
aterramento
 As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão
devem ser dimensionadas para suportar, na abertura, os valores máximos
de tensão e de corrente induzidas pelos acoplamentos eletrostático e
eletromagnético, valores esses determinados nos estudos de manobra de
chaves.
 Esses equipamentos devem permitir manobras de fechamento e abertura
nas condições mais severas de tensões induzidas de linhas de transmissão
em paralelo, incluídas situações de ressonância e de carregamento
máximo.

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48 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Para-raios
 Devem ser instalados para-raios nas entradas de LT e nas conexões de
unidades transformadoras de potência, de reatores em derivação e de
bancos de capacitores não autoprotegidos.
 Os para-raios devem ser a óxido metálico, sem centelhador.

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49 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Transformadores de instrumento
 Transformador de potencial e de corrente
 As características dos transformadores de potencial e de corrente
devem satisfazer às necessidades de diversos sistemas: de proteção
(Submódulo 2.6), de medição para faturamento (Módulo 12) e de
supervisão e controle para a operação (Submódulo 2.7).

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50 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Serviços auxiliares de CC e CA
 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de proteção,
supervisão e controle:
 Os serviços auxiliares de corrente contínua (CC) para alimentação
dos sistemas de proteção, supervisão e controle devem ter dois
conjuntos independentes de bancos de baterias com retificadores,
alimentando cargas independentes, e cada conjunto deve ser
dimensionado para suprir toda a carga prevista em regime contínuo.
 Em caso de falta de alimentação de corrente alternada (CA), os
bancos de baterias devem ter autonomia para realizar as manobras
de recomposição da subestação. Cada conjunto bateria-retificador

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deve atender a toda a carga prevista para regime contínuo pelo
período mínimo de 5 horas.

51 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Serviços auxiliares de CC e CA
 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de
proteção, supervisão e controle:
 Além disso, os serviços auxiliares CC devem atender aos critérios para
alimentação dos sistemas de proteção estabelecidos no Submódulo 2.6
(Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção) e suprir os circuitos de iluminação de
emergência das subestações.

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52 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações
Serviços auxiliares de CC e CA
 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de
telecomunicações
 Os serviços auxiliares CC para alimentação dos sistemas de telecomunicações
devem ter dois conjuntos independentes de bancos de baterias com
retificadores, alimentando cargas independentes, e cada conjunto deve ser
dimensionado para suprir a carga total imposta pelos equipamentos de
telecomunicações da subestação.
 Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter autonomia
de no mínimo 10 horas, para atender à carga total dos equipamentos de

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telecomunicações da subestação.
 Os conjuntos de baterias/retificadores mencionados no item anterior devem ser
independentes dos conjuntos mencionados nesse item.

53 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações


Serviços auxiliares de CC e CA
 Alimentação em corrente alternada
 Os serviços auxiliares CA devem ter duas fontes de alimentação, sendo uma
fonte externa e outra da própria subestação - do terciário de unidade
transformadora de potência da subestação ou de unidade transformadora
exclusiva para essa finalidade. Caso a subestação não tenha unidade
transformadora de potência, as duas fontes de alimentação devem ser externas
e de subestações distintas.
 Em caso de falta de tensão em uma fonte de alimentação, deve ser previsto um
sistema para realizar a transferência automática das cargas para a outra fonte de
alimentação.
 Os serviços auxiliares CA devem ter, para casos de falta de tensão nas duas
fontes de alimentação CA, grupo motor-gerador com partida automática e

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capacidade para alimentação das cargas essenciais da subestação. Cargas
essenciais são aquelas necessárias para iniciar o processo de recomposição da
subestação, em caso de seu desligamento total ou parcial.

54 Subestações – Requisitos Técnicos Mínimos de Subestações

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