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Dez Aulas Filosofia PDF
Dez Aulas Filosofia PDF
Caro professor,
As aulas deste caderno não têm ano definido. Cabe a você decidir qual ano pode
assimilar cada aula. Elas são fáceis, simples e às vezes os assuntos podem ser banais
para muitos de nós, mas para outras pessoas, são assuntos interessantes. Todas essas
aulas foram ministradas na Escola Municipal Sérgio de Oliveira Aguiar, por mim, no
período de 2005 a 2008. Algumas foram adaptadas e melhoradas. Essas mesmas aulas
também já foram ministradas no ensino médio para adolescentes. Logo, fica muito
difícil para eu dizer para qual ano deve ser tal aula. Você, caro professor, conhece seus
alunos e vai saber se eles gostarão, compreenderão e irão querer mais aulas assim.
Quanto a indicação do filósofo ao qual estudei para criar a aula, algumas delas não têm
citação porque foram criadas da minha própria experiência com os meus alunos e as
suas ansiedades.
Esse é o meu recadinho. Espero que as aulas possam proporcionar um bom pensar aos
alunos e um bom trabalho para vocês.
Abraços,
Rosângela Trajano.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 01
As aparências enganam
Rosângela Trajano
2 – De que adianta tanta beleza por fora se a beleza interior não existe?
Orientação ao professor.
Caro professor, mostre aos seus alunos que ter uma boa aparência é muito importante,
claro. Cuidar do corpo, dos dentes, dos cabelos, manter-se limpo e bem trajado é sempre
necessário. Mas isso não significa que seja tudo na vida de uma pessoa, porque
enquanto cuidamos da beleza exterior esquecemos da beleza da alma, de dentro de nós,
de cuidar da aparência das nossas atitudes, gestos, sentimentos e palavras. As duas
coisas devem andar juntas. É preciso saber respeitar o outro, mostrar uma aparência de
pessoa responsável com os problemas alheios e seus, vestir-se conforme suas condições
financeiras e preparar as aparências da alma para uma vida melhor, para o respeito ao
ser humano e a si mesmo. Não adianta olhar-se no espelho e encontrar um belo rosto se
por dentro existe um coração cheio de rancor. As aparências podem enganar, muitas
vezes. Cite exemplos comuns que podem ser encontrados em revistas e jornais.
Converse com os alunos e peça-lhes para criar uma pequena frase sobre o que pensam
das aparências internas, poder parecer ser bom é justo ou justo é dá a certeza de que
somos bons de verdade? Parecer carinhoso aos olhos de uma pessoa querida pode ser
maravilhoso, mas logo em seguida reagimos com palavras grosseiras e agora? Parecer
engana muito, por isso é melhor ser exatamente como somos.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 02
A realidade
Tudo o que existe é real. Eu sou real e você também. Não há duas realidades. Existe
apenas uma realidade e essa é a que constitui tudo o que existe. Não sei, tem horas que
eu gostaria de não existir, ser inexistente, não ser real, mas se eu deixar de existir vou
perder o bolo de chocolate do aniversário de Maria Luíza.
1 – O que é a realidade?
Orientação ao professor.
Caro professor, esta é uma aula introdutória ao curso de filosofia. Ela pode ser dada em
qualquer ano. Uma aula simples e de fácil assimilação. Explique ao seu aluno o que é a
realidade, mostrando para ele que só há uma realidade, pois ela é tudo o que existe.
Diferencie realidade de verdade, muitos alunos têm mania de dizer “a minha realidade é
assim” quando deviam dizer “a minha verdade é assim” ou “a minha vida é assim”.
Mostre para eles a importância que as coisas existentes têm para nós, o mundo é tão
perfeito que cada coisa tem seu destino e sua importância.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 03
A physis
1 – O que é a realidade?
5 – Pesquise sobre a physis e escreva aqui o que achou mais interessante e o porquê.
Orientação ao professor.
Caro professor, esta é uma aula introdutória ao curso de filosofia. Ela pode ser dada em
qualquer ano. Uma aula simples e de fácil assimilação. Explique ao seu aluno o termo
physis, antes disso, converse com seus alunos sobre a realidade, o movimento da
matéria, o Universo, as mudanças ocorridas no nosso planeta. O destino de cada coisa, a
realização do nosso ser, como podemos obter mudanças e se elas interferem no nosso
destino e na realidade. Levante argumentos sobre o que você pensa das coisas ao seu
redor, do mundo, das estrelas e da realidade.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 04
A arché
Tudo tem um início, um meio e um fim. As coisas não estão no mundo assim do nada.
Elas devem vir de algum lugar, está em algum lugar e servir para alguma coisa, não é,
mãe? Pois bem, mãe, para esse princípio, esse existir vou chamar de arché. Tá, mãe?
Arché princípio das coisas, não esquece, viu mãe?
5 – Pesquise sobre a arché e escreva aqui o que achou mais interessante e o porquê.
Orientação ao professor.
Caro professor, esta é uma aula introdutória ao curso de filosofia. Ela pode ser dada em
qualquer ano. Uma aula simples e de fácil assimilação. Explique ao seu aluno o termo
arché, antes disso, converse com seus alunos sobre o princípio das coisas, o início, o
que faz com que as coisas estejam aqui e para quê, por que há tantas coisas no mundo,
como surgem assim de repente ou há algo que explique essa existência? Faça com que
os seus alunos perguntem, levante argumentos sobre o que você pensa das coisas ao seu
redor, do mundo, do Universo.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 05
Acordo pela manhã ainda com preguicinha! Huuumm! Me estico toda! Abro a janela e
lá está um arco-íris por trás das montanhas! Que lindo! Fico admirada com aquela
beleza, espantada com as cores do arco-íris, curiosa para saber se é verdade o que vovó
diz que quem passa por debaixo dele vira homem e se for homem vira mulher. Huuum!
Acho que vou atrás dele só para investigar se tudo isso é verdade.
2 – O que é curiosidade?
Orientação ao professor.
Caro professor, esta é uma aula introdutória ao curso de filosofia. Ela pode ser dada em
qualquer ano. Uma aula simples e de fácil assimilação. O texto acima fala de um mundo belo
visto pelo olhar de uma menina. Pergunte aos seus alunos como eles veem o mundo, se eles têm
admiração por alguma coisa, o que causa curiosidade neles, como surge o espanto e quais meios
podemos utilizar para fazer uma investigação. Apresente aos seus alunos pessoas influentes que
com a curiosidade desenvolveram coisas que mudaram a história do nosso planeta, até que
ponto a curiosidade é saudável. Por que necessitamos da admiração? E mais ainda mostre para
eles que investigar significa pesquisar, aprofundar-se num conhecimento, buscar o saber.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 06
Da minha idade
Rosângela Trajano
E dentro da gente
2 – Por que ela diz “cidades são construídas ou demolidas com o passar dos anos”?
3 – Você concorda com a autora que a vida deveria ser eterna e em tudo linda? Por quê?
5 – Se pudesse voltar no tempo você gostaria de ser criança outra vez? Por quê?
Orientação ao professor.
Caro professor, o texto “Da minha idade” é pequeno como todos os outros, porque seu
objetivo é ser uma leitura rápida que proporcione uma assimilação rápida, também, de
forma que o aluno vá se acostumando aos poucos a gostar da leitura. Este é um texto
para ser discutida a questão do nosso aniversário, por que mudamos de anos, por que
não ficamos para sempre com a mesma idade, qual foi a melhor idade que a gente já
teve. A mudança de idade para muitos é uma festa com bastante alegria, mas algumas
pessoas não se sentem assim, procure saber o porquê conversando com os seus alunos.
Discuta com eles todo o ritual de uma festa de aniversário, diga-lhes que o fato de não
ter festa de aniversário não é motivo para se comemorar uma data tão especial, pois
comemoração pode ser feita com uma conversa entre amigos ou um sorriso no rosto.
Peça aos seus alunos, sempre que puderem a se olhar no espelho, a aprender a gostar
deles, a tentar descobrir o que mudou de ontem para hoje, encontrar-se no espelho é
bom para descobrir nossos erros e acertos, por isso mudamos de ano para nos
aperfeiçoar. Pergunte se eles achariam melhor nascer velhos e tornarem-se crianças, o
contrário do que ocorre e peça-lhes para escreverem como seria um mundo governado
por crianças. Seria mais justo? Bem, o texto acima é tema para vários tipos de diálogos,
uma coisa puxa a outra. Aproveite! Boas aulas!
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 07
Psiu! Silêncio, gente, o menino está em sono profundo, no momento, enquanto todos da
casa estão preocupados em como lhe darão a notícia de que seu gato desapareceu de
verdade. Ele também está aflito, mas nem por isso deixou de dormir. Sabia que era bom
para si próprio ter uma boa noite de sono, pois no outro dia acordaria disposto para
procurar pelo seu gato, e se não dormisse bem não teria coragem sequer para levantar
um dedo.
3 – Por que o menino sabia que era bom ter uma boa noite de sono?
Orientação ao professor.
Caro professor, para orientá-lo melhor, a partir de hoje colocarei o nome da obra e do
filósofo de onde adaptei meu texto para as aulas. O texto “O menino que tinha sono” é
uma história, aqui está apenas parte dela. É um bom texto para discutir entre os alunos,
porque muitos deles, preocupados, perdem noites de sonos ou até mesmo passam noites
em baladas. Uma noite de sono perdida ou mal dormida consome muito das nossas
energias físicas e mentais, no outro dia não temos condições de estudar ou de aprender
coisa alguma. É bom que aprendamos a dormir bem. Pergunte aos seus alunos se
alguém tem pesadelos à noite, procure ajudá-los. Pergunte também se alguém tem medo
de dormir no escuro ou se há um outro tipo de medo na hora de dormir. Conheça seus
alunos e suas ansiedades, esse é o objetivo das minhas aulas.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 08
A lenda da filosofia
Eles nasceram distantes um do outro. Philo morava no sul e Sophia no norte. Um dia, os
dois foram passear pela floresta e eis que Philo encontra Sophia. Desse encontro nasceu
um lindo amor que gerou, após alguns meses, uma filha curiosa, admiradora e cheia de
perguntas que Pitágoras, amigo do casal, deu-lhe o nome de Philosophia que em
português escreve-se Filosofia. A menina Filosofia cresceu e passou a ser amiga do
saber, ou melhor, tem amor pelo saber.
1 – Segundo o texto como você acha que aconteceu o encontro de Philo com Sophia?
5 – Elabore cinco perguntas com a palavra “POR QUE” sobre curiosidades que você
tem.
Orientação ao professor.
Caro professor, esta é uma aula introdutória ao curso de filosofia. Ela pode ser dada em
qualquer ano. Uma aula simples e de fácil assimilação. Explique ao seu aluno a
importância da filosofia no mundo de hoje, diga para ele que, na verdade, isso é apenas
uma lenda e que a palavra filosofia foi criada pelo filósofo Pitágoras. Explique ao aluno
a origem do termo PHILOSOPHIA. Se eles quiserem saber mais sobre quem foi
Pitágoras, por favor, tenha em mãos um pequeno resumo da vida dele, você pode
encontrar esse material em qualquer livro de filosofia.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 09
Um penteado legal
Rosângela Trajano
Me olhei no espelho
Um gambá ou um estranho!
Orientação ao professor.
Professor, essa aula não é para discutir o penteado de um determinado aluno, mas os
penteados em geral. Ninguém pode se sentir ofendido, ao contrário, deve ser alimentada
a autoestima. Explore os penteados dos reis e princesas de antigamente, faça perguntas
sobre o que eles acham dos penteados de antes e os de hoje. Pergunte o que eles acham
de algumas pessoas rasparem as cabeças, outras pintarem os cabelos e aquelas que usam
apetrechos neles. Por que é importante cuidar do cabelo? E quando não se tem cabelo?
A questão da influência também é muito importante ser discutida, questione se eles
usam o cabelo do jeito que é porque gostam ou porque os pais não querem que mudem.
Fale das perucas que algumas pessoas usam, explore as diferenças de alguns: uns com
tantos cabelos e outros com muitos.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.
AULA DE FILOSOFIA – Nº 10
O beijo
Rosângela Trajano
Eu beijei
Orientação ao professor.
Professor, o texto “O beijo” deve ser lido e discutido em sala de aula. Esse texto tem o
intuito de fazer o adolescente pensar no amor que tem ou não da sua família e se esse
amor foi confundido com uma paixão.
Pode-se discutir também como são os laços familiares atualmente, como os pais tratam
os filhos, o que os filhos gostariam de receber como forma de carinho dos pais e amigos
também.
Para isso, deixe bem claro que o senhor(a) é um amigo em sala de aula, e que a partir do
momento que se dispõe a questionar o amor com eles é porque ama o que faz, logo
deseja aprender a amá-los com todos os defeitos que eles podem dizer que têm e que
nunca foram amados por esses defeitos.
Se possível peça para um dos alunos da sala falar do beijo que ele nunca esqueceu e
dizer o motivo, veja que depois outros também irão querer falar. Deixe-os dizer o que
pensam, não interfira, e tenha o cuidado de fazer as anotações importantes.
Rosângela Trajano
Professora de Filosofia.