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14ª LISTA - INTEGRAIS DUPLAS: RESUMO Exemplo 4 Calcule integral dupla

Exemplo 1 Calcule
4 2

  2x  6x 2 y dydx
 

R
 2x 2  3y dA  , sendo R a região que
 

1 1 consiste de todos os pontos ( x,y) tais que


1 x  2 e 1 y  3.

Exemplo 2 Calcule Exemplo 5


2 4
   2x  6x 2 y dxdy
1 1  
Calcule a integral

R
y 2 xdA , no retângulo

R  x, y  : 3  x  2,0  y  1.

O fato das integrais resolvidas nos exemplos 1 e 2 Obs: Freqüentemente o retângulo


serem iguais Não é acidental. Se f é contínua, R  x, y  : a  x  b, c  y  d é expresso como
então as duas integrais iteradas são sempre iguais. a , bxc, d  por simplificação.
Dizemos que a ordem é irrelevante.

Entretanto, uma boa escolha da ordem pode Exemplo 6


simplificar os cálculos. Em alguns casos, pode Determine o volume do sólido limitado acima
não ser possível calcular a integral dupla para uma pelo plano z  4  x  y e abaixo pelo retângulo
escolha e ser possível para outra. Veremos isso
mais tarde com exemplos. R  0,2x0,2.

Exemplo 3 Calcule as integrais abaixo: Exemplo 7

a)
3
 0 1
2
x 2 ydydx
Calcule

R
ysen( xy )dA , onde R  1,2x0, 

2 2x
 
4.2 Integrais duplas sobre regiões genéricas
b) xy 3dydx
1 0
3 y2 4.2.1 Definição 1
c)
 
1 
6
2 y cos x dxdy a) Uma região do tipo I é limitada à esquerda e à
direita por retas verticais x=a e x = b e é limitada
abaixo e acima por curvas contínuas y=f1(x) e y
= f2(x) , onde g
f1(x)  f2(x) para a  x b .
4.1 Teorema: b) Uma região do tipo II é limitada abaixo e acima
Seja R o retângulo definido pelas desigualdades por retas horizontais y =c e y = d e é limitada à
a  x  b , c  y  d . Se f(x,y) for contínua neste esquerda e à direita por curvas contínuas x = h1(y)
retângulo, então: e x = h2(t),
b d d b onde h1(y)  h2(x) para c  x d


R
f ( x, y)dA 

a c
f ( x, y)dydx 

c a
f ( x, y)dxdy Veja Fig 1 e Fig. 2.
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Figura 1 Tipo I
Figura 3 Região R

1 1
Assim, 0  x  2 e 0 yx  , logo a
4 2
região é do Tipo I e podemos integrar deste modo:

1 1
x
2 4 2
V
0 0 4  x  ydydx
15
Resultado: V  u.v
4
Figura 2 Tipo II Exemplo 9

4.2.2 Teorema
a) Se R é uma região do tipo I então:
Calcule a integral I 

R
( x  y)dA , onde R é a

b f 2 ( x)
 f ( x, y)dA   
R
a f 1 ( x)
f ( x, y)dydx região limitada por y  x 2 y 2  2x
1
Solução
b) Se R é uma região do Tipo II, então:
d g 2 ( y)
A região R está representada na Fig. 4.

R
f ( x, y)dA  
c  g1 ( y)
f ( x, y)dxdy

Exemplo 8
Calcular o volume do sólido delimitado
superiormente pelo gráfico de z  4  x  y ,
inferiormente pela região delimitada por x=0 , x=
1 1
2 , y =0 e y  x  e lateralmente pelo cilindro
4 2
vertical cuja base é o contorno de R.

Resolução: Figura 4
Representamos na Fig. 3 a região R (base deste
sólido):
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Podemos ver que a região R pode ser enquadrada


nos dois tipos: Figura 5
y 0  x  1
0  x  2
  x y 
Podemos ter R1   
R: ou R :  2
 2  2  y  
x  y  2 x 0  y  4
 1
 2  0
Logo, podemos resolver a integral I pelos dois
tipos: Daí I  ysen ( xy )dxdy
2 2x
R ( x  y)dA 
 0  x 2 x  ydydx Integramos primeiramente em relação à x, e
obtemos:
  1

ou 
y.  cos xy  dy
1
I
  y 0
x  y dxdy
4 y
 ( x  y)dA   
R
0
y
2
2


1
Resposta: I 
52
I  cos xy   dy
15    0
2

 2 - cosy  1 dy
Exemplo 10
I
Calcular I 

R
ysen ( xy )dA onde R é o

Agora, integrando em relação à y, obtemos:


 π  π
retângulo de vértices  0, , 1,  , 1, π , I  seny  y

 2  2 
0, π . 2
  
I   sen      sen  
 2 2

I   1
2

I 1
2
Solução Também poderíamos escolher a mesma região
Região R representada graficamente na Fig. 5 porém integrar de forma invertida:
1 
y I
 0  2 ysen ( xy ) dy dx . Porém esta

escolha necessitaria de integração por partes.

Exemplo 11 Calcular a Integral


1 4  

2
I  e y dy dx .
 
0 4x  
0 1
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Resolução:
Verificamos que não seria possível resolver a
4  

2
primeira integral  e y dy pois a
 
4x  
2
função f ( y)  e  y não possui primitiva
elementar. Assim, é necessário mudar os limites
de integração.
A região está representada graficamente na Fig. 6, Figura 6
onde vemos que a região R1 é dada por: Exemplo 12
0  x  1
R1  
4 x  y  4
Calcule

R
  2x  y 2 dA , na região triangular
 

R compreendida entre as retas y  x  1 ,


y y1  x 1 e y 2  3 .
4
4  e  y 
 
2
Assim, temos: I  dx dy
  Resolução:
0 0  
Consideramos R como uma região do Tipo II. A
A qual é possível resolver. região R e a reta horizontal correspondente ao
Assim temos: ponto fixo y são mostradas na Fig. 7.
Para integrar numa região do tipo II, os limites
y esquerdo e direito devem ser expressos sob a
4
4  e  y 
 
2
I dx dy forma x=h1(y) e x = h2(y). Por isso, devemos
  reescrever as equações dos limites y = x+1 e y
0 0  
= x+1 como x = 1 y e x = y  1 respectivamente.
y
4   4

2
I  x.e  y  dy
 
0   0
4  

2
I  1 y.e  y dy
 
0 4 
4 

2
I
1  y.e  y dy
4  
0 
Esta integral podemos resolver por substituição de
variáveis. Assim temos: Figura 7
A reta intercepta a região R na fronteira à
4 esquerda x = 1 y e na fronteira à direita x
2
I  e y
1
= y  1. Esses são os limites de integração de x.
8 Agora, movendo a reta primeiro para baixo e
0
depois para cima ela gera os limites de y, sendo y
I   e 16  e 0
1 1 = 1 e y = 3. Assim,
8 8
I  1  e 16 
1
8  
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
R
 2x  y 2 dA 
 

3 y 1

 
1
 2x  y 2 dx dy
1 y  

3 y 1

R
 2 x  y 2 dA 
   1
x 2  y 2 x 
 1 y
dy

3
 1 - 2y  2y 2  y 3   1  2 y  y 3  Figura 8

  
 
 dy

1
O resultado desta integração é o mesmo mostrado
3
  2 y 2  2 y 3 dy anteriormente.

1   Inversão da ordem de integração
3 Às vezes, o cálculo da integral iterada pode ser
 2y3 y 4  68
    simplificado invertendo-se a ordem de integração.
 3 2 
1
3 Este próximo exemplo ilustra esta situação.
Exemplo 13
Neste exemplo poderíamos ter tratado R como Calcule
uma região do Tipo I, entretanto neste caso a
2 1
 0  y2
fronteira superior R é a reta y = 3 ( Veja Fig 8) e 2
a fronteira inferior consiste em duas partes, a reta ex dx dy
y = -x + 1 à esquerda e a reta y = x +1 à direita da
origem. Para fazer esta integração devemos
separar a região R em duas partes conforme 2
mostra a Fig. 8. Como não existe antiderivada elementar de e x
, a integral não pode ser resolvida integrando-se
primeiro em relação a x. Para solucionar este
problema devemos calcular essa integral
expressando-a com a ordem inversa de integração.
Na integração interna, x está variando entre as
Assim, a solução da integral deveria ser: retas y/2 e x = 1. Veja Fig 9.
Invertendo a ordem de integração devemos definir
os limites.
  2x  y   2x  y   2x  y
2 dA  2 dA  2 dA
  
  
R R1 R2 Observando a Fig. 9, podemos ver que fixando x
0 3 2 3 de 0 à 1, y irá variar de zero à 2x.

   2x  y 2 dy dx 
 2  x 1  0 x 1 
 2x  y 2 dy dx
 0  y  2
 0  x  1
Ry ou R  
 2  x  1 0  y  2 x
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Figura 10

Figura 9
Verificamos que a região R pode ser escrita das
duas formas, sendo:
Assim, essa integral deve ser escrita como se
0  y  4
segue:
 0  x  2

R1   y ou R 2  
2 1 x y  2
x  y  2 x
 0  y2
2 
2
ex dx dy 
Utilizando a região R1, temos:


1 2x
0 0
2 ( x  y)dA 
 ex dy dx
R
1  2  2x 4 x

 0 
x
e y dx
 0

 
0
y
2
 x 3  4 y dxdy
 

1
0
2 e utilizando a região R2, temos:
 2xe x dx
2 2x

x
e 
2 1 R ( x  y)dA 
0   x 3  4 y dydx
x2  
 0
Verificamos que ambas as integrais possuem o
 e -1 32
mesmo resultado, isto é, I 
3
Exemplo 14 Exemplo 15
Seja R a região do plano x-y delimitada pelos 4 2
gráficos de y1  x 2 e y2 = 2x. Calcule Dada I =
0  y
y cos x 5 dx dy ,

I

R
( x 3  4 y)dA . inverta a ordem de integração e calcule a integral
resultante.

Solução: A Fig 10 apresenta o gráfico desta


região R.

Solução:
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Observamos que da maneira como está definida E.1 Calcule as integrais duplas abaixo:
esta integral, fica difícil a sua resolução. Assim,
uma mudança na ordem de integração poderá nos 3 5 3 2
facilitar o trabalho.
Observamos pela Fig.11 que a região R está
a)
1  2 xydydx
 1  1(2x 2  3y)dxdy
b)

1 2 2 4
 0 0 1  0
definida com as fronteiras esquerda e direita pelos
gráficos de x  y e x = 2, respectivamente com c) ( x  y)dydx d ) ( x 2  2 y 2  1)dxdy
0 y4
1 2 1 2y
e)
00 dydx f)
 0y (1  2 x 2  2 y 2 )dxdy

x y 2 2y  y 2 2 x
g)
 0  3y 2  6 y 3ydxdy h)
0 0 dydx

2 1 1 3y
i)
 0  x2 dydx j)
0  y 2
dxdy

Figura 11
Notamos que R também pode ser definida pelas
E.2 Calcule

R
f ( x, y)dxdy onde:

fronteiras inferior e superior dadas por


1  x  3
y  0 e y  x 2 respectivamente, com 0  x  2 a )f ( x, y)  xe xy , R é o retângulo 
0  y  1
. Assim, a integral pode ser calculada como
0  x  3
sendo: b)f ( x, y)  ye xy , R é o retângulo 
0  y  1
4 2
0 
0  x  2
I= y cos x 5dx dy 
c)f (x, y)  x cos(xy) , R é retângulo  
0  y  2
y

2 x2 2  x  3

0 0
d)f (x, y)  y ln x , R é o retângulo 
I= y cos x 5dy dx 1  y  2
1 1  x  2
e)f ( x, y)  , R é o retângulo 
x2 xy 1  y  2

 
2 2 
 x  2 y dA ,
y
I=  cos x 5  dx E.3 Calcule onde
0  2 
0
 
D
2 D : y  2x 2 e y 1 x2
x4
I=
 0 2
cos x 5dx E.4 Determine o volume do sólido que está
contido abaixo do parabolóide
Esta integral pode ser resolvida com uma simples 2 2
z  x  y e acima da região D do
substituição de variáveis. (u).
plano xy limitada pela reta y = 2x e pela
Assim, temos que: parábola y = x2.
I = 0.055

EXERCÍCIOS DE INTEGRAIS MÚLTIPLAS


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E.5 Calcule a integral Respostas


1 1
 0  x sen (y 2 ) dy dx E.1.
a) 42 b) –24 c) 3 d)20/3 e)2

 
f)13/6 g) 16 h)2 i)1 j)5/12
E.6 Calcular x  4 dx dy , onde R é o E2.
b) e 3  4 c)
1 4
a )e 3  e  2
R 3 
 
retângulo 0  x  2 , 0  y  6 .
d) 3 ln 3  2 ln 2  1 e)10 ln 2  6 ln 3
3

 
2
E.7 Calcular 8  x  y dx dy , onde R é
E5. 1  cos 1
32 216 1
E3. E4.
R 15 35 2

a região delimitada por y  x 2 e y  4 


896
. E6. 60 E7.  1 E9.
E8. 1
2
15

   1728 1533
E.8 Calcular x sen y x dx dy , onde R E10. 0 E11. E12.
35 20
R 2) INTEGRAIS TRIPLAS
é a
região delimitada por

y0 , x e y x .
2 Teorema


Se f é contínua em uma caixa retangular
E.9 Calcular senx sen y dx dy , onde R B  a , bxc, d xr, s , então:
s d b

 
R
f ( x , y, z)dV  f ( x , y, z)dxdydz
 
é o retângulo 0  x  , 0 y r c a
2 2 B


y ln x
E.10 Calcular dy dx , onde R é o


x
Exemplo 16 Calcule f ( x, y, z)dV, nos
R
retângulo 1  x  2 , - 1  y  1 G


seguintes itens, sendo:
E.11 Calcular  x 2  y 2 dx dy , onde R
  a )f ( x, y, z)  12 xy 2 z 3  , com - 1  x  2
 
R 0 y3 e 0z2
é a região delimitada por
Resp: 648
y0 , x4 e y x .
b)f ( x , y, z)  xyz 2 , com 0  x  1 ,
E.12 Calcular
 
R
2x  y dx dy , onde R é a

Resp:
27
-1 y  2 e 0  z  3

4
região delimitada por
c)f ( x, y, z)  xyz 2 , com T : 0,1x0,2x1,3
x  y2 -1 , x  5 , y  -1 e y  2 .
26
Resp:
3
b)f ( x , y, z)  ( y  x 2 ) z , com 1  x  2 ,
0  y 1 e - 3  z  5
68
Resp:
3
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EXERCÍCIOS
E.13 Calcule as seguintes integrais triplas:
1 1 y xy
a)
0 0 0 dzdxdy

1 x 2 x  y
b)
  
0 x2 0
x. dzdydx

2 x2 y
c)
 0  0  0 y dzdydx
4 2 y
d)
  
0 y 0
y dzdxdy

2 2x xy
e)
 1  x  0 z dzdydx
1
2 x2
f)
  
1 0 0
x x 2 y 2 z dz dy dx

1
2 4 x 2 x 2  4y 2
g)
 
0 0
2
 0
dz dy dx

3 9 y2 3x 2  3y 2
h ))
  3  9 y2  4x 2  4 y 2  9
dz dx dy

Respostas:
1 31 128 128
a) b) c) d)
6 120 21 21
95 127 81
e) f) g)  h)
8 42 2

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