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O PEQUENO PRINCIPE

Esta é a estória de um príncipe que vivia em um pequeno planeta. O narrador anônimo


encontra o pequeno príncipe quando seu avião cai no Deserto do Saara. O narrador se
empenha em consertar seu avião, quando ele ouve uma pequena voz lhe pedindo para
desenhar uma ovelha. O narrador se volta e vê o pequeno príncipe.
O narrador descobriu que o príncipe veio de um planeta tão pequeno que ele podia
observar o pôr do sol a qualquer momento que quisesse, tendo apenas que se virar. A
razão por que ele queria a ovelha era porque as ovelhas comem pequenas plantas. Ele
queria que a ovelha comesse os baobás que eram um grande problema em seu planeta. O
narrador diz que os baobás são árvores grandes, mas o príncipe explica que elas
começaram pequenas. Contudo, o príncipe ficou preocupado, porque ovelhas também
comem flores, e o príncipe tinha uma flor muito especial em seu planeta, uma que ele
muito amava. A flor, apesar de bela e cheirosa, era boba e exigente. Mesmo que
ingenuamente não tivesse medo de tigres, crendo que seus espinhos a protegeriam, ela
exigia que o príncipe construísse uma tela para protegê-la do calor. Ela lhe disse para
colocá-la debaixo de uma esfera de vidro à noite para protegê-la do frio. Apesar de o
príncipe amá-la, ele se cansou de ouvir suas palavras e suas exigências, por isso ele
deixou o planeta.
Antes de chegar à terra, o príncipe visitou muitos planetas. Um rei vivia no primeiro
planeta que ele visitou. O rei ficou feliz em ter um súdito. O rei exigiu obediência. Ele
tentou fazer o príncipe ficar, mas o príncipe partiu, pensando em como as pessoas adultas
são estranhas.
Um homem presunçoso ocupava o segundo planeta. O homem presunçoso queria que o
príncipe o aplaudisse e o saudasse. O príncipe se cansou disso, e quando partiu, estava
mais convencido do que nunca de que os adultos eram muito estranhos.
Um bêbado ocupava o terceiro planeta. O príncipe perguntou por que ele bebia. O bêbado
respondeu que ele bebia para se esquecer de se sentia envergonhado por beber. O quarto
planeta era ocupado por um homem de negócios que não fazia outra coisa senão contar
estrelas, dizendo que eram todas dele. O príncipe pensou que esses homens eram tão
estranhos quanto os outros. O quinto planeta era o menor, e era ocupado apenas por um
acendedor de lampiões, cujo trabalho era acender a lâmpada solitária da rua. Contudo, o
acendedor estava exausto, dizendo que seu trabalho já tinha sido muito melhor. Ele
acendia a luz da rua à noite e a apagava pela manhã, dando-lhe o resto do dia para
descansar, e ele podia dormir à noite. Contudo, o planeta começou a girar mais e mais
rápido. O dia durava apenas um minuto, por isso ele tinha que constantemente acender e
apagar a lâmpada. O príncipe sentiu muito ter que deixar este planeta, pois os dias curtos
significavam que ele tinha muitos pôr do sol.
O sexto planeta era maior e ocupado por um geógrafo. Mas ele era incapaz de contar ao
pequeno príncipe qualquer coisa sobre o seu planeta, porque não era um explorador. Ao
invés disso, ele pediu ao príncipe que lhe falasse sobre o seu país. O príncipe disse que
ele não era muito interessante, porque era pequeno. O geógrafo aconselhou o pequeno
príncipe a visitar a terra.
Quando o príncipe visitou a terra, ele não viu ninguém a princípio. Ele continuou
andando e por acaso encontrou um jardim de rosas. Ele ficou muito triste ao perceber que
sua flor, que ele achava ser completamente única, era apenas uma rosa comum como
aquelas no jardim. Então ele encontrou a raposa. Ele pediu à raposa para brincar com ele,
mas a raposa disse que não podia, pois a raposa não era mansa, o que o príncipe não
entendeu. A raposa explicou o que ela queria dizer, e disse ao príncipe que se ele quisesse
um amigo, teria que cativá-lo. Então eles criariam um vínculo, e seriam únicos um para o
outro. O príncipe percebeu que sua rosa tinha lhe cativado. Ele voltou todos os dias para
ver a raposa, sentando mais perto cada dia, até que a raposa foi cativadaa e eles ficaram
amigos. Quando o príncipe foi embora, a raposa lhe disse que ele era responsável por sua
rosa, porque ele a tinha cativado.
O príncipe descobriu que ele precisava voltar para casa para cuidar de sua rosa. O
narrador ficou muito triste, mas o príncipe disse que eles sempre seriam amigos e que
toda vez que o narrador olhasse para as estrelas, ele pensaria no príncipe.
Em suas viagens, o príncipe aprende o que significa amar alguém. Ele descobre o tanto
que sua rosa é importante para ele, mesmo que às vezes ela seja difícil. As pessoas que
vivem sozinhas nos planetas que o príncipe visita parecem ser uma metáfora da solidão e
isolamento entre os adultos. O rei, o homem presunçoso e os outros ficam presos em uma
maneira de olhar para si mesmos e interagir com as poucas pessoas que eles encontram, e
são incapazes de genuinamente se comunicar. Eles não guardaram nada da mente aberta
que podem ter tido quando crianças. O príncipe sai de toda a experiência crendo que vale
a pena amar alguém, mesmo que isto algumas vezes traga tristeza.

O MENINO DO DEDO VERDE


Tistu é um menino muito sortudo. Vive na cidade chamada Mirapólvora numa grande
casa, a Casa-que-Brilha, com o Sr. Papai, Dona Mamãe e o seu querido pônei Ginástico.
Eles são ricos pois o Sr Papai tem uma fábrica de canhões. Para grande decepção de
todos, Tistu dorme nas aulas. Sr Papai resolve fazer com que Tistu aprenda as coisas
vendo-as e vivenciando-as. As aulas serão com o jardineiro Bigode e com o gerente da
fábrica de canhões, o Sr Trovões. Na primeira aula, o jardineiro bigode descobre um dom
fantástico em Tistu: o menino tem o dedo verde! Isto significa que, onde ele colocar o
dedo, nascerão flores! Porém as pessoas grandes não iriam entender este dom. Seria
melhor mantê-lo em segredo. Bigode se transforma no conselheiro de Tistu Com o Sr
Trovões Tistu conhece um pouco do lado triste do mundo: a miséria, a prisão, o hospital.
Ele resolve alegrar estes ambientes colocando seu dedo lá, mas no anonimato. Para o
espanto da população, o presídio ficou com tantas flores que as portas não conseguiam
mais fechar. Mas os presos não queriam fugir, pois estavam maravilhados! As flores da
favela absorveram o lamaçal e enfeitaram as casas, transformando a favela em atração
turística. A menina do hospital, que antes contava os buraquinhos do teto para passar o
tempo agora conta botões de rosas, que nascem em volta do seu leito. A cidade, e a vida
das pessoas da cidade, mudaram completamente. Tistu então conhece a fábrica do Sr
Papai. Ele fica inconformado com o mal que os canhões e as guerras trazem.
Secretamente, coloca o dedo nos canhões que estavam sendo enviados para uma guerra.
Resultado: a guerra fracassa, pois ao invés de bombas, os canhões lançaram flores. A
fábrica é arruinada. Vendo o desespero do sr Papai, Tistu resolve revelar que foi ele quem
colocou as flores nos canhões e prova isso fazendo nascer uma flor no quadro de seu avô,
na parede. Sr Papai resolve então transformar a fábrica de canhões em fábrica de flores.
A cidade passa a se chamar Miraflores. Um dia Tistu recebe a notícia de que o jardineiro
Bigode tinha ido viajar, que estava dormindo. Confuso com as informações, Tistu
pergunta para seu pônei o que aconteceu com Bigode. Ele revela: Bigode morreu. E este
é o único mal em que as flores não podem fazer nada. - Se Bigode morreu, ele está no
céu. Então, vou construir uma escada com minhas flores para ele descer! – conclui Tistu.
Após construir a escala, era impossível ver onde ela estava terminando. Sumia no céu.
Tistu esperou mas bigode não desce. Então ele resolve ir busca-lo. Seu pônei tenta
impedi-lo sem sucesso. Tistu sobe a escada, vê sua casa diminuindo, vê as nuvens, perde
seus chinelinhos e escuta a voz do Bigode: - Ah, você está aqui! Naquela manhã os
moradores da Casa-que-Brilha saíram a procura de Tistu e encontraram uma relva
diferente, roída pelo pônei, com botões de rosas dourados, formado a frase: Tistu era um
Anjo. Tistou Les Pouces Verts, foi escrito em 1957 pelo escritor francês Maurice Druon.

TRECHO

"- Cadeia é isso? - perguntou Tistu.


- Sim, é isso. - disse o Sr. Trovões. - É o edifício que serve para manter a ordem.
Eles foram acompanhando a parede e chegaram diante de uma grade preta, muito alta,
toda eriçada em pontas. Atrás da grade preta viam-se outras grades pretas, e atrás da
parede triste, outras paredes tristes.
- Por que é que os pedreiros puseram essas horríveis pontas de ferro por toda parte? -
perguntou Tistu.
- Para impedir que os prisioneiros fujam.
- Se esta cadeia não fosse tão feia - disse Tistu - talvez eles tivessem menos vontade de
fugir.
As faces do Sr. Trovões ficaram tão vermelhas quanto as orelhas.
'Que menino esquisito!' penstou ele. 'Toda sua educação está por ser feita.' E acrescentou
em voz alta:
- Você deveria saber que um prisioneiro é um homem mau.
- E colocam o prisioneiro aqui para curar sua maldade?
- Experimentam. Tentam ensinar-lhe a viver sem matar e roubar.
- Mas eles aprenderiam bem mais depressa se o lugar não fosse tão feio!
'Ah, ele é cabeçudo!' - pensou o Sr. Trovões.
Tistu viu, atrás das grades, prisioneiros caminhando em roda, de cabeça baixa e sem dizer
palavra. Pareciam terrivelmente infelizes, com a cabeça raspada, as roupas listradas e os
sapatos grosseiros.
- O que é que eles estão fazendo?
- Estão em recreio - disse o Sr. Trovões.
'Imaginem!' pensou Tistu. 'Se o recreio deles é assim, o que não serão as horas de aula!
Esta prisão é muito triste!'
Sentia vontade de chorar, e não disse uma só palavra no caminho de volta. O Sr. Trovões
interpretou esse silêncio como um bom sinal e pensou que sua lição de ordem começava
a produzir frutos.
Mesmo assim, escreveu no caderno de notas de Tistu: 'É preciso vigiar de perto este
menino; ele pensa demais.'

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...Isto prova simplesmente que as ideias pré-fabricadas são ideias mal fabricadas, e que as
pessoas grandes não sabem mesmo o nosso nome, como também não sabem, por mais
que o pretendam, de onde foi que viemos, por que estamos aqui e o que devemos fazer
nesse mundo.
Esta observação é muito importante e requer ainda algumas explicações.
Se só viemos ao mundo para ser um dia gente grande, logo as ideias pré-fabricadas se
alojam facilmente em nossas cabeças, à medida que ela aumenta. Essas ideias, pré-
fabricadas há muito tempo, estão todas nos livros. Por isso, se a gente se aplica à leitura
ou escuta com atenção os que leram muito, consegue ser bem depressa pessoa
importante, igual à todas as outras.
É bom notar que há ideias pré-fabricadas a respeito de qualquer coisa, o que é bastante
prático, permitindo-nos passar facilmente de uma para outra.
Mas, quando a gente veio à terra com determinada missão, quando fomos encarregados
de executar certa tarefa, as coisas já não são tão fáceis. As ideias pré-fabricadas, que os
outros manejam tão bem, recusam-se a ficar na nossa cabeça: entram por um ouvido e
saem pelo outro, e vão quebrando-se no chão.
Causamos assim, muitas surpresas. Primeiro, aos nossos pais, depois, a todas as outras
pessoas grandes, tão apegadas às suas benditas ideias!"

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