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CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE

FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP

- CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO -

A Importância da Técnica de Planejamento e Controle da Produção (PCP): O


caso de uma empresa do ramo químico.

Rafael Ceryno

Capivari / SP
2012
CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE

FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP

- CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO -

A Importância da Técnica de Planejamento e Controle da Produção (PCP): O


caso de uma empresa do ramo químico.

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em


Administração da FACECAP/CNEC Capivari, para
obtenção do título de Bacharel em Administração,
sob a orientação do Profº Marco Armelin

Rafael Ceryno

Capivari / SP
2012
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS, por me dar condições de trilhar meu


caminho da melhor forma possível, em segundo lugar, agradeço a meus familiares
por contribuírem com incentivos e palavras de apoio quando em momentos difíceis
cheguei a pensar se seria valida esta escolha que tinha feito. Agradeço também aos
meus colegas de classe e do trabalho por me apoiarem e serem companheiros nesta
longa caminhada. Em fim o meu MUITO OBRIGADO.
CERYNO, Rafael; Planejamento e Controle da Produção: A importância da técnica
de planejamento e controle da produção (PCP): o caso de uma empresa do ramo
químico. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Administração.
Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 52 páginas, 2012.

RESUMO

Tendo como base o estudo de caso, o presente trabalho tem por objetivo,
mostrar a importância de se utilizar a técnica de planejamento e controle da
produção, partindo do principio da apresentação dos conceitos de PCP, mostrando,
através de uma revisão Bibliográfica a visão de alguns autores e posteriormente a
sua importância na estratégia competitiva da empresa, que tem como um dos seus
principais objetivos o gerenciamento da gestão de produção e materiais para garantir
uma maior flexibilidade da empresa no que diz respeito ao atendimento da demanda.
Ao final desse trabalho, o detalhamento da importância da aplicação da
técnica de planejamento e controle da produção, principalmente após verificar o
estudo de caso realizado na empresa Microquimica Indústrias Químicas Ltda.

Palavras-chave: 1. PCP; 2. Planejamento; 3. Controle; 4. Produção.


CERYNO, Rafael; Planejamento e Controle da Produção: A importância da técnica
de planejamento e controle da produção (PCP): o caso de uma empresa do ramo
químico. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Administração.
Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 52 páginas, 2012.

ABSTRACT

Based on the case study, this paper aims to show the importance of using the
technique of planning and control of production, starting from the beginning of the
presentation of the concepts of PCP showing the of a review Bibliographic vision
some authors and subsequently its importance in the competitive strategy of the
company, which has as one of its main objectives the management of production
management and materials to ensure the company greater flexibility with regard to
meeting demand.
At the end of this work, detailing the importance of applying the technique of
production planning and control, especially after checking the case study conducted
in the company Microquimica Indústrias Químicas Ltda.

Keywords: 1. PCP 2. Planning 3. Control, Production.


SUMÁRIO
Página

Introdução 07
CAPÍTULO I
1. Apresentação do Estudo 08
1.1. Caracterização do problema 08
1.2. Apresentação e justificativa deste trabalho 08
1.3. Relevância do Trabalho 09
1.4. Objetivos Deste Estudo 09
1.5. Estrutura do trabalho 10
CAPÍTULO II
2. Revisão da Bibliografia 12
2.1. Planejamento e Controle de Produção 12
2.1.1. Conceito de Planejamento 13
2.2. Definição de Estratégia de Produção 14
2.2.1. O que é Controle 15
2.2.2. Conceitos de Produção 16
2.2.3. Planejamento Mestre de Produção 16
2.2.4. Sistema de Planejamento e Controle de Produção 19
2.2.5. Sequenciamento e Produção 21
2.2.6. Sistema Just In Time e a gestão de Qualidade Total 24
2.3. Administração de Materiais - Gestão de Estoque 26
2.3.1. Conceito e Definição 26
2.3.2. O Estoque como fator estratégico 27
2.3.3. Objetivo 27
2.3.4. Importância 28
2.3.5. Visão legal sobre o Estoque (Legislação) 28
2.3.6. Tipos de estoques 29
2.3.7. Objetivos Operacionais dos Estoques 30
2.3.8. Curva ABC 30

2.3.9. Critério de Avaliação de Estoque 32


CAPÍTULO III
3. Metodologia da Pesquisa 34
3.1. Considerações Gerais 34
3.2. Procedimentos para obtenção dos dados 35
CAPÍTULO IV
4. Apresentação da empresa Alvo 36
4.1. Descrição da empresa 36
4.2. Níveis de Produção 38
4.3. Tendências Futuras da Empresa 39
4.4. Estrutura da Empresa 39
CAPITULO V
5. Apresentação e Discussão dos Dados 41
5.1. Processo produtivo 41
5.2. Programação e Controle de Produção da Empresa 43
5.3. Ferramentas para Auxilio e Controle da Produção 45
5.4. Plano Mestre de Produção 45
CAPITULO VI
6. Considerações Finais 47
6.1. Sugestões para trabalhos futuros 48
BIBLIOGRAFIA 50
APÊNDICE 52
Introdução

O principal objetivo de qualquer organização, “Empresa”, é maximizar os


resultados e reduzir os gastos, enquanto que, para alcançar estes objetivos
necessitam de um controle adequado de todos os seus processos para possibilitar a
mensuração de sua real eficiência.
Dentro das delimitações da disciplina de Administração de Produção na área
de administração de empresas, serão abordados aspectos teóricos e práticos, pois o
objetivo do trabalho é demonstrar o que se pode fazer na prática para a melhoria de
todo o processo de produção da empresa-alvo, considerando que, a enorme
competitividade no setor empresarial traz a necessidade de inovações que venham
garantir a qualidade dos produtos, a fabricação a um custo baixo para poder
comercializar o produto a um preço acessível, proporcionando a continuidade e
desenvolvimento da empresa.
Neste contexto, este estudo, vem avaliar o sistema produtivo da empresa
Microquímica, que é a empresa foco deste, no que diz respeito à identificação das
melhorias que podem ser adotadas a ponto de proporcionar um melhor meio de
controle do processo, como também venha aumentar a produtividade, sem que os
produtos tenham sua qualidade prejudicada. Desta forma este trabalho demonstra-se
importante e o seu desenvolvimento relevante para empresa, o que poderá tornar a
empresa mais competitiva junto ao seu segmento de mercado.

7
CAPÍTULO I - Apresentação do Estudo

1.1. Caracterização do problema

O PCP - Planejamento e Controle de Produção são uma das atividades mais


importantes para uma Organização, pois cabe a responsabilidade de monitorar e
gerenciar as atividades de produção de modo a satisfazer continuadamente a
demanda dos consumidores, e reduzir os custos relacionados aos processos, sendo
eles, custos com matéria-prima, insumos, mão-de-obra, entre outros.
Neste contexto, o aprofundamento dos estudos e o desenvolvimento
tecnológico, sem dúvida trouxeram grandes benefícios às organizações auxiliando
muito no melhor desempenho da organização a partir da eficiência no setor
produtivo, através de inovações tecnológicas e desenvolvimento de novas técnicas
de gestão que revolucionaram o modo de produzir.
Slack (2009) coloca que qualquer operação produtiva requer planejamento e
controle, embora o grau de formalidade e os detalhes possam variar, deste modo,
relata à existência de alguns princípios e métodos de planejamento e controle,
sendo, o planejamento dos recursos da empresa (Enterprise Resource Planning –
ERP) e o Just in Time (JIT), que tem evoluído para conceitos mais elaborados,
forçando as organizações a se adaptar para se manter no mercado.

1.2. Apresentação e justificativa deste trabalho

Este trabalho se propõe a responder a seguinte pergunta: “Qual importância


de se utilizar as técnicas de Planejamento e Controle de Produção?”
Para responder a pergunta mencionada, este estudo está organizado em
revisões bibliográficas sobre Planejamento e Controle da Produção (PCP) e também
em uma pesquisa de campo na empresa Microquímica Indústrias Químicas Ltda.,

8
com o intuito de identificar as técnicas que podem ser utilizadas neste processo
(PCP) que tornem o controle mais eficaz, para tanto, serão necessárias avaliações a
partir do conhecimento do processo produtivo da empresa-alvo, conhecimento este,
que será obtido a partir do vínculo empregatício do autor com a empresa.

1.3. Relevância do Trabalho

A definição deste estudo teve base nas situações-problema encontradas


diariamente na empresa alvo, uma vez que, esta neste momento implantando
sistema de Controle de Produção, e encontrando muitas dificuldades em sua
adaptação real, tanto com o setor Comercial e o setor Industrial,
Desta forma, este estudo, contribuirá para o desenvolvimento da implantação
de ferramentas que planeje e controle seu processo produtivo levando em
consideração a avaliação do processo produtivo concomitantemente com as teorias
relacionadas a área que está sendo desenvolvido este estudo, como Dalvio Ferrari
Tubino, Nigel Slack, Stuart Chambers, Robert Johnston entre outros que possam vir
a contribuir para o estudo em questão.

1.4. Objetivos Deste Estudo

Tendo como ponto de partida a pergunta-problema: “Qual importância de se


utilizar as técnicas de Planejamento e Controle de Produção?”, podemos colocar
como objetivos gerais deste trabalho, a busca de conceitos e ferramentas que
possam possibilitar o aprofundamento sobre o assunto tratado, isso através de
pesquisas em livros, trabalhos, internet entre outros, relatando o que diversos
autores trazem a respeito do tema abordado, por meio ainda, de um estudo de caso
em uma empresa do ramo de fertilizantes foliares, uma investigação de como
acontece o processo de Planejamento e Controle de sua produção, suas
características, suas peculiaridades e suas ações buscando um desempenho

9
favorável de todo seu processo produtivo. Na busca ainda de informações sobre o
tema proposto e na busca de ações e ferramentas que mais atendam as
necessidades da organização, podemos ainda colocarmos como objetivos
específicos:

• Levantar na empresa, se existe um setor específico e como acontece seu


Planejamento de Produção;
• Avaliar as fases do processo produtivo realizado pela empresa;
• Relacionar as ferramentas usadas pela empresa para o Planejamento e o
Controle da Produção e o porque se decidiu em usá-las;
• Identificar, na visão da empresa, as variáveis que podem interferir no
desenvolvimento do processo produtivo;
• Levantar a importância dada pela empresa em relação à Gestão de seu
Estoque e sua relação com o processo produtivo;
• Analisar a visão da empresa quanto ao conhecimento de técnicas usadas no
processo produtivo.

1.5. Estrutura do trabalho

Este trabalho está organizados em 6 capítulos.


No primeiro capítulo foi apresentado as características, importância e objetivos
para o mesmo, já no segundo capitulo será apresentada uma revisão bibliográfica
com o propósito de fornecer o referencial teórico necessário para as análises
decorrentes do estudo de caso, no terceiro capitulo é detalhada a Metodologia
empregada na pesquisa, definindo os modelos empregados, procedimentos
adotados para a coleta de dados e, para o seu posterior tratamento e análise, além
de outros detalhes pertinentes. No quarto capítulo será feita uma breve apresentação
da empresa-alvo, no quinto capítulo serão apresentados e discutidos os dados
levantados através do instrumento de coleta de dados o qual, será melhor detalhado

10
no capítulo 3 e ainda, no 6 capítulo como finalização do trabalho será apresentado as
considerações finais, onde, serão discutidos o atingimento ou não dos obtetivos
propostos e ainda possíveis indicações de possíveis aprofundamentos que por
ventura sejam necessários.

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2. CAPÍTULO II - Revisão da Bibliografia

2.1. Planejamento e Controle de Produção

Segundo Donaire (citado por Armelin, 2002), as organizações são vistas


inicialmente, como instituições que possuem como principal objetivo o lucro, e como
as responsabilidades são limitadas a problemas econômicos as empresas
necessitam avaliar constantemente, (o que produzir, como produzir e para quem
produzir) levando em consideração as modificação em função aos ambientes em que
atuam.
Baseados nesta autora, podemos dizer que o PCP, é o departamento que veio
a controlar e planejar a produção do mês ou períodos, ferramenta essencial para
definição de recursos e itens diretamente ligados a produção. Podemos dizer que o
PCP está pronto quando ele responde as seguintes questões:

• O que produzir?
• Quando produzir?
• Onde produzir?
• Como produzir?
• Quando produzir?
• Com o que produzir?
• Com quem produzir?

A partir do momento em que temos as respostas à essas perguntas, o PCP


criará um Plano Mestre de Produção (PMP) que é a diretriz de produção, a seguir é
apresentado uma figura que deixa claro o papel do setor PCP:

12
Figura 1 – O papel do setor de PCP

Fonte: Tubino, 2000, p. 89

2.1.1. Conceito de Planejamento

Segundo Slack At.al. (2009, p.55), planejamento diz respeito à identificação da


necessidade do mercado (demanda) como também, ao “o que?” as organizações
têm a oferecer, desta forma, as atividades de planejamento proporcionam os
sistemas, procedimentos e decisões que juntam diferentes aspectos da oferta e da
demanda.
Em todos os aspectos o conceito de Planejamento pode ser entendido como,
a ferramenta que organiza os suprimentos a fim de que eles possam atender a
demanda da atividade proposta.

13
Seguindo este mesmo raciocínio, o planejamento de produção torna-se
essencial, devendo ser bem elaborado para que não ocorra atividade em excesso,
gerando gastos desnecessários, nem atividade insuficiente, gerando a falta de
produto em relação à demanda, ou seja, proporcionando, através de novas
tecnologias, tais como máquinas modernas e automatizadas, maior produtividade
com maior qualidade.

Para o desenvolvimento de um bom planejamento se faz necessário


sincronizar a utilização dos recursos humanos com os recursos
físicos, possibilitando uma maior adaptabilidade e metodologia, desta
forma, a empresa pode estabelecer planejamentos em diversos níveis
estratégicos, táticos e operacionais (PAULA, 2009, p.18).

Segundo Chiavenato (1990, p.23), citado por Paula (2009), o planejamento é a


função administrativa que determina antecipadamente os objetivos a serem atingidos
e o que deve ser feito para ser atingido da melhor forma possível, estando voltado
para a continuidade da empresa e focalizando seu futuro. Sua importância reside no
fato de que sem o planejamento a empresa fica sem foco, uma vez que, o mesmo
fixa objetivo a serem alcançados, define prioridades, apresenta as atribuições de
cada pessoa e de que forma desenvolver as tarefas.

2.2 . Definição de Estratégia de Produção

Segundo Slack At.al. (2009, p.59), Estratégia de Produção diz respeito aos
padrões de decisões e ações estratégicas que define o papel, os objetivos e as
atividades de produção. O termo de estratégia de produção soa, à primeira vista,

14
como uma contradição, mas, como pode a produção um assunto ligado à criação e
entrega diária de bens e serviços, ser estratégico, é normalmente vista como oposta
as atividades de rotinas diárias, mas “produção” ou “operação” diz respeito aos
recursos que criam produtos e serviços, o operacional é oposto de estratégico,
significando atividades detalhadas, sendo assim estratégia de produção envolve
decisões e ações específicas, e ligado diretamente a produção, definindo claramente
quando, onde e como produzir, visando sempre o ganho e otimização no setor
produtivo de uma organização. A estratégia de produção envolve vários aspectos
como econômico, ambiental e social, e deve ser estabelecida junto aos diversos
setores como marketing, comercial e financeiro de uma empresa, tal estratégia deve
estar focado em maximizar os lucros e reduzir as despesas.

2.2.1. O que é Controle?

Segundo Slack At.al. (2009, p.55), controle é uma das maneiras de se lidar
com variações que possam surgir durante a execução de um processo, e é a forma
mais fácil de colocar a operação de volta aos “trilhos”, sendo, o controle, necessário
para identificar ajustes que permitem que a operação atinja os objetivos que o plano
estabeleceu, mesmo que os pressupostos assumidos pelo plano não se confirmem.
Já a palavra “controle” tem o significado amplo de guiar e regularizar as
atividades da empresa, a fim de alcançar as metas desejadas pela empresa. Assim
de acordo com Chiavenato (1990, p. 83), “se tudo ocorresse exatamente de acordo
com que foi planejado, não haveria necessidade de controle de produção, existe
controle porque sempre algo sai fora do planejado”.

15
2.2.2 Conceitos de Produção

Segundo Slack At.al. (2009, p.55), produção é fornecer bens e serviços ao


mercado, é transformar matéria prima em produto acabado, necessitando de
administração que se conceitua na atividade de gerenciar recursos destinados a
produção e disponibilização de bens e serviços de processo produtivo de uma
organização.
Produção é um sistema operacional padronizado, o qual se baseia
na introdução do empregado ao meio produtivo da empresa, tendo a
finalidade de satisfazer as necessidades do ser humano, sendo
assim, consiste na adequação do Homem à natureza com o objetivo
de obter, através de um determinado processo produtivo, bens
(incluindo produtos e serviços) necessários para a satisfação das
suas necessidades. (NUNES 2008, p.23), citado por PAULA (2009).

2.2.3. Planejamento Mestre de Produção

Segundo Moreira (1999, p. 391), Plano Mestre de produção procura


empalherar a produção com a demanda, com o menor custo possível, avaliando um
conjunto de alternativas previamente selecionadas, traçando um plano por um
determinado mês que pode variar de 6 a 12, determinando quanto e quando será
produzido, programando recursos disponíveis para a realização da demanda a ser
produzidas, como mão-de-obra, equipamentos, matéria primas, horas extras,
subcontratações, etc.
Tal plano deve ser traçado com muita cautela e muito estudo, avaliando a
demanda e recursos da empresa, o Planejamento Mestre de Produção deve ser bem
gerenciado, pois uma vez mal traçado ou mensurado pode colocar a competitividade
da empresa em risco.

Segundo Moreira (1999, p.392), Após a definição do Plano Mestre, referente


ao que ser feito e quais produtos e quando de cada um deles, inicia-se a
programação e o controle a produção e sua obediência, tarefas marcante e

16
operacional, que encerra um ciclo de planejamento mais longo que teve inicio com
Planejamento da Capacidade e a fase intermediaria com o Planejamento Agregado.
• Os Principais objetivos da programação da produção:
• Permitir que os produtos tivessem a qualidade especificas;
• Fazer com que máquinas e pessoas operem com níveis desejados de
produtividade;
• Reduzir os estoques e os custos operacionais
• Manter ou melhorar o nível de atendimento ao cliente.

Segundo Moreira (1999), a redução de custos operacionais requer a redução


de estoques de matéria primas, material em processo e produtos acabados, onde
atingir tal redução requer maior ocupação e desempenho de máquinas e pessoas,
muitas vezes não alcançadas, o que acaba elevando os níveis de estoques, manter,
ou melhorar, o nível do atendimento aos clientes requer maior eficiência dos
recursos, ainda mais se a demanda for flutuante.
A técnica para programação de produção varia em função da natureza do
sistema produtivo, motivo pelo qual são vistas separadamente em função da
estrutura produtiva particular, são elas:
Sistemas de volumes intermediários, onde vários produtos são feitos na
mesma linha, demandando tempo para setups, onde envolve o custo de preparação,
que pode ser solucionado com o estudo e criação de Lotes econômicos (LEF):

TE = estoque disponível
Taxa de Consumo

Sistemas de baixos volumes, onde é feito apenas um único produto, onde a


sequencia torna-se rotina, o grande desafio neste sistema é diminuir o tempo de
espera para insumos e matérias primas “Fila”, programador deve estar focado e
alinhado com a produção, em função da redução de estoques e custos, segue abaixo

17
um exemplo de tabela, simples e funcional para auxiliar a programação de produção
em Baixos Volumes:

Quadro 1 – Tabela Calculo de demanda

Fonte: Tubino, 1999, p. 92


Sistemas de grandes projetos, trata-se de programar a produção através de
tarefas, ou seja, um conjunto de operações conduzidos em uma sequência para
atingir dados objetivos, uma ferramenta bastante útil é o Diagrama de Redes, onde
pode se determinar o início e um fim para cada tarefa do projeto, segue abaixo o
modelo de diagrama de rede;

18
Figura 2 – Diagrama de Redes

Fonte: Moreira, 2000, p. 393

2.2.4 Sistema de Planejamento e Controle de Produção

Segundo Tubino (2000 , p. 23), planejamento e o controle de produção é


realizado através de um departamento conhecido como (PCP), alojado diretamente
com o setor industrial, que tem a responsabilidade pela coordenação e aplicação de
todos os recursos envolvidos no processo produtivo da organização, deve sempre
programar da melhor maneira os planos estabelecidos, e seguir a estratégia traçada.
O departamento de Planejamento e Controle de Produção deve manter um
relacionamento direto com todas as áreas que envolvem a empresa como:
Engenharia de Produto, Engenharia do Processo, Marketing, Manutenção,
Compras/Suprimento, Recursos Humanos e Finanças, pois são estes setores
responsáveis em abastecer a produção com recursos fundamentais para segmento
produtivo como:

19
• Desenvolvimento de novos produtos;
• Melhoria ou maior valor agregado aos produtos;
• Propaganda, desenvolvimento de rótulos e marcas;
• Manutenção corretiva/preventiva ou novas instalações;
• Abastecimentos de matérias primas/insumos;
• Contração de mão-de-obra,
• Liberação de recursos para o processo produtivo.

Para Gianesi, At.al. (1999, p.185), um grande desafio para a Programação e


Controle de Produção, é atender a demanda de vendas, uma vez que é necessário
elaborar um ou mais planos para a produção de um produto, dependendo da
estrutura da empresa, muitas vezes não pode ser ter autos níveis de estoques, onde
tem que ser calculado os giros de estoque, uma vez que em certas ocasiões estoque
pode ser prejuízo para o caixa da empresa.
Se a demanda de produção é constante, seu gerenciamento e plano são mais
fácies de ser conduzidos, mais raramente esta é a situação, com demanda variável
no horizonte, exemplo uma indústria de fertilizantes para a agricultura, onde vários
fatores podem mudar o orçamento de vendas, fica mais complicado de se atender a
demanda, nesta situação temos duas alternativas:
• Fazer a produção acompanhar a demanda ou;
• Ou nivelar a produção no horizonte de planejamento.
Combinando com as seguintes possibilidades, antecipar a produção (estoque),
atendimento através de horas extras, subcontratação de mão-de-obra, ou aquisição
de novos equipamentos que aumente a capacidade de produção, formar parcerias
com fornecedores, gerenciar carteira de pedidos para atender os produtos críticos
faturamento.

20
2.2.5. Sequenciamento e Produção

Segundo Tubino (2000, p.152), processos sequenciais em lotes, são


padronizados e seguem um conjunto de operações e procedimentos que definem o
produto, contudo, neste sistema de produção o trabalho torna-se mais flexível e
menos especializado o que auxilia na demanda de produção de diversos volumes ou
variedades de produtos, devendo, a programação desse tipo de produção, avaliar o
que produzir e os recursos disponíveis para a execução e atendimento dos produtos.
Ainda o mesmo autor, afirma que as regras de sequenciamento auxiliam a
partir de informações sobre lotes ou sobre o estado do sistema de produção,
seqüenciamento de produtos em fila e qual recurso terá prioridade de processamento
(Lead Time), com isso conseguindo conclusões de data de entrega de produtos
acabados a clientes.
Desta forma, as regras de sequenciamento de produção podem ser
classificadas de diversos status:

• Regras Estáticas, onde não alteram as prioridades quando ocorrem


mudanças no sistema produtivo;
• Regras dinâmicas, estas acompanham as mudanças alternadas as
prioridades;
• Regras Globais consistem as informações dos outros recursos,
principalmente do antecessor e do sucessor na definição das
prioridades.

Contudo Tubino (2000, p. 156) comenta ainda que as regras tem que ser
separadas em prioridades simples, prioridades ponderadas e prioridades heurísticas
sofisticadas, sendo as regras prioridades simples e baseadas em uma característica
especifica do trabalho a ser executado, como a data de entrega, tempo de folga
restante, tempo de processamento etc. Já as regras de sequenciamento não são pré

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estabelecidas e eficazes para todas situações, depende de cada caso, como
apresentadas algumas situações praticas:

• PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) – os lotes serão processados
de acordo com sua chegada no recurso. Esta regra é uma das mais
simples sendo pouco eficiente, já que nela os lotes com tempos longos,
retardam toda a seqüência de produção, gerando tempo ocioso nos
processos à frente fazendo com que o tempo de espera médio dos lotes
seja elevado.

• MTP (menor tempo de processamento) – os lotes serão processados de


acordo com os menores tempos de processamentos no recurso. Esta regra
obtém um lead time médio baixo, reduzindo os estoques em processo,
agilizando o carregamento das maquinas á frente e melhorando o nível de
atendimento ao cliente. Porém, com ponto negativo esta regra faz com que
as ordens com tempos longos de processamento sejam sempre
desprezadas, principalmente se for grande a dinâmica de chegada de
novas ordens com tempos menores, uma solução para este caso seria
associar uma regra complementar que possibilitasse a uma ordem que
fosse desprezada um determinado numero de vezes, ou após um
determinado tempo, avançar ao topo da lista.

• IPI (índice de prioridade) – os lotes serão processados de acordo com o


valor da prioridade atribuída ao cliente ou ao produto. É a regra que possui
o pior desempenho, pois na maioria das vezes fica difícil de programar e
quando realizado o custo de produção é elevado.

• MDE (menor data de entrega), como o nome já diz, a produção será


realizada de acordo com a menor data de entrega, muitas vezes
ocasionando o aumento de estoque de produtos em processos.

22
• ICR (índice críticos) serão processados os lotes de menor valor (data de
entrega – data atual), pode ocorrer atraso na entregar.
• IFO (índice de folga) se prioriza o cliente, levando em consideração (data
de entrega – que o tempo de processamento.
• IFA (índice de falta) busca se produzir o que esta em falta no estoque,
baseando-se quantidade em estoque/taxa de demanda.
• Algoritmo de Johnson, produz o produto que demanda menor tempo de
processo, fazendo esse processo em toda linha de produção para
diferentes produtos até o final dos trabalhos.

Segundo Martins e Laugeni (1999, p. 241) esses critérios são aplicados


dependendo dos níveis de trabalho em processo existentes nas fábricas, onde
determinam três diferentes regiões:

Região Carga Baixa - a capacidade de produção fabril esta em nível normal


com espaço para produzir e atender mais demanda, sendo assim qualquer critério
atende as datas de entregas;
Região de Carga Excessiva - A fábrica está produzindo no seu limite
maximo, onde qualquer critério já não atende a demanda;
Região de programação - Quando a demanda é variável e os critérios são
mudados de acordo com a necessidade da produção, dificultando a programação e
entrega.
Diante disso, para Martins e Laugeni (1999, p. 242), existem várias maneiras
de se classificar as prioridades:

METP – Menor tempo de processo.


MATP – Maior tempo de processo
PEPS – Primeiro a entrar, primeiro a sair
DE – Data de entrega
FE – Folga até a entrega
RC- Razão ou relação crítica.

23
UR- Urgência

Segundo Slack (2009, p.55), produção é fornecer bens e serviços ao mercado,


é transformar matéria-prima em produto acabado, necessitando de administração
que se conceitua na atividade de gerenciar recursos destinados a produção e
disponibilização de bens e serviços de processo produtivo de uma organização.

Produção é um sistema operacional padronizado, o qual se baseia na


introdução do empregado ao meio produtivo da empresa, tendo a
finalidade de satisfazer as necessidades do ser humano, sendo
assim, consiste na adequação do Homem à natureza com o objetivo
de obter, através de um determinado processo produtivo, bens
(incluindo produtos e serviços) necessários para a satisfação das
suas necessidades. (NUNES, 2008, citado por PAULA 2009)

2.2.6. Sistema Just In Time e a gestão de Qualidade Total

Segundo Tubino (2000, pg. 44) JIT/TQC, surgiu no Japão na década de 60,
sendo a primeira empresa a se aplicar a filosofia Toyota Motors Company, a filosofia
ganhou atenção após o Japão se reconhecido como padrão de excelência, em
produção e qualidade, onde tal filosofia JIT é voltado para otimização da produção e
a TQC voltada à identificação, analise e solução de problemas, como relacionado no
quadro abaixo;

24
Quadro 2 – Filosofia Just In Time

Fonte: Tubino, 2000, p. 44

Produzir nesses sistemas torna o processo eficiente e reduz os custos da


produção significadamente, uma vez que suas principais características são a
redução de estoques e a redução de retrabalhos, o sistema possibilita trabalhar de
modo a puxar a produção e não ser empurrado pela demanda descontrolada
tornando assim fácil todo o processo de planejamento e controle da produção.

25
2.3. Administração de Materiais - Gestão de Estoque

2.3.1. Conceito e Definição

Segundo Dias (1995, p.19), estoque nada mais que uma ferramenta que
fornece independência nos processos de produção das organizações.
Já com relação a Administração de Materiais (Estoque), Dias (1995, p.19), diz
que é fundamental, para que as empresas/organizações atinjam o sucesso, pois uma
instituição que não possui um controle, apurado de entrada e saída de materias
(Estoque) tem grande chance de fracassar.
Ainda como mencionado pelo mesmo autor, a meta principal de uma empresa
é sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital investido em fábrica e equipamentos,
em financiamentos de vendas, em reserva de caixa e estoques, para tanto, para
atingir o lucro máximo, deverá usar o capital, para que ele não permaneça inativo.
Para tanto, a função da administração de estoques é justamente maximizar
este efeito, e garantir que o processo produtivo não pare, pois o estoque funciona
como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda final do produto.
Porém, o estoque é de grande custo para as empresas, sendo assim quanto
maior o estoque, maior é o capital investido, cabendo assim a o Setor Financeiro e
ao Gestor da Produção à minimização dos estoques.

O estoque é um elemento gerencial essencial na administração de


hoje e do futuro. Estoques são acúmulos de recursos materiais entre
fases especificas de processo de transformação. Estes estoques
proporcionam independência às fases dos processos de
transformações entre as quais se encontra. (CORREIA (1998, p.45),
citado em STOCCO e BENATTI (2006)).

Segundo Gaither (2011), estoques são necessários, mas a questão é quanto


estoque manter, além da importância estratégica, também mantem-se estoque
porque reduz custos como, emissão de pedido, custos de falta de produtos ou
materiais, custos de aquisição, custo da qualidade na partida, entre outros.

26
2.3.2. O Estoque como fator estratégico

Para Moreira (1999, p. 463), o estoque é um ponto estratégico, que todas as


empresas têm que ter gestão crítica, pois pode resumir-se em lucros ou prejuízos
para a organização, uma vez que a grande valor de capital investido, e como um
estoque pode ser formado por diversos itens com diversas características, sua
gestão é fundamental, para definição de entradas e saídas, levando em
consideração diversos fatores como:
• Tempo de validade do produto;
• Oportunidade de maior ganho financeiro;
• Tempo de reposição;
• Custo da reposição.
• Custo de Manutenção de estoque.

2.3.3. Objetivo

Gaither, Fraizer (2011, p.269), o principal objetivo do estoque é oferecer


pulmão para todo o processo produtivo, e deve ser levado de forma controlada, pois
na mesma hora em que o estoque pode apresentar-se como menino bom ele pode
se tornar um menino mal, devendo ser levado em consideração os custos gerados
por ele, como o de reposição, manutenção, custo de retorno investimentos (ROI), na
maioria das vezes estoques mal calculados geram grandes prejuízos para a
organização, por isso seu gerenciamento baseado na teoria e a prática é essencial.

27
2.3.4. Importância

Para Moreira (1999, p.463) são dois pontos de vista principais segundo os
quais a gestão de estoques adquire grande importância e merece cuidados
especiais: o operacional e o financeiro. Do ponto de vista operacional os estoques
permitem certas economias na produção e também regulam as diferenças entre os
fluxos principais de uma empresa, normalmente se ela for do ramo industrial: o fluxo
de entras de matéria-prima e componentes, o fluxo de produção e o fluxo com que os
produtos são entregues para a distribuição ou consumo, ou seja, a taxa de demanda
de produtos, Dessa maneira a produção não consegue atender os aumentos sem
programação da demanda, sendo assim o estoque trabalha como um regulador de
todo processo produtivo.
No ponto de vista financeiro, deve-se sempre lembrar que o estoque é
investimento e é parte do capital da empresa, como taxa de retorno é calculado
como quociente dos lucros brutos, o retorno acabam sendo sempre menor, por isso a
importância de se diminuir os estoques, outro ponto relevante é o giro do estoque,
estudos apontam que quanto maior for o giro, menos se perde prejuízos, tendo como
base empresas de Classe tipo A, que o giro de estoque no ano chega a 80/100
vezes, no Brasil foi apontado que as medias de giro das empresas não passam de
10 vezes ao ano, sendo assim é dinheiro/capital parado, onde poderia estar sendo
aplicado em outro fundo mais rentável. De essa forma gerir estoque é aumentar o
capital da empresa.

2.3.5. Visão legal sobre o Estoque (Legislação)

A Resolução CFC nº 750/93 dispõe no seu artigo 7º, item I, “A avaliação dos
componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada,
considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou
da imposição destes”.

28
Encontra-se essa mesma analise no item II do artigo 183 da Lei de
Sociedades Anônimo que trata dos critérios de avaliação do ativo, no caso do artigo
183, é do critério básico de avaliação dos estoques, no caso do seu item II, “Os
direitos que tiverem por objeto mercadorias ou produtos de comercio da companhia,
assim como matérias primas, produtos em fabricação e bens do almoxarifado, pelo
custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de
mercado, quando este inferior”. Sendo assim todo estoque deverá provisionado ao
valor de custo de aquisição.

2.3.6. Tipos de estoques

Segundo Dias (1995, p.26), são quatros tipos de estoques:

Estoque de matéria prima


São materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado,
como por exemplo, para a fabricação de cerveja as matérias-primas são, o malte, a
cevada e a água, como composição básica.

Produtos em processo
Consiste em todos os materiais que estão sendo transformados no processo
fabril, ou seja, produtos que estão parados em alguma etapa de produção, como por
exemplo, controle de qualidade.

Produtos acabados
Consiste nos itens já produzidos, mas ainda não vendidos, um estoque que
onde todo produto final é armazenado, desta forma, empresas que vendem sob
encomenda possuem este estoque quase zero, pois a produção está relacionada a
venda, ou seja, só produz quando ocorre a venda.

29
Peças de Manutenção
Tem a mesma importância ao estoque de matéria-prima, pois é essencial para
que os equipamentos mantenham-se em pleno funcionamento, consiste basicamente
em peças e ferramentas.

2.3.7. Objetivos Operacionais dos Estoques

Segundo Moreira (1999, p.464), alguns objetivos são claros para os estoque,
como o de ligar vários fluxos entre si e proporcionar economias na produção, essas
grandes funções são divididas nos seguintes “sub” objetivos:

• Estoques que cobrem a mudança de demanda, um estoque formado


prevendo um aumento de demanda de determinado produto.
• Estoques proteção contra incertezas, aumento de preços de matéria prima,
ou falta no mercado de item.
• Estoques produção ou compra econômicas, compra de um lote maior,
ganha de preços/barganha fornecedor, este objetivo gasta se mais com
manutenção de estoques mais pode levar vantagens em uma maior
qualidade de compras, e garantir trabalho/emprego para mão-de-obra
ociosa (produção necessita de mão-de-obra especializada).

2.3.8. Curva ABC

Para Moreira (1999, p.468), a Curva ABC consiste numa maneira eficiente de
controlar o estoque através da identificação dos itens de maior valor, os quais
necessitam de grande investimento de capital para sua aquisição, itens de menor
valor os quais não necessitam de grandes investimentos e os itens intermediários,
onde são utilizadas algumas informações para sua classificação, considerando tal
sequencia para sua classificação:

30
• Encontra-se o valor do investimento que ele acarreta;
• Ordenam-se os itens, do maior para o menor investimento;
• Calcula-se a porcentagem que cada item representa no investimento total
e, em seguida as porcentagens acumuladas;
• Faz se a divisão A, B e C de maneira Alternativa.

Lembrando que não há fórmula definida de se categorizar os itens, desta


forma deve-se utilizar-se do bom senso tomando como base apenas a importância
relativa das três classes em relação ao investimento.

Figura 3 – Exemplo do Gráfico da Curva ABC

Fonte: Tubino, 2000, p. 100

31
2.3.9. Critério de Avaliação de Estoque

Segundo Redaelli (1998) quando trata-se de avaliação de estoque alguns


pontos devem ser avaliados lembrando que tal avaliação está relacionada a forma de
gestão dos itens em estoque, ou seja, a avaliação do estoque diz respeito ao
controle dos itens constantes, como também, o valor condizente aos itens que ali
estão, desta forma, há 3 (três) forma de se gerir estoque utilizando deste conceitos, o
PEPS, UEPS e o Custo Médio, como descrito a seguir.

• Método PEPS – Primeiro que entra, primeiro que sai;


• Método UEPS – Ultimo a entrar, primeiro a sair;
• Custo Médio Ponderado – Controle da movimentação dos itens, ao
valor médio dos itens em estoque.
PEPS
O Método PEPS, como o próprio nome sugere esse método implica que as
mercadorias que primeiro entram na empresa deve ser o primeiro a sair, parece ser o
mais adequado, já que seus valores de custos de produção são mais reais de um
período para o outro.

UEPS
Já no Método UEPS, as mercadorias que entram por último na empresa
devem ser as primeiras a sair no momento da venda. Com isso o valor do CMV
(custo das mercadorias vendidas) corresponde ao valor das compras mais novas,
isto é, um produto que foi adquirido em diferentes períodos e com preços diferentes,
no momento da venda, se registrara na conta os valores dos últimos períodos que
foram comprados tal produtos. Já o valor do estoque final terá o valor das compras
mais velhas, Isto é, um produto que foi adquirido em diferentes períodos e com
preços diferentes, no momento da venda, terá na conta “estoque final” os valores
correspondentes aos primeiros períodos que foram comprados tal produto.

32
2.10.11. Custo Médio Ponderado

O método de Custo Médio Ponderado, cada produto do estoque final recebe o


valor de custo médio ponderado desse produto nos diferentes produtos, sendo que
esses produtos devem estar disponíveis para venda. Por exemplo, um determinado
produto custou para a empresa num período 10 reais, num segundo período 15
reais, num terceiro período 15 reais, então se fazendo a média ponderada o valor
desse produto é de 15 reais.

33
3. CAPÍTULO III – Metodologia da Pesquisa

3.1. Considerações Gerais

Para Oliveira (1999, p.57) metodologia é o estudo de conjunto de processo


que torna possível se conhecer uma realidade, produzir determinado objeto ou
desenvolver certos procedimentos ou comportamentos. Dessa forma o método
identifica a forma pela qual se alcança determinado objetivo.
Ainda segundo o mesmo autor método é a forma de pensar para chegar à
natureza de um determinado problema quer seja para estudá-lo, quer seja para
explicá-lo.

Em se tratando de “Pesquisa”, Demo (1996, p.16) define como “Pesquisa é o


processo que deve aparecer em todo trajeto educativo, como princípio educativo que
é a base de qualquer proposta emancipatória”.

Em outras palavras, “Pesquisa” é planejar cuidadosamente uma investigação


de acordo com as normas da metodologia científica, tanto em termos de forma como
de conteúdo e tem por objetivo estabelecer uma série de compreensões no sentido
de descobrir respostas para as indagações e questões que existem em todos os
ramos do conhecimento humano, envolvendo o mundo de forma geral. As buscas de
informações são realizadas em bibliotecas, universidades, institutos, faculdades,
centro de pesquisas entre outros lugares, onde existem informações correspondente
a pesquisa em questão.

Conforme o esclarecimento mencionando, pode-se definir o trabalho como


uma pesquisa descritiva, tendo com característica o estudo de caso e também
bibliográfica, pois faz um levantamento retratando o que diversos autores trazem a
respeito do assunto em questão, e ainda como o estudo de caso faz um
levantamento da realidade vivida pela empresa alvo, numa tentativa de agregar
conhecimento na junção do acervo bibliográfico e experiência prática da empresa.

34
3.2. Procedimentos para obtenção dos dados

Para Oliveira (1999, p. 153), são três os procedimentos utilizados para


obtenção dos dados, pesquisas bibliográficas, pesquisa documental e o contato
direto, neste trabalho foram utilizados pesquisas bibliográficas e os contatos diretos
com a empresa alvo, onde foi acompanhado pelos funcionários, responsáveis pelo
desenvolvimento do setor de Planejamento e Controle de Produção da empresa.
As informações foram adquiridas através de um questionário com 6 questões
que foram aplicados ao Programador de Produção da empresa alvo, este
questionário serviu como base para uma entrevista estruturada, o qual foi respondido
pelo mesmo sem a interferência do entrevistador sobre suas respostas, segue o
questionário.

35
CAPÍTULO IV – Apresentação da empresa Alvo

4.1. Descrição da empresa

Nome: Microquímica Indústrias Químicas Ltda.


Endereço: Rodovia SP 101, KM 32
Cidade: Monte Mor UF: SP CEP: 13190-000
Tel: (19) 3889-2998
E-mail: microquímica@microquimica.com.br
Ramo: Empresa Química
Objetivo Empresarial: Atender as necessidades dos clientes, visando à satisfação
de acionistas e colaboradores.
Porte da Empresa: Média Empresa
Nº de Empregados: 183
Faturamento Anual: 45.000.000,00
Capital Social: 54.000.000,00
Setor: Agrícola

A Microquímica Indústrias Químicas Ltda, empresa brasileira sediada em


Campinas/SP, onde estão localizados os setores administrativos, desenvolvimento e
distribuição, a mesma possui outras duas unidades na cidade de Monte Mor/SP,
sendo uma sua unidade fabril e a outra para armazenagem e distribuição de
produtos e Matérias Primas. A empresa há mais de 36 anos atua de forma
expressiva no mercado agrícola brasileiro.

A especialidade da empresa é a nutrição vegetal, caracterizando-se pelo


espírito inovador em buscar novas tecnologias e soluções racionais, econômicas e
agronomicamente diferenciadas para uma agricultura lucrativa.

Fundada em 1976, desde o início vem mantendo convênios com os principais


centros de pesquisa e universidades (Unicamp, Universidade Federal de Santa
Maria, UNESP, Universidade Federal do Paraná), com o objetivo de pesquisar,

36
formular e testar fertilizantes diferenciados, altamente eficientes em nutrir plantas,
visando buscar o equilíbrio nutricional e a consequente obtenção de plantas mais
resistentes a estresses ambientais e sanitários, que possam alcançar alta qualidade
e produtividade.

Seu pioneirismo mudou paradigmas em nutrição vegetal, como o tratamento


de micronutrientes via semente; a utilização de fertilizantes foliares concentrados
formulados com diversas matérias-primas como os cloretos (Zn, Mn, Mg e Fe), sendo
a primeira empresa a concentrar CoMo (Cobalto e Molibdênio) em solução estável
por longo tempo, através do fertilizante Nectar.

A empresa trabalha também como representante de empresas nacionais e


internacionais na distribuição de produtos diferenciados para nutrição vegetal.

A partir de 2005, a empresa iniciou uma nova fase, passando a investir em


biotecnologia, através do desenvolvimento de processos e produtos (fertilizantes)
orgânicos, organominerais, e inoculantes juntamente com seus parceiros.

Atualmente a empresa conta com cerca de 183 colaboradores diretos, estando


estes alocados nas três unidades e em várias partes do Brasil, especificamente os
agrônomos contratados pela empresa para dar assistência técnica aos agricultores
clientes de seus produtos.

A empresa conta com uma rede de distribuição composta por 33 unidades,


localizadas nos principais estados produtores de grãos do Brasil como: Paraná, São
Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Além
da venda direta ao consumidor final (produtor) realizada pela empresa na unidade de
Campinas.

A empresa disponibilizou todos os dados necessários ao desenvolvimento do


presente trabalho.

O trabalho será desenvolvido no setor de produção da unidade de Monte Mor


e constitui-se no diagnóstico e mapeamento do processo produtivo da empresa.

37
4.2. Níveis de Produção

Por se tratar de uma indústria com seu setor e atividades voltados ao mercado
agrícola a produção atingi níveis mais alto no segundo semestre, onde todo seu
processo de produção é mais exigido, ocasionando aumento em horas trabalhadas
(Hr. extra) um desafio para os administradores que tem o objetivo de maximizar
lucros e reduzir despesas.

Figura 4 – Gráficos de Produção 2.011

Fonte: Informações disponibilizadas pela empresa.

38
4.3. Tendências Futuras da Empresa

Acrescentar já este ano seu faturamento anual 25% em sua renda Líquida,
buscando aumentar os números de vendedores e alcançar, maior território nacional,
sempre visando o desenvolvimento no setor de forma a agregar valores ao seu
produto final, ganhando mais espaço no mercado, início de construção de uma nova
unidade fabril, com maior infra-estrutura e espaço que a empresa demandara num
futuro breve.

4.4. Estrutura da Empresa

A empresa trabalha com o Sistema Ceres ERP integrado, sistema que vem
sendo desenvolvido junto à realidade e necessidades da empresa, através de
diversos setores como desenvolvimento, marketing, comercial, financeiro, recursos
humanos, produção e qualidade, a empresa conta com um setor de T.I. (tecnologia
da informação), que tem a responsabilidade de fazer o sistema atender as
necessidades dos setores envolvidos da organização.
Basicamente todos os setores estão adiantados em relação ao Sistema Ceres
ERP, onde cabe ao T.I, iniciar os trabalhos no setor de produção, ou seja, fábrica
que possui controles de produção ainda manuais, que exige dos gestores maior
trabalho na excursão de tarefas produtivas, como planejamento e controle da
produção. Os fluxos de pedidos são feitos nestas ordens:

• Comercial (vendas), objetivo principal vendas;


• Logística, objetivo principal entrega dos produtos aos clientes finais, e
na atualidade quem emite as solicitações de produção a fábrica;
• Fábrica, objetivo de produzir os produtos e atender a demanda de
vendas.

39
As vendas vêm crescendo basicamente 25% ao ano, e exigindo cada vez
mais eficiência da fábrica, onde acaba ocasionando grande correria para atender
toda a produção solicitada, uma vez que a empresa trabalha em ritmo de safra onde
26% de toda demanda de produção anual é feita no primeiro semestre, e 74% feita
no segundo semestre do ano, resultando em um acúmulo absurdo para segunda
etapa.
Para atender a demanda a empresa trabalha em horas extras gerando
grandes custos operacionais o que acaba diminuindo as margens de lucros dos
produtos, um gargalo do processo produtivo é o setor de envase de produtos
acabados, que hoje é empurrado pelo setor de formulação, o setor de envase possui
máquinas manuais e antigas, que acaba dificultando todo o processo.
O setor de Logística também encontra-se em processo de mudança e
desenvolvimento de ferramentas via sistema junto a fábrica, que vem em busca de
aprimoramento do módulo PCP, com o objetivo criar ferramentas para facilitar as
tarefas como, Solicitação de Produção, Acompanhamento de Produção, emissão de
Ordens de produção e os apontamentos de processo informatizados on-line.

40
CAPITULO V - Apresentação e Discussão dos Dados

5.1. Processo produtivo

Ao ser questionado sobre o seu processo produtivo, ou seja, como ele se


inicia, respondeu que a produção é feita através de uma solicitação de produção
emitida pelo setor de logística da empresa; conforme mostra a figura abaixo;

Figura 5 – Acompanhamento de Solicitação de Produção.

Fonte: Informações disponibilizadas pela empresa.

Através desta solicitação de produção inicia-se o Planejamento da produção


com atenção para os produtos com prioridades altas.

Quando questionado de como a empresa controla suas células e as etapas de


produção, foi respondida que a empresa está em processo de desenvolvimento de

41
um sistema que facilite a comunicação entre as células produtivas, e emquanto isto é
controlado através desta planilha;

Figura 6 – Planilha de Status de Produção

Fonte: Informações disponibilizadas pela empresa.

O Planejamento e controle da produção dos produtos solicitados são


elaborados através da planilha acima, onde são provisionados recursos, por exemplo
compra de insumos, agendamento de equipamentos e mão-de-obra, disponibilidade

42
com o laboratório de controle de qualidade, entre outras informações como data de
entrega do produto e as prioridades.

Percebe-se, no entanto que as ações da empresa vem contra ao colocado por


Tubino (2000), pois a divisão entre sistema informatizado e planilha de Excel,
acabam ocasionando retrabalho e algumas vezes erros operacionais que acabam
atrasando o processo produtivo, exemplo:
• Falta de insumos;
• Envase de produtos em embalagens erradas;
• Erro em codificação de lotes;
• Falha em padronização dos lotes.

O desenvolvimento do modulo PCP, junto ao sistema tem a função de facilitar


e padronizar a produção, de forma a minimizar os erros citados acima.

5.2. Programação e Controle de Produção da Empresa

Após o questionamento se a empresa possui um setor específico de PCP, foi


respondido que para atender a demanda de produção a empresa esta investindo no
desenvolvido do setor de Planejamento e Controle da Produção, sendo que a
empresa antigamente, não via a necessidade deste departamento e na atualidade
percebesse que sem o PCP, a empresa não vai dar conta de atender a sua
demanda flutuante.
A estrutura do PCP e seu desenvolvimento originaram-se com o aumento
expressivo da demanda de produção, e vendo a necessidade de criação do setor,
começou a estruturar o PCP da empresa, delegando funções e adaptação de cargos
como, Programador de Produção, Técnico em Processo e almoxarife responsáveis
por:
• Programador de Produção, programar e controlar a produção;
• Técnico em Processo, emissão das ordens de produção, e aumento
de ganho e eficiência, no setor de formulação e reação;

43
• Almoxarife, controle de estoque e reposição de insumos, função
importante para continuidade de todo processo produtivo da empresa,
sendo que a produção depende de algumas matérias primas “chave
para produção”, insumos importados que demandem tempo para sua
reposição, por isso a importância da gestão de estoque apurado e on-
line.

De primeiro impacto já deu resultado, pois os pedidos de produção


antigamente eram todos feitos via telefone o que acarretava em muitos erros, e com
a criação deste módulo no Sistema, já começou a solicitação de produção ser
emitida eletronicamente, o que trouxe um padrão de programação, antes também
existiam grandes números de pedidos picados, sem definição para lotes mínimos e
na maioria das ocasiões não se sabia nem o que seria produzido na data seguinte.
Com a criação do PCP, pode-se iniciar o processo de cobrança de programação de
produção, onde na atualidade consegue-se programar a fábrica para produção direta
pelos menos a cada quinzena, um grande progresso.
A equipe comercial de vendas da empresa, todo ano é obrigada a fazer um
orçamento de vendas de todos os produtos que serão vendidos mês a mês, e o setor
de PCP, tenta se programar através deste orçamento anual, provisionando insumos
e mão de obra, necessários para cumprir a demanda do mês.
O setor de Logística fica responsável pelos alinhamentos dos pedidos e
ajustando as entregas conforme as necessidades dos clientes, basicamente o
portfólio de produtos orçados não são seguidos o que ocasiona uma grande correria
para se cumprir as metas de vendas, sem contar que a grande maioria dos pedidos
entra na última semana do mês, o que dificulta o controle e programação da
produção dos produtos acabados.

44
5.3. Ferramentas para Auxilio e Controle da Produção

Ao questionar sobre as ferramentas disponíveis para o auxílio controle da


produção; foi respondido, atualidade é feita manualmente, através de planilhas Excel,
decidiu em se utilizar pois foi a ferramenta mais fácil de se aplicar junto ao processo
de produção, ferramentas com Kanban e Just in Time, são objetivos que
necessitam ser conquistado, para melhoria da eficiência de todo processo de
produção da Indústria. Como já citado a demanda da empresa vem crescendo
anualmente, necessitando de ferramentas para ajudar no incremento de produção, e
padronização das tarefas diárias, sendo assim a empresa vem se esforçado para
aprimorar suas técnicas de planejamento e controle da produção, junto ao
departamento de Tecnologia da Informação e treinamentos a seus colaboradores
envolvidos diretamente ao processo de produção.
Segundo Corrêa (1999), Just In Time, para a empresa citada pode oferecer
grandes melhorias, se bem administrado junto aos setores envolvidos, como
comercial, logística, PCP e suprimentos, uma vez em que a empresa no 2º semestre
trabalha sem gerar estoque, pois a demanda na maioria das vezes se iguala a
capacidade de produção da empresa.

5.4. Plano Mestre de Produção

Para atender a demanda de produção das diversas linhas de produtos, a


empresa se utiliza de qual base?
A empresa possui orçamento de vendas anual, que é imposto pelo
departamento comercial e de fundamental importância, para orientar todo processo
de produção da fábrica mantendo o acompanhamento da demanda com os níveis de
produção, onde todo o plano mestre de produção é feito através de solicitação de
produção, emitido 15 dias antes de sua data de entrega. Devido à incerteza da
demanda de mercado a Microquimica Indústrias Químicas Ltda., optou pela
estratégia de assumir certos níveis de estoque de segurança, estoques muito

45
pequenos por causa de espaço físico para armazenagem de produtos acabados, e a
decisão de se trabalhar com estoque teve base em cima dos níveis de produção mês
a mês, que demonstram baixos níveis para o primeiro semestre do ano.

Como o programador de produção desenvolve um plano mestre de produção?

O plano mestre de produção é desenvolvido, conforme a solicitação de produção


disparada pelo Setor de Logística, após o desenvolvimento do plano mestre o
programador faz um levantamento detalhado e a discriminação por produtos,
componentes, quantidades, disponibilidade de maquinários, horas/homens,
equipamentos, capacidade instalada e demais recursos diretos e indiretos de
produção, que são variáveis que podem interferir no desenvolvimento do processo
produtivo da empresa. Em seguida, efetua o levantamento de estoques, e de itens já
programados através do plano mestre de produção. Após os dados levantados e a
apuração real das necessidades, elabora-se um plano de produção especificando-se
os produtos a serem produzidos e quanto e quando serão produzidos.
Com base em Corrêa (1999), após a identificação das dificuldades
encontradas pelo Programador de PCP na execução de sua tarefa de
provisionamento dos recursos para a produção, ficou claro a necessidade de
implantação ou desenvolvimento da ferramenta MRP II (Manufacturing Resource
Planning) para auxiliar e facilitar o planejamento dos recursos de manufaturas.

46
CAPÍTULO VI – Considerações Finais

6.1. Considerações Finais

Partindo da pergunta problema, “Qual importância de se utilizar as


técnicas de Planejamento e Controle de Produção?
Pode-se considerá-la como respondida pois, chegou-se a conclusão que a
eficácia e eficiência de todo processo produtivo, depende unicamente da utilização
das técnicas de PCP, que se torna vital para a sobrevivência das empresas na
atualidade.
Relatando ainda, os objetivos gerais e parcialmente colocados no
trabalho, pode-se considerá-los atingidos, com um mercado cada vez mais
competitivo, onde as empresas por obrigação necessitam minimizar os custos e
maximizar as receitas, a necessidade de investimentos em tecnologias de
informação ganha importância, demonstrado pelo alto nível de planejamento
alcançado pelos programas de computador se tornam uma poderosa ferramenta
para o controle da produção, na atualidade.
Desta forma, atendendo ao objetivo proposto, este estudo demonstrou
diversas formas de utilização das ferramentas e controle da produção aplicados
diretamente a empresa em estudo, como também, apresentou informações
pertinentes ao estudo no que diz respeito às atividades que vem sendo
desenvolvidas pela empresa para implantação de tais técnicas, demonstrando
também alguns problemas que estavam ocorrendo e benefícios já proporcionados
por pequenas modificação na rotina diária de trabalho, como mencionado durante o
capitulo 5.
Outros objetivos traçados e atendidos, corresponde ao levantamento de
informações sobre a existência de um setor de Planejamento de Produção, como
também a avaliação do processo a fim de integrar as técnicas de Controle de
Produção atento as variáveis que podem interferir no processo produtivo.

47
Fator importante também, é a avaliação/percepção da importância dos setores
de PCP e gestão de estoque, como também as técnicas utilizadas no decorrer de
suas atividades.
Desta forma, ficou claro que trabalhar com técnicas de PCP ajuda em todas as
fases de produção, levando a uma maior segurança aos resultados e melhorando a
eficiência de todo processo de produção.
Concluindo este estudo obteve êxito, não apenas por atingir os objetivos
propostos, mas também por proporcionar um centro de informações uteis aos
diversos setores da empresa a fim de dispor de informações relevantes para a
tomada de decisão.

6.2. Sugestões para trabalhos futuros

As sugestões que destaco como muito importantes para a melhoria de


desempenho do processo de produção da microquímica são:
• Desenvolvimento urgente de um Sistema MRP, módulo PCP,
emissão de relatórios que possam medir a real eficiência dos processos de
produção, dessa forma estabelecimento de leads-time confiáveis, controle de
100% das tarefas que envolvem os processos de produção via sistema;

• Antecipar parte de sua demanda anual de produção, nos períodos


de entresafra, onde a fábrica se encontra ociosa, negociar junto ao
departamento comercial da empresa;

• Solucionar os “gargalos” de produção, o setor de envase, busca de


equipamentos mais modernos e confiáveis de forma a aumenta o rendimento
Litros/Homens, antecipação do trabalho em segundo turno com inicio imediato
já no segundo semestre;

48
• Juntar a unidades, minimizar as transferências de matérias-primas
e produtos acabados, ganho de tempo nos processos de produção, priorizar a
construção da nova fábrica;

• Estruturar o setor de PCP, equipamentos de informática e


ferramentas atuais, colaboradores somente focados na execução das tarefas
ligada ao PCP;

• Estabelecer lotes mínimos produtos, terminar com os pedidos


picados e de urgência;

• Desenvolvimento de novos fornecedores, formar parceira tanto em


preços quanto prazo de entregas;

• Incentivar e desenvolver os colaboradores, para que os mesmos


possam contribuir de maneira melhor para o cumprimento das metas
estabelecidas; estabelecer um critério claro de avaliação de desempenho e
remuneração para os colaboradores;

• Melhorar a comunicação na empresa, tornando-a mais clara, para


que se possa evitar ruídos; divulgar as metas de maneira clara e a todos,
estabelecendo o papel de cada colaborador para o cumprimento destas.

• Melhorar seu controle de estoque, através de ferramentas como


Kanban, código de barras, que facilite a gestão, sendo o estoque de suma
importância para todo processo produtivo da empresa.

49
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50
SLACK, Nigel, CHAMBERS, Stuart, JOHNSTON, Robert, Administração da
Produção. São Paulo: Editora Atlas 3º. Edição 2009.
TUBINO, Dalvio Ferrari, Manual de Planejamento e controle da Produção. São
Paulo: Editora Atlas S.A 2º Edição 2000.

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APÊNDICE

1.1. Relação do Questionário feito a empresa “estudo de caso”

• Como se inicia o processo produtivo?


• A empresa possui um setor especifico de PCP?
• Como a empresa controla suas células e as etapas de produção?
• A empresa utiliza ferramentas disponíveis para o auxilio controle da produção?
• Para atender a demanda de produção das diversas linhas de produtos,
a empresa se utiliza de qual base?
• Como o programador de produção desenvolve o plano mestre de produção?

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