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Trabalho de HD
Trabalho de HD
DO ARAGUAIA - FACISA
CURSO DE DIREITO NOTURNO
Barra do Garças - MT
Outubro, 2018.
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ELIANA SOUSA TAVARES
GEIZIANE DA SILVA ROSA
ROSIVAN BARBOSA GOMES JUNIOR
VÂNIA RODRIGUES DOS SANTOS
YARA KAROLINE FERLETE FELIZARDO
Barra do Garças - MT
Outubro, 2018.
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SUMÁRIO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................ 4
4 REFÊRENCIAS ............................................................................................................... 8
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO
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A constituição de 1824, foi marcada pelas seguintes características: O poder
era concentrado nas mãos do imperador; O voto era baseado na renda, então somente quem
tinha poder financeiro podia votar, este sistema eleitoral excluiu a maioria da população
brasileira do direito de escolher seus representantes e a igreja era subordinada ao estado.
Havia a manutenção do sistema que garantia os interesses da aristocracia.
Ficou determinado pela constituição de 1824 que o Brasil seguiria o regime político
monárquico e o poder seria transmitido de forma hereditária.
O Poder Moderador, exercido pelo imperador, estava acima de todos os
outros poderes, através dele, o monarca poderia controlar e regular os demais e manteria
poder absoluto sobre todas as esferas do governo brasileiro. O imperador tinha o direito de
não responder na justiça por seus atos.
O voto era censitário, desta maneira, para poder se candidatar e votar a
pessoa deveria comprovar determinada renda. Estabeleceram-se os quatro poderes:
executivo, legislativo, judiciário e moderador.
A Igreja Católica foi escolhida como a religião oficial do Brasil, sendo ela
subordinada ao Estado e criou-se o conselho de estado, composto por conselheiros
escolhidos pelo imperador.
O Poder Executivo era exercido pelo imperador e ministros de Estado.
Deputados e Senadores eram os responsáveis pela elaboração das leis do país. Foi mantida
a divisão territorial nacional em províncias.
A Carta Imperial de 1824 foi marcada por ser liberal em relação aos direitos
individuais e na organização dos Poderes. O governo imperial era uma monarquia
hereditária e constitucional conforme o artigo 3: “Art. 3º O seu governo é monárquico,
hereditário, constitucional e representativo”.
O Brasil é um Estado de proporções continentais, por isso foi implementado
um rigoroso centralismo, criando assim um Estado unitário sem a existência de um poder
local, consequentemente o poder ficou nas mãos do Imperador que tinha como uma de suas
atribuições a nomeação de um presidente para cada província, este poderia ser removido a
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qualquer tempo. Esse fato é notado no seguinte artigo: “Art. 165. Haverá em cada
província um presidente, nomeado pelo Imperador, que o poderá remover, quando
entender que assim convém ao bom serviço do Estado”. Devido a esse artigo, não havia
autonomia de poderes locais, era uma forma de evitar que o controle de todo o Estado
brasileiro saísse das mãos do Imperador. Portanto o Estado era unitário, o federalismo só
foi surgir posteriormente na promulgação da Carta da República de 1891.
Outra característica peculiar dessa constituição era o fato de haver o poder
moderador como “chave” de todo a organização política do Estado. O texto do art. 98
dispunha: “Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é
delegada privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro
Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência,
equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos”. É evidente a existência de um “quarto”
(além do executivo, judiciário e legislativo) poder, cujo detentor é exclusivamente o
imperador e devido a esse fato ele alcança a condição de Chefe Supremo da Nação, através
desse poder o Imperador conseguia impor limites à atuação das demais atribuições
políticas.
A Carta Imperial no que se refere a nomeação dos integrantes da Câmara e
do Senado, adotara um modelo de eleição indireta, entretanto mesmo que de forma elitista
foi estabelecido o direito ao voto em que era permitido a escolha das pessoas que
elegeriam os parlamentares. Portanto o processo eleitoral era bifásico, ou seja, primeiro era
escolhido pela população os chamados “eleitores de paróquia” que após eleitos tinham a
atribuição de eleger os eleitos de província e por fim esses elegiam os deputados e
senadores. Pode-se verificar esse fato no seguinte artigo: “Art. 90. As nomeações dos
Deputados, e Senadores para a Assembléa Geral, e dos Membros dos Conselhos Geraes
das Provincias, serão feitas por Eleições indirectas, elegendo a massa dos Cidadãos
activos em Assembléas Parochiaes os Eleitores de Provincia, e estes os Representantes da
Nação, e Provincia”. Contudo é importante ressaltar que o voto não era universal, o voto
era censitário e por isso era restrito a uma pequena parcela da população.
A Constituição Imperial trouxe grandes avanços no campo dos direitos
fundamentais, como por exemplo, a garantia da inviolabilidade de direitos civis e políticos
do povo brasileiro baseada na liberdade, segurança individual e na propriedade. Outro fato
que merece destaque é que apesar dessa constituição ter uma religião oficial como
estabelecido no artigo 5: “Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a
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ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto
domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do
Templo. Ela não proibiu o culto de outras religiões e por houve uma mitigação da liberdade
de culto, uma vez que conforme a redação do referido artigo, as demais crenças poderiam
seguir suas liturgias no ambiente doméstico desde que não se utilizasse qualquer forma
exterior no templo.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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4. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS