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A pesquisa FSB/BTG ampliou a percepção de que é virtualmente impossível Bolsonaro perder

no 2°turno: o Capitão aparece com 49% dos votos espontâneos (Haddad tem 30%), 51% dos
votos totais na pesquisa estimulada (Haddad tem 35%) e 59% dos votos válidos (contra 41%
de Haddad).

A vantagem de Bolsonaro é ainda maior entre os homens (57% para ele e 33% para Haddad)
e entre os mais escolarizados, embora ele também vença entre as mulheres e entre os menos
escolarizados. Ele chega a ter 63% entre os eleitores com ensino superior (contra 25% do
Haddad).

De todos os segmentos de idade, renda, escolaridade, região e sexo abordados pela


pesquisa, Haddad só vence entre quem recebe até 1 salário (49% contra 35% de Bolsonaro);
no Nordeste (Haddad 55%, Bolsonaro 30%); e entre quem tem 16 a 24 anos (Haddad 6%,
Bolsonaro 41%).

A rejeição e o potencial de votos, que dão larga vantagem a Bolsonaro, também chamam a
atenção: 53% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Haddad; mas só 38% rejeitam
Bolsonaro; entre os eleitores com mais instrução (ensino superior) a rejeição de Haddad
chega a 69%.

Adicionalmente, 45% dos eleitores declararam que votariam apenas em Bolsonaro (30%
apenas em Haddad) e 7% que não votariam em nenhum deles, deixando uma margem muito
pequena de votos possíveis a serem disputados pelo poste petista, que precisa de uma
imensidão de votos.

Entre os eleitores que não declaram voto (7%), 27% diz que pode fazer um voto útil de última
hora. Desses, 58% dizem que votariam a favor de Bolsonaro e contra o PT e 35% diz que
votaria contra Bolsonaro.

Por fim, a pesquisa traz um dado que revela a força de Bolsonaro: apenas 10% de seus
eleitores dizem votar nele para impedir a vitória do PT enquanto 90% o escolheram como
melhor opção, comprovando que ele tem muito mais força do que o mero anti-petismo.

A pesquisa também revela que o apoio dos demais candidatos (derrotados no 1°turno) beira
a irrelevância na hora de decidir o voto e não afeta a escolha da maioria dos eleitores.

Bolsonaro é a maior força eleitoral da história do país. Não há precedentes para o que foi
feito até aqui. Figuras "populares" como Lula só chegaram ao poder com um partido
extremamente organizado e após 3 tentativas. Bolsonaro conta apenas com o próprio apelo
popular.
Diante de tudo isso, reafirmo que em condições normais(na ausência de fraude e de
irregularidades) é virtualmente impossível que Bolsonaro não seja o próximo presidente do
Brasil. Toda a histeria da esquerda serve apenas de ensaio para a oposição risível que farão
ao governo.
Do total de 147 milhões de eleitores que estavam aptos a votar, 117 milhões (ou 79% do
total) foram às urnas. Dos que foram às urnas, 10 milhões votaram em branco ou nulo. Foram,
portanto, 107 milhões de votos válidos, dos quais 49.276.990 foram para Bolsonaro.

Bolsonaro teve, portanto, 34% dos votos totais e 46% dos votos válidos. Haddad obteve
31.342.005 votos e ficou com 21% dos votos totais e 29% dos votos válidos.

Para vencer, com o índice de abstenção total (incluindo brancos e nulos) apresentado do 1°
turno, Bolsonaro precisaria de mais 4 milhões de votos e Haddad de mais 22 milhões de
votos.

Isso significa que Bolsonaro precisa de 15% dos votos somados de todos os outros
candidatos e que Haddad precisa de 85% (!!!) dos votos somados de todos os outros
candidatos, incluindo Amoêdo, Daciolo, Meirelles, Alvaro Dias, Eymael e Alckmin.

Há de se considerar, porém, que no 2° turno a abstenção total é sempre maior do que no 1°


turno, uma vez que a ausência de candidatos locais que levam (em alguns casos, literalmente)
os eleitores às urnas diminui o índice de participação.

Isso é importante porque bastaria que a abstenção crescesse 7% no 2° turno para que
Bolsonaro se deparasse com um cenário no qual poderia vencer mesmo que não
conquistasse um único novo voto sequer.

Isso tudo mostra que, para vencer, Haddad precisaria não apenas ter a transferência total dos
votos dos candidatos de esquerda (o que é impossível, já que a maior parte do voto não é
ideológico) com avançar sobre o eleitorado de Bolsonaro, que é muito fiel e resiliente.

Mostra também que Bolsonaro está numa posição confortável. A votação dele em SP é
ilustrativa: ele teve mais de 12 mi de votos de um total de 33 mi. A tendência histórica é de
que o candidato anti-petista cresça 50% no 2°turno em SP, o que daria a ele 6 mi de votos
adicionais.

Em suma, apenas com o crescimento natural que se pode esperar em São Paulo (e em todos
os estados em que ele foi o mais votado) Bolsonaro já conseguiria muito mais do que os 4
milhões de votos adicionais que ele precisa para vencer.

Por isso, digo que em condições normais (ausência de fraude e de irregularidades) é


virtualmente impossível que Bolsonaro perca no 2°turno e altamente provável que ele vença
por uma vantagem ampla. Não ficaria surpreso se essa vantagem aparecesse já nas primeiras
pesquisas.

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