Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CienciaPolítica-aula0 Cpol MPOG 30913 PDF
CienciaPolítica-aula0 Cpol MPOG 30913 PDF
Aula Demonstrativa
Olá, Pessoal!
9
99
Meu nome é Rafael Encinas e gostaria de apresentar para vocês a aula
99
demonstrativa do curso de Ciência Política para Gestor do Ministério do
99
Planejamento, Orçamento e Gestão. No último concurso, esta disciplina teve
9 99
20 questões de peso 1,5, ou seja, 30 pontos. Também foi cobrada uma
e9
om
questão discursiva de no máximo 15 linhas com 10 pontos. Portanto, ela
N
somou 40 pontos dos 315 possíveis.
99
Trata-se de uma disciplina bastante teórica, em que a ESAF elabora suas
99
99
questões principalmente por meio da cópia de textos de livros quanto de
99
artigos da internet. Por isso é preciso ter um pouco mais de paciência com ela,
99
não deve ser estudada por meio do decoreba, mas sim da compreensão.
e9
Tentarei tornar a aula mais leve, mas ainda assim não tem como fugir da
profundidade exigida pelas provas de EPPGG.
om
N
99
Este curso teórico, em que também serão comentados exercícios. O curso será
99
99
poderes.
99
99
consociativa e majoritária.
www.pontodosconcursos.com.br 1
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
99
Aula 06 – 04/05: 8. A crise do Estado contemporâneo. O Estado de Bem-
99
estar social: evolução e crise. Transformações do papel
9 99
do Estado nas sociedades contemporâneas e no Brasil.
e9
om
Aula 07 – 11/05: 9. Sistemas de governo. Governabilidade e governança.
N
Intermediação de interesses (clientelismo, corporativismo
99
99
e neocorporativismo). 14. Presidencialismo e dinâmica de
99
relacionamento entre os poderes no Brasil. 15. O papel do
99
Poder Legislativo na produção de políticas públicas.
99
e9
Aula 08 – 18/05: 12. Participação da sociedade na esfera pública: ação
om
coletiva, cultura política e capital social.
N
99
99
implementação.
99
99
Público. Sou professor de cursinhos para concursos desde 2008, tendo dado
99
99
Nesta aula demonstrativa, vocês poderão ter uma ideia de como será nosso
om
curso. Espero que gostem e que possamos ter uma jornada proveitosa pela
N
frente.
Boa Aula!
www.pontodosconcursos.com.br 2
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
SUMÁRIO
1 CONCEITOS BÁSICOS DA CIÊNCIA POLÍTICA ....................................................... 3
9
99
1.3 AUTORIDADE E DOMINAÇÃO ................................................................................. 14
99
1.4 LEGITIMIDADE ................................................................................................. 20
99
99
1.5 CONFLITO ...................................................................................................... 23
9
1.6 CONSENSO ..................................................................................................... 26
e9
om
1.7 IDEOLOGIA ..................................................................................................... 28
N
1.8 HEGEMONIA .................................................................................................... 30
99
1.9 SOBERANIA .................................................................................................... 33
99
99
2 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................... 38
99
2.1 LISTA DAS QUESTÕES ........................................................................................ 51
99
e9
2.2 GABARITO ...................................................................................................... 56
3 om
LEITURA SUGERIDA ........................................................................................... 56
N
99
Nesta aula demonstrativa, vamos dar uma olhada nos principais conceitos
99
Esta disciplina possui como objeto de estudo algo que se desenvolve no tempo,
99
99
moderna.
e9
om
www.pontodosconcursos.com.br 3
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
1.1 POLÍTICA
O primeiro conceito de política foi exposto em Ética, de Aristóteles, para quem
a investigação em torno do que deve ser o bem e o bem supremo pertenceria
à ciência mais importante:
9
99
Essa ciência parece ser a política. Com efeito, ela determina quais são as
99
ciências necessárias nas cidades, quais as que cada cidadão deve aprender,
99
e até que ponto.
9 99
A palavra “política” é originária do grego politikós, que vem de pólis. A Grécia
e9
estava organizada em cidades-estado, que eram chamadas de pólis. A política
om
se refere ao que é urbano, civil, público, enfim, ao que é da cidade.
N
99
Portanto, a política se referiria ao estudo da vida em sociedade, na pólis.
99
99
Segundo Aristóteles “o homem é naturalmente um animal político”. Com isso,
99
ele queria dizer que a vida em sociedade é uma necessidade humana, que
99
surge naturalmente. O Estado, para Aristóteles, constitui a expressão mais
e9
feliz da comunidade em seu vínculo com a natureza. Assim como é impossível
om
conceber a mão sem o corpo, é impossível conceber o indivíduo sem o Estado.
N
99
Aristóteles intitulada Política, que, segundo Bobbio, deve ser considerada como
99
significado de política:
om
N
Está claro que existe uma ciência à qual cabe indagar qual deve ser a
99
melhor constituição: qual a mais apta a satisfazer nossos ideais sempre que
99
afirma que a política teria duas funções: descrever a forma de Estado ideal; e
99
circunstâncias.
om
N
www.pontodosconcursos.com.br 4
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
Aristóteles definiu como a terceira tarefa da ciência política:
99
99
Um terceiro ramo da investigação é aquele que considera de que maneira
99
surgiu um governo e de que maneira, depois de surgir, pôde ser conservado
99
durante o maior tempo possível.
9
e9
Fo este o conceito de política cujo realismo de Maquiavel acentuou com as
om
palavras famosas:
N
99
E muitos imaginaram repúblicas e principados que nunca foram vistos nem
99
conhecidos como existentes. Porque é tanta a diferença entre como se vive
99
99
e como se deveria viver, que quem deixa o que faz pelo que deveria fazer
99
aprende mais a arruinar-se do que a preservar-se, pois o homem que em
e9
tudo queira professar-se bom é forçoso que se arruíne em meio a tantos
om
que não são bons. Donde ser necessário ao príncipe que, desejando
N
conservar-se, aprenda a poder não ser bom e deixar de sê-lo ou não,
99
segundo a necessidade.
99
99
Segundo Schmiter:
Política é resolução pacífica dos conflitos.
www.pontodosconcursos.com.br 5
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
de poder e que se destinam à resolução pacífica dos conflitos, quanto a
99
bens públicos.
99
99
Esta é uma definição que a ESAF gosta bastante e já apareceu algumas vezes
99
em questões. Para a autora, as sociedades modernas têm, como principal
9
e9
característica, a diferenciação social. Isto significa que seus membros não
om
apenas possuem atributos diferenciados (idade, sexo, religião, estado civil,
N
escolaridade, renda, setor de atuação profissional, etc.), como também
99
99
possuem ideias, valores, interesses e aspirações diferentes e desempenham
99
papeis diferentes no decorrer da sua existência. Tudo isso faz com que a vida
99
em sociedade seja complexa e frequentemente envolva conflito: de opinião, de
99
interesses, de valores, etc.
e9
om
Entretanto, para que a sociedade possa sobreviver e progredir, o conflito deve
N
ser mantido dentro de limites administráveis. Para isto, existem apenas dois
99
99
é que, quanto mais é utilizada, mais reduzido se torna o seu impacto e mais
99
PARA GUARDAR
99
99
1.2 PODER
e9
om
www.pontodosconcursos.com.br 6
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Geralmente, o poder é definido como uma relação entre dois sujeitos, dos
quais um impõe ao outro a própria vontade e lhe determina o comportamento.
Segundo Hanna Arendt, na tradição do pensamento greco-romano, o conceito
de poder estaria fundamentado no consentimento, enquanto na teoria
moderna a sua base seria a violência:
9
99
99
Se nos voltarmos para as discussões do fenômeno do poder, rapidamente
99
percebemos existir um consenso entre os teóricos da política, da esquerda à
99
direita, no sentido de que a violência é tão-somente a mais flagrante
9
e9
manifestação do poder.
om
Hanna Arendt tenta fugir desta associação entre poder e mando. Para a
N
autora:
99
99
O poder corresponde à habilidade humana não apenas para agir, mas para
99
agir em concerto. O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a
99
um grupo e permanece em existência apenas na medida em que o grupo
99
conserva-se unido. Quando dizemos que alguém está ‘no poder’, na
e9
realidade nos referimos ao fato de que ele foi empossado por um certo
número de pessoas para agir em seu nome. om
N
99
A visão moderna de poder teria como base a definição de Max Weber de poder,
99
segundo o qual:
99
99
probabilidade.
e9
om
Contudo, não parece que Weber tenha identificado poder com violência, mas
N
sim com conflito. Quando esse autor define “poder” no livro “Economia e
99
empírica do poder.
om
www.pontodosconcursos.com.br 7
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
partes”. É na luta, portanto, que o poder se efetiva. Porém, como diz o próprio
Weber, a luta pode ser pacífica, isto é, um tipo de luta em que não há violência
física efetiva. Não há dúvida que a luta pode redundar em violência, mas não
há nenhum vínculo necessário entre ambas. Numa luta podem ser utilizados,
sempre de maneira estratégica: o intelecto, a força física, a astúcia, a oratória,
9
99
a adulação das massas, a devoção aos chefes etc. Enfim, o que caracteriza
99
99
uma luta (e o poder) não é o meio (“qualquer que seja o fundamento dessa
99
probabilidade”), mas sim a natureza conflituosa da relação.
9
e9
A partir dessa definição clássica, o poder sempre foi entendido na tradição
om
como a imposição de uma pessoa sobre a outra. Robert Dahl sintetiza a
N
definição de poder da seguinte forma:
99
99
A tem poder sobre B na medida em que ele consegue fazer com que B faça
99
algo que B de outro modo não faria.
99
99
Segundo Bachrach e Barataz, podemos encontrar as seguintes características
e9
no conceito de poder:
om
N
a) Trata-se de uma relação entre vontades diferenciadas, portanto uma
99
meio para obter uma vantagem. Assim, para alguns autores, a definição do
99
poder como tipo de relação entre sujeitos deve ser complementada com a
99
e9
definição do poder como posse dos meios (entre os quais se contam como
om
www.pontodosconcursos.com.br 8
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Contudo, apesar destas definições, devemos entender que o Poder não deriva
9
simplesmente da posse ou do uso de certos recursos, mas também da
99
99
existência de determinadas atitudes dos sujeitos implicados na relação. Essas
99
atitudes dizem respeito aos recursos e ao seu emprego e, de maneira geral, ao
99
Poder. Entre tais atitudes, devem ser colocadas as percepções e as
9
e9
expectativas que dizem respeito ao Poder. As percepções ou imagens sociais
om
do Poder exercem uma influência sobre fenômenos do Poder real. A imagem
N
que um indivíduo ou um grupo faz da distribuição do Poder, no âmbito social a
99
99
que pertence, contribui para determinar o seu comportamento, em relação ao
99
Poder.
99
99
No que toca às expectativas, deve dizer-se, de uma maneira geral, que,
e9
numa determinada arena de Poder, o comportamento de cada ator (partido,
om
grupo de pressão, Governo, etc.) é determinado parcialmente pelas previsões
N
do ator relativas às ações futuras dos outros atores e à evolução da situação
99
99
mecanismo das reações previstas que o papel das expectativas se torna mais
99
www.pontodosconcursos.com.br 9
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
1 - O poder é um atributo possuído pelos homens, consistindo
99
na posse dos meios para satisfazer seus desejos e
99
necessidades e na possibilidade de dispor livremente desses
9 99
meios.
e9
om
2 - O poder é uma relação entre homens e entre estruturas
N
organizacionais simples ou complexas e compreende um ou
99
mais sujeitos, um ou mais objetos e uma esfera de atividades
99
99
na qual esse poder se exerce.
99
3 - O poder institucionalizado, próprio das organizações,
99
e9
compreende um conjunto de relações de comando e
obediência objetivamente definidas, articuladas numa om
N
pluralidade de funções hierarquizadas e estavelmente
99
e da cultura organizacional.
N
afirmação:
99
vantagem”.
om
N
www.pontodosconcursos.com.br 10
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
darem uma olhada nele. Na leitura sugerida eu coloquei alguns links em que
99
vocês encontram partes do livro, como a que tem a definição de “Poder”.
99
99
Bobbio critica esta definição de poder. Para ele, não basta possuir os meios, é
99
preciso que o poder seja exercido sobre outra pessoa e que esta adote
9
e9
determinado comportamento pretendido por aquele que exerce o poder. Para
om
Bobbio, em definições como a de Gumplowicz:
N
99
O Poder é entendido como algo que se possui: como um objeto ou uma
99
substância — observou alguém — que se guarda num recipiente. Contudo,
99
não existe Poder, se não existe, ao lado do indivíduo ou grupo que o exerce,
99
outro indivíduo ou grupo que é induzido a comportar-se tal como aquele
99
deseja. Sem dúvida, como acabamos de mostrar, o Poder pode ser exercido
e9
om
por meio de instrumentos ou de coisas. Se tenho dinheiro, posso induzir
alguém a adotar um certo comportamento que eu desejo, a troco de
N
99
meu Poder se desvanece. Isto demonstra que o meu Poder não reside numa
99
coisa (no dinheiro, no caso), mas no fato de que existe um outro e de que
99
Poder social não é uma coisa ou a sua posse: é uma relação entre pessoas.
om
N
cópia de uma definição de um autor, ela foi dada como errada em virtude do
99
99
nas aulas. Pelo menos dois livros são muito importantes para a prova de
99
Weber.
om
A segunda afirmação traz esta visão de que o poder envolve uma relação entre
N
homens. Não há poder sem outra pessoa sobre a qual ele será exercido.
Segundo Bobbio:
www.pontodosconcursos.com.br 11
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Bobbio afirma que o poder é uma relação triádica: há aquele que detém o
poder (o sujeito); há aquele que recebe a influência do poder (o objeto); e há
9
99
uma esfera de atividade à qual o Poder se refere – ou a esfera do Poder. A
99
99
mesma pessoa ou o mesmo grupo pode ser submetido a vários tipos de Poder
99
relacionados com diversos campos. O Poder do médico diz respeito à saúde; o
9
e9
do professor, à aprendizagem do saber; o empregador influencia o
om
comportamento dos empregados, sobretudo, na esfera econômica e na
N
atividade profissional; e um superior militar, em tempo de guerra, dá ordens
99
que comportam o uso da violência e a probabilidade de matar ou morrer. A
99
99
segunda afirmação é verdadeira.
99
A terceira afirmação também foi tirada do livro de Bobbio. O autor traz o
99
conceito de poder estabilizado, que é aquele em que há uma alta probabilidade
e9
de que uma pessoa realize com continuidade os comportamentos desejados
om
N
por outra, e em que há uma alta probabilidade de que esta última execute
99
ações contínuas com o fim de exercer Poder sobre a primeira. Para Bobbio, “o
99
obediência”.
99
complexa.
99
99
relação do poder:
N
www.pontodosconcursos.com.br 12
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
necessariamente um conflito entre a vontade de A e a de B, mesmo no
99
99
momento final. Colocada assim em termos precisos, a pergunta não pode
99
ter senão uma resposta negativa: a conflitualidade ou não conflitualidade
99
depende do modo de exercer o Poder.
9
e9
Portanto, no momento inicial há necessariamente conflito entre a vontade de A
om
e de B. Contudo, nem sempre no momento final, quando B adota o
N
comportamento pretendido por A. E então podemos afirmar que o conflito é
99
99
inerente ao poder? Mesmo assim podemos afirmar que o conflito é inerente ao
99
poder. Se ele surge de um antagonismo de vontades, é marcado pelo conflito.
99
99
Para exemplificar uma situação em que não há conflito, Bobbio cita o uso da
e9
persuasão. A persuasão é um dos modos de se exercer o poder. Os modos de
om
exercício do Poder são múltiplos: da persuasão à manipulação, da ameaça de
N
uma punição à promessa de uma recompensa. O problema da conflitualidade
99
99
conflito, mas existe, via de regra, um conflito potencial que se torna atual
om
Poder.
99
fala de cultura organizacional, mas este é outro aspecto que influencia. Mas
om
mesmo, por causa de um único termo. Vamos ver o que Bobbio fala:
O caráter antagônico das relações de Poder pode derivar, porém, mais do
que do conflito de vontade, acima referido, de outros aspectos do Poder.
www.pontodosconcursos.com.br 13
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
99
99
99
PARA GUARDAR
9
e9
Conceito de Poder
om
N
Ocorre numa relação social;
99
Impor a própria vontade, mesmo contra resistências;
99
Não consiste apenas na possa de um atributo;
99
99
É uma relação conflituosa.
99
e9
1.3 AUTORIDADE E DOMINAÇÃO om
N
99
Para Bonavides:
99
99
autoridade.
99
99
O poder com autoridade seria o poder em toda sua plenitude, apto a dar
99
fraqueza.
99
99
Segundo Azambuja:
99
www.pontodosconcursos.com.br 14
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
99
Para os conservadores e liberais, a autoridade, embasada na lei, permite a
99
liberdade, ao invés de restringi-la. Veremos em outra aula as teorias
99
contratualistas, segundo as quais o Estado nasce de um acordo entre as
9
e9
pessoas, em que estas transfeririam para o Estado o monopólio no uso
om
legítimo da força. Isto porque, sem o Estado, haveria desordem e desrespeito
N
aos princípios da propriedade e do respeito aos contratos.
99
99
Já alguns pensadores modernos, como Hanna Arendt, entendem que o motivo
99
pelo qual aceitamos a autoridade é que ela expressa nossa vontade comum, ou
99
99
reflete nossa identidade comum, nossos valores e crenças compartilhados.
e9
Por fim, os “realistas” políticos acreditam que a autoridade não passa a existir
por meio de crenças compartilhadas ou por convenções, mas por imposição.om
N
99
dominação, como faz Max Weber. Vamos dar uma olhada nos conceitos de
99
Weber:
99
99
desta probabilidade.
N
99
www.pontodosconcursos.com.br 15
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
dominação precisa que haja obediência, que a pessoa que recebe a ordem
99
99
aceite a outra como alguém com o direito de lhe dar ordens, ou seja, que
99
tenha legitimidade. O conceito de legitimidade é muito importante dentro do
99
conceito de dominação. Só há dominação se há legitimidade.
9
e9
Segundo Weber, certo mínimo de vontade de obedecer,
om
Weber trata a
de interesse na obediência, faz parte de toda relação
N
dominação como
99
sinônimo de
autêntica de dominação. O conceito de dominação está
99
autoridade, por
muito associado ao de legitimidade. Para que um Estado isso alguns falam em
99
exista, é preciso que as pessoas (dominados) aceitem a tipos puros de
99
autoridade ao invés
99
autoridade alegada pelos detentores do poder de tipos puros de
e9
(dominadores); é necessário que os detentores do poder dominação.
possuam uma autoridade reconhecida como legítima. om
N
99
uma ordem, e, do outro, o indivíduo ou um grupo de indivíduos que deve
N
99
dominação;
e9
om
Weber entende a dominação como uma relação social, mas não limita
N
www.pontodosconcursos.com.br 16
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Weber fala que “há três tipos puros de dominação legítima”. Quando ele fala
em “puros”, ele se refere a “tipos-ideais”, ou seja, um recurso metodológico
que o cientista utiliza toda vez que necessita compreender um fenômeno
formado por um conjunto histórico ou uma sequência de acontecimentos. Estes
tipos ideais não podem ser encontrados na realidade, eles não existem em seu
9
99
“estado puro”, eles se situam apenas no plano da abstração teórica. O tipo
99
99
ideal é uma abstração, através da qual as características extremas de um
99
determinado fenômeno são definidas, de forma a fazer com que ele apareça
9
e9
em sua forma “pura”. Ideal não quer dizer que é bom, mas sim que está no
om
mundo das ideias. Como o tipo puro é uma abstração, um extremo, nenhuma
N
organização corresponde exatamente ao modelo puro de burocracia.
99
99
Weber descreve os tipos puros de dominação com base na origem de sua
99
legitimidade, ou seja, com base no porquê das pessoas aceitarem as ordens.
99
São três tipos:
99
e9
om
N
Tipos puros de dominação legítima
99
99
governa o Estado porque seu pai era rei, assim como seu avô, seu bisavô, etc.
e9
www.pontodosconcursos.com.br 17
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
posição tradicional do próprio senhor.
99
99
→ Em parte em virtude do arbítrio do senhor, ao qual a tradição deixa
99
99
espaço correspondente.
9
e9
Assim, o senhor tem uma ampla liberdade para tomar decisões, de forma
om
arbitrária. Porém, essa liberdade é limitada pela própria tradição, já que ele
N
99
não pode infringir aquilo que lhe dá legitimidade.
99
Na Dominação Carismática, a legitimidade tem origem no “carisma” do líder.
99
99
As pessoas aceitam suas ordens e são leais ao senhor porque ele possui uma
99
qualidade extraordinária. Weber define carisma como:
e9
om
Uma qualidade pessoal considerada extracotidiana e em virtude da qual se
atribuem a uma pessoa poderes ou qualidades sobrenaturais, sobre-
N
99
que não existe no dia-a-dia, na rotina, ele surge com uma situação
99
www.pontodosconcursos.com.br 18
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
pessoa tem carisma com algum ato extraordinário, quando demonstra aos
99
99
demais possuir qualidades superiores. E isso não é passado para outros.
99
O quadro administrativo do senhor carismático não é um grupo de funcionários
9 99
profissionais. Ele não é selecionado segundo critérios de dependência
e9
doméstica ou pessoal, mas segundo qualidades carismáticas: ao “profeta”
om
correspondem os “discípulos”; ao “príncipe guerreiro”, o “séquito”; ao “líder”
N
99
em geral, os “homens de confiança”.
99
99
Não existe hierarquia, mas somente a intervenção do líder, no caso de
99
insuficiência carismática do quadro administrativo para determinadas tarefas.
99
Não existe salário ou prebenda – esta é definida pelo Dicionário Houaiss como
e9
“ocupação rendosa de pouco trabalho” – vivendo os discípulos com o senhor
om
em comunismo de amor ou camaradagem, a partir dos meios obtidos de fontes
N
99
a) Dominação no marxismo
om
los.
99
99
www.pontodosconcursos.com.br 19
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
produção. Todas as instituições podem ser então observadas sob este ponto de
vista. A escola serve para reproduzir a estrutura de classes.
Uma vez que vimos que Weber fala em “dominação legítima”, vamos estudar o
conceito de legitimidade.
9
99
99
99
PARA GUARDAR
9 99
Autoridade e Dominação
e9
om
São considerados sinônimos;
N
Se baseiam na legitimidade;
99
99
Probabilidade de encontrar obediência.
99
Três tipos putos: racional-legal, tradicional e carismática.
99
99
e9
om
N
1.4 LEGITIMIDADE
99
99
casos esporádicos.
99
www.pontodosconcursos.com.br 20
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
época, que presidem a manifestação do consentimento e da obediência.
99
99
Segundo Vedel:
99
Chama-se princípio de legitimidade o fundamento do poder numa
99
determinada sociedade, a regra em virtude da qual se julga que um poder
9
e9
deve ou não ser obedecido.
om
Um aspecto importante para a legitimidade, como observamos na definição de
N
99
Bobbio, é o consenso, que estudaremos mais adiante. É por causa da
99
legitimidade que todo poder busca alcançar o consenso, de maneira que seja
99
reconhecido como legítimo, transformando a obediência em adesão.
99
99
A legitimação do Estado é o resultado de um conjunto de variáveis que se
e9
situam em níveis crescentes, cada uma delas cooperando, de maneira
relativamente independente, para sua determinação. Vamos analisar om
N
99
poder político.
99
e9
om
N
www.pontodosconcursos.com.br 21
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
99
Podemos entender então que não basta o regime seguir as formalidades
99
legais, ou seja, se enquadrar no princípio da legalidade; é preciso que ele seja
99
aceito pela sociedade como legítimo para que haja obediência. Quem legitima
9
e9
o regime, tem de aceitar também o governo que veio a se concretizar e que
om
busca atuar de acordo com as normas e os valores do regime, mesmo não o
N
aprovando ou até chegando a lhe fazer oposição.
99
99
Portanto, para que um governo seja considerado legítimo, é suficiente que
99
tenha se estruturado de conformidade com as regras do regime e que exerça o
99
99
poder de acordo com os mesmos, de tal forma que sejam respeitados
e9
determinados valores fundamentais da vida política.
om
Um governo legítimo é, pois, aquele que governa pelo consentimento e pela
N
99
persuasão, aquele que sabe harmonizar contrários e que não usa a violência e
99
a opressão.
99
99
política. A aceitação das "regras do jogo", isto é, das normas que servem de
sustentação ao regime, implica não apenas a aceitação do Governo e de suas
www.pontodosconcursos.com.br 22
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
revolucionária. O primeiro tipo de luta busca alcançar mudanças, mantendo de
99
99
pé as estruturas políticas existentes, combate o Governo, mas não combate as
99
estruturas que condicionam sua ação e, enfim, propõe uma diferente maneira
99
para a gestão do sistema estabelecido. O segundo tipo de luta se dirige contra
9
e9
a ordem constituída, tendo como objetivo a modificação substancial de alguns
om
aspectos fundamentais; não combate apenas o Governo, mas também o
N
sistema de Governo, isto é, as estruturas que ele exprime.
99
99
99
99
PARA GUARDAR
99
e9
Conceito de Legitimidade
om
Presença de certo grau de consenso capaz de gerar obediência;
N
99
1.5 CONFLITO
N
99
www.pontodosconcursos.com.br 23
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
Dimensão: se refere ao número de participantes. Os conflitos podem
99
acontecer entre indivíduos, grupos, organizações e coletividades;
99
abrangendo conflitos inclusive entre indivíduos e grupos, organizações e
9 99
coletividades, etc.
e9
om
Intensidade: grau de envolvimento dos participantes. Pode ser
N
dimensionada pela sua disponibilidade em resistir até o fim (perseguindo
99
os chamados fins não negociáveis) ou a entrar em acordos apenas
99
99
negociáveis. É importante não confundir intensidade com violência, quem
99
na realidade, não mede o grau de envolvimento, apenas assinala a
99
inexistência, a inadequação, a ruptura de normas aceitas por ambas as
e9
partes e de regras do jogo. A violência pode ser considerada um
om
instrumento utilizável num conflito, mas não é o único, muito menos o
N
99
mais eficaz.
99
99
mudanças do sistema.
om
N
conflito teria suas causas fora da sociedade e deve ser reprimido e eliminado.
N
99
No extremo oposto, estão autores como Marx, que consideram qualquer grupo
99
conflito é visto como inerente à vida social. Seria através dos conflitos que
e9
www.pontodosconcursos.com.br 24
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
a resolução dos conflitos, isto é, a eliminação das causas, das tensões dos
99
99
contrastes que originaram os conflitos. O que se faz é proceder à
99
regulamentação dos conflitos, formulando-se regras que serão aceitas pelos
99
participantes e que estabelecerão certos limites aos conflitos. Quando um
9
e9
conflito se desenvolve segundo regras aceitas, sancionadas e observadas,
om
ocorre sua institucionalização.
N
99
É importante distinguir conflito de competição. Enquanto esta se concentra na
99
obtenção de objetivos específicos frente a agentes concorrentes, o conflito visa
99
sempre não apenas obter valores desejados, mas ferir ou eliminar agentes que
99
99
se coloquem no caminho. Podemos associar a competição a uma corrida e o
e9
conflito a uma luta de boxe.
om
O impacto do conflito sobre as estruturas sociais varia com o caráter dessas
N
99
questões.
N
99
Desde o pensamento clássico na Grécia Antiga se faz uma divisão dos conflitos
99
envolvem dissenso com respeito aos valores sobre os quais uma sociedade se
99
99
apoia. Existem conflitos dentro das regras do jogo e conflitos a respeito das
e9
www.pontodosconcursos.com.br 25
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
PARA GUARDAR
Conceito de Conflito
Disputa pelo acesso e distribuição de recursos escassos;
9
Prevalece o entendimento de que é inerente à vida em sociedade e que,
99
em geral, resulta em melhorias;
99
99
São diferenciados em termos de dimensão, intensidade e objetivos.
9 99
e9
om
N
1.6 CONSENSO
99
99
Para Bobbio:
99
99
A palavra consenso denota a existência de um acordo entre os membros
99
de uma determinada unidade social em relação a princípios, valores,
e9
normas, bem como quanto aos objetivos almejados pela comunidade e aos
meios para os alcançar. om
N
99
prova ou contraprova da verdade, sendo que ele chegou a dizer que: “aquilo
om
em que todos consentem, dizemos que assim é, visto que rejeitar semelhante
N
99
crença significa renunciar ao que é mais digno de fé”. Já Cícero dizia que “em
99
natural”.
99
99
instaurar uma crítica radical do saber comum e, por isso, não viu mais no
om
É muito difícil pensar que o consenso total seja algo facilmente alcançado,
99
www.pontodosconcursos.com.br 26
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
qualquer situação concreta o consenso entre alguns está acompanhado pelo
99
dissenso, ou recuo apático, entre outros.
99
99
Portanto, o termo consenso tem um sentido relativo: mais do que de
9
e9
existência ou falta de consenso, deve-se falar em graus de consenso existentes
om
em uma determinada sociedade ou subunidades.
N
99
Para Bobbio, ao considerarmos o grau de consenso existente numa dada
99
sociedade, é importante distinguir o consenso no nível de enunciados gerais
99
das posições assumidas sobre questões específicas. Em relação aos enunciados
99
99
gerais, o consenso é muito mais amplo. Por exemplo, nos EUA, pesquisas
e9
demonstram que é praticamente universal a aceitação ao princípio da liberdade
om
de expressão. Contudo, quando perguntados se pessoas críticas às instituições
N
americanas devem ter plena liberdade de expressão, não há tanta aceitação
99
assim.
99
99
Vamos dar uma olhada agora nos fatores que podem influenciar o consenso.
99
99
membros da população.
e9
om
www.pontodosconcursos.com.br 27
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
PARA GUARDAR
99
99
Conceito de Consenso
9 99
Acordo quanto aos princípios, valores, normas e objetivos da comunidade;
e9
om
É um conceito relativo, existem graus de consenso.
N
99
99
99
1.7 IDEOLOGIA
99
99
Quando vemos o sufixo “-logia”, normalmente ele está ligado a alguma
e9
om
ciência: psicologia, antropologia, arqueologia, biologia, astrologia, sociologia,
N
odontologia, geologia, etc. Isto porque este sufixo significa “razão”.
99
O termo ideologia foi usado pela primeira vez pelo filósofo francês Destut de
99
99
referir literalmente a uma ciência de ideias. Para o autor, a origem das ideias
99
zoologia.
99
significado moderno desse termo, não mais empregado para indicar uma
N
que a utilizam.
99
99
www.pontodosconcursos.com.br 28
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
99
O “significado forte” tem origem no conceito de ideologia de Marx, entendido
99
como falsa consciência das relações de domínio entre as classes, e se
99
diferencia claramente do primeiro porque mantém a noção de falsidade: a
9
e9
ideologia é uma crença falsa. Aqui ideologia é um conceito negativo, que
om
denota o caráter mistificante da falsa consciência de uma crença política.
N
99
No marxismo, a ideologia é o conjunto de ideias presentes nos âmbitos teórico,
99
cultural e institucional das sociedades, que se caracteriza por ignorar a sua
99
origem materialista nas necessidades e interesses inerentes às relações
99
99
econômicas de produção, e, portanto, termina por beneficiar as classes sociais
e9
dominantes.
om
Para Vilfredo Pareto a noção de ideologia corresponde à noção de teoria não
N
99
seja, o que é que ela é e como pode ser explicada. No primeiro caso a
99
geral. No segundo caso, o que importa não é o valor da verdade, mas sim o
99
www.pontodosconcursos.com.br 29
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
PARA GUARDAR
Conceito de Ideologia
Desprovido de caráter científico;
9
Conjunto de ideias e de valores que orienta o comportamento
99
político coletivo;
99
99
Para Marx, falsa consciência das relações de domínio entre as
99
classes.
9
e9
om
N
99
1.8 HEGEMONIA
99
99
Podemos identificar dois usos para o termo hegemonia: nas relações
99
internacionais e o marxista.
99
e9
Tradicionalmente, o termo hegemonia indicava o domínio de um país ou
governantes sobre outros. Esta expressão vem da palavra grega egemonia, om
N
que significa “direção suprema”, usado para indicar o poder absoluto conferido
99
99
aos chefes dos exércitos. Nas relações internacionais, é utilizada para indicar a
99
dentro de um sistema.
99
e9
Segundo Bobbio:
99
99
sobre outro. Trata-se de uma forma de influência, só que uma influência mais
N
www.pontodosconcursos.com.br 30
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
99
O conceito de poder de estado no marxismo é um instrumento de uma classe
99
que emprega o monopólio da força. Gramsci vai além do conceito marxista e
99
propõe que o Estado no período moderno só pode ser compreendido como
9
e9
força mais aquiescência, ou consentimento. Para Gramsci, a hegemonia é
om
entendida como dominação consentida, ou seja, o predomínio da classe
N
dominante sobre a classe subalterna na sociedade civil.
99
99
Com a crescente complexidade da sociedade moderna, na era das
99
organizações de massa, é necessário que o Estado mantenha o consentimento
99
99
dos governados, se aproximando aqui bastante do conceito de legitimidade.
e9
Nesse contexto, o próprio sentido de liderança ou domínio político mudou, na
medida em que os governantes precisam alegar que estão governando no om
N
interesse dos governados a fim de permanecerem no poder.
99
99
transforma.
N
99
para usá-lo com o objetivo de tentar explicar os modos e métodos pelo qual
99
99
organizadas pelas forças que detêm o poder numa dada sociedade, através de
N
99
a função hegemonia.
N
www.pontodosconcursos.com.br 31
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
poder seria relativamente fácil de derrubar. Este poder é garantido
99
99
fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as classes dominantes
99
logram exercer sobre as dominadas, através do controle do sistema
99
educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação.
9
e9
Usando deste controle, as classes dominantes "educam" os dominados para
om
que estes vivam em submissão às primeiras como algo natural e conveniente,
N
99
inibindo assim sua potencialidade revolucionária. Assim, por exemplo, em
99
nome da "nação" ou da "pátria", as classes dominantes criam não povo o
99
sentimento de identificação com elas, de união sagrada com os exploradores,
99
99
contra um inimigo exterior e a favor de um suposto "destino nacional". Assim
e9
se forma um "bloco hegemônico" que amalgama a todas as classes sociais em
torno de um projeto burguês. om
N
99
outros estratos sociais, cria um novo bloco social, que se torna hegemônico.
N
99
estrutura econômica, isto é, todo o “bloco histórico”, termo que para Gramsci
e9
www.pontodosconcursos.com.br 32
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
Gramsci esclarece que a divisão é meramente conceitual e que as ambas
99
99
podem mesclar-se na prática. Gramsci afirma que, sob o capitalismo moderno,
99
a burguesia pode manter seu controle econômico permitindo que a esfera
99
política satisfaça certas demandas dos sindicatos e dos partidos políticos de
9
e9
massas da sociedade civil. Assim, a burguesia leva a cabo uma revolução
om
passiva, ao ir muito aquém dos seus interesses econômicos e permitir que
N
algumas formas de sua hegemonia se vejam alteradas. Gramsci dava como
99
99
exemplos disto movimentos como o reformismo e o fascismo, a “administração
99
científica” e os métodos da linha de montagem de Frederick Taylor e Henry
99
Ford.
99
e9
Gramsci argumenta que o partido revolucionário é a força que permitirá que a
om
classe operária desenvolva intelectuais orgânicos e uma hegemonia alternativa
N
dentro da sociedade civil. Para ele, a natureza complexa da sociedade civil
99
99
trincheiras).
99
e9
om
N
PARA GUARDAR
99
99
Conceito de Hegemonia
99
1.9 SOBERANIA
e9
om
www.pontodosconcursos.com.br 33
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
O poder estatal se distingue pelo fato de ser supremo, dotado de coação
99
99
irresistível em relação aos indivíduos e grupos que formam sua população, e
99
ser independente em relação ao governo de outros Estados. A este poder do
99
Estado, que é supremo, que é o mais alto em relação aos indivíduos e
9
e9
independente em relação aos demais Estados, os escritores clássicos
om
denominam de soberania.
N
99
Contudo, não devemos podemos identificar o poder do Estado com a
99
soberania. O conceito de soberania é complexo, tendo variado no tempo e no
99
espaço. Segundo Dalmo Dallari, este é um dos termos que mais têm atraído a
99
99
atenção dos teóricos do Estado, filósofos do direito, internacionalistas, etc. Em
e9
virtude disso, tem surgido uma série de teorias a seu respeito, até mesmo
prejudicando o entendimento deste termo, dando margem a distorções. om
N
Atualmente, não obstante a imprecisão e as controvérsias, a expressão
99
99
mesmo para justificar as posições de duas partes opostas num conflito, cada
99
Aristóteles temos que a Cidade era dotada de autarquia, significando que ela
om
www.pontodosconcursos.com.br 34
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
acima de todos os barões. Ele adquiriu o poder supremo de justiça e de polícia,
99
99
acabando por conquistar o poder legislativo, até chegar à primeira forma do
99
Estado Moderno, o Estado Absolutista.
9
e9
No desenvolvimento desse processo de afirmação da soberania dos reis
om
observam-se dois aspectos: de um lado, para tornar clara a superioridade em
N
relação aos senhores feudais e a outros poderes menores; de outro, para
99
99
afirmar a independência dos reis relativamente ao Imperador e ao Papa.
99
A partir disso, a soberania do Estado geralmente é considerada sobre dois
99
99
ângulos: um interno e um externo. A soberania interna quer dizer que o
e9
poder do Estado não pode ser limitado por nenhum outro poder dentro de seu
om
território. O poder do Estado é o mais alto dentro do Estado. A soberania
N
externa significa que, nas relações recíprocas entre os Estados, não há
99
99
um poder absoluto, a soberania não é limitada nem em poder, nem pelo cargo,
99
99
nem por tempo certo. Nenhuma lei humana, nem as do próprio príncipe, nem
e9
perpétuo, a soberania não pode ser exercida com um tempo certo de duração.
N
99
esta se alienar e nem mesmo ser representada por quem quer que seja. E é
N
www.pontodosconcursos.com.br 35
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
de poder político, sobretudo porque interessava às grandes potências,
99
99
empenhadas em conquistas territoriais, sustentar sua imunidade a qualquer
99
limitação jurídica. Contudo, a partir da metade do século, vai surgir na
99
Alemanha a teoria da personalidade jurídica do Estado, que acabará sendo
9
e9
apontado como o verdadeiro titular da soberania.
om
Procedendo-se a uma síntese de todas as teorias formuladas, o que se verifica
N
99
é que a noção de soberania está sempre ligada a uma concepção de poder.
99
Alguns autores se referem a ela como um poder do Estado, enquanto outros
99
preferem concebê-la como uma qualidade do poder do Estado.
99
99
Quanto às características da soberania, praticamente a totalidade dos
e9
estudiosos a reconhece como:
om
N
Una;
99
Indivisível;
99
99
Inalienável;
99
Imprescritível.
99
e9
om
A soberania é una porque não pode existir mais de uma autoridade soberana
N
competência.
99
www.pontodosconcursos.com.br 36
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Por fim, é imprescritível no sentido de que não pode sofrer limitação no tempo.
Uma nação, ao se organizar em Estado soberano, o faz em caráter definitivo e
eterno. Não se concebe soberania temporária, ou seja, por tempo
determinado.
9
Para Bobbio:
99
99
Em sentido lato, o conceito político-jurídico de soberania indica o poder de
99
mando de última instância, numa sociedade política e, consequentemente, a
99
diferença entre esta e as demais associações humanas em cuja organização
9
e9
não se encontra este poder supremo, exclusivo e não derivado.
om
Este conceito estaria intimamente ligado ao de poder político. A soberania
N
99
pretende ser a racionalização jurídica do poder, no sentido da transformação
99
da força em poder legítimo, do poder de fato em poder de direito.
99
99
Atualmente, o conceito político-jurídico de soberania entrou em crise, junto
99
com a crise do Estado Moderno. Este não é mais capaz de se apresentar como
e9
centro único e autônomo de poder, sujeito exclusivo da política, único
protagonista na arena internacional. As sociedades estão cada vez mais om
N
99
Estados se torna cada vez mais forte e mais estreita. Está desaparecendo a
99
PARA GUARDAR
99
99
99
Conceito de Soberania
e9
www.pontodosconcursos.com.br 37
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
2 Questões Comentadas
9
correto afirmar que:
99
99
a) foi criado por Maquiavel.
99
b) tem sua origem na Revolução Francesa.
9 99
c) deriva da palavra grega pólis.
e9
om
d) surgiu com a formação dos partidos políticos.
N
e) resultou das disputas dinásticas na antiguidade.
99
99
99
O primeiro conceito de política foi exposto em Ética, de Aristóteles, para quem
99
99
a investigação em torno do que deve ser o bem e o bem supremo parece
e9
pertencer à ciência mais importante:
om
Essa ciência parece ser a política. Com efeito, ela determina quais são as
N
99
ciências necessárias nas cidades, quais as que cada cidadão deve aprender,
99
ele queria dizer que a vida em sociedade é uma necessidade humana, que
99
Gabarito: C.
N
99
99
99
poder, que permeia desde as relações mais íntimas e privadas até as mais
e9
www.pontodosconcursos.com.br 38
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
b) O poder é a capacidade de imposição da vontade de um sujeito a outro
99
ou outros, a despeito de eventual resistência, portanto, envolve
99
conflituosidade.
9 99
c) O poder é um conceito relacional, que deriva não somente da posse ou
e9
om
uso efetivo de determinados recursos, mas também de imagens, de hábitos
N
e de expectativas quanto a reações dos atores envolvidos numa relação.
99
d) O conceito de autoridade está fundamentado na legitimidade, cuja origem
99
99
pode ser, ou não, os ordenamentos jurídicos que definem as funções do
99
detentor do poder.
99
e) As relações permanentes de mando e obediência política baseiam-se
e9
om
tanto em fatores materiais como em hábitos e expectativas e ocorrem N
especificamente no ambiente do Estado.
99
99
99
Norberto Bobbio. Esta questão também foi tirada de lá. Segundo Bobbio:
99
e9
menos penosa.
99
99
Podemos ver que a letra “A” é correta. A letra “B” também se aproxima muito
e9
da definição de Weber:
om
N
probabilidade.
99
99
De tudo o que se disse até agora fica evidenciado que o Poder não deriva
N
www.pontodosconcursos.com.br 39
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
Autoridade enfim traduz o poder quando ele se explica pelo consentimento,
99
tácito ou expresso, dos governados (quanto mais consentimento, mais
99
legitimidade e quanto mais legitimidade mais autoridade.
99
Por fim, para Bobbio:
9
e9
om
Para Weber, as relações de mando e de obediência, mais ou menos
confirmadas no tempo, e que se encontram tipicamente na política, tendem
N
99
a se basear não só em fundamentos materiais ou no mero hábito de
99
obediência dos súditos, mas também e principalmente num específico
99
fundamento de legitimidade.
99
99
As relações permanentes de mando e obediência configuram o que Weber
e9
entendeu como dominação. O aspecto mais importante dessas relações será a
legitimidade, não abordada pela questão, que está incorreta. Vimos que aom
N
dominação se baseia na legitimidade e que existem três tipos puros de
99
exercício do poder.
99
99
99
99
Este item está correto, podemos observar que além dos fundamentos
e9
Gabarito: E.
www.pontodosconcursos.com.br 40
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
1 - O poder carismático está fundado na dedicação pessoal e afetiva ao
99
chefe carismático.
99
99
2 - Quem verdadeiramente exerce o comando é o líder ou chefe carismático,
9
cujo valor exemplar, força heroica, poder de espírito ou de palavra o
e9
om
distinguem de modo especial.
N
3 - O poder carismático requer um corpo administrativo dotado de
99
competência específica, porém selecionado com base na dedicação pessoal e
99
99
no carisma.
99
4 - A fonte do poder carismático se conecta com o que é novo, com o que
99
nunca existiu, e rejeita a rotina e os vínculos pré-determinados.
e9
a) Todos os enunciados estão corretos.
om
N
b) Todos os enunciados estão incorretos.
99
99
caráter exemplar de uma pessoa e das ordens por esta revelada ou criadas.
99
Segundo Weber:
99
e9
www.pontodosconcursos.com.br 41
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
apropriação de poderes funcionais em virtude de privilégios.
99
99
Não existe nem salário nem prebenda, “vivendo os discípulos com o
99
senhor em comunismo de amor ou camaradagem”.
9
e9
om
Não há autoridades institucionais fixas, mas apenas emissários
N
carismaticamente encarregados, dentro dos limites da missão senhorial e
99
do carisma próprio;
99
99
99
Não há regulamento algum, nem normas jurídicas abstratas, nem
99
jurisdição racional por elas orientada, nem sabedorias ou sentenças
e9
jurídicas orientadas por precedentes tradicionais;
om
N
A criação de uma dominação carismática é sempre resultado de situações
99
contrário. Por isso, quando essa dominação perde sua característica efêmera,
99
Gabarito: C.
99
99
99
99
www.pontodosconcursos.com.br 42
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
um quadro administrativo nem à de uma associação.
99
4. Uma associação de dominação política ocorre quando a sua subsistência e
99
99
a vigência de suas ordens, dentro de determinado território, estão
9
garantidas de modo contínuo mediante ameaça e aplicação de coação física
e9
om
por parte do seu quadro administrativo.
N
a) Todos os enunciados estão corretos.
99
b) Estão incorretos os enunciados 1 e 3.
99
99
c) Estão incorretos os enunciados 1, 3 e 4.
99
d) Somente o enunciado 1 está incorreto.
99
e9
e) Todos os enunciados estão incorretos.
om
N
99
Sociedade”, de Max Weber. Vamos deixar para ver a primeira afirmação por
99
99
administrativo.
om
www.pontodosconcursos.com.br 43
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
constelações possíveis podem pôr alguém em condições de impor sai
99
vontade, numa situação dada.
99
No gabarito preliminar a ESAF deu como resposta a letra “A”, ou seja, dizendo
9 99
que todas as afirmações são corretas. No entanto, no gabarito definitivo eles
e9
alteraram para a letra “D”, dizendo que somente a primeira afirmação está
om
errada. Mas, se a primeira afirmação é cópia de Weber, porque estaria errada?
N
99
Sinceramente, não sei. Uma das possibilidades é que, como o enunciado fala
99
em poder e dominação, e a primeira afirmação não fala a qual dos dois
99
conceitos está se referindo, não poderíamos associar tal afirmação a ambos,
99
99
por isso ela estaria errada. Mas não concordo com isso, já que, ao falar em
e9
“condições de impor sua vontade”, já está se referindo ao poder.
Gabarito: D. om
N
99
99
99
99
comuns e aos meios para os atingir. Indique qual das afirmações abaixo está
N
99
incorreta.
99
situações controversas.
om
uma comunidade.
99
Consenso pré-existente.
N
www.pontodosconcursos.com.br 44
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Segundo Bobbio:
Uma outra função do consenso é a de conter ou reduzir o uso da violência
como meio de solução das controvérsias. Finalmente, o consenso pode ser
considerado como fator de cooperação e como elemento fortalecedor do
sistema político; ajudará uma sociedade a superar momentos de dificuldade
9
99
como, por exemplo, casos de guerra ou de crise econômica.
99
99
Podemos ver que a letra “A” está correta. A “B” é errada porque o consenso
99
reduz o uso da violência, mas não a dispensa.
9
e9
Para Bobbio, o grau de consenso varia de uma sociedade para outra e de
om
época para época, e um dos quesitos mais importantes refere-se aos fatores
N
99
que provavelmente nele influem.
99
O primeiro elemento de realce é o grau de homogeneidade da sociedade
99
sob o aspecto sociocultural. Nesse sentido, a presença de grupos étnicos,
99
lingüísticos e religiosos escassamente integrados no sistema nacional,
99
e9
possuidores de uma cultura política própria e mantendo uma adesão
om
essencialmente formal aos princípios e normas do regime, constitui um
N
claro fator de oposição à formação de um amplo consenso.
99
Podemos ver que a letra “D” é correta. Por fim, para o autor:
99
99
Gabarito: B.
om
N
www.pontodosconcursos.com.br 45
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
diversos, quais sejam, princípios ou valores supremos; meios,
99
procedimentos ou regras do jogo; finalidades, objetivos ou políticas.
99
99
- Procedimentos formais e informais que expressam relações de poder e se
9
destinam à resolução pacífica de conflitos quanto a bens públicos.
e9
om
- Poder estável e persistente, ao qual os subordinados obedecem por
N
acreditarem na sua legitimidade.
99
- Relação social que se caracteriza pela capacidade de uma das partes de
99
99
obter obediência ainda que haja resistência da(s) outra(s) parte(s).
99
a) poder, consenso, cooperação, política, autoridade.
99
e9
b) conflito, cooperação, política, autoridade, poder.
c) competição, consenso, cooperação, poder, autoridade. om
N
99
bem como quanto aos objetivos almejados pela comunidade e aos meios
N
99
para os alcançar.
99
bens públicos.
N
Vimos que autoridade é a soma do poder com a legitimidade. Por fim, a última
afirmação se aproxima bastante da definição de Weber de poder:
www.pontodosconcursos.com.br 46
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
Gabarito: E.
9
99
99
99
99
7. (ESAF/EPPGG-MPOG/2003) Entre as assertivas abaixo, sobre o
9
fenômeno da dominação, indique a única incorreta.
e9
om
a) Dominação é o poder autoritário de comando do(s) governante(s), que se
N
exerce como se o(s) governado(s) tivesse(m) feito do conteúdo da ordem a
99
máxima da sua conduta por si mesma.
99
99
b) Nas sociedades modernas, onde a base da legitimidade é a lei, a
99
administração dispensa a dominação, no sentido de um poder de comando
99
que precisa estar nas mãos de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos.
e9
om
c) A dominação tradicional refere-se ao comando exercido por senhores que
N
gozam de autoridade pessoal em virtude do status herdado, e cujas ordens
99
texto de Weber:
om
www.pontodosconcursos.com.br 47
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
Houaiss, autoritário significa:
99
99
1 relativo a autoridade
99
2 que se firma numa autoridade forte, ditatorial
9
e9
om
3 revestido de autoritarismo; dominador, impositivo
N
4 que infunde respeito, obediência
99
99
5 a favor do princípio de submissão cega à autoridade
99
99
A ESAF foi infeliz no uso da expressão. Só que tenham muito cuidado porque
99
isto acontece regularmente. Veremos neste curso outras palavras que possuem
e9
om
duplo sentido e que, quando a banca a usa na questão, pode levar à dupla
N
interpretação. A letra “A” foi dada como correta.
99
também que as ordens são legítimas tanto por se conformarem aos costumes
99
como por expressarem a arbitrariedade pessoal. Isso também está certo, pois,
99
espaço correspondente.
om
www.pontodosconcursos.com.br 48
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
ou negativas no atendimento aos administrados. É preciso que a administração
99
99
siga critérios legais, racionais, e não pessoais. A letra “E” é correta.
99
Gabarito: B.
9
e9
om
N
99
8. (ESAF/EPPGG-MPOG/2002) Segundo Weber, há três formas de
99
dominação/ legitimidade do poder. Assinale a resposta que identifica
99
99
corretamente uma dessas formas.
99
a) A dominação burocrática baseia-se no poder que emana do patriarca, do
e9
direito natural e das relações pessoais entre senhor e subordinado.
om
N
b) A dominação tradicional baseia-se no poder que emana do estatuto
99
ordens.
99
99
burocrática e da tradicional.
N
99
carismática, respectivamente.
e9
om
Gabarito: C.
N
www.pontodosconcursos.com.br 49
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
voluntariamente”.
99
– “Dever legal e funcional, uma obrigação específica de administração fiel
99
99
em troca de uma existência segura”.
9
e9
– “Detém o monopólio legítimo do uso da força em um dado território”.
om
Marque a seqüência que expressa corretamente a ordem de apresentação
N
dos conceitos acima.
99
99
a) Poder, Autoridade, Burocracia e Estado
99
b) Estado, Autoridade, Administração Pública e Governo
99
99
c) Autoridade, Estado, Administração Pública e Governo
e9
d) Poder, Autoridade, Administração Pública e Estado
e) Poder, Autoridade, Administração Pública e Governo om
N
99
99
99
probabilidade.
N
Gabarito: A.
99
e9
om
N
www.pontodosconcursos.com.br 50
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
a) foi criado por Maquiavel.
99
99
b) tem sua origem na Revolução Francesa.
99
c) deriva da palavra grega pólis.
9
e9
om
d) surgiu com a formação dos partidos políticos.
N
e) resultou das disputas dinásticas na antiguidade.
99
99
99
99
2. (ESAF/CGU/2008) Um dos fenômenos mais difundidos na vida social é o
99
poder, que permeia desde as relações mais íntimas e privadas até as mais
e9
institucionalizadas. O conceito de poder tem na política o seu papel mais
om
central, relacionando-se com outros conceitos igualmente relevantes, como
N
99
incorreta.
99
penosa.
N
99
detentor do poder.
99
99
www.pontodosconcursos.com.br 51
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
2 - Quem verdadeiramente exerce o comando é o líder ou chefe carismático,
99
cujo valor exemplar, força heroica, poder de espírito ou de palavra o
99
distinguem de modo especial.
9 99
3 - O poder carismático requer um corpo administrativo dotado de
e9
om
competência específica, porém selecionado com base na dedicação pessoal e
N
no carisma.
99
99
4 - A fonte do poder carismático se conecta com o que é novo, com o que
99
nunca existiu, e rejeita a rotina e os vínculos pré-determinados.
99
99
a) Todos os enunciados estão corretos.
e9
b) Todos os enunciados estão incorretos.
om
N
c) Somente o enunciado de número 3 está incorreto.
99
99
modo contínuo mediante ameaça e aplicação de coação física por parte do seu
quadro administrativo.
a) Todos os enunciados estão corretos.
www.pontodosconcursos.com.br 52
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
e) Todos os enunciados estão incorretos.
99
99
99
99
5. (ESAF/EPPGG/2005) O uso do termo “Consenso” em relação a uma
9
determinada sociedade significa afirmar que existe um acordo mínimo entre
e9
om
seus membros quanto a princípios, a valores, a normas, a objetivos comuns e
N
aos meios para os atingir. Indique qual das afirmações abaixo está incorreta.
99
a) O Consenso favorece a cooperação e contribui para que a comunidade
99
99
supere situações adversas, tais como catástrofes e guerras.
99
b) O Consenso torna dispensável o uso legítimo da violência pelo Estado em
99
situações controversas.
e9
om
c) A existência de grupos étnicos, lingüísticos ou religiosos, portadores de
N
cultura própria dificulta mas não impede o estabelecimento de Consenso em
99
99
uma comunidade.
99
Consenso pré-existente.
N
99
princípios.
99
99
e9
om
www.pontodosconcursos.com.br 53
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
99
a) poder, consenso, cooperação, política, autoridade.
99
99
b) conflito, cooperação, política, autoridade, poder.
99
c) competição, consenso, cooperação, poder, autoridade.
9
e9
om
d) competição, consenso, autoridade, poder, política.
N
e) conflito, consenso, política, autoridade, poder.
99
99
99
99
7. (ESAF/EPPGG-MPOG/2003) Entre as assertivas abaixo, sobre o fenômeno
99
da dominação, indique a única incorreta.
e9
a) Dominação é o poder autoritário de comando do(s) governante(s), que se
exerce como se o(s) governado(s) tivesse(m) feito do conteúdo da ordem aom
N
99
arbitrariedade pessoal.
99
99
www.pontodosconcursos.com.br 54
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
9
ordens.
99
99
c) A dominação carismática baseia-se no poder que emana do indivíduo seja
99
pelo seu conhecimento ou feitos heroicos.
9 99
e9
d) A dominação carismática baseia-se no poder que emana das normas
om
estabelecidas, podendo ser alteradas por uma nova regulamentação.
N
e) A dominação tradicional baseia-se no poder que emana do conhecimento e
99
99
reconhecimento de atos heroicos, extinguindo-se com o indivíduo.
99
99
99
9. (ESAF/TCU/2000) Observe os conceitos que se seguem:
e9
om
– “Capacidade de imposição da própria vontade, a despeito da resistência de
N
outro, visando a consecução de um determinado objetivo ou fim estipulado que
99
um sujeito impõe”.
99
99
voluntariamente”.
99
e9
conceitos acima.
99
www.pontodosconcursos.com.br 55
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
2.2 GABARITO
1. C 4. B 7. B
2. E 5. D 8. C
9
3. C 6. E 9. A
99
99
99
9 99
e9
3 Leitura Sugerida
om
N
99
“Dicionário de Política”, Norberto Bobbio.
99
99
Conceito de Poder.
99
http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/ensino/introducao_a_ciencia_politica/6_
99
e9
2_Poder.pdf
om
N
Conceito de Consenso.
99
http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/ensino/introducao_a_ciencia_politica/8_
99
99
2_Consenso.pdf
99
99
Conceito de Conflito
e9
http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/ensino/introducao_a_ciencia_politica/8_
om
N
1_Conflito.pdf
99
99
Conceito de Autoridade
99
http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/ensino/introducao_a_ciencia_politica/6_
99
99
1_Autoridade.pdf
e9
om
Conceito de Política
N
http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/ensino/introducao_a_ciencia_politica/2_
99
99
Politica_destaques.pdf
99
99
Conceito de Legitimidade
99
http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/ensino/introducao_a_ciencia_politica/8_
e9
om
3_Legitimidade.pdf
N
www.pontodosconcursos.com.br 56
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Nome99999999999
4 Bibliografia
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5ª Ed. São Paulo: Martins Fontes,
2007.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Globo, 1995.
9
99
99
BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. 13ª Ed. Brasília Editora Unb, 2007.
99
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 13ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
9 99
e9
BOUDON, Raymond. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo: Ática, 1993.
om
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo:
N
Saraiva, 2007.
99
99
OUTHWAITE, William; BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Social do
99
Século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.
99
99
RIBEIRO JÚNIOR, João. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. 2ª Ed. Bauru,
e9
SP: Edipro, 2001.
om
N
SOARES, Mário Lúcio Quintão. Teoria do Estado. Belo Horizonte: Del Rey,
99
2001.
99
99
STRECK, Lenio Luiz. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. 4ª Ed. Porto
99
Brasília, 2000.
N
99
99
99
99
99
e9
om
N
99
99
99
99
99
e9
om
N