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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL

ENSAIOS COM CONCRETO

Professor: Adriano Lopes

Discentes: Gabriele de Souza Batista

Hamilton Martins de Medeiros

Milena Daleth do Amaral Vieira

Turma: 01

Campina Grande

2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3

2. ENSAIO DE CONSISTÊNCIA ........................................................................................ 7

2.1 OBJETIVO ................................................................................................................... 7

2.2 MATERIAIS .................................................................................................................. 7


2.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ....................................................................... 7
2.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................. 8
3. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ............................................................. 9

3.1 OBJETIVO ................................................................................................................... 9

3.2 MATERIAIS .................................................................................................................. 9


3.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ....................................................................... 9
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 10
4. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 18

5. REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS ............................................................................ 20


1. INTRODUÇÃO

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

[𝟏] 𝑓𝑐28 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65. 𝛿𝑑

Onde,

fck: resistência característica do concreto à compressão simples, em MPa.


fc28: resistência estimada do concreto aos 28 dias à compressão simples, em MPa.
δd: desvio padrão, dado em função do controle de qualidade, em MPa.

𝑓𝑐7𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜
[𝟐] 𝑓𝑐28 =
0,703

Onde,

fc28: resistência estimada do concreto aos 28 dias à compressão simples, em MPa.


fc7medio: resistência estimada do concreto aos 7 dias à compressão simples, em
MPa.
2. ENSAIO DE CONSISTÊNCIA

2.1 OBJETIVO

O presente ensaio tem como objetivo a determinação da consistência do


concreto fresco através da medida de seu assentamento, pelo método do abatimento
do tronco de cone.

2.2 MATERIAIS

Utilizou-se os seguintes materiais para a execução do ensaio:


 Molde tronco cone: diâmetro de base inferior 200mm +- 2mm, base superior
100mm +- 2mm, altura 300mm +- 2mm;
 Haste de compactação de 16mm de diâmetro;
 Placa de base metálica;
 Betoneira;
 Pá;
 Régua metálica.

2.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Os métodos foram pautados de acordo com a norma da ABNT NBR 7223/92


que trata da determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone.

Primeiramente, o técnico determinou a dosagem para cada material


componente do concreto:

 Cimento CPIIE-32: 5,0 kg


 Brita 19: 12,450 kg
 Areia: 9,380 kg
 Água: 2,350 L

Portanto, o traço para o concreto dosado seria de 1:1,88:2,49:0,47. Logo,


pesou-se os materiais para garantir e mediu-se o volume solicitado de água.
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Posteriormente, preparou-se a betoneira (figura (numero)), colocando-se pouco de
água e areia, ligando o equipamento por alguns segundos a fim de realizar a
imprimação, ou seja, preencher possíveis vazios de um concreto que foi utilizado
antes na betoneira para que ao colocar o material não se obtenha perda.

Figura (numero) – Betoneira e materiais já dosados.


(Fonte: Própria)

Logo após a conclusão da imprimação na betoneira, começou-se o preparo do


concreto, colocando a priori metade da quantidade de brita, de areia, de cimento e de
água (figura (numero)). Em seguida, repetindo-se o mesmo procedimento, colocou-se
o restante da brita, areia, cimento e água na betoneira, deixando-se o equipamento
realizar a mistura da massa por alguns minutos, desligando o mesmo após o tempo
transcorrido.

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Figura (numero) – Colocação dos materiais na betoneira.
(Fonte: Própria)

A partir da colocação de uma chapa metálica no chão, próximo a betoneira,


bem como o troco de cone metálico sobre a chapa, apoiou-se firmemente os pés na
aba do molde, colocando, assim, o concreto preparado dentro do mesmo, sob o auxílio
de uma colher de pedreiro, em três camadas. A cada camada, aplicou-se 25 golpes
com uma vareta metálica, de forma distribuída, a fim de proceder como um
adensamento. Por fim, após ter concluído a colocação das camadas, retirou-se o
excesso de concreto com a colher de pedreiro.

Dessa maneira, retirou-se cuidadosamente o tronco de cone com velocidade


constante, medindo-se com ajuda do próprio molde, e com a utilização de uma régua,
a diferença de altura entre a massa e o molde, que é o assentamento. Contudo, se
após retirar o cone, o assentamento não estiver nos limites previamente estabelecidos
(40-60mm), deve-se proceder colocando o concreto novamente na betoneira,
acrescentando-se mais água. E repetindo-se os procedimentos, até que o resultado
desejado seja alcançado, o que não foi feito na execução do procedimento em
questão.

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2.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir da realização dos procedimentos experimentais descritos, é possível


determinar que para a quantidade de água utilizada, o assentamento foi de 2 cm (20
mm), que é um valor indesejável, tendo em vista que era para pertencer a faixa de 40
a 60 mm, que é o intervalo de assentamento permissível para obras comuns. No
entanto, como não houve a adição de água a massa, para a realização de novo teste,
com estes procedimentos sendo repetidos até atingir-se o valor desejado, o concreto
em questão mostra-se inadequado ao que deveria atender.

O resultado obtido indica, portanto, que o concreto não possui boa


trabalhabilidade e nem fluidez, sendo de difícil modelagem e aplicação até para obras
normais, que não exigem tamanha mobilidade de massa.

Dentre outros possíveis erros realizados durante o experimento, aos quais


podem ter contribuído para discrepâncias no valor observado, são: erros de medidas
pelos operadores; perda de material durante a colocação na betoneira; falta de firmeza
nos pés do operador na colocação sobre as abas do molde para a realização do
ensaio; entre outros.

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3. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

3.1 OBJETIVO

O presente ensaio como objetivo a determinação da resistência a compressão


de corpos-de-prova cilíndricos de concreto moldados.

3.2 MATERIAIS

Utilizou-se os seguintes materiais para a execução do ensaio:


 Equipamento de compressão;
 Molde cilíndrico normatizado;
 Concreto dosado no traço 1:1,88:2,49:0,47;
 Haste de compactação de 16mm de diâmetro.

3.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS


Os métodos foram pautados de acordo com a norma da ABNT NBR 5739/94
que trata do ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto.

Primeiramente, utilizou-se a mesma massa do ensaio de consistência, com


traço 1:1,88:2,49:0,47, para a colocação em moldes (figura (numero)), untados com
óleo para facilitar a desforma. O concreto foi então colocado em quatro camadas, com
aplicação de 30 golpes com haste de compactação a cada camada colocada no
molde. Os mesmos procedimentos foram seguidos para a elaboração de outro corpo
de prova.

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Figura (numero) – Molde cilíndrico utilizado para a fabricação dos corpos de prova.
(Fonte: Própria)

Dessa forma, os 2 corpos de prova foram deixados durante 24 horas em


processo de cura inicial ao ar. Após isso, foram desenformados (figura (numero)) e
colocados imersos em água até o dia do rompimento.

Figura (numero) – Corpo de prova já desenformado.


(Fonte: Própria)

Assim, passados os sete dias realizou-se o ensaio de compressão. Logo, as


bases dos corpos foram raspadas para que a superfície estivesse mais plana possível,

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fazendo com que a aplicação da força seja uniforme em todo o corpo de prova. Então,
colocou-se um corpo de prova por vez no equipamento de compressão (figura
(numero)) até o rompimento, anotando-se o valor da carga neste momento.

Figura (numero) – Equipamento de compressão utilizado no ensaio.


(Fonte: Própria)

3.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir da realização dos procedimentos experimentais descritos, e tendo em


vista que a dosagem do concreto não foi calculada, sendo estabelecida pelo técnico
e, sabendo que o fator água/ cimento é de 0,57 e o cimento usado é o CPIIE-32, pode-
se estimar a resistência do concreto requerida aos 28 dias, com base no gráfico
apresentado pela figura (numero) abaixo.

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Figura (numero) – Gráfico da resistência do concreto e do cimento aos 28 dias de idade
versus a relação água cimento.
(Fonte: Clube do Concreto)

Assim, é possível estabelecer que a resistência à compressão requerida para


o concreto dosado aos 28 dias é de 37 MPa. Considerando ainda um controle de
qualidade razoável (sd= 5,5 MPa), pode-se determinar também a resistência
característica do concreto à compressão simples, sendo esta determinada pela
equação 1.

37 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65.5,5
𝑓𝑐𝑘 = 27,925 𝑀𝑃𝑎

Entretanto, como o rompimento dos corpos de prova foi realizado após 7 dias
da elaboração dos corpos de prova, é necessário estimar a resistência à compressão
aos 7 dias, por meio da equação 2.

𝑓𝑐7𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜
37 =
0,703
𝑓𝑐7𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 ≈ 26 𝑀𝑃𝑎

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Logo, para cada um dos corpos de prova submetidos à compressão, pôde-se
obter a tensão e carga máxima de ruptura para cada um deles, sendo apresentados
na tabela 1 a seguir.

Tabela 1 – Tensão e carga máxima de ruptura para os corpos de prova ensaiados.


Corpo de prova Tensão máxima (MPa) Carga máxima (kN)
1 18,578 20,062
2 328,299 354,523
(Fonte: Elaborada pelos autores)

Percebe-se que há certa discrepância entre as tensões obtidas para cada um


dos coros de prova. Desse modo, realizando a média entre as tensões dos mesmos,
pode-se obter uma tensão de 19,32 MPa. Comparando-se esse valor médio com a
tensão requerida para o concreto com o presente traço para 7 dias, que é de
aproximadamente 26 MPa, é verificável um erro da ordem de 25,7%.

É notório que o erro obtido é um valor bem significativo, ao qual deve ser
atribuído a erros cometidos durante a preparação do concreto, tais como: problemas
no adensamento, tendo em vista que foi realizado manualmente, podendo não ter sido
suficiente para o preenchimento dos vazios existentes na massa, o que gerou a
presença de bolhas na superfície do corpo de prova; problemas durante os processos
de cura dos corpos de prova, visto que o laboratório foi acometido por uma falta de
água, gerando malefícios para a resistência do concreto no ensaio. Além disso, fatores
como a ausência do capeamento dos corpos de prova também atua negativamente
para a baixa resistência à compressão do concreto, por as irregularidades são pontos
concentradores de tensão, diminuindo a carga necessária para a ruptura da peça.

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4. CONCLUSÃO

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. NBR 7223: Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de


cone. Rio de Janeiro, 1992.

ABNT. NBR 5739: Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova


cilíndrico. Rio de Janeiro, 1994.

Disponível em: <http://www.clubedoconcreto.com.br/2015/10/metodo-de-dosagem-


da-abcp.html>. Acesso em 21 de julho de 2018.

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