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Elaborado por:
Ileusis Luna
Analista de Tributos
CAMPINAS
2018
Sumário
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1.0 - CONCEITO:
Não são todos os Estados que concedem este benefício, no entanto, toda vez que existir, o
motivo da desoneração deverá ser informado.
O SPED Fiscal determina os seguintes códigos:
1 – Taxi
2 – Deficiente Físico
3 – Produtor Agropecuário
4 – Frotista/Locadora
5 – Diplomático/Consular
6 – Utilitários e Motocicletas da Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio
(Resolução 714/88 e 790/94 CONTRAN e suas alterações);
7 – SUFRAMA
8 – Venda para órgão público
9 – Outros
Cada Estado possui sua base legal, portanto fica inviável colocar todas aqui, então vou apontar
as bases legais do Estado de São Paulo, apenas como uma referência.
Vou apresentar aqui apenas o mais recorrente para este escritório de contabilidade ou o mais
provável de acontecer:
3.1 – Taxi
Existe a isenção do ICMS na aquisição de veículos novos para taxistas:
https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/isencao-icms-veiculos/Paginas/Guia-
T%C3%A1xi.aspx
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3.4 - Utilitários e Motocicletas da Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio
(Resolução 714/88 e 790/94 – CONTRAN e suas alterações);
3.5 – SUFRAMA
Este é o caso mais recorrente neste escritório de contabilidade, vou passar mais a frente um
tópico apenas dele.
Então sabemos que a grosso modo o SUFRAMA administra três áreas que possuem benefícios
fiscais, criados para fomentar áreas de difícil acesso ou que por motivos diversos venham a
necessitar de incentivos fiscais para atrair o comércio, alavancando assim receitas para a
população.
Para ter o benefício concedido pelo SUFRAMA, seja ele AMO/ZFM/ALC (...) o contribuinte
deverá comprovar realizar diversos requisitos constantes na legislação pertinente.
Existindo a comprovação o SUFRAMA irá liberar uma inscrição (é como uma inscrição
estadual, mas pertencente apenas a este órgão). Mesmo que possua a inscrição, se ela não estiver
habilitada, seja lá qual for o motivo, a venda para este cliente deverá acontecer sem o benefício.
Sendo assim, a venda é permitida, mas só será beneficiada mediante inscrição habilitada junto
ao SUFRAMA.
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Quais são estes benefícios:
4.1 - AMO
Nas vendas para AMO, o benefício oferecido é isento do IPI. Apenas isto.
Base legal da criação da AMO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0356.htm
Base legal da isenção de IPI para AMO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Decreto/D7212.htm Capitulo V.
4.2 – ZFM/ALC
Estas duas áreas possuem o mesmo benefício e a mesma forma de emissão da nota fiscal.
Possui CFOP próprio:
5.110 6.110 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada à Zona Franca de
Manaus ou Áreas de Livre Comércio
Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não
tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento, destinadas à Zona Franca de
Manaus ou Áreas de Livre Comércio, desde que as operações sejam isentas ou não-tributadas
(Convênio SINIEF s/no, de 15-12-70, Anexo Único, na redação do Ajuste SINIEF-09/04, cláusulas
segunda e quarta). (Redação dada à nota explicativa pelo inciso XVII do art. 1º do Decreto 48.831 de
29-07-04; DOE 30-07-04; efeitos a partir de 24-06-04)
Primeiramente temos que entender que o valor do ICMS compõe a base de cálculo dele mesmo,
conforme abaixo:
“Artigo 49 - O montante do imposto, inclusive na hipótese do inciso IV do artigo 2º, integra sua
própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle
(Lei 6.374/89, art. 33, na redação da Lei 11.001/01, art. 1º, XI). (Redação dada ao art. 49 pelo inciso
VI do art. 1º do Decreto 46.529 de 04-02-2002; DOE 05-02-2002; efeitos a partir de 22-12-2001)
Parágrafo único - Nas operações e prestações interestaduais destinadas a consumidor final não
contribuinte, tanto o imposto devido ao Estado de origem quanto o imposto devido ao Estado de
destino integram o valor da operação ou prestação, que será a base de cálculo do imposto devido
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para ambos os Estados. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto 61.744, de 23-12-2015, DOE 24-12-
2015; produzindo efeitos a partir de 01-01-2016).”
Ou seja, após realizada a formação do preço da mercadoria, ainda será necessário incluir o valor
do ICMS, para isto, é necessário fazer o chamado “Cálculo por dentro”, sendo assim o exemplo
abaixo:
Cálculos:
Fator = 100% - 18% = 82%
Base de cálculo = R$ 1.000,00 / 82% = 1.219,51
OBS: esta nova base transforma-se no preço do produto.
Prova real:
1.219,51 * 18% = 219,51
1219,51 – 219,51 = 1.000,00
Para que o resultado seja correto, é obrigatório que seja feita desta forma, isto porque se seu
multiplicar R$ 1.000,00 por 18%, somar o resultado com o valor do produto e depois aplicar
novamente a alíquota conforme orientado na legislação, o valor do produto não será mais R$
1.000,00:
1.000,00 * 18% = 180,00
1.000,00 + 180,00 = 1.180,00
1.180,00 * 18% = 212,40
1.180,00 – 212,40 = 967,60
É por este motivo que o fisco criou uma tag para ICMS desonerado e este campo deduz o valor
encontrado do total da nota.
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acontecerá para ALC (Área de Livre Comercio). Devo salientar que não deverá ser confundido
com AMO (Amazônia Ocidental), que possui diretrizes diferentes. Mais para frente vou
explicar a legislação:
2.1 Informar no campo “Valor Total Bruto dos Produtos ou Serviços” o valor do produto sem a
desoneração do ICMS.
Exemplo de XML:
<vProd>1000.00</vProd>
Exemplo de XML:
<vDesc>200.00</vDesc>
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3.1 Preencher o grupo de tributação do ICMS 40
Exemplo de XML:
<ICMS40>
<orig>0</orig>
<CST>40</CST>
<vICMSDeson>56.00</vICMSDeson>
<motDesICMS>7</motDesICMS>
</ICMS40>
Exemplo de XML:
<PISNT>
<CST>06</CST>
<PISNT>
Exemplo de XML:
<COFINSNT>
<CST>06</CST>
</COFINSNT>
<ICMSTot>
<vBC>0.00</vBC>
<vICMS>0.00</vICMS>
<vICMSDeson>56.00</vICMSDeson>
<vBCST>0.00</vBCST>
<vST>0.00</vST>
<vProd>1000.00</vProd>
<vFrete>0.00</vFrete>
<vSeg>0.00</vSeg>
<vDesc>200.00</vDesc>
<vII>0.00</vII>
<vIPI>0.00</vIPI>
<vPIS>0.00</vPIS>
<vCOFINS>0.00</vCOFINS>
<vOutro>0.00</vOutro>
7
<vNF>744.00</vNF>
</ICMSTot>
Informações Adicionais de Interesse do Fisco conforme legislação das SEFAZ, como por exemplo:
“Remessa para Zona Franca de Manaus ou Área de Livre Comércio. Isenção de ICMS (Convênio
ICMS 65/88). Isenção de IPI (Art. 81 do RIPI - Decreto 7.212 de 15 de junho de 2010). Redução a
zero das alíquotas do PIS e COFINS (art. 2º da Lei 10.996, de 15/12/2004).”
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6.0 – CONCLUSÃO
Como pudemos observar, a desoneração do ICMS é uma forma de desconto aplicada uma vez
que este imposto compõe a base de cálculo dele mesmo.
A fim de separar o desconto comercial do desconto por tributação, o fico criou as tags
<vICMSDeson> e </motDesICMS> .
Para tanto, o sistema contábil deverá ser capaz de identificar tais descontos, incluindo o campo
de ICMS desonerado no item da nota fiscal, fazendo todas as tratativas, inclusive para os
SPED’s.
É importante verificar também como isso afeta nas demonstrações contábeis, pois não se trata
de um desconto comercial.
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7 .0– REFERENCIAS:
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