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Teoria Do Estado
Teoria Do Estado
Elementos da sociedade:
➔ Finalidade Social: bem comum. Ex. Lei orçamentária- tudo que vai e pode ser gasto até o fim
do ano seguinte, proposto no fim de cada ano (gasto de saúde + segurança + todo o
necessário). Dallari tem 2 teorias, a determinista e a finalista.
◆ Determinista: não há vontade, liberdade ou livre arbítrio, pois não é você que determina
o bem comum. E sim a economia, os interesses econômicos. Nós enquanto sociedade
organizada, não temos força para mudar tal fato.
◆ Finalista: Podemos sim interferir no bem comum, por conta da dignidade humana, que
proporciona para os indivíduos políticos que sejam capazes de deixar todos crescerem,
desenvolvimento integral da personalidade humana (isonomia). Só conquistada por
meio de política pública.
➔ Manifestações de conjunto ordenadas: (sociedade que tem um objetivo) A ordem social e a
ordem jurídica, somente com elas que se pode atingir o estado de Direito e Finalidade Social.
➔ Poder: sempre é relacional, bilateral, não se exerce só pela força (física), mesmo sendo muito
relevante. (subordinado a coerção, estado autoritário, manipulação).
➔ Webber: Estudava o Estado/Poder. Não se obedece só por conta do medo, existe uma
autoridade. Traz a ideia de se sujeitar e obedecer voluntariamente ao Estado pelo carisma,
tradição, direito racional legal (ideal).
Sistema de Governo
➔ Preocupações: Relação entre Legislativo e Executivo; Funcionamento do Legislativo
➔ Presidencialismo: Foi criado nos EUA, enquanto o parlamentarismo é uma construção histórica,
o presidencialismo foi criado para ser diferente da inglaterra
◆ O presidente da república passa a ter ‘super poderes’, uma vez que é chefe de estado e
chefe de governo, por isso é comum a formação de líderes carismáticos.
◆ O Presidente da república, cumpre mandato fixo, independentemente da aprovação do
povo e da maioria do parlamento.
◆ O único meio de afastamento do presidente da república, é um crime de
responsabilidade (ação ilícita)
➔ Parlamentarismo: (também conhecido como sistema inglês), a responsabilidade política não é
do soberano, e sim daquele que administra o Estado. Divide-se em dois cargos:
◆ Chefe de Estado: É apenas simbólico, não governa. Exerce mandato. Se for
monárquico, quem exerce é o rei, se for republicano quem exerce é o presidente.
◆ Chefe de Governo: Escolhido pelo chefe de Estado. É aquele que governa e organiza o
Estado. Tanto em uma monarquia, quanto em uma república, quem exerce é o primeiro
ministro.
● Para destituir um chefe de governo, é necessário a ingovernabilidade, a
população e os parlamentaristas não apoiam a política do presidente, isso é
chamado de voto de desconfiança.
Separação de Poderes: é inerente a ideia de Democracia, é uma separação de funções do
poder, distintos.
Locke vai dizer que existe o executivo e o legislativo, enquanto o judiciário seria um braço do
executivo. Ou seja, o executivo aplica a lei, sendo o judiciário a continuação deste poder e o
legislativo faz a lei. Dividindo e limitando o poder em dois.
Com a obra “Espírito das leis”, o Barão de Montesquieu, vai se preocupar com a limitação do
poder e da separação dele, tendo como base as ideias de Aristóteles, Maquiavel e Locke. Com
isso, Montesquieu faz a tripartição dos poderes.
Cada vez que há o abuso de poder, este se rompe. Para ele, o poder absoluto gera grande
instabilidade, logo a separação tornaria o governo mais estável e permanente.
São eles:
◆ Executivo: gerencia/ gere/ executa.
◆ Legislativo: Legislativa/ faz leis/ inova o ordenamento jurídico. (abstrata)
◆ Judiciário: Função jurisdicional/ aplica o Direito ao caso concreto. (concretiza o
legislativo)
★ O poder do estado é um só, único e indivisível, o que se divide são as funções. Pois não basta
haver só a separação, deve haver um sistema de freios e contrapesos, onde cada poder tem
seu limite e este pode controlar os outros poderes, para não haver nenhum tipo de abuso.
★ Em 1964 houve um golpe. João Goulart (jango), após a desistência de Jânio Quadros, tornou-
se presidente do nosso país, porém, por ter diversos planos sociais como a reforma agrária, ele
não foi bem visto pelos militares, criou-se assim um parlamentarismo no Brasil, onde o
Presidente é considerado apenas chefe de estado, perdendo o poder de chefe do governo.
Jango traz então um plebiscito para que fosse votado pela população o que lhes era mais
favorável, o parlamentarismo ou o presidencialismo, como o presidencialismo ganhou, é dado
então o golpe. Passando a ter apenas dois partidos, o do governo e um menor que poderia ser
facilmente controlado pelo governo (bipartidarismo). Cria-se o decreto lei para que o Executivo
passe a criar leis, dando a ele maior poder e destaque em relação aos outros dois.