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APOSTILA DE

ELETROELETRÔNICA

BÁSICA

Professor Flávio Adalberto Poloni Rizzato

2009
Curitiba
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Curso de Eletroeletrônica Básica COE - PMPR

INDICE

Introdução 4
1. Conceitos 5
1.1 Corrente Elétrica 5
1.2 Resistência Elétrica 5
1.3 Tensão Elétrica – Diferença de Potencial 6
1.4 Potência Elétrica 6
1.5 Corrente Alternada 7
1.6 Corrente Contínua 7
2. Tipos de Circuito 7
2.1 Circuito Série 7
2.2 Circuito Paralelo 8
2.3 Circuito Misto 8
3. Leis da Eletrônica 8
3.1 Primeira Lei de Ohm 8
3.2 Segunda Lei de Ohm 9
3.3 Primeira Lei de Kirchoff – Lei das Malhas 10
3.4 Segunda Lei de Kirchoff – Lei dos Nós 10
4. Componentes Eletroeletrônicos 11
4.1 Chaves 11
4.2 Baterias 11
4.2.1 Tipos de Bateria 11
4.3 Resistores 12
4.3.1 Tipos de Resistores 12
4.3.2 Resistores Especiais 12
4.3.3 Identificação dos Resistores 13
4.3.3.1 Código de Cores 13
4.3.3.2 Potência dos Resistores 14
4.3.4 Associação de Resistores 15
4.3.4.1 Associação Série 15
4.3.4.2 Associação Paralelo 15
4.4 Capacitores 16
4.4.1 Tipos de Capacitores 18
4.4.2 Identificação dos Capacitores 19
4.4.3 Associação de Capacitores 23
4.4.3.1 Associação em Série 23
4.4.3.2 Associação em Paralelo 23
4.4.4 Carga e Descarga de Capacitores 24
4.5 Diodos 24
4.5.1 Polarização do Diodo 24
4.5.1.1 Polarização Direta 24
4.5.1.2 Polarização Reversa 25
4.5.2 Diodo Emissor de Luz (LED) 25
4.5.3 Fotodiodo 26
4.5.4 Diodo Zener 26
4.6 Transistor 26
4.6.1 Tipos de Transistores 27
4.6.1.1 Transistores Bipolares 27
4.6.1.2 Configurações Básicas 28
4.6.1.3 Teste de transistor 29
4.7 Indutores 30
4.8 LDR 30
4.9 Transformador 31
4.9.1 Perdas 31
4.9.2 Tipos de Transformadores 32
4.10 Relé 33

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4.11 Reed Switch 34


5. Instrumentos de Medida 35
5.1 Multímetro 35
5.1.1 Medida de Tensão Alternada ou Contínua 36
5.1.2 Medida de Corrente Contínua 36
5.1.3 Medida de Corrente Contínua de Valores Altos 37
5.1.4 Medida de Resistência 37

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Introdução
Nos dias atuais nos deparamos com muitos fenômenos que apesar de conhecermos
seus efeitos, desconhecemos suas causas e, principalmente, as leis que explicam suas causas e
efeitos.
Desta forma, encontramos a eletrônica presente cada vez mais em nossa vida, desde os
mais simples aparelhos eletrodoméstidos, até os mais sofisticados equipamentos
computadorizados.
Como esta freqüência de uso está cada vez mais sendo difundida, é muito claro que as
pessoas que se prestam a confeccionar artefatos explosivos, não a deixaria de lado. A eletrônica,
apesar de apresentar certa complexidade, torna-se fácil de ser utilizada, pois sua difusão é muito
grande nos dia atuais.
Desta forma, preparamos este material para servir de apoio ao Curso de Eletroeletrônica
Básica à ser ministrado ao Esquadrão Anti Bomba da Polícia Militar do Paraná. Apesar de ser um
material contendo informações básicas, esperamos que atenda aos objetivos estabelecidos.
O material foi elaborado a partir de conhecimentos do autor, pesquisas em livros e na
rede de computadores Internet. Acreditamos que todo conhecimento obtido a partir de
informações veiculadas pelos meios, sejam acadêmicos ou não, devam ser compartilhados com
pessoas que desejam ampliar seus meios de interação com a sociedade.
Assim, agradecemos a todos que de alguma puderam compartilhar seus conhecimentos,
através de literaturas exposta e divulgadas, para que tivéssemos acesso para preparar este
material.
Esperamos que este pequeno compêndio que escrevemos possa, de alguma forma, vir a
esclarecer dúvidas que surgirem no estudo da Eletrônica Básica, e que possa servir como material
de referência futura.
Em nenhum momento foi nossa pretensão elaborar um material que esgotasse o
assunto, por ser um material de referência, caso alguém deseje se aprofundar mais no assunto,
deverá recorrer à literatura existente.
Mais uma vez agradecemos a colaboração de todos.

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1. Conceitos
Para que se possa sentir os efeitos da eletricidade é preciso associá-la a algumas
grandezas: corrente elétrica, tensão elétrica, resistência elétrica, potência elétrica, corrente
contínua e corrente alternada.

1.1 Corrente Elétrica

Na natureza, todos os corpos (seja mineral, animal ou vegetal) são constituídos de


átomos, que são constituídos por três partículas: elétrons (cargas negativas), prótons (cargas
positivas) e neutrons.
Sabe se que, em sua forma natural, os corpos possuem estas três partículas ordenadas
de forma aleatória ou a forma que mais lhes convém.
Sempre que for acionado um interruptor, observa-se o funcionamento de um
equipamento a ele associado ou o acendimento de uma lâmpada. Por isso, é possível afirmar que
pelo equipamento que entrou em funcionamento ou pela lâmpada acessa, está circulando alguma
forma de energia que faz com que estes equipamentos entrem em funcionamento.
Acionando o interruptor, será forçado uma certa ordem entre as três partículas do átomo,
fazendo com que seja criado um movimento das cargas elétricas, geradas por estas partículas.
Quando as cargas elétricas sofrem ação de uma força externa, elas se movem,
constituindo a corrente elétrica.
Então, é possível concluir que:

“Corrente Elétrica é o movimento de cargas elétricas no interior de um corpo condutor.”

As cargas elétricas possuem um sentido de movimento, dentro do fornecedor de força


externa: elas saem do terminal de menor potência (pólo negativo) e entram no terminal de maior
potência (pólo positivo), constituindo, assim, o que se convencionou de sentido real da corrente
elétrica.

Unidade de Medida de Corrente Elétrica: Ampère (A)


Unidade de Medida de Carga Elétrica: Coulomb (C)

Intensidade de Corrente Elétrica: Corresponde à quantidade de cargas elétricas que


atravessa a secção de um condutor no intervalo de tempo de um segundo:

I = ΔC / Δt (Ampère = Coulomb / Segundo)

Basicamente, existem dois tipos de corrente elétrica:


• Corrente Contínua: corrente com sentido constante (pilhas, bateria de carro).
• Corrente Alternada: corrente com sentido alternado (residências).

1.2 Resistência Elétrica

Os corpos possuem uma propriedade de oferecerem uma certa dificuldade à passagem


de corrente elétrica. A essa dificuldade que os corpos oferecem à passagem de corrente elétrica
dá-se o nome de Resistência Elétrica.
Em função desta dificuldade e do fato de que alguns apresentam maior ou menor
dificuldade à passagem de corrente elétrica, os corpos são classificados em quatro tipos:

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• Bons condutores: apresentam pouca resistência à passagem de corrente elétrica


(cobre, ouro, metais em geral)
• Maus condutores: apresentam grande resistência à passagem de corrente elétrica
(madeira, carbono, constanta, etc
• Semicondutores: se enquadram entre os bons e os maus condutores (silício e
germânio)
• Isolantes: apresentam alta resistência à passagem de corrente elétrica (mica,
borracha, vidro).

Unidade de Medida de Resistência Elétrica: Ohm (Ω)

A resistência de um corpo depende de suas propriedades físicas: dimensões, material


constitutivo e temperatura do corpo.
Em eletrônica, utiliza-se um componente que foi desenvolvido com a finalidade específica
de fornecer resistência elétrica: o Resistor.
Mais adiante serão detalhados mais profundamente os resistores.

1.3 Tensão Elétrica - Diferença de Potencial

O desequilíbrio entre o número de elétrons e prótons, existentes entre os dois pólos dos
corpos, provoca um movimento de cargas elétricas. O responsável direto por estabelecer esse
desequilíbrio é chamado de força externa. Essa força externa recebe o nome de força eletromotriz
(fem).
Os equipamentos que possuem uma força eletromotriz são designados de geradores.
Como todos os corpos apresentam uma resistência à passagem de corrente elétrica, os
geradores não fogem à regra. Tem-se, portanto, que como os geradores possuem fios, placas,
produtos químicos, etc, eles oferecem uma certa resistência interna.
Esta resistência interna consome uma parcela de energia perdida para o meio ambiente
(geralmente na forma de calor). Com isso, observa-se que a fem total nos terminais do gerador
não é a mesma que ele gera.
Então a fem fornecida pelo gerador é a fem gerada menos a parcela de fem perdida. A
essa diferença de fem, damos o nome de “diferença de potencial (ddp)”.
Assim, é possível concluir que:

“Toda vez que uma resistência elétrica é submetida a uma fonte de energia, a mesma
sofre o efeito de uma ddp, obrigando o movimento de cargas elétricas, criando uma corrente
elétrica.”

A ddp também é conhecida como tensão elétrica.

Unidade de Medida de Diferença de Potencial: Volt (V)

Após esses conceitos recebidos, pode-se tirar outra conclusão importante para a
eletrônica:

“Ohm é a resistência elétrica de um condutor que, submetido a uma tensão de um Volt, é


percorrido por uma corrente elétrica de um Ampère”

1.4 Potência Elétrica

Define-se Potência Elétrica como sendo a quantidade de trabalho produzido em um


intervalo de tempo.
Essa definição é muito geral, porém é a que será utilizada no momento. Mais adiante
será esclarecido melhor a potência elétrica.

Unidade de Medida de Potência Elétrica: Watt (W)

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1.5 Corrente Alternada

É aquela que com o passar do tempo alterna sua polaridade, ou seja, onde estava o
positivo passa a ser o negativo e vice-versa. Também denominada corrente AC (alternated
current).

Como essa forma de corrente varia com o passar o tempo, alguns valores são definidos
para nos referirmos a ela.

Valor de pico - IP - é o máximo (Imax) que a corrente atinge.

Valor de pico a pico - IPP - é o máximo valor que a corrente atinge menos o menor valor
(Imin) que a corrente atinge. Para a corrente alternada senoidal com valor médio nulo:

IPP = 2.IP = (Imax - Imin)

Valor eficaz - Vef - é o valor de corrente contínua e constante que aplicado a uma carga
resistiva dissipa a mesma potência que a corrente alternada de onde foi calculado o valor eficaz
quando aplicada a essa mesma carga.

Valor médio – é o valor em torno do qual a corrente oscila.

1.6 Corrente Contínua

É aquela que com o passar do tempo não altera seu valor. Também denominada DC
(direct current), já que não apresenta alternância de polaridade, ou seja, o positivo está sempre no
mesmo ponto e o negativo também está sempre no seu ponto inicialmente determinado.

Note que o valor médio, também chamado de valor DC, não varia com o passar do
tempo. Nesse tipo de corrente não tem sentido de se falar em valor eficaz, já que esse valor é
associado a correntes que oscilam.

2. Tipos de Circuito
Pode-se dizer que existem dois tipos de circuitos básicos e um que é combinação dos
dois:

2.1 Circuito Série

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Circuito onde a corrente que percorre o circuito é a mesma para todos os componentes.

2.2 Circuito Paralelo

Circuito onde a corrente total é igual a soma das correntes que percorre cada ramo do
circuito.

2.3 Circuito Misto

Mistura dos dois circuitos anteriores : Série e Paralelo.

3. Leis da Eletrônica
3.1 Primeira Lei de Ohm

Pela Primeira Lei de Ohm, tem-se que um condutor elétrico possui uma resistência à
passagem de corrente elétrica, ocasionando perdas, geralmente na forma de calor, reduzindo,
assim, a tensão total entregue ao consumidor final.
A Primeira Lei de Ohm poderá ser assim enunciada:

“A Resistência de um condutor é diretamente proporcional à resistividade do material de que é


feito o condutor (ρ), do comprimento do condutor (L) e inversamente proporcional à área da
secção transversal do condutor (A).”

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Onde:
R = Resistência do condutor (Ω)
ρ = Resistividade do material (Ω.mm2 / m)
L = Comprimento do condutor (m)
A = Área da secção transversal do condutor (mm2)

Assim, percebe-se que os condutores apresentam sua resistência em função do seu


comprimento, de sua área de secção transversal e do material de que é constituído. Se for tomado
dois pedaços de fio de mesmo tamanho e de mesma área de secção transversal, um de ferro e
outro de cobre, será possível notar que o de cobre irá apresentar menor resistência à passagem
de corrente elétrica que o ferro. Isso em função da resistividade do cobre ser menor que o ferro.
A tabela a seguir, apresenta alguns valores de resistividade para que se possa verificar a
condutibilidade de cada material.

Material Resistividade (Ω.m)


Prata 1,6 x 10-8
Cobre 1,7 x 10-8
Ouro 2,4 x 10-8
Alumínio 2,7 x 10-8
Tungstênio 5,5 x 10-8
Bronze 7,0 x 10-8
Ferro 10 x 10-8
Chumbo 22 x 10-8
Mercúrio 95,7 x 10-8
Níquel-cromo 150 x 10-8
Carbono 3500 x 10-8
Vidro 1017 x 10-8

Não esquecer que a resistência dos materiais, também, depende da temperatura à qual o
material está sendo submetido.

3.2 Segunda Lei de Ohm

Esta é uma das Leis mais importante no estudo da eletricidade, pois trata de forma
simples as grandezas corrente, ddp, resistência, de modo que é possível obter seus valores nos
circuitos, a partir do conhecimento de duas delas.
Ohm enunciou a segunda Lei da seguinte forma:

“A corrente elétrica que atravessa uma resistência elétrica é diretamente proporcional à tensão
entre os terminais da resistência.”

Com esse enunciado, pode-se concluir que: se for mantido o valor da resistência
constante, aumentando-se a tensão nos seus terminais, ter-se um aumento da corrente elétrica.
Do que foi enunciado por Ohm, segue-se que:

U=RI

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Onde:
U = Tensão (V)
R = Resistência (Ω)
I = Corrente Elétrica (A)

Em decorrência da Lei de Ohm, pode-se, a partir da fórmula básica, generalizar:

R=U/I E I=U/R

3.3 Primeira Lei de Kirchoff - Lei das Malhas

Para as quedas de Tensão em uma malha:

“A somatória das quedas de tensão em uma malha é igual a zero “

Exemplo:

VE – VR1 – VR2 – VR3 = 0 ou VE = VR1 + VR2 + VR3

3.4 Segunda Lei de Kirchoff - Lei dos Nós

Para as correntes em um nó:

“O somatório das correntes que entram em um nó é igual ao somatória das correntes que
saem deste nó”.

Exemplo:

IR1 + IR3 = IR2 + IR4

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4. Componentes Eletroeletrônicos
4.1 Chaves

As chaves são dispositivos utilizados para interromper ou fechar circuitos elétricos ou


eletrônicos. Desta forma, existe uma infinidade de equipamentos que podem trabalhar efetuando a
função de uma chave elétrica: relé, diodo, transistor, entre outros.
È possível encontrar uma infinidade de modelos de chaves, porém o curso se restringirá
aos modelos mais utilizados no acionamento de equipamentos eletroeletrônicos. Assim, poderá
ser encontrada chaves com seus terminais abertos ou fechados. A figura abaixo apresenta o
funcionamento de uma chave básica:

4.2 Baterias

Baterias são fontes de corrente contínua, correspondendo a um dispositivo que armazena


energia química e a transforma em energia elétrica. A característica preponderante das baterias é
sua capacidade de armazenar energia e fornecê-la quando solicitado.
A capacidade de uma bateria de armazenar carga é expressada em ampère-hora,
denominada de “C”. Assim, se uma bateria puder fornecer um ampère (1 A) por uma hora,
significa que possui uma capacidade de 1 Ah em um regime de descarga pelo período de uma
hora. Se puder fornecer 1 A por 100 horas, sua capacidade é 100 Ah pelo período de 100 h. A
capacidade de carga e o período de fornecimento, dependem do eletrólito e do eletrodo da
bateria. Assim, quanto maior a quantidade de eletrólito e maior o eletrodo da bateria, maior a
capacidade da mesma. Por isso que uma a pilha alcalina pequena possui capacidade de corrente
menor que outra pilha alcalina grande.

4.2.1 Tipos de Baterias

a) Bateria de Níquel Cádmio (NiCd)


Este tipo de bateria recebe esta designação por utilizar o Níquel e o Cádmio como
elementos constitutivos. Esse tipo de bateria é mais conhecida como bateria NiCd.
Nestas baterias, o pólo positivo é coberto por hidróxido de níquel e o pólo negativo por
uma material sensível ao cádmio. Este tipo de bateria é recarregável, porém possui uma
desvantagem muito grande: possui o que se chama de efeito memória, isto é, se for colocada para
recarregar sem ter esgotado sua carga inicial, a bateria assume como carga o que falta para o
total. Em função disso, estas baterias estão sendo substituídas por outros modelos que não
possuem o efeito memória.

b) Bateria de Hidreto Metálico de Níquel (NiMH)


Trata-se de uma bateria construída, utilizando-se uma tecnologia diferente das baterias
de NiCd, onde utiliza-se o Hidrogênio, absorvido por uma liga de hidreto metálico, como sendo

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componente do eletrodo negativo. Como o hidreto metálico apresenta uma maior densidade de
energia que o cádmio, possibilita que a massa de material ativo para o eletrodo negativo possa
ser menor que a usada em baterias de níquel cádmio. Isto também resulta em uma maior
capacidade ou tempo de descarga para esta bateria.

c) Bateria de íon lítio


Este tipo de bateria está sendo muito utilizada em equipamentos eletrônicos portáteis,
pelo fato de não apresentarem o efeito memória de possuírem uma maior capacidade de
armazenamento (praticamente o dobro da NiMH e o triplo da NiCd).

4.3 Resistor

Como já visto, todos os corpos apresentam uma dificuldade à passagem de corrente


elétrica, e a essa dificuldade, é denominada de Resistência.
Também, como já visto, foi o cientista alemão Georg Simon Ohm, quem determinou pela
primeira vez a relação entre a tensão e a corrente elétrica em resistores.
Existem alguns componentes que possuem a finalidade de dificultar a passagem de
corrente elétrica para que possamos, de certa forma, utilizar este efeito, estes componentes
chamam-se Resistores.

4.3.1 Tipos de Resistores

Existem vários tipos de resistores, porém eles poderão se classificados de acordo com a
seguinte classificação:

a) Resistores Fixos.
São aqueles cujo valor de resistência não pode ser alterado. Estes componentes são
fabricados, geralmente, de carvão ou de carbono, de fio metálico e metalizados. Cada um deles
possui uma aplicação específica na eletrônica. Os mais utilizados são os de carvão. Basicamente,
os resistores possuem um corpo de cerâmica, sobre o qual é colocado o material de que é
constituído e em suas extremidades são fixados os terminais.

b) Resistores ajustáveis.
São aqueles cujos valores poderão ser variados, conforme a necessidade. Eles possuem
uma parte fixa e um terminal móvel para podermos variar seu valor. Assim tem-se dois terminais
fixos e um móvel. Normalmente são construídos de fio. Esse resistor é empregado como divisor
de tensão.

c) Resistores variáveis.
Também possuem seus valores de resistência variáveis, conforme a necessidade. A
diferença é este tipo de resistor tem seu valor modificado continuamente. Dentre os resistores
variáveis, os mais conhecidos são os potenciômetros. Os potenciômetros são resistores cujo valor
poderá ser alterado, simplesmente girando um eixo central do potenciômetro, isso fará com que
um contato seja movimentado sobre uma base resistiva.

d) Resistores com derivação


São aqueles que possuem vários terminais fixos, possibilitando obtermos vários valores
de resistência. Normalmente esses resistores são de fio e, atualmente estão em desuso, mas o
aluno ainda poderá se deparar com algum.

4.3.2 Resistores Especiais

Neste grupo de resistores, encontram-se os resistores que não estão classificados nos
grupos acima e que foram desenvolvidos para exercerem algumas particularidades em eletrônica.
Dentre os resistores especiais mais utilizados em eletrônica, pode-se destacar os
seguintes:

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a) Termistores
Trata-se de um resistor cujo valor de resistência varia com a temperatura. Esta variação
da resistência com a variação da temperatura, atua de forma inversa ao resistor de carvão, ou
seja, quando submetido a um aumento de temperatura, sua resistência diminui de maneira muito
rápida. Os termistores também são conhecidos como NTC (Negative Temperature Coeficient),
para temperaturas negativas e PTC (Positive Temperature Coeficient), para temperaturas
positivas.

b) Varistores
Tipo de resistor que possui sua resistência variando com as variações de tensões
aplicadas em seus terminais, isto é, sua resistência elétrica depende do valor da tensão que está
sendo aplicada em seus terminais. O varistor também é conhecido como VDR (Voltagem
Dependent Resistor). Estes componentes são muito utilizados quando se deseja alcançar alguma
estabilidade de resistência, independente da tensão aplicada (por exemplo em aparelhos de tv
para estabilizar a altura e a largura da imagem)

c) Fotoresistores
São resistores que possuem o valor de sua resistência variando com a luminosidade.
Muito empregados em óptica: fotômetros, alarme contra roubo, interruptores que controlam
intensidade luminosa, etc. São, também, conhecidos como LDR (Light Depending Resistor), por
possuírem uma aplicação muito grande em sistemas de alarmes e explosivos, será dedicado um
item especial a este tipo de resistor mais adiante.

4.3.3 Identificação dos Resistores

Os resistores para que possam ser utilizados de forma correta e útil, possuem uma gama
de valores, dependendo da utilização.
Para que se poss identificar os valores das resistências internas dos resistores, foram
desenvolvidos alguns métodos de identificação: inscrição do valor no corpo do resistor ou o código
de cores.

4.3.3.1 Código de Cores

Segundo esse código, cada resistor possui em seu corpo quatro anéis coloridos, onde
cada cor possui um significado:

Assim, ao se deparar com um resistor identificado utilizando o código de cores, deve-se


obter seu valor da seguinte forma:

• O 1º anel colorido corresponde ao 1º dígito do valor;


• O 2º anel colorido corresponde ao 2º dígito do valor;
• O 3º anel colorido corresponde ao algarismo multiplicador;
• O 4º anel colorido corresponde à tolerância.

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Assim, um resistor que possuir os seguintes anéis coloridos: azul, verde, vermelho e
ouro, possuirá o seguinte valor:

1º anel: azul Î6
2º anel: verde Î5
3º anel: vermelho Î 2 ou 102 ou 100
4º anel: ouro Î 5%
Então, o valor do referido resistor será: 65 x 100 ohms e 5% de tolerância, isto é, 6500 Ω 5%.

Como existem múltiplos e submúltiplos das medidas, eles poderão ser utilizados, fando
com que o valor do resistor em questão seja de 6,5 kΩ 5%.
A tolerância significa a variação que poderá ter o referido resistor, isto é, o valor real do
resistor poderá sofrer uma variação de seu valor, tanto para mais como para menos.
A tabela a seguir, apresenta os valores das cores dos anéis dos resistores:

1º anel 2º anel 3º anel 4º anel


1 CORES
1º digito 2ºdigito Multiplicador Tolerância
Prata - - 0,01 10%
Ouro - - 0,1 5%
Preto 0 0 1 -
Marrom 01 01 10 1%
Vermelho 02 02 100 2%
Laranja 03 03 1 000 3%
Amarelo 04 04 10 000 4%
Verde 05 05 100 000 -
Azul 06 06 1 000 000 -
Violeta 07 07 10 000 000 -
Cinza 08 08 - -
Branco 09 09 - -
Obs: quando o resistor não apresenta a quarta faixa, sua tolerância é de 20%.

4.3.3.2 Potência dos Resistores

Os resistores são fabricados em diversos tamanhos conforme sua dissipação de calor,


assim encontra-se resistores desde 1/8 W (Watts) até 2 W de potência.

Para resistores com valores de dissipação maiores, são utilizados resistores de fio que
poderão ter seus valores de dissipação de 5 a 200 W.

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Sempre que for substituir um resistor e não dispor da potência indicada, deve-se utilizar
um de potência maior, pois este irá dissipar mais calor.

4.3.4 Associação de Resistores

É muito comum não se encontrar os valores (comerciais) dos resistores que se esteja
procurando, principalmente quando estiver desenvolvendo algum projeto eletrônico. Para resolver
este problema, pode-se associar alguns resistores com a finalidade de obter o valor desejado.
Existem duas maneiras de ligar os resistores para que se possa obter o valor desejado:
ligação em série e ligação em paralelo. As outras formas de ligação, nada mais são que uma
combinação destas duas.

4.3.4.1 Associação em Série

Neste tipo de associação, os resistores são ligados de modo que o final de cada resistor
e ligado no início do seguinte, observe a figura:

Como pode ser observado, a corrente elétrica que percorre o circuito é a mesma em
todos os resistores.
Ao se aplicar a 2ª Lei de Ohm ao circuito, pode-se tirar o valor da resistência equivalente,
uma vez que a corrente que circula pelo circuito é a mesma para cada resistência:

Assim tem-se:

U = RI , então, tem-se que a soma das tensões V1 + V2 + V3 + V4 é igual à tensão total V:

V1 + V2 + V3 + V4 = R1 I1 + R2 I2 + R3 I3 + R4 I4

Como a corrente elétrica que percorre o circuito é a mesma, tem-se:

V = I (R1 + R2 + R3 + R4) Î V = I Req

Com isso, é possível concluir que a resistência equivalente (Req) é igual à soma das
resistências:

Req = R1 + R2 + R3 + R4
V = V1 + V2 + V3 + V4
I = I1 = I 2 = I 3 = I 4

4.3.4.2 Associação em Paralelo

Uma associação em paralelo nada mais é a não ser efetuar a ligação de todos os
resistores em dois pontos comuns, ou seja, o início de cada resistor é ligado no mesmo ponto e o
final em outro ponto.
Observe a seguinte figura:

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Todos os resistores estarão submetidos à mesma tensão V, porém a corrente elétrica


que percorre cada resistor é diferente.

Aplicando a 2ª Lei de Ohm, tem-se:

U=RI Î I=U/R
I1 + I2 + I3 + I4 = V1 / R1 + V2 / R2 + V3 / R3 + V4 R4

Como I = I1 + I2 + I3 + I4, e como V = V1 = V2 = V3 = V4, tem-se:

I = V / Req
Disso tudo, é possível concluir que:

1 / Req = 1 / R1 + 1 / R2 + 1 / R3 + 1 / R4
V = V1 = V2 = V3 = V4
I = I1 + I 2 + I 3 + I 4

4.4 Capacitores

Um capacitor é um dispositivo elétrico formado por duas placas condutoras, de metal,


separado por um material isolante chamado dielétrico.

As placas dos capacitores recebem o nome de Armadura.

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As duas placas do capacitor são eletricamente neutras, uma vez que elas contêm o
mesmo numero de prótons e elétrons em cada placa. Portanto, sem ter sofrido processo de
carregamento, o capacitor é eletricamente neutro.
Quando o capacitor é ligado em série com uma bateria (V) em uma chave (S), ao fechar
a chave (S), a carga negativa da placa A é atraída pelo terminal positivo da bateria, enquanto que
a placa B atraiu elétrons do terminal negativo da bateria.

A primeira vista, ao ligar a chave S, não deveria haver fluxo de corrente elétrica, uma vez
que as placas não estão em contato, porém não é o que se repara na prática.
Ao fechar o circuito, pode-se observar que o ponteiro do amperímetro dá um salto e
começa a cair lentamente para a posição de repouso. No momento em que se liga a chave, será
forçada uma movimentação de elétrons.
Como inicialmente as duas placas estavam em estado neutro (possuíam as mesmas
quantidades de elétrons e prótons), ao ligar a chave, a placa que está ligada ao terminal positivo
da alimentação, que como já é sabido possui falta de elétrons. Com isso, o pólo positivo retira os
elétrons da placa A, tornando-a mais positiva. Já o pólo negativo da alimentação possui excesso
de elétrons e, como os elétrons procuram ocupar a maior área possível, eles se deslocam para a
placa B, estabelecendo, com isso um fluxo de corrente elétrica.
Tão logo o capacitor se encontre “carregado”, cessa este movimento de cargas.
Se não existir nenhuma carga ligada ao pólos do capacitor, ele permanecerá carregado
por um tempo indeterminado (capacitor ideal). Porém, pode-se verificar isso não ocorre, pois o
próprio material de que é confeccionado o capacitor, possui perdas elétricas, provocando sua
descarga com o passa do tempo.
A propriedade que os capacitores possuem de reter certa quantidade de energia ou carga
elétrica recebe o nome de CAPACITÂNCIA, e é medida em Farad.
Então, é possível concluir que:

“Capacitância é a relação entre a quantidade de carga acumulada em um capacitor


e a ddp aplicado em seus terminais”.

Essa capacitância é diretamente proporcional à área de suas armaduras e inversamente


proporcional a distância entre elas (espessura do dielétrico).
Além desses dois itens, a capacitância de um capacitor também depende o material
dielétrico existente entre as armaduras.
Assim, a capacitância de um capacitor poderá ser calculada pela seguinte fórmula:

C = 0,0885 x K x A x (N-1) / d

Onde:
0,0885 = constante fornecida pela engenharia
K = constante dielétrica
A = área das placas
N-1 = número de placas do capacitor menos 1
d = espessura do dielétrico (distância entre as placas)

Na tabela a seguir, é apresentado alguns valores de constante dielétrica (K):

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Dielétrico Constante Dielétrica


Ar 1,0
Baquelite 7,0
Porcelana 4,4
Prespan 5,0
Seda 6,0
Teflon 2,0
Resina 2,5
Goma laca 3,1
Papel seco 2,2
Parafina 2,1
Poliéster 3,2

Unidade de Medida de Capacitância: Faraday (F)

Unidade de Medida de Carga Elétrica: Coulomb (C)

Para cálculos de capacitância, tem-se a seguinte fórmula:

C=Q/V

Onde:
C = Capacitância;
Q = Quantidade de carga;
V = Tensão

4.4.1 Tipos de Capacitores

Assim como os resistores, existem vários tipos de capacitores, cada qual


desempenhando uma forma particular de função dentro dos circuitos onde são inseridos:

a) Capacitores de Papel
Quando se desejar que os capacitores possuam grande capacitância, é preciso que os
mesmos possuam uma área de secção muito grande e um pequeno espaçamento entre sí. Isto é
obtido pegando duas tiras de material metálico (estanho ou alumínio), do tamanho que irá
proporcionar a capacitância desejada, coloca-se entre elas uma fina tira de papel manteiga ou
parafinado e, enrolam-se as três tiras.
Após terminar de enrolar, são fixados os terminais nas armaduras e toda a estrutura é
revestida de uma camada protetora (asfalto, plástico, alumínio, etc.

b) Capacitores a óleo
Este tipo de capacitor possui a mesma construção utilizada no capacitor de papel,
variando-se somente o dielétrico que passa a ser utilizado uma tira de papel impregnada de óleo
especial. Assim consegue-se capacitores com valores de capacitância bem maiores.

c) Capacitores de Cerâmica
Geralmente são constituídos de um suporte tubular de cerâmica, em cujas superfícies
interna e externa são depositadas finas camadas de prata às quais são ligados os terminais
através de um cabo soldado sobre o tubo. Às vezes, os terminais são enrolados diretamente
sobre o tubo. O emprego deste tipo de componente varia dos circuitos de alta freqüência, com
modelos compensados termicamente e com baixa tolerância, aos de baixa freqüência, como
capacitores de acoplamento e de filtro.
Os capacitores cerâmicos poderão ser encontrados em diversas formas: tubulares, disco,
pinup e de placa quebrada ou retangular.
Normalmente apresentam valores relativamente baixos de capacitância, sendo utilizados
em circuitos eletrônicos.

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d) Capacitores de Mica
Estes capacitores são construídos tendo como dielétrico uma lâmina de mica entre suas
armaduras. São capacitores que apresentam excelente propriedades elétricas e grande
capacitância, oferecendo excelente isolação. São muito utilizados em circuitos de alta freqüência.

e) Capacitores de Polyester
Neste caso o dielétrico é uma fita de poliestireno. São superiores aos capacitores de
papel e óleo devido à sua constância de capacitância e alta resistência de isolação. Também não
é polarizado. Para aplicações em CA industrial, tais como partida e correção de fator de potência
em motores, aparelhos de ar condicionado, são encapsulados em caneca de alumínio.

f) Capacitores Eletrolíticos
No capacitor eletrolítico uma fita de alumínio constitui a armadura positiva fica imersa em
um eletrólito que é uma solução salina e constitui a armadura negativa pelo contato que faz com a
caneca ou invólucro metálico do conjunto. É passada então, uma corrente contínua que faz
aparecer pelo processo de eletrólise uma fina camada isolante de óxido isolante na folha de
alumínio, que se constituirá no dielétrico do capacitor. A espessura do dielétrico é regulada pelo
processo químico e pode apresentar o valor desejado, possibilitando a obtenção de elevadas
capacitâncias.
A reação química, todavia, é reversível, e a passagem de uma corrente em sentido
inverso irá desfazer o dielétrico e curto circuitar o capacitor. Conseqüentemente, o capacitor
eletrolítico é polarizado, utilizado somente em corrente contínua, ou onde se pode garantir a
polaridade entre os terminais. A aplicação de corrente alternada a um capacitor eletrolítico irá
ocasionar sua destruição e curto circuito. Os capacitores eletrolíticos podem ser de alumínio ou de
tântalo, estes a seco e com melhores propriedades que os de alumínio.
A utilização típica de capacitores eletrolíticos é em circuitos de filtro onde a tensão é
unipolar e valores elevados de capacitância são desejados.

g) Capacitores Variáveis
Este tipo de capacitor consta de um eixo onde são fixadas as armaduras móveis e um
bloco de armaduras fixas. Ao girar o eixo, estaremos variando a área das armaduras, ocasionando
uma variação do valor da capacitância do capacitor.
Como é possível observar, este tipo de capacitor utiliza o ar como dielétrico. Por este tipo
de capacitor apresentar como dielétrico o ar, ele possui valores baixos de capacitância.

4.4.2 Identificação dos Capacitores

Assim como os resistores, os capacitores para que possam ser utilizados de forma
correta e útil, possuem uma gama de valores, dependendo da utilização.
Essa faixa de valores são representadas nos capacitores de diversas maneiras que
veremos a seguir.
Alguns capacitores, apresentam uma codificação que é um pouco estranha para os
técnicos experientes, e muito difícil de compreender, para o técnico novato. Observe a figura
abaixo.

3º Algarismo N° O valor obtido deverá ser interpretado da seguinte forma:


de zeros = 00 1º Algarismo: corresponde ao primeiro número lido;
2º Algarismo 2º Algarismo: corresponde ao segundo número lido;
3º Algarismo: corresponde ao número de zeros a ser
1º Algarismo acrescentado ao valor.
O valor do capacitor,”B”, é de 3300 pF (Picofarad = x10-12 F) ou
3,3 nF (Nanofarad = x10-9 F) ou 0,033 µF (Microfarad = x 10-6 F).
No capacitor “A”, devemos acrescentar mais 4 zeros após o 1ª e
2ª algarismo. O valor do capacitor, que se lê 104, é de 100000
pF ou 100 nF ou 0,1µF.

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Capacitores usando letras em seus valores.

= nano Farad A figura ao lado, mostra capacitores que tem os seus valores,
( x10-9 ) impressos em nanofarad (nF) = 10-9 F. Quando aparece no
ou capacitor uma letra “n” minúscula, como um dos tipos
( 0,000000001 ) apresentados ao lado por exemplo: 3n3, significa que este
capacitor é de 3,3 nF. No exemplo, o “n” minúsculo é colocado
ao meio dos números, apenas para economizar uma vírgula e
evitar erro de interpretação de seu valor. Multiplicando-se 3,3 por x10-9 = ( 0,000.000.001 ),
teremos 0,000.000.003.3 F. Para se transformar este valor em microfarad, devemos dividir
por 10-6 = ( 0,000.001 ), que será igual a 0,0033 µF. Para voltarmos ao valor em nF,
devemos pegar 0,000.000.003.3 F e dividir por 10-9 = ( 0,000.000.001 ), o resultado é 3,3
nF ou 3n3 F.
Para transformar em picofarad, pega-se 0,000.000.003.3 F e divide-se por x10-12,
resultando 3300 pF. Alguns fabricantes fazem capacitores com formatos e valores
impressos como os apresentados abaixo. O nosso exemplo, de 3300 pF, é o primeiro da
fila.

Note nos capacitores seguintes que alguns possuem uma letra maiúscula ao lado dos
números. Esta letra refere-se a tolerância do capacitor, ou seja, o quanto que o capacitor pode
variar de seu valor em uma temperatura padrão de 25° C. A letra “J” significa que este capacitor
pode variar até 5% de seu valor, a letra “K” = 10% ou “M” = 20%. Seguem na tabela abaixo, os
códigos de tolerâncias de capacitância.

Até 10 pF Código Acima de 10 pF


0,1 pF B
0,25 pF C
0,5 pF D
1,0 pF F 1%
G 2%
H 3%
J 5%
K 10%
M 20%
S -50% -20%
+80% -20%
Z ou
+100% -20%
P +100% -0%

Agora, um pouco sobre coeficiente de temperatura “TC”, que define a variação da


capacitância dentro de uma determinada faixa de temperatura. O “TC” é normalmente expresso
em % ou ppm/°C ( partes por milhão / °C ). É usado uma seqüência de letras ou letras e números
para representar os coeficientes. Observe a figura abaixo.

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Iniciais do fabricante Os capacitores ao lado são de coeficiente de


temperatura linear e definido, com alta
Valor capacitivo estabilidade de capacitância e perdas
mínimas, sendo recomendados para aplicação
Coeficiente de em circuitos ressonantes, filtros, compensação
temperatura “TC” de temperatura e acoplamento e filtragem em
circuitos de RF.
Na tabela abaixo estão mais alguns coeficientes de temperatura e as tolerâncias que são
muito utilizadas por diversos fabricantes de capacitores.

Código Coeficiente de temperatura


NPO -0 30 ppm/°C
N075 -75 30 ppm/°C
N150 -150 30 ppm/°C
N220 -220 60 ppm/°C
N330 -330 60 ppm/°C
N470 -470 60 ppm/°C
N750 -750 120 ppm/°C
N1500 -1500 250 ppm/°C
N2200 -2200 500 ppm/°C
N3300 -3300 500 ppm/°C
N4700 -4700 1000 ppm/°C
N5250 -5250 1000 ppm/°C
P100 +100 30 ppm/°C

Outra forma de representar coeficientes de temperatura é mostrado abaixo. É usada em


capacitores que se caracterizam pela alta capacitância por unidade de volume (dimensões
reduzidas) devido à alta constante dielétrica sendo recomendados para aplicação em
desacoplamentos, acoplamentos e supressão de interferências em baixas tensões.

Iniciais Os coeficientes são também representados com seqüências de


do
fabricante letras e números como por exemplo: X7R, Y5F e Z5U. Para um
Valor capacitivo capacitor Z5U, a faixa de operação é de +10°C que significa
Coeficiente “Temperatura Mínima” e +85°C que significa “Temperatura
de
temperatura Máxima” e uma variação de “Máxima de capacitância”, dentro
desses limites de temperatura, que não ultrapassa –56%, +22%.
Veja as três tabelas abaixo para compreender este exemplo e entender outros
coeficientes.

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Capacitores de Cerâmica Multicamada

Valor Capacitivo
Voltagem Nominal ( A = 50 / 63 VDC )

Tolerância ( Z = - 20% + 80% ) ou ( M = 20% [


Especial ] )
Dielétrico ( U = Z5U )

Capacitores de Polyester Metalizado usando código de cores.

A tabela abaixo, mostra como interpretar o código de cores dos capacitores abaixo. No
capacitor “A”, as 3 primeiras cores são, laranja, laranja e laranja, correspondem a 33000,
equivalendo a 3,3 nF. A cor branca, logo adiante, é referente à 10% de tolerância. E o vermelho,
representa a tensão, que é de 250 volts.

1ª Algarismo 2ª Algarismo 3ª N° de zeros 4ª Tolerância 5ª Tensão


PRETO 0 0 - 20% -
MARROM 1 1 0 - -
VERMELHO 2 2 00 - 250 V
LARANJA 3 3 000 - -
AMARELO 4 4 0000 - 400 V
VERDE 5 5 00000 - -
AZUL 6 6 - - 630 V
VIOLETA 7 7 - - -
CINZA 8 8 - - -
BRANCO 9 9 - 10% -

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4.4.3 Associação de Capacitores

Como acontece com os resistores, é muito comum não se encontrar os valores


(comerciais) desejados dos capacitores que se está procurando, principalmente quando se está
desenvolvendo algum projeto eletrônico. Para resolver este problema, pode-se associá-los de
algumas formas, para obtermos o valor desejado.
Existem duas maneiras de associarmos os capacitores para que se possa obter o valor
desejado: ligação em série e ligação em paralelo. As outras formas de ligação, nada mais são que
uma combinação destas duas.

4.4.3.1 Associação em Série

Neste tipo de associação, os capacitores são ligados de modo que o final de cada
capacitor é ligado no início do seguinte, observe a figura:

Neste tipo de ligação, a tensão total do circuito é igual à soma das tensões aplicada em
cada capacitor.
Assim como acontece na ligação série de resistores, pode-se substituir os capacitores em
série por seu equivalente:
Assim, temos:

1 / Ceq = 1 / C1 + 1 / C2 + 1 / C3 +....+ 1 / CN

4.4.3.2 Associação em Paralelo

Uma associação em paralelo nada mais é a não ser efetuar a ligação de todos os
capacitores em dois pontos comuns, ou seja, o início de cada capacitor é ligado no mesmo ponto
e o final em outro ponto. Observe a seguinte figura:

Observe que todos os capacitores estão sujeitos à mesma tensão.


Da mesma forma que para capacitores ligados em série, pode-se ter um capacitor
equivalente:

Ceq = C1 + C2 + C3 + .... + CN

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4.4.4 Carga e Descarga de Capacitores

Ao ser aplicada uma tensão contínua, através de uma resistência, em um capacitor, a


tensão sobre o capacitor não varia instantaneamente, ou seja, haverá um tempo para a carga, o
qual, é dependente dos valores de R e C.

Circuito:

A carga do capacitor pode ser calculada através da seguinte fórmula:

Sendo:

e = 2,7182... e t em segundos.

O produto R.C é conhecido como constante de tempo, sendo representada pela letra
grega ℑ, assim:

ℑ = R.C

Um capacitor é considerado carregado após ter passado um tempo igual a 5.ℑ

Para descarregar um capacitor, basta curtocircuitar seus terminais.

4.5 Diodos

O diodo é um componente eletrônico que possui dois terminais e tem o seguinte aspecto:

O terminal A é denominado anodo e o terminal K é denominado catodo. O desenho


acima apresenta o aspecto físico do componente, abaixo temos o símbolo do componente.

4.5.1 Polarização do diodo

Polarizar um componente é impor aos seus terminais potenciais, ou ddp predefinida, para
que o mesmo desempenhe as funções desejadas.

Conforme a ddp aplicada entre anodo e catodo, o diodo irá bloquear ou não a corrente
que passa através dele.

4.5.1.1 Polarização direta:


É aquela em que o anodo está mais positivo que o catodo.

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Nessa condição dizemos que o diodo conduz e que está diretamente polarizado ou está
ON.
A tensão entre A e K idealmente será zero, porém isto não acontece na prática, sendo
que para diodos de Silício esta tensão valerá 0,7V e para diodos de Germânio valerá 0,2V. Esta
tensão é denominada de tensão de limiar ou tensão de condução e é representada por VL ou Vγ.
O diodo será então representado por uma fonte de tensão de valor VL:

4.5.1.2 Polarização reversa:


Nessa condição o anodo estará menos positivo que o catodo e o componente não
permitirá a passagem de corrente. Na realidade passa pelo componente uma pequena corrente,
da ordem de nA que é desprezível.

O componente será representado como um circuito aberto:

Exemplo: Para o circuito abaixo determinar quais lâmpadas estão acesas.

4.5.2 Diodo Emissor de Luz (LED)

O diodo emissor de luz (LED) é um diodo que quando polarizado diretamente emite luz
visível (amarela, verde, vermelha, laranja ou azul) ou luz infravermelha. Ao contrário dos diodos
comuns não é feito de silício, que é um material opaco, e sim, de elementos como gálio, arsênico
e fósforo. É amplamente usada em equipamentos devido a sua longa vida, baixa tensão de
acionamento e boa resposta em circuitos de chaveamento.

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A polarização do LED é similar ao um diodo comum, ou seja, acoplado em série com um


resistor limitador de corrente. O LED é esquematizado como um diodo comum com seta
apontando para fora como símbolo de luz irradiada. A corrente que circula no LED é:

Para a maioria dos LED’s disponíveis no mercado, a queda de tensão típica é de 1,5 a
2,5V para correntes entre 10 e 50mA.

4.5.3 Fotodiodo

É um diodo com encapsulamento transparente, reversamente polarizado que é sensível a


luz. Nele, o aumento da intensidade luminosa, aumenta sua a corrente reversa Num diodo
polarizado reversamente, circula somente os portadores minoritários. Esses portadores existem
porque a energia térmica entrega energia suficiente para alguns elétrons de valência saírem fora
de suas órbitas, gerando elétrons livres e lacunas, contribuindo, assim, para a corrente reversa.
Quando uma energia luminosa incide numa junção pn, ela injeta mais energia ao elétrons de
valência e com isto gera mais elétrons livres. Quanto mais intensa for à luz na junção, maior será
corrente reversa num diodo.

4.5.4 Diodo Zener

O diodo zener é um diodo construído especialmente para trabalhar na tensão de ruptura.


O diodo zener se comporta como um diodo comum quando polarizado diretamente. Mas ao
contrário de um diodo convencional, ele suporta tensões reversas próximas a tensão de ruptura.
A sua principal aplicação é a de conseguir uma tensão estável (tensão de ruptura).
Normalmente ele está polarizado reversamente e em série com um resistor limitador de
corrente.

4.6 Transistor

O transistor foi criado nos laboratórios da Bell Telephone em dezembro de 1947.


A invenção desse componente é atribuida a três cientistas: Bradeen, Brattain e Shockley.
O primeiro transistor surgiu por acaso durante estudos de superfícies em torno de um
diodo de ponto de contato e seu nome foi derivado de suas características intrínsecas: "resistor de
transferência" (transfer + resistor)
Em 1955 iniciou-se a comercialização do transistor de silício, com essa tecnologia o
preço do transistor caiu já que o silício ao contrario do germânio é mais abundante na natureza.
Dispositivo de 3 terminais (alguns possuem mais) que pode funcionar como amplificador
ou como chave.
O transistor quando opera na região linear de sua reta de carga é usado como
amplificador. E na região de corte ou saturação ele é usado como chave.

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4.6.1 Tipos de Transistores

Dentre os tipos existentes, vale destacar os mais importantes: Transistores Bipolatres,


FET (transistor de efeito de campo), MOSFET(transistor de efeito de campo com metal oxido
semicondutor), UJT (transistor de unijunção), IGBT(transistor bipolar de porta isolada).

4.6.1.1 Transistores Bipolares

Funciona como um resistor variável entre coletor e emissor controlado pela corrente da
base. Os transistores apresentam as seguinte propriedades:

• Trabalha com alta potência


• Funciona em alta freqüência
• É excitado por corrente
• Possui menor resistência entre coletor e emissor quando em saturação.

Símbolos

Polarização

Pode ser de dois tipos PNP (conduz com negativo na base) ou NPN (conduz com positivo
na base).

Polarização direta

Polarização reversa

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4.6.1.2 Configurações Básicas

Existem 3 (BC, CC e EC) cada uma com suas vantagens e desvantagens.

Base Comum (BC)

Baixa impedância(Z) de saída;


Alta impedância(Z) de entrada;
Não a defasagem entre o sinal de saída e o de entrada;
Amplificação de corrente igual a um.

Coletor Comum (CC)

• Alta impedância (Z) de saída;


• Baixa impedância (Z) de entrada;
• Não a defasagem entre o sinal de saída e o de entrada;
• Amplificação de tensão igual a um.

Emissor Comum (EC)

• Alta impedância(Z) de saída;


• Baixa impedância(Z) de entrada;
• Defasagem entre o sinal de saída e o de entrada de 180;
• Amplificação de corrente de 10 a 100 vezes.

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Correntes no transistor

Da figura acima, pode-se deduzir que:

Classificação de transistores

São classificados como transistores de baixa, média e alta potência.

Invólucro dos transistores

Devido ao calor produzido durante o chaveamento, os transistores e outros componentes


são produzidos em diversos formatos (chamados invólucros ou encapsulamento), para sua
instalação em dissipadores de calor. Os transistores usam os invólucors: SOT 37, SOT 3, TO 39,
SOT 9, TO 3, SOT 18, SOT 32, SOT 82, SOT 93, entre outros.

4.6.1.3 Teste de transistor

Fora do circuito

Selecionar a escala mais baixa do multímetro para se medir resistência. Efetuar as


seguintes medições de resistência: RBE, RBC,RCE. As medidas devem ter os seguintes resultados
para transistores em bom estado.

Terminais Resistência direta Resistência inversa


Coletor emissor alto Alto
Base emissor alto Alto
Base coletor baixo Alto

As resistências altas devem ser superior a 1 MΩ e as baixas inferior a 5 KΩ.

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No circuito

Ligar o equipamento
Selecione a posição DC no voltímetro. Colocar a ponta de prova preta no terra e com a
vermelha medir cada um dos terminais do transistor. Caso o transistor esteja em bom, será obtido
o seguinte resultado: VC > VB > VE (tensão de coletor maior que a tensão de base que deverá ser
maior que a tensão de emissor) para transistor NPN.

Outra Tabela de Teste

Junção Direta Inversa Condição


coletor-emissor alta alta Bom
coletor-emissor baixa baixa Curto
coletor - base baixa alta Bom
coletor - base baixa baixa Curto
coletor - base alta alta Aberto
base - emissor baixa alta Bom
base - emissor baixa baixa Curto
base - emissor alta alta Aberto

Teste de Fuga

Medir a resistência entre coletor e emissor observando a tabela:

Leitura Condição
> 10M ohms bom
> 1M <10M Fuga
< 1M ohms grande fuga

4.7 Indutores

O indutor é um componente eletrônico constituído por uma bobina de confeccionada por


um material condutor (fio), que apresenta algumas propriedades estudadas pelo
eletromagnetismo.
O indutor ao ser alimentado por uma fonte de tensão, circulará uma corrente elétrica.
Esta corrente ao percorrer o indutor estabelece um campo magnético, fazendo com que a corrente
circulante seja inibida, isto é, a corrente elétrica sofre um adiantamento em relação à corrente
circulante no circuito. Esta inibição persiste até que seja estabelecido o campo magnético.
Esta forma peculiar de funcionamento, permite que o indutor armazene energia no seu
campo magnético, tendendo a resistir a qualquer mudança na corrente elétrica que flui através do
indutor.
Com este funcionamento específico, o indutor é um componente muito utilizado na
confecção de eletroímãs, relés, transformadores, motores elétricos, entre outros.

4.8 LDR

O LDR (Resistor Dependente da Luz) é um componente que varia sua resistência em


função que incide sobre ele. Quando iluminado, o LDR diminui sua resistência e, quando no
escuro, essa resistência é bastante elevada.
Esta característica possibilita a utilização deste componente para desenvolver um sensor
que é ativado (ou desativado) quando sobre ele incidir energia luminosa.
A resistência do LDR varia de forma inversamente proporcional à quantidade de luz
incidente sobre ele, isto é, enquanto o feixe de luz estiver incidindo, o LDR oferece uma
resistência muito baixa. Quando este feixe é cortado, sua resistência aumenta. Esta

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particularidade é obtida pelo fato do LDR ser composto de um material semicondutor, o sulfeto de
cádmio, CdS, ou o sulfeto de chumbo. O processo de construção de um LDR consiste na conexão
do material fotossensível com os terminais, sendo que uma fina camada é simplesmente exposta
à incidência luminosa externa.
O LDR possui uma faixa de utilização muito extensa, como por exemplo o controle
automático de porta, alarme contra ladrão, controle de iluminação de ambientes, contagem
industrial, entre outros.

LDR e sua Simbologia

A faixa de variação para os LDRs é de mais ou menos 100 Ω quando exposto à


luminosidade, e aproximadamente 1 a 10 MΩ quando no escuro.
A variação da resistência do LDR quando se altera a luminosidade sobre ele leva certo
período de tempo até se estabilizar, este tempo é chamado de tempo de recuperação, que é
expresso em kilo Ohms por segundo. Normalmente este valor fica em torno de 300 KΩ/s.

4.9 Transformador

Os transformadores são constituídos de dois enrolamentos de fios de cobre esmaltados e


isolados entre sí: um primário e um secundário. Estes enrolamentos são efetuados sobre um
suporte (núcleo), geralmente de PVC ou outro polímero, contento como sustentação placas de
aço silício superpostas uma às outras, isoladas entre sí.
O campo magnético pode induzir uma tensão noutro indutor, se este for enrolado sobre
uma mesma forma ou núcleo. Pela Lei de Faraday, a tensão induzida será proporcional à
velocidade de variação do fluxo, e ao número de espiras deste indutor.
Aplicando aos dois enrolamentos, a lei permite deduzir a relação básica do
transformador.

Vp/Vs = Np/Ns

A relação de correntes é oposta à de tensões.

Ip/Is = Ns/Np

Onde:
P = primário
S = secundário

O transformador é um conversor de energia elétrica, de alta eficiência (podendo


ultrapassar 99%), que altera tensões e correntes, e isola circuitos.

4.9.1 Perdas

Além das perdas no cobre dos enrolamentos (devidas à resistência), os transformadores


e bobinas apresentam perdas magnéticas no núcleo.
Histerese: Os materiais ferromagnéticos são passíveis de magnetização, através do
realinhamento dos domínios, o que ocorre ao se aplicar um campo (como o gerado por um indutor
ou o primário do transformador). Este processo consome energia, e ao se aplicar um campo

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variável, o material tenta acompanhar este, sofrendo sucessivas imantações num sentido e
noutro, se aquecendo. Ao se interromper o campo, o material geralmente mantém uma
magnetização, chamada campo remanente.
Perdas por correntes parasitas ou de Foucault: São devidas à condutividade do
núcleo, que forma, no caminho fechado do núcleo, uma espira em curto, que consome energia do
campo. Para minimizá-las, usam-se materiais de baixa condutividade, como a ferrite e chapas de
aço-silício, isoladas uma das outras por verniz. Em vários casos, onde não se requer grandes
indutâncias, o núcleo contém um entreferro, uma separação ou abertura no caminho do núcleo,
que elimina esta perda.

4.9.2 Tipos de transformadores:

a) Transformador de alimentação:
É usado em fontes, convertendo a tensão da rede na necessária aos circuitos eletrônicos.
Seu núcleo é feito com chapas de aço silício, que tem baixas perdas, em baixas freqüências,
por isto é muito eficiente. Às vezes possuem blindagens, invólucros metálicos.

b) Transformador de áudio:
Usado em aparelhos de som a válvula e certas configurações a transistor, no
acoplamento entre etapas amplificadoras e saída ao auto-falante. Geralmente é semelhante ao t.
de alimentação em forma e no núcleo de aço-silício, embora também se use a ferrite. Sua
resposta de freqüência dentro da faixa de áudio, 20 a 20000 Hz, não é perfeitamente plana,
mesmo usando materiais de alta qualidade no núcleo, o que limita seu uso.

c) Transformador de distribuição:
Encontrado nos postes e entradas de força em alta tensão (industriais), são de alta
potência e projetados para ter alta eficiência (da ordem de 99%), de modo a minimizar o
desperdício de energia e o calor gerado. Possui refrigeração a óleo, que circula pelo núcleo dentro
de uma carapaça metálica com grande área de contato com o ar exterior. Seu núcleo também é
com chapas de aço-silício, e pode ser monofásico ou trifásico (três pares de enrolamentos).

d) Transformadores de potencial:
Encontra-se nas cabines de entrada de energia, fornecendo a tensão secundária de 220
V, em geral, para alimentar os dispositivos de controle da cabine - reles de mínima e máxima
tensão (que desarmam o disjuntor fora destes limites), iluminação e medição. A tensão de
primário é alta, 13.8 Kv ou maior. O núcleo é de chapas de aço sílicio, envolvido por blindagem
metálica, com terminais de alta tensão afastados por cones salientes, adaptados a ligação às
cabines. Podem ser mono ou trifásicos.

e) Transformador de corrente:
Usado na medição de corrente, em cabines e painéis de controle de máquinas e motores.
Consiste num anel circular ou quadrado, com núcleo de chapas de aço sílicio e enrolamento com
poucas espiras, que se instala passando o cabo dentro do furo, este atua como o primário. A
corrente é medida por um amperímetro ligado ao secundário (terminais do TC). É especificado
pela relação de transformação de corrente, com a do medidor sendo padronizada em 5A, variando
apenas a escala de leitura e o número de espiras do TC.

f) Transformador de RF:
Empregam-se em circuitos de rádio-frequência (RF, acima de 30kHz), no acoplamento
entre etapas dos circuitos de rádio e TV. Sua potência em geral é baixa, e os enrolamentos têm
poucas espiras. O núcleo é de ferrite, material sintético composto de óxido de ferro, níquel, zinco,
cobalto e magnésio em pó, aglutinados por um plastificante. Esta se caracteriza por ter alta
permeabilidade, que se mantém em altas freqüências (o que não acontece com chapas de aço
sílicio). Costumam ter blindagem de alumínio, para dispersar interferências, inclusive de outras
partes do circuito.

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g) Transformadores de pulso:
São usados no acoplamento, isolando o circuito de controle, de baixa tensão e potência,
dos tiristores, chaves semicondutores, além de isolarem um tiristor de outro (vários secundários).
Têm núcleo de ferrite e invólucro plástico, em geral.

h)Autotransformadores
Se for aplicada uma tensão a uma parte de um enrolamento (uma derivação), o campo
induzirá uma tensão maior nos extremos do enrolamento. Este é o princípio do autotransformador.
Uma característica importante dele é o menor tamanho, para certa potência, que um
transformador. Isto não se deve apenas ao uso de uma só bobina, mas ao fato da corrente de
saída ser parte fornecida pelo lado alimentada, parte induzida pelo campo, o que reduz este,
permitindo um núcleo menor, mais leve e mais barato. A desvantagem é não ter isolação entre
entrada e saída, limitando as aplicações.
São muito usados em chaves de partida compensadoras, para motores (circuitos que
alimentam motores com tensão reduzida fornecida pelo autotransformador, por alguns segundos,
reduzindo o pico de corrente durante a aceleração) e em estabilizadores de tensão
(autotransformador com várias derivações - taps - , acima e abaixo do ponto de entrada, o circuito
de controle seleciona uma delas como saída, elevando ou reduzindo a tensão, conforme a
entrada).
Um transformador poderá possuir várias entradas e várias saídas. Estas saídas são
conhecidas como derivações ou tapes.
As várias entradas e/ou saídas, são utilizadas para que possamos obter valores maiores
ou menores de níveis de tensão e/ou corrente. A figura a seguir apresenta um transformador
desse tipo.

4.10 Relés

Os relés são componentes eletromecânicos capazes de controlar circuitos externos de


grandes correntes a partir de pequenas correntes ou tensões, ou seja, acionando um relé com
uma pilha podemos controlar um motor que esteja ligado em 110 ou 220 volts, por exemplo.
O funcionamento dos relés é bem simples: quando uma corrente circula pela bobina, esta
cria um campo magnético que atrai um ou uma série de contatos fechando ou abrindo circuitos.
Ao cessar a corrente da bobina o campo magnético também cessa, fazendo com que os contatos
voltem para a posição original.
Os relés podem ter diversas configurações quanto aos seus contatos: podem ter contatos
NA (Normalmente Aberto), NF (Normalmente Fechado) ou ambos, neste caso com um contato
comum ou central (C).
Os contatos NA são os que estão abertos enquanto a bobina não está energizada e que
fecham, quando a bobina recebe corrente. Os NF abrem-se quando a bobina recebe corrente, ao
contrário dos NA.
A principal vantagem dos relés é que o circuito de carga está completamente isolado do
de controle, podendo inclusive trabalhar com tensões diferentes entre controle e carga. A
desvantagem é o fator do desgaste, pois em todo o componente mecânico há uma vida útil.

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4.11 Reed Switch

Reed-switches são interruptores de lâminas hermeticamente encerrados em ampolas de


vidro. As lâminas são flexíveis, feitas de materiais que podem sofrer a ação de campos
magnéticos. O bulbo de vidro é cheio com um gás inerte de modo a evitar a ação corrosiva do ar
sobre as lâminas, o que afetaria o contacto elétrico em pouco tempo.
As duas lâminas no interior de uma ampola podem ser movidas pela ação de um campo
magnético. Uma das maneiras de fazer um reed-switch fechar os contatos, encostando uma
lâmina na outra, é através do campo magnético de um imã. A outra maneira é colocar este
elemento no interior de uma bobina, dando origem assim ao componente denominado reed-relé.
A flexibilidade da lâmina usada permite que campos magnéticos muito fracos consigam
atuar sobre elas fechando os contatos, o que dá origem a relés extremamente sensíveis e
compactos.

Na sua versão mais simples temos duas lâminas, montadas conforme mostra a figura.

Nas condições normais, as lâminas estão separadas e nenhuma corrente pode circular
através do componente. Ele opera como uma chave aberta.
Aproximando-se um ímã permanente do dispositivo a ação do campo magnético faz com
que as lâminas se magnetizem e com isso se atraiam, unindo-se. Nestas condições, o contato
elétrico é fechado.

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Em outras palavras, o reed-switch abre e fecha seus contatos conforme a ação de um


campo magnético externo.
É importante observar que para se ter uma ação apropriada das lâminas fechando os
contatos, o campo magnético precisa ser corretamente orientado. Se o campo não magnetizar as
lâminas de modo que elas se atraiam, não há a atuação da chave. A figura abaixo ilustra as
posições corretas que devem ser usadas para que ímãs permanentes acionem um reed-switch.

Além do tipo básico com duas lâminas, podemos encontrar reed-switches que funcionam
como chaves reversíveis. Assim, no tipo apresentados na figura abaixo, a ação é de uma chave
de 1 pólo x 2 posições.

Quando não há campo magnético externo atuando sobre o dispositivo, o contato C


(comum) permanece ligado ao NF (normalmente fechado), como num relé. Quando se aplicar um
campo magnético, as lâminas se magnetizam e o movimento do contato C é no sentido de
encostar-se ao contato NA (normalmente aberto). Tem-se, então, a comutação do circuito externo.

5. Instrumentos de Medidas

5.1 Multímetro

É um instrumento de medição, e portanto, deve ser manuseado com muito cuidado afim de
não danificá-lo e também evitar sua descalibração, pois poderá conduzir a erros de leitura do valor
da grandeza medida.
Com certeza, todo profissional deverá saber manuseá-lo e a sua correta utilização facilitará
e agilizará os serviços.
O multímetro, também conhecido como multitester ou VOM possui capacidade de medição
de pelo menos três grandezas: TENSÃO, CORRENTE e RESISTÊNCIA ELÉTRICA. Alguns
multímetros ainda possuem escalas de medição de freqüência, capacitância, HFE, temperatura e
outros. Este curso irá se ater às medições das três grandezas primárias citadas acima.

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5.1.1 Medida de Tensão Alternada (ACV) ou Contínua (DCV)

1) Para a medição de tensão deve-se colocar a ponta de prova vermelha no borne com a
indicação VΩmA.
2) Ajuste a chave seletora para a grandeza a ser medida (tensão alternada ou tensão
contínua). (Em alguns multímetros observa-se a existência de uma única escala com a indicação
V, porém, ter-se-á uma chave que selecionaremos DC ou AC ( tensão contínua ou tensão
alternada respectivamente)). A tensão alternada pode estar identificada como ACV e a contínua
como DCV.
3) Antes de iniciar qualquer medição, é importante analisar a grandeza que será
encontrada e verificar se o instrumento de medição atenderá a sua necessidade. Caso atenda,
siga as instruções abaixo. Caso não atenda, é necessária a substituição do multímetro por um de
capacidade maior (ou menor se for necessário o aumento da precisão).
4) Sempre é recomendável posicionar a chave seletora no valor mais alto de escala, afim
de evitar surpresas com medições cujos valores são desconhecidos, onde estes poderiam estar
muito além do valor da escala escolhida (se fosse uma escala de valor pequeno) podendo vir a
danificar o multímetro.
5) O passo seguinte é conectar as pontas de prova vermelha e preta sobre os pontos a
serem medidos. Por exemplo: Se for um componente qualquer e deseja-se medir a tensão sobre
ele, deve-se colocar as pontas de prova nos terminais do componente (sempre em paralelo). É
importante analisar a polaridade obtida, ou seja: o sinal (positivo ou negativo) que aparece no
visor do multímetro.
6) Depois de conectado o multímetro ao circuito, faz-se a leitura da grandeza. Caso a
leitura do valor obtido seja menor que o valor da escala anterior, deve-se girar a chave seletora,
ajustando-a a esta nova posição. Faz-se nova leitura, e se a grandeza que se está medindo tem
um valor ainda menor que a nova escala anterior, ajusta-se novamente a posição da chave
seletora para um valor menor. Este procedimento deverá ser repetido quantas vezes forem
necessárias (até o último valor admissível). Depois de efetuado os ajustes, efetua-se a leitura.

5.1.2 Medida de Corrente Contínua

1) Para a medição de corrente deve-se colocar a ponta de prova vermelha no borne com
a indicação VΩmA.
2) Ajusta-se a chave seletora para grandeza a ser medida (DCA).
3) Antes de iniciar qualquer medição, é importante analisar a grandeza que irá encontrar
e verificar se o instrumento de medição atenderá a sua necessidade. Caso atenda, siga as
instruções abaixo. Caso não atenda, é necessária a substituição do multímetro por um de
capacidade maior (ou menor se for necessário o aumento da precisão).
4) Sempre é recomendável posicionar a chave seletora no valor mais alto de escala, afim
de evitar surpresas com medições cujos valores são desconhecidos, que poderiam estar muito
além do valor da escala escolhida (se fosse uma escala de valor pequeno) podendo vir a danificar
o multímetro.
5) A seguir conecta-se as pontas de prova vermelha e preta para medição de corrente
(em série com o componente que se deseja a corrente). Por exemplo: Se for um componente
qualquer e for preciso medir a corrente que circula por ele, deve-se colocar as pontas de prova
(multímetro) em série com o componente em questão. É importante analisar a polaridade obtida,
ou seja: o sinal (positivo ou negativo).
6) Depois de conectado o multímetro ao circuito, faz-se a leitura da grandeza. Caso a
leitura do valor obtido seja menor que o valor da escala anterior, deve-se girar a chave seletora,
ajustando-a a esta nova posição. Faz-se nova leitura, e se a grandeza que se esta medindo tem
um valor ainda menor que a nova escala anterior, ajuste novamente a posição da chave seletora
para um valor menor. Este procedimento deve ser repetido quantas vezes forem necessárias (até
o último valor permissível). Depois de efetuado os ajustes, efetua-se a leitura.

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5.1.3 Medida de Corrente Contínua de Valores Altos

1) Para a medição de corrente contínua, cujos valores são maiores que os das escalas do
item anterior e menor que o valor da escala xADC, deve-se colocar a ponta de prova vermelha no
borne com a indicação xADC.
2) Ajuste a chave seletora para grandeza a ser medida (A) em xA.
3) Antes de iniciar qualquer medição, é importante analisar a grandeza que irá encontrar e
verificar se o instrumento de medição atenderá a sua necessidade. Caso atenda, siga as
instruções abaixo. Caso não atenda, é necessária a substituição do multímetro por um de
capacidade maior (ou menor se for necessário o aumento da precisão).
4) A seguir conecte as pontas de prova vermelha e preta para medição de corrente (em
série com o componente que se deseja a corrente). Por exemplo: Se for um componente
qualquer é preciso medir a corrente que circula por ele, deve-se colocar as pontas de prova
(multímetro) em série com o componente em questão. É importante analisar a polaridade obtida,
ou seja: o sinal (positivo ou negativo).
5) Depois de conectado o multímetro ao circuito, faz-se a leitura da grandeza.

5.1.4 Medida de Resistência

1) Para a medição de resistência deve-se colocar a ponta de prova vermelha no borne com
a indicação VΩmA.
2) Ajuste a chave seletora para grandeza a ser medida ( Ω ).
3) Antes de iniciar qualquer medição, é importante analisar a grandeza que irá encontrar e
o grau de precisão que pretender obter, não esquecendo de verificar se o instrumento de medição
atenderá a sua necessidade. Caso atenda, siga as instruções abaixo. Caso não atenda, é
necessária a sua substituição.
4) A seguir conecte as pontas de prova vermelha e preta sobre os pontos a serem
medidos. Por exemplo: Se for um componente qualquer e deseja-se medir a resistência sobre ele,
deve-se colocar as pontas de prova nos terminais do componente (sempre em paralelo).
5) Depois de conectado o multímetro ao circuito, faz-se a leitura da grandeza. Caso a
leitura do valor obtido seja menor que o valor da escala anterior, gire a chave seletora, ajustando-
a a esta nova posição. Faz-se nova leitura, e se a grandeza que se deseja medir tiver um valor
ainda menor que a nova escala anterior, ajuste novamente a posição da chave seletora para um
valor menor. Repita este procedimento quantas vezes forem necessárias (até o último valor
permissível). Depois de efetuado os ajustes, efetua-se a leitura.

OBSERVAÇÕES

• Sempre desconecte as pontas de prova do circuito antes de mudar a chave seletora


para uma nova grandeza;
• Tensão sempre é medida em paralelo com os pontos onde se quer obter a tensão;
• Para medir corrente, é necessário abrir o circuito e conectar o multímetro em série;
• Muita atenção no posicionamento das pontas de prova nos bornes;
• Alguns multímetros diferem nas escalas e bornes, mas o funcionamento básico é o
mesmo;
• Para uma medição adequada de resistência elétrica é preciso desconectar o
componente do circuito, afim de não sofrer influência de outros componentes
durante a medição.

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