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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PORTO

ALEGRE, RS
SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA
BRIGADA MILITAR Em 21 Dez 2005

NOTA DE INSTRUÇÃO DE SAÚDE N° 006

1. FINALIDADE

Regular a divulgação de informações referentes à saúde dos servidores


da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, art. 5°, inciso X;
b. Código Penal, art. n.º 269;
c. Código de Ética Médica, art. n.° 11 e 102;
d. Lei das Contravenções Penais, art. 66, incisos I e II;
e. Resolução do Conselho Federal de Medicina n.° 1605/2000;
f. Parecer do Conselho Federal de Medicina n.° 28/1992;
g. Parecer do Conselho Federal de Medicina n.° 15/1995;
h. Parecer do Conselho Federal de Medicina n.° 22/2000;
i. Parecer do Conselho Regional de Medicina n.° 4998/2000;
j. Habeas Corpus do Supremo Tribunal Federal n.º 39308;
k. Recurso Extraordinário do Supremo Tribunal Federal n.º 91218.

3. EXECUÇÃO
Devem ser seguidos os seguintes procedimentos pelos OPM de Saúde ou
pelos PM Especialistas da Área de Saúde dos demais OPM da Corporação:
a. As informações solicitadas pelo próprio paciente ou responsável legal
devem ser fornecidas;
b. As informações solicitadas por autoridade judiciária ou por encarregado de
Inquérito Policial Militar, Sindicância ou qualquer outro instrumento investigatório,
com a concordância por escrito do paciente ou responsável legal, devem ser
fornecidas;
c. No caso de informações solicitadas por autoridade judiciária ou por
encarregado de Inquérito Policial Militar, Sindicância ou qualquer outro instrumento
investigatório, sem a concordância por escrito do paciente ou responsável legal,
deve ser comunicada, a priori, a impossibilidade legal de fornecimento,
excetuando-se os casos de dever legal ou justa causa.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Nas situações que se enquadrem na letra “c” do parágrafo anterior, a autoridade
requerente poderá nomear ou solicitar a nomeação de perito legal para análise do prontuário
médico em questão e resposta a quesitos formulados, desde que não implique procedimento
criminal contra o próprio paciente.

b. Dados estatísticos sobre a situação sanitária dos servidores podem ser divulgados
em publicações internas e externas da Corporação, desde que não sejam explicitados os
nomes dos mesmos.

c. Como dever legal consideram-se os casos de doença de comunicação obrigatória ou


ocorrência de crime de ação penal pública, cuja comunicação não exponha o paciente a
procedimento criminal.

d. Como justa causa consideram-se os casos em que a inviolabilidade dos segredos


deve ceder a outros interesses sociais, em crimes de ação pública, previstos em lei.

e. Em casos de dúvidas quanto à remessa de documentos à autoridade requisitante, o


OPM de Saúde ou o PM especialista da área de saúde dos demais OPM, devem consultar o
Departamento de Saúde.

f. Toda a documentação remetida referente à condição sanitária do servidor, em


resposta à solicitação formal efetuada, deve ser enviada envelopada, lacrada e classificada
como RESERVADA.

g. Fica proibida a publicação ou qualquer outra forma de divulgação do diagnóstico de


enfermidade, seja por extenso ou através do Código Internacional de Doenças – CID - dos
servidores, devendo constar apenas as conseqüências da mesma (nome do servidor, período
de afastamento das atividades, dispensas, licenças, restrições, encaminhamentos, etc.).
h. Os prontuários dos servidores devem conter informações completas e atualizadas
sobre a saúde dos mesmos, devendo estarem arquivados em local de acesso restrito e
controlado, sob a responsabilidade de servidor específico.

i. Esta NI revoga a NI Nº 150/BM/DS/2003.

AIRTON CARLOS DA COSTA


Coronel QOEM – Comandante-Geral da BM

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