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FÁRMACOS PARA O TRATAMENTO DA

TUBERCULOSE

FERNANDA BUENO MORRONE


Fac. Farmácia - PUCRS
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium leprae
Outros (M bovis, M avium)

Sobrevivem dentro dos macrófagos

TUBERCULOSE
o Terapia combinada
TB permanece como uma das principais causas de morte
em todo mundo, devido a capacidade do bacilo de
sobreviver dentro e fora do hospedeiro humano.
(WHO, 2009)
Fagocitada por macrófagos alveolares
PRIMEIRA LINHA
o Isoniazida (5mg/Kg)
o Rifampicina (10mg/kg)
o Pirazinamida (20-30mg/Kg)
o Etambutol (15mg/Kg)

SEGUNDA LINHA
o Capreomicina
o Ciclosserina
o Estreptomicina
ISONIAZIDA

Principal tuberculostático - 1ª escolha


Atividade: seletiva para micobactérias em
crescimento
Mecanismo de ação: inibição da síntese do ácido
micólico, constitui a
parede celular
Farmacocinética
 ABSORÇÃO: rápida, < na presença de
alimentos
 DISTRIBUIÇÃO: ampla

 ELIMINAÇÃO: acetilação, na forma de


acetilacetazolamida

Eliminação dependente do fenótipo


acetilador!
Usos:
 Tuberculose: tratamento e profilaxia

 Reações adversas
 Ulcerações cutâneas

 Hepatite

 Febre

 Neurite perifárica: parestesias,


deficiência de piridoxina (Vit B6)
RIFAMPICINA

 Atividade: bactérias gram-positivas


 Resistência
 Mecanismo de ação: inibição da síntese de
RNA. Forma complexo com a RNA polimerase
 Farmacocinética

 ABSORÇÃO: VO, < com alimentos


 DISTRIBUIÇÃO: ampla, LCR
 Potente indutor enzimático
 ELIMINAÇÃO: urina e fezes
Usos
 Tuberculose
 Meningite (H. influenza)
 Endocardite

 Reações adversas
 Ulcerações cutâneas
 Febre
 Náuseas e vômitos
 Hepatite
ETAMBUTOL

 Atividade: tuberculostático específico


 Resistência: em cepas resistentes à isoniazida

 Mecanismo de ação: desconhecido


 Farmacocinética

 ABSORÇÃO: VO
 DISTRIBUIÇÃO: ampla, LCR

 ELIMINAÇÃO: secreção tubular e filtração


glomerular
Usos
• Tuberculose: associado à isoniazida

Reações adversas

• Neurite ótica
• Erupções cutâneas
• Febre
• Hiperuricemia
PIRAZINAMIDA

 Atividade:
micobactérias
intracelulares

 Mecanismo de
ação: desconhecido
 Farmacocinética
 ABSORÇÃO: VO
 DISTRIBUIÇÃO: ampla, atinge LCR

 ELIMINAÇÃO: renal

 Usos
 Tuberculose: associações a curto prazo
 Reações adversas
 Hepatotoxicidade (15%)
 Hiperuricemia
TB e HIV
 Bacilo pode permanecer dormente até que as defesas
do hospedeiro sejam “diminuídas”.

 HIV imuncomprometimento

Desenvolvimento da TB:imunocompetentes – 5% nos 2


primeiros anos.
HIV positivos – 37% nos 6 primeiros meses.

 Reativação TB latente: imunocompetentes - 0,2% por


ano.
 HIV – 13,3% ao ano.

(WHO 2009)
Tratamentos
1ª fase 2 meses: isoniazida + rifampicina + etambutol +
pirazinamida
2ª fase 4 meses: isoniazida + rifampicina
Tratamento inapropriado, não
adesão a terapia, efeitos adversos
dos fármacos anti TB e a baixa
qualidade deles em alguns países.

MDR-TB, XDR-TB E TDR-TB


MDR, XDR e TDR-TB
 MDR-TB → resistentes a pelo menos isoniazida e
rifampicina
300 mil novos casos a cada ano;
 MDR + HIV = taxa de mortalidade próxima de 100%;
Infecção oportunista de maior morbidade associada à AIDS.

 XDR-TB → 4 a 20% dos casos de MDR.


Resistência: isoniazida, rifampicina e a pelo menos três das seis
principais classes de fármacos de segunda linha;
2009 – 57 países.

 TDR-TB → totalmente resistentes aos fármacos


atualmente disponíveis para tratar a TB.
LEPRA – HANSENÍASE
- Mycobacterium leprae

SULFAS
 DAPSONA
 SULFOXONA

 Atividade
 Mecanismo de ação: mesmo das
sulfonamidas (antagonismo PABA,
inibe diidropteroato sintetase)
Farmacocinética
 Tratamento

Dose inicial: mais baixa nos primeiros 3


meses
Duração 3 anos

Efeitos adversos

 Anorexia, náuseas, vômitos


 Anemia: grave
CLOFAZIMINA

 Corante de estrutura complexa, VO


 Ação no DNA, atividade antinflamatória

 Efeitos adversos:
 Pele e urina avermelhadas
 Distúrbios gastrintestinais
OUTROS:

Rifampicina
Etionamida
Talidomida
Minociclina, claritromicina, ofloxacino e
pefloxacino

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