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CÓDIGO REV.

ET-DE-G00/028 A
EMISSÃO FOLHA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA maio/2006 1 de 9

TÍTULO

INJEÇÕES DE MATERIAIS PARA ESTABILIZAÇÃO DE MACIÇOS


ÓRGÃO

DIRETORIA DE ENGENHARIA
PALAVRAS-CHAVE

Injeções. Estabilização do Maciço. Túneis Rodoviários.


APROVAÇÃO PROCESSO

PR 010974/18/DE/2006
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

OBSERVAÇÕES

REVISÃO DATA DISCRIMINAÇÃO

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ÍNDICE
1 OBJETIVO .....................................................................................................................................3
2 DEFINIÇÄO ..................................................................................................................................3
3 MATERIAIS ..................................................................................................................................3
4 EQUIPAMENTOS .........................................................................................................................4
5 EXECUÇÃO ..................................................................................................................................4
5.1 Procedimentos Executivos Referentes ao Tratamento através de Tubos Manchetes.................4
5.2 Procedimentos Executivos Referentes ao Tratamento Efetuado com Injeções de Contacto .....5
6 CONTROLE...................................................................................................................................6
7 ACEITAÇÃO .................................................................................................................................6
8 CONTROLE AMBIENTAL ..........................................................................................................6
9 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO............................................................................7
ANEXO A - BOLETIM DE EXECUÇÃO DE INJEÇÕES ..................................................................8

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1 OBJETIVO

Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição de injeções para estabili-
zação do maciço, em obras rodoviárias sob jurisdição do Departamento de Estradas e Roda-
gem de São Paulo – DER/SP.

2 DEFINIÇÄO

Trata-se da colocação de argamassa de solo e cimento ou calda de cimento para preenchi-


mento dos vazios ocorrentes no maciço, estes vazios podem desestabilizá-lo e prejudicar sua
estrutura e funcionabilidade.

As injeções devem atender às seguintes condições:

- uniformizar e diminuir a permeabilidade do maciço, dificultando o fluxo de água.


- melhorar a capacidade de carga do maciço;
- melhorar as condições de estabilidade do maciço.

O tratamento do maciço é feito pela injeção de material sob pressão, com volume pré-
determinado, para que o material ocupe os vazios existentes, ou rompa o maciço, provocan-
do o adensamento das camadas adjacentes.

As injeções devem ser desenvolvidas através de seguintes formas:

- injeção de tratamento do solo através de tubos com válvulas manchettes;


- injeção em maciço rochoso;
- injeção de contato.

3 MATERIAIS

A executante deve prever a utilização dos seguintes materiais:

a) solo e cimento, constituído por argila, água e cimento;


b) calda de cimento: cimento e água;
c) argamassa de areia-cimento-água e bentonita.

Os materiais e misturas nos itens a e b se referem à injeção de tratamento através de tubos


manchetes e os indicados no item c, à injeção de contacto.

O traço em peso na argamassa de areia-cimento-água e bentonita pode ser:

- cimento: 1,0;
- areia: 1,0;
- bentonita: 0,02;
- água: 0,70 a 0,60.

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4 EQUIPAMENTOS

Antes do início dos serviços todo equipamento deve ser examinado e aprovado pelo
DER/SP.

O equipamento básico para elaboração de injeções para estabilização do maciço anexo


compreende as seguintes unidades:

a) perfuratriz roto-percussiva;
b) sondas rotativas;
c) agitadores;
d) compressores;
e) andaimes;
f) caminhões plataforma;
g) veículos leves de apoio;
h) geradores;
i) plataforma de trabalho.

5 EXECUÇÃO

5.1 Procedimentos Executivos Referentes ao Tratamento através de Tubos Man-


chetes

A executante deve executar o número de cones, a quantidade de furos por cones, as profun-
didades, localizações dos furos e seqüencial de furação, conforme desenhos de projeto.

A argamassa a ser injetada deve prever a utilização de solos argilosos com teor de areia in-
ferior a 20%, isentos de matéria orgânica com limite de liquidez, LL, mínimo de 50% e li-
mite de plasticidade de, LP, mínimo de 20%.

A calda de cimento deve ter seu traço indicado no projeto.

Deve-se prever a utilização de injeção com volume controlado através da checagem suces-
siva do solo. Para tanto devem ser empregados tubos plásticos de 40 mm, com válvulas
manchetes a cada 0,5 m ou 1,0 m, instalados nos furos abertos no terreno.

A execução das injeções deve observar os seguintes requisitos:

a) a execução dos furos deve atender às fases previstas no projeto;


b) os trabalhos de perfuração de uma fase só devem ser iniciados quando as injeções da
fase anterior estiverem integralmente concluídas;
c) as injeções devem ser iniciadas pelo enchimento do vazio entre a parede do forro e o
tubo de injeção, bainha;
d) as injeções do terreno propriamente dito só devem ser iniciadas após a ocorrência da
pega da argamassa que forma a bainha; essas injeções devem ser executadas utilizan-

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do-se obturador duplo a partir da válvula mais profunda;


e) as injeções de cada furo devem, em geral, ser efetuadas em 3 etapas, com o volume
fixo por válvula e registro da pressão correspondente;
f) a 1ª etapa deve ser iniciada com baixa pressão;
g) a 2ª etapa de injeção somente deve processar após o intervalo de 12 horas da 1ª etapa;
h) a defasagem entre 2ª e 3ª etapa deve ser também de 12 horas;
i) eventualmente deve haver uma 4ª fase de injeção;
j) o controle das injeções deve ser processado através do registro das pressões finais em
cada válvula, em cada etapa de injeção; as pressões finais desejáveis devem ser defi-
nidas no projeto;
k) caso a pressão final prevista no projeto seja obtida antes da 3ª etapa de injeção, esta
não deve ser necessária.

5.2 Procedimentos Executivos Referentes ao Tratamento Efetuado com Injeções


de Contacto

A executante deve executar furos com diâmetros previstos em projeto. A profundidade dos
furos deve ser tal que permita atravessar os revestimentos e penetrar 15 cm no terreno.

Os furos utilizados para injeção devem estar dispostos como indicados em desenhos do pro-
jeto.

A adição de bentonita no traço previsto no item 3, no misturador do equipamento da injeção,


deve ser efetuada após dispersão prévia desta em recipiente com água; o tempo máximo de
agitação da argamassa no misturador do equipamento de injeção deve ser de 3 minutos.

A pressão de injeção deve ser adequada, em função da variação da espessura do concreto de


revestimento, durante a execução dos furos, tal que a espessura deve ser avaliada e reajusta-
da.

As pressões máximas de injeções devem ser as de projeto.

A execução das injeções pela executante deve obedecer aos critérios geológicos do maciço e
observar os seguintes requisitos:

a) as injeções devem ser iniciadas após terem sido perfuradas as seções ao longo de uma
extensão mínima, e deve-se iniciar a partir de qualquer um dos furos mais baixos e
depois colocar o mais alto em uma mesma seção;
b) em todos os furos, ao longo de 1/3 de extensão a partir da 1ª seção a ser injetada, de-
vem ser colocados obturadores que devem ser mantidos com os registros abertos;
c) se durante a injeção dos furos de uma seção ocorrer ressurgências de argamassa em
furos adjacentes, estes devem ser fechados por meio de registro obturador;
d) os obturadores devem percorrer nos furos injetados ou os que apresentem ressurgên-
cia de argamassa, por um período mínimo de 2 horas;

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e) todos os obturadores devem ser retirados dos furos injetados e lavados, no prazo má-
ximo de 3 horas;
f) caso não haja ressurgência de argamassa nos furos de seção subseqüentes à injetada,
devem ser executados furos numa seção intermediária;
g) a injeção de um furo somente deve ser interrompida quando, com a pressão máxima
de injeção, ocorrer vazão nula de argamassa;
h) caso ocorra paralisação das injeções, os furos que estão sendo injetados devem ter ob-
turadores retirados, procedendo-se à lavagem dos mesmos;
i) o volume máximo de calda ou argamassa injetada por furo deve ser fixado pela fisca-
lização;
j) devem ser utilizados sempre 2 manômetros para controle das pressões, sendo um de-
les colocado diretamente na extremidade do obturador;
k) quando o equipamento de injeção nos dispuser de sistema de retorno da calda, junto
ao obturador, a distância máxima permitida entre o furo de injeção e o sistema de re-
torno deve constar no projeto.

6 CONTROLE

Durante a execução dos serviços deve-se:

- controlar a qualidade de furos, suas profundidades, posicionamentos e diâmetros;


- controlar as pressões de injeção através de registros progressivos;
- controle os volumes injetados em comparação com previstos em projetos.

7 ACEITAÇÃO

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam as exigências estabeleci-
das nesta especificação.

Somente são aceitos furos cujas profundidades e posicionamentos não diferem em mais de
50% em relação aos previstos no projeto; as quantidades executadas não podem ser inferio-
res a previstas no projeto.

A pressão da injeção de contato não pode ultrapassar os valores máximos, previstos em pro-
jeto, em mais 10%.

Os volumes de injeção não devem apresentar variações superiores a 10% dos previstos em
projeto, salvo de condições excepcionais.

8 CONTROLE AMBIENTAL

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegeta-


ção lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências pa-
ra proteção do meio ambiente a serem observados no decorrer da elaboração de injeções pa-
ra estabilização do maciço.

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Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

a) deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas


pertinentes aos serviços;
b) deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para evitar da-
nos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;
c) caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se proce-
der o cadastro de acordo com a legislação vigente;
d) as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser devida-
mente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de lubrificantes ou
combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas devem ser recupe-
radas ao final das atividades;
e) todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos equipamentos, seja
na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser recolhidos em recipientes
adequados e dada a destinação apropriada;
f) deve-se providenciar a execução de barreiras de proteção, tipo leiras de solo, quando
as obras estiverem próximas a cursos d’água ou mesmo sistema de drenagem que
descarregue em cursos d’água, para evitar o carreamento de solo ou queda, de blocos
ou fragmentos de rocha em corpos d´água próximos a rodovia;
g) não pode ser efetuado o lançamento de refugo de materiais utilizados nas áreas lindei-
ras, no leito dos rios e córregos e em qualquer outro lugar que possam causar prejuí-
zos ambientais;
h) as áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas mediante a limpeza
adequada do local do canteiro de obras e a efetiva recomposição ambiental;
i) é obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos funcionários.

9 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

O serviço é medido em quilogramas (kg). O volume é obtido pelo produto dos volumes de
injeção pelas densidades das caldas e argamassas.

O serviço recebido e medido da forma descrita é pago conforme o respectivo preço unitário
contratual, no qual estão inclusos: o fornecimento de materiais, transporte, perdas, abran-
gendo inclusive a mão-de-obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos
serviços, e outros recursos utilizados na realização do serviço.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

25.09.12 Injeção de calda de cimento kg

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