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1 - INTRODUÇÃO
Ademais em nossa disciplina a FGV costuma cobrar até 5 questões. Lembre-se talvez
serão alguma (s) desta (s) que levarão vocês ao êxito e aprovação. Estou à disposição de vocês.
Quaisquer dúvidas por favor me enviem e-mail que terei o máximo prazer em ajuda-los. Contem
comigo e rumo a aprovação.
2.1 - 1ª Fase:
2.2 - 2ª Fase:
Logo surge a Teoria dos Atos de Comércio. Vem ser abarcada no Código Comercial
Francês. Este código trazia um rol fechado: sobre os atos de comércio. De sorte se você
praticasse algum destes atos, você contaria com a proteção das normas de natureza comercial.
Portanto aqui a palavra-chave é o objetivismo (porque aqui o elemento é ato de comércio – se
foi praticado ato tipificado como de comércio – aplico a legislação comercial).
O Brasil aderiu esta tese no Código Comercial de 1850. Entretanto tal tese apresenta o
seguinte problema: as tipificações eram um rol fechado, já a movimentação mercantil era
dinâmica e apresenta alterações seguidas. Foi daí a necessidade do nosso legislador de iniciar
a edição de legislação esparsas (lei das S.A. – lei dos cheques – lei das franquias).
2.3 - 3ª Fase:
E o Brasil aderiu a esta Teoria da Empresa a partir do Novo Código Civil de 2002. O Novo
Código Civil vai DERROGAR (revogar parcialmente) o Código Comercial Brasileiro.
Logo o Código Comercial (no tocante ao código marítimo – 2ª parte dele) continua
vigente (parcialmente) no Brasil.
Mas o que vem a ser atividade empresária? O nosso Código Civil de 2002 não lecionou o
conceito. Entretanto o mesmo conceitua o significado empresário.
Ademais será que qualquer pessoa que exerce atividade comercial é empresário? Não.
Por exemplo Frentista de Posto de Gasolina é? Não, empresário é quem exerce em nome
próprio. Frentista de Posto de Gasolina exerce em nome de terceiros.
Já no que tange a atividade econômica, do que se trata? É a atividade que visa lucro
(mascada). Mas atenção: nem todo aquele que visa lucro será empresário. Lembra do Professor
vendendo Hambúrguer: eu viso lucro (sim), mas será que sou empresário? Não, porque não
atuo com habitualidade.
Mas o que é a organização (atividade organizada)? É um elemento inafastável da
caracterização do empresário. Identifica-se a presente organização, como atividade organizada,
através dos fatores de produção, ou seja, capital, insumos, mão de obra e tecnologia. Exemplo:
Guilherme desenvolve atividade de fazer Hambúrguer: compra máquinas, insumos, e vai
trabalhar em casa.
Mas afinal de contas o que é ser empresário? Ser empresário é aquele que exerce
atividade empresária. E a atividade empresária pode ser exercida pelo empresário individual,
eirele ou sociedade empresária.
Ainda é possível detectar a presença de Prepostos que é aquele que dirige ou pratica
negócio empresarial em nome de outrem. O preposto deve agir com probidade. Neste sentido
não se pode tolerar que o preposto faça concorrência com o proponente, salvo exista
autorização expressa.
Mas muita atenção neste tópico: se ausente qualquer dos elementos caracterizadores do
empresário estamos diante de uma atividade civil. Imagina se Guilherme (aquele do
Hambúrguer) tivesse um sócio, mas que ainda falte um elemento da atividade empresária?
Como nós chamamos esta sociedade? É a chamada sociedade simples.
Por fim, cabe ainda salientar que também desenvolvem atividade civil os profissionais
rurais não registrados. Lembre-se que o registro para empresário rural é faculdade.
Vimos no início do tópico que não existe conceitualização no Código Civil do que vem a
ser atividade empresária, mas lembre-se que basicamente a atividade empresária = é igual a
empresa. Vale ainda dizer que é a organização econômica dos fatores de produção,
desenvolvida por pessoa natural ou jurídica, para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços, através de um estabelecimento comercial e que visa lucro, com colaboração de
terceiros.
Cabe ainda salientar que uma pessoa não pode constituir duas EIRELES. Cabe apenas
uma EIRELE por CPF. Por fim, afirma-se que se aplica subsidiariamente as EIRELES o que se
aplica às LTDA. Apenas pessoas físicas poderão fazer EIRELE, ou seja, pessoa jurídica não
poderá ser sócia em uma EIRELE.
Outra questão importante, já adentrando um pouco nas empresas LTDA: imagina uma
determinada sociedade LTDA formada por duas pessoas. Se ocorre um evento e um dos sócios
vem a falecer. Será que a sociedade deixa de ser sociedade? Não, ela continua sendo uma
sociedade. O que ocorre neste caso: é a unipessoalidade incidental temporária, porque segundo
Código CIvil, o sócio remanescente terá um prazo de 180 dias: convidar mais alguém para
compor a sociedade, ou converter esta sociedade LTDA na figura do empresário individual ou
ainda seria possível transformar esta sociedade LTDA em uma EIRELE. Entretanto se nada for
feito (das três hipóteses): teremos a dissolução total da sociedade.
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento
e oitenta dias;
(Questão Exame XXI) - Rosana e Carolina pretendem reunir esforços para empreender uma atividade
econômica, constituindo uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Essa
iniciativa será possível se observada a seguinte condição:
a) Rosana poderá indicar Carolina como administradora, mas somente poderá figurar em uma
única empresa dessa modalidade.
b) Rosana e Carolina poderão ser coproprietárias de todas as quotas, mas estas serão indivisíveis
em relação a EIRELI, salvo para efeito de transferência.
c) não será cabível a desconsideração da personalidade jurídica da EIRELI, diante da limitação de
responsabilidade de Carolina ao valor do capital social.
d) a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor, de que sejam detentoras
tanto Rosana quanto Carolina, vinculados à atividade profissional de ambas, poderá ser atribuída à
EIRELI constituída para a prestação de serviços.
Não será toda pessoa que gozará de capacidade para exercer atividade empresária.
Afirma-se que tem capacidade aqueles que:
Atenção para as exceções do artigo 974 do CC. Segundo este artigo diante da
incapacidade superveniente ou diante da incapacidade do sucessor, é possível que o incapaz
continue o exercício da atividade empresária. Exemplo: Imagina uma pessoa que vinha
exercendo a atividade empresária. E em algum momento esta pessoa é interditada (transtorno
bipolar). E de acordo com o artigo 3º do CC ele é incapaz.
Mas será possível a Constituição de uma Sociedade entre marido e mulher? Sim, desde
que eles não sejam casados em Regime de Universal de Bens ou Separação Obrigatória Bens.
Atenção E no que tange ao empresário casado, será que o mesmo poderá alienar
galpão de sua sociedade empresária para terceiro, sem que para tanto tenha autorização de sua
esposa? Será que ele pode hipotecar o imóvel sem contar com a autorização da esposa? Ele pode
alienar e gravar sem precisar da outorga uxória. E isto independe do Regime de casamento.
(Questão Exame XXI) - Paula, sócia administradora de Nova Trento Serviços Automotivos Ltda., cujo
capital encontra-se parcialmente integralizado, comunica aos demais sócios que pretende se afastar da
administração e indicar sua mãe Maria para a administração. O sócio Dionísio consulta seu(sua)
advogado(a) para saber a legalidade da indicação e eventual eleição, porque Maria não integra o quadro
social. O(A) advogado(a) respondeu corretamente que a indicação é
a) legal, desde que seja aprovada pela unanimidade dos sócios diante da não integralização do
capital social.
b) ilegal, porque não existe no contrato cláusula de regência supletiva pela Lei de Sociedades por
Ações.
c) legal, desde que seja inserida no contrato previamente a possibilidade de a administração ser
exercida por não sócio.
d) ilegal, pois o capital social deveria estar integralizado para que a indicação seja aprovada por
maioria de três quartos do capital.
Lembre-se caro aluno que somente através do registro é que temos o nascimento da
personalidade jurídica. E dele decorre autonomia patrimonial (a empresa poderá possuir
patrimônio em seu próprio nome – para não existir confusão entre o patrimônio pessoal dos
sócios e aquele que é da propriedade da sociedade), negocial (pode formalizar negócios em seu
próprio nome) e processual (aqui a sociedade pode defender seus interesses em juízo em seu
nome).
6 – ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Mas afinal de contas o que é estabelecimento empresarial? Pelo Amor de Deus Não é
igual a empresa. Lembre-se que empresa é atividade empresária. Portanto ninguém irá
comprar na atividade empresária, mas sim no estabelecimento empresarial.
O estabelecimento de forma unitária poderá ser objeto de negócios jurídicos, sejam eles
translativos (1.143 do CC – transferência de propriedade do estabelecimento) ou negócios
constitutivos (art. 1.143 do CC – não existe transferência do estabelecimento). Será que este
estabelecimento poderá ser doado, arrendado, alienado? Sim, ele poderá ser objeto de negócios
jurídicos, sejam eles de negócios translativos ou constitutivos.
Vale ressaltar que acaso seja realizado algum negócio, o contrato que tenha por objeto a
alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento empresarial somente produzirá
efeitos contra terceiros (erga omnes – contra toda coletividade – contra terceiros) depois de
averbado na inscrição do empresário e devidamente publicado na imprensa oficial (diário
oficial).
Mas atenção a Lei Complementar 123/06 no seu artigo 71. Tal dispositivo legal leciona
que os empresários e as sociedades que tratam esta lei ficam dispensados de publicação de
qualquer ato societário. Logo, contrariando o que acima visto, acaso estivermos diante da
alienação de uma Micro Empresa a mesma estará dispensada de publicar na imprensa oficial,
isto porque as Micro e Empresas de Pequeno Porte tem tratamento diferenciado e simplificado.
E no que tange ao trespasse, o que significa? É o nome dado pela doutrina como alienação
do estabelecimento empresarial. É o negócio jurídico de compra e venda que tem como objeto
o estabelecimento empresarial. São duas as partes quando houver um trespasse: aquele que
vende (trespassante) e aquele que compra (trespassatário).
O estabelecimento empresarial poderá ser vendido, desde que ele tenha quitado todos
os credores. Mas se ele tiver dívidas, mesmo assim ele poderá ser alienado? Sim, desde que ele
reserve parte destes bens que compõem o estabelecimento empresarial para que garanta o
pagamento dos credores (das dívidas).
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o
seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do
pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Mas igualmente peço atenção de vocês com o artigo 94, III, alínea C, da Lei 11.101/05.
Eis que quando o estabelecimento empresarial for alienado fora dos padrões do artigo 1.145 do
Código Civil poderão os credores solicitar falência. Ademais o artigo 129, inciso VI, da Lei
11.101/05 trata da possibilidade da revogação da alienação do estabelecimento empresarial
que não respeitou os parâmetros do artigo 1.145 do CC.
Entretanto, caros alunos, gostaria igualmente que vocês se atentassem para a Súmula
646 do STF eis que a mesma leciona a proibição de lei municipal proibir a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área/região.
SÚMULA 646 DO STF - OFENDE O PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA
LEI MUNICIPAL QUE IMPEDE A INSTALAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS
COMERCIAIS DO MESMO RAMO EM DETERMINADA ÁREA.
(Questão Exame XXI) - Humaitá Comércio e Distribuição de Defensivos Agrícolas Ltda. sacou 4 (quatro)
duplicatas de compra e venda em face de Cooperativa dos Produtores Rurais de Coari Ltda., em razão
da venda de insumos para as plantações dos cooperados. Com base nestas informações, assinale a
afirmativa correta.
a) É facultado ao sacador inserir cláusula não à ordem no momento do saque, caso em que a forma
de transferência dos títulos se dará por meio de cessão civil de crédito.
b) Por se tratar de sacado cooperativa, sociedade simples independentemente de seu objeto, é
proibido o saque de duplicatas em face dessa espécie de sociedade.
c) Lançada eventualmente a cláusula mandato no endosso das duplicatas, o endossatário poderá
exercer todos os direitos emergentes dos títulos, inclusive efetuar endosso próprio a terceiro.
d) Sendo o pagamento das duplicatas garantido por aval, o avalista é equiparado àquele cujo nome
indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao sacado.
Ademais sociedade é união entre duas ou mais pessoas que se obrigam a somar forças
para a realização de um objetivo comum para ao final obterem renda. Claro que independe se é
débito ou crédito. Ou seja, se a empresa der lucro, ao final o mesmo deverá ser partilhado, o que
ocorrerá também acaso a empresa apresentar dívidas.
Atenção lembre-se que os efeitos deste lapso temporal é ex tunc, ou seja, retroage. Já
se o ato constitutivo for registrado na Junta Comercial após os 30 dias os efeitos é ex nunc, não
retroage.
Ainda no que tange ao Registro as sociedades empresárias deverão seguir um dos 5 tipos
de sociedade existentes no ordenamento jurídico brasileiro, tais sejam: a Sociedade em Nome
Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Ltda, Sociedade em Comandita por Ações
e Sociedade Anônima.
Mas será que a sociedade simples poderá aderir a qualquer tipo empresário? Vide artigo
982, parágrafo único. As sociedades por ações sempre serão sociedade empresária. Portanto,
podemos automaticamente concluir que as sociedades simples não poderão aderir as
sociedades por ações.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a
sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
E quais são as principais espécies de Registro? São elas: a matrícula (aquela relacionada
aos auxiliares no comércio), o arquivamento (diz respeito ao arquivamento dos atos
constitutivos das sociedades e suas alterações) e a autenticação (diz respeito ao registro da
escrituração contábil).
O artigo 968 do Código Civil relaciona uma série de elementos que devem estar
presentes na inscrição do empresário. Muita atenção: ao regime de bens do empresário.
8 – AÇÃO RENOVATÓRIA
Atenção ilustres alunos: já existem julgados dos tribunais superiores determinando que
se houverem prazos pequenos (por exemplo: aquele referente a renegociação), as comprovada
a continuidade e a relação entre as partes, não existe a perda do prazo para o ingresso da ação
Renovatória.
- Locatário deve estar atuando no mesmo ramo da atividade pelo prazo mínimo e
ininterrupto de 3 anos.
Entretanto no caso do locador. Será que existe algum argumento por parte do mesmo
para impedir esta renovatória? É possível sim que o locador apresente as exceções de retomada
(ou direito de recusa).
Assim o proprietário (locador) poderá retomar o imóvel para residir no local ou mudar
o destino do mesmo. Igualmente pode inclusive solicitar o imóvel para transferência de outro
estabelecimento empresarial, entretanto desde que este exista por mais de 1 ano e que o sócio
tenha capital majoritário.
Da mesma forma ele não está obrigado a renovar acaso venha receber determinação do
Poder Público para que efetue obras. Igualmente não está obrigado acaso receba proposta de
maior valor de terceiro, entretanto nesse caso ele terá que apresentar para o locatário a
proposta à fim de cumprir o direito de preferência. Tudo isto também poderá ser utilizado como
direito de exceções de retomada.
Outrossim qual é o prazo para propositura da Ação Renovatória? Quando faltar 1 ano
para terminar o contrato inicia-se o prazo, que irá durar até 6 meses antes de terminar o prazo
do contrato. Logo o prazo para entrar com Ação Renovatória será dos primeiros 6 meses
iniciais, quando faltar 1 ano para o final do contrato. E atenção: este prazo é decadencial.
Muita atenção à Súmula: 482 do STF. A lei de luvas foi substituída, portanto cuidado com
esta súmula (tirar os NÃO). Vale o artigo 51, §1º da Lei 8.245/91.
Outrossim leciona o STJ que o novo contrato renovado judicialmente, não importa o
prazo do contrato anterior, eis que o novo contrato será renovado pelo período de 5 anos.
Por fim as Sociedades Simples sem fins Lucrativos também poderão valer-se de Ação
Renovatória, assim como os lojistas de Shoppings Centers.
9 – NOME EMPRESARIAL
O Nome Empresarial é o elemento de identificação da empresa (individualização) em
meio a coletividade. Estou falando em nome que identifica empresário individual, eireles e
sociedades empresariais. Tal nome é regido pelo princípio da Novidade e da Veracidade.
Importante ainda dizer que o nome empresarial a ser registrado deve ser um nome novo.
Por isso ele é registro pelo princípio da novidade. Logo não posso registrar nome empresarial
que já tenha existência, ou seja, respeitando o princípio da novidade.
Atenção importante ressaltar que o Nome Empresarial não é igual a Marca, Título do
Estabelecimento ou Domínio de Internet. Uma coisa é nome empresarial, outra coisa é a marca.
O nome empresarial é para identificar a sociedade empresarial como um todo.
Outrossim uma vez registrado o ato constitutivo nós vamos garantir a proteção ao nome
empresarial. Mas vale ressaltar que esta proteção está respaldada somente na Unidade
Federativa aonde fora registrada a sociedade, até porque às Juntas Comerciais são
responsabilidade de cada Estado. Entretanto no tocante a Marca, a sua proteção ocorrerá no
âmbito nacional (lembre-se que marca é para identificar determinado produto e/ou serviços).
Mas Atenção: esta proteção conferida a Marca é uma proteção que ocorre unicamente
no ramo de atividade específico para aquele segmento desempenhado. Vale ressaltar que a
Marca adquire proteção a partir do registro no INPI.
Mas cuidado e atenção ao § único do artigo acima citado, eis que através do trespasse o
adquirente do estabelecimento empresarial, por ato entre vivos, poderá utilizar o nome
empresarial do alienante, desde que exista previsão no instrumento, e que esta utilização do
nome seja precedida (o nome do adquirente vai na frente ... sucessores de .... nome empresarial
antigo) do nome próprio do adquirente, acrescido da expressão: sucessor de.
A firma trata-se do nome empresarial construído a partir do nome civil de um, algum ou
de todos os demais sócios. A presença do ramo de atividade na firma é facultativa, ou seja, não
é obrigatória.
Atenção cuidado com a exceção do art. 72 da Lei Complementar 123/06. Aqui nos
casos de Micro Empresa ou Empresa de Pequeno Porte a informação do ramo de atividade é
facultativa (é dispensável). Lembre-se do tratamento diferenciado para estas modalidades
empresariais.
- na sociedade limitada o nome empresarial também pode ser formado por firma.
- na comandita por ações o nome empresarial também pode ser formado por
denominação.
Já no que tange a Cooperativa ela irá antes do objeto referente ao nome empresarial.
E se houver choque (colisão) entre nome empresarial e marca? A resposta para estes
tipos de conflito deve levar não apenas a anterioridade, mas conforme jurisprudência do STJ
deve ser resolvido levando-se em consideração a anterioridade (quem registrou primeiro), a
especificidade (o ramo de atividade de quem detém o nome e a marca) e a territorialidade (área
de atuação do detentor do nome e da marca).
Nas sociedades de pessoas os atributos pessoais são relevantes. Aqui como regra (tem
exceção no artigo 1.057 do CC) não existe como terceiro estranho entre na sociedade, salvo se
houver concordância de todos os sócios. Aqui não existe livre circulação de cotas.
Atenção a princípio não existe como penhorar as cotas, mas sim os direitos referentes
às cotas. Aqui temos como exemplos de sociedade: Sociedade de Comandita Simples e
Sociedade em Nome Coletivo.
Já nas sociedades de capital os atributos pessoais são irrelevantes. Aqui para entrar, por
exemplo o terceiro, basta que ele tenha capacidade financeira, sem que os sócios ofereçam
qualquer oposição. Isto ocorre porque aqui nesta sociedade existe livre circulação de ações.
Ademais estas ações poderão ser inclusive penhoradas. Aqui temos como exemplos de
sociedade: S.A, Sociedades de Comandita por Ações.
Atenção a LTDA poderá ser tanto como sociedade de capital, como de pessoas.
Tipo Societário que Sócios Respondem Mistas Comandita Simples e Comandita por
Ações.
Mas afinal do que se trata tal benefício de ordem? Trata-se da garantia dos sócios de não
perderem seus bens enquanto a sociedade tiver bens (patrimônio social). Mas se a sociedade
não ter bens suficientes para saldar a obrigação, o credor como segunda alternativa poderá
tentar buscar o patrimônio dos sócios como responsabilidade subsidiária.
Ademais o patrimônio dos sócios somente será atingido de acordo com o tipo societário
optado. Por exemplo: na LTDA o sócio responde até o limite das suas cotas.
Atenção o credor somente poderá atingir o patrimônio dos sócios que não tenham
havido integralizado o valor prometido por suas cotas. Ademais lembre-se ainda que existe
solidariedade entre os sócios no que tange a obrigação da integralização das cotas.
(Questão Exame XXI) - Bernardino adquiriu de Lorena ações preferenciais escriturais da companhia
Campos Logística S/A e recebeu do(a) advogado(a) orientação de como se dará a formalização da
transferência da propriedade. A resposta do(a) advogado(a) é a de que a transferência das ações se
opera:
a) pelo extrato a ser fornecido pela instituição custodiante, na qualidade de proprietária fiduciária
das ações.
b) pela inscrição do nome de Bernardino no livro de Registro de Ações Nominativas em poder da
companhia.
c) pelo lançamento efetuado pela instituição depositária em seus livros, a débito da conta de ações
de Lorena e a crédito da conta de ações de Bernardino.
d) por termo lavrado no livro de Transferência de Ações Nominativas, datado e assinado por
Lorena e por Bernardino ou por seus legítimos representantes.
Mas lembre-se: que aqui teremos a invasão do patrimônio do sócio e/ou administrador
que agiu abusivamente. Ou seja, não será todo e qualquer sócio que será atingido.
Este pedido será feito pela parte credora e poderá ser realizado ainda inclusive pelo
Ministério Público.
Vale ressaltar que em nosso Ordenamento Brasileiro foi adotado a Teoria Maior para
Desconsideração da Personalidade Jurídica é majoritária mais exigente, eis que apresenta
aspectos objetivos de prova desvio de finalidade e confusão patrimonial assim atinge ao
sócio que apresenta intenção de fraudar a lei ou prejudicar credores.
Por fim, será que é possível a Desconsideração Inversa da Personalidade Jurídica esta
teoria não encontra norma legal. Mas a nossa jurisprudência admite esta teoria, inclusive o STJ.
Mas do que se trata a desconsideração inversa? Aqui é quando a obrigação é da pessoa física,
mas fica demonstrado na demanda judicial que aquela pessoa física não tem mais nada em seu
nome natural e transferiu tudo para empresa. Logo, considerando que agiu com fraude e abuso,
a demanda poderá ser revertida contra a empresa em que a pessoa natural é sócia.
No que tange as Deliberação dos Sócios nas sociedades LTDA, algumas matérias vão
depender de deliberação. Lembrem-se que estas matérias poderão estar indicadas na lei ou no
contrato social. Como por exemplo: retirada de administrador, modificação de contrato social.
Vide artigo 1.071 do CC.
Cabe ainda afirmar que a Deliberação dos Sócios poderá ser por uma reunião (10 sócios
ou menos, poderá ser por reunião) ou por assembléia (mais de 10 sócios, obrigatoriamente
serão por assembléia).
E o que será que irá ocorrer acaso ocorram Deliberações que Não Estejam de Acordo
com a Lei ou Contrato tornaram ilimitada a responsabilidade daqueles sócios que
participaram da mesma. Ou seja, aqueles que expressamente tenham aprovado serão
responsabilizados.
Quando algum sócio contribui com a formação do capital com um bem, pelo valor
estimado ao bem que foi utilizado para subscrição do capital social, todos os sócios responderão
solidariamente, pelo prazo de 5 anos, pela data do registro da sociedade.
Outrossim será ser possível que o capital social seja diminuído ou aumentado? Se o
capital da sociedade não foi totalmente integralizado, não posso pensar em aumentar. O capital
social poderá ser aumentado, desde que totalmente integralizado.
Assim em determinadas situações o capital social poderá ser reduzido conforme reza o
1.082 e 1.031 do Código Civil. Nestes artigos estão citadas as possibilidades de redução do
capital social da sociedade. São as presentes possibilidades:
E como será que fica o poder decisório da sociedade Ltda? O Poder de Controle (ou de
decisão na sociedade Ltda) é exercido por aquele que detiver a maioria de votos, contados
segundo o valor das cotas de cada um daqueles sócios.
Assim em caso de deliberação e poder decisão, quais são critérios utilizados? O primeiro
critério é o volume da participação dos sócios no capital social da empresa. O segundo critério
é o número de sócios que votaram. Já o terceiro critério, em caso de empate nos demais, caberá
ao magistrado decidir a quem terá o poder de decisão.
Ademais para que ocorra a administração por não sócios, existem alguns critérios para
serem observados. Será exigida uma aprovação de 2/3 (66,66%) do capital social. Entretanto
se o capital social não estiver totalmente integralizado, para que seja designado administrador
não sócio, dependerá de aprovação total do capital social.
Outro fato que clama atenção de vocês, estimados alunos, trata-se da chamada Teoria
Ultra Vires (Além do Pacto da Sociedade). Sendo assim será que a sociedade pode ser
responsabilizada por um administrador que administra (pratica) negócio jurídico totalmente
fora do âmbito celebrado no contrato social? Sem qualquer autorização do contrato social? Se
o administrador atua dentro do limites e poderes que lhe foram entregues seus atos obrigam a
sociedade. Entretanto se for além destes poderes, seus atos não poderão ser obrigados dos
demais sócios/sociedade.
Por fim, no que tange a Dissolução da Sociedade Ltda, cabe dizer que são formas de
dissolução social:
- Se a sociedade Ltda perde seu número de sócios, e não seja integrado outro no prazo
de 180 dias, tampouco convertida em EIRELE poderá levar igualmente a dissolução
da sociedade empresarial.
- falência.
Mas a dissolução da sociedade não necessariamente será conforme acima, ou seja, total.
A sociedade empresária Ltda poderá ser dissolvida de maneira parcial. Por exemplo: a retirada
de um sócio é capaz de ensejar a dissolução parcial.
Ainda no que tange a dissolução total da sociedade empresarial cabe afirmar que
compreende 3 etapas (fases):
- rompimento do pacto social.
- liquidaçao (ou realizaçao do capital) para pagamento dos credores.
- partilha onde o valor que sobrou devera ser partilhado entre os socios (cfe. cotas).
Por fim será que é possível a exclusão extrajudicial de sócio majoritário? Não, porque é
necessário que os sócios que desejam excluir alguém precisam ter mais do que a metade do
capital social. Entretanto será possível a exclusão do sócio majoritário por via judicial.
Outrossim no que diz respeito as Classificação das Ações Quantas às Vantagens de Seus
Titulares teremos:
Áçoes Ordinarias: sao aquelas de emissao obrigatoria. Elas conferem direitos comuns
a seus titulares (voto e participar nos lucros e perdas nas S.Á.). Mas aqui nao existe
privilegio ou restriçao.
Áçoes Preferenciais: aqui quem as detem possui vantagens. Por exemplo: prioridade
na distribuiçao de lucros.
Áçoes de Gozo ou Fruiçao: este tipo acionario e utilizada para deduzir (amortizar) as
dívidas da sociedade anonima.
Importante dizer que as ações poderão ser convertidas em uma na outra. Isto somente
poderá ocorrer se houver autorização e naquilo que determinar o estatuto social da sociedade
anônima.
Ademais no que tange as Classificação das Ações, ou seja, conforme sua circulação,
aponta-se a existência das:
Áçoes Nominativas: estas açoes sao aquelas onde os titulares estao nominados no
livro de registro de açoes nominativas. Vide artigo 31 da Lei das S.Á.
Áçoes Escriturais: estas açoes sao tambem nominativas. Mas a sua diferença e no
tocante a sua transferencia. Ás Escriturais nao sao transferidas por livros ou termos
proprios, mas sim por conta de deposito (banco – movimentaçao bancaria).
A Classificação das Ações no tocante a possibilidade de negociação de seus valores
mobiliários são:
Áçoes Ábertas: e uma sociedade anonima que esta autorizada a negociar seus valores
mobiliarios no mercado de capitais. Portanto esta autorizada pela Comissao de
Valores Mobiliarios. Mas o que sao os valores mobiliarios (sao exemplos: debentures,
açoes)? Sao títulos de investimento emitidos pela sociedade anonima que detenham
vontade de captar recursos no mercado. Ja o mercado de capitais e aquele formado
pela Bolsa de Valores (sao entidades privadas) e Mercado de Balcao.
Áçoes Fechadas: aqui nao tem autorizaçao pela Comissao de Valores para negociaçao
de valores mobiliarias.
Atenção ao artigo 47 da Lei das S.A. – as companhias abertas (ações abertas) não
poderão emitir partes beneficiárias.
São requisitos preliminares para Constituição de Sociedade Anônima (vide artigo 80/81
da Lei S.A):
Á subscriçao de pelo menos duas ou mais pessoas de todo o valor que divide o capital
social.
Previo pagamento, como entrada, de pelo menos 10% do preço de emissao das açoes
subscritas em dinheiro. Mas existem algumas industrias ou instituiçao financeira este
percentual podera ser maior, de acordo com lei propria.
- Assembléia Geral:
- é o órgão máximo da Sociedade Anônima. Vide artigos 121/137 – S.A.
- aqui é o órgão deliberativo.
- tem o poder de decidir sobre toda conteúdo, organização e futuro da sociedade.
- poderá ser Ordinária (art. 132) e Extraordinária (art. 135-136).
- Conselho de Administração:
- tem formação facultativa.
- responde pela orientação geral dos negócios da sociedade anônima.
- Atenção: não é de presença obrigatória.
- Somente será obrigatória: nas Sociedades Anônimas de Economia Mista, Aberta
e Autorizada.
- Conselho Fiscal:
- tem o poder de fiscalização das sociedades.
- trata-se de órgão obrigatório.
- Obs: nas Sociedades de Economia Mista tem funcionamento permanente.
- Vide artigo 240 da Lei das S.A.
A Sociedade Anônima também poderá ocorrer se houver fusão (corresponde a união das
sociedades, fazendo nascer uma nova sociedade, vindo a desaparecer as sociedades antigas),
incorporação e cisão total da sociedade.
14 – OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS
Incorporação: é a operação pela qual uma sociedade absorve uma ou outras sociedades,
sucedendo estas em todos os seus direitos e obrigações, vindo igualmente a ter os seus
patrimônios. Estas sociedades absorvidas (incorporadas) deixarão de existir.
Fusão: é a operação cuja a mesma cria uma nova sociedade para vir a substituir as
sociedades que foram fundidas. Estas últimas serão extintas. O patrimônio passará a compor o
capital social da nova sociedade e não existirá prévia liquidação. Vide artigo 228 da Lei das S.A.
Cisão: é a operação de reorganização societária através da qual uma sociedade irá
transferir parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedade. Se houver transferência
total teremos extinção da sociedade cindida, entretanto poderemos ter a transferência parcial
onde não haverá extinção, ocorrendo apenas uma redução parcial de seu patrimônio.
São as sociedades sem personalidade jurídica. São elas: Sociedade Comum e Sociedade
em Conta Participação.
As Sociedades em Comum (vide artigo 986 até 990 do CC) são aquelas sociedades cujo
ato constitutivo não foi levado à registro no órgão competente. Ela poderá ser sociedade comum
de fato ou irregular. Ademais de maneira complementar aplica-se os dispositivos das
sociedades simples no que forem compatíveis. Elas não possuem personalidade jurídica,
portanto não goza de autonomia daqueles atributos da das sociedades que são personificadas
(autonomia processual, patrimonial e negocial).
Como faço a prova para comprovar a Sociedade em Comum: esta prova se realiza à partir
da prova escrita. E mais atenção ainda: Sociedade em Comum de Fato sequer poderá comprovar
eis que não existe ato constitutivo, logo não poderá demandar em juízo. Ao contrário do credor
de uma Sociedade Comum de Fato poderá demandar através de qualquer prova em direito
admitida eis que este não tem qualquer culpa pela inexistência de ato constitutivo.
E no tocante ao Patrimônio Especial da Sociedade em Comum: os bens utilizados formam
o chamado patrimônio especial. Será que ela poderá ter patrimônio em seu nome? Não eis que
não tem personalidade. Mas de quem são estes bens (aqueles afetados a sociedade)? Forma o
patrimônio especial e pertencem a todos os sócios em igualdade de condições.
Atenção O sócio que contratou não será beneficiado com o Benefício de Ordem no que
tange a Responsabilidade da Sociedade em Comum. Assim o credor poderá ir direto no
patrimônio pessoal do sócio que contratou. Os demais sócios estarão albergados com o
Benefício de Ordem. Todos os sócios da Sociedade em Comum responderão de forma ilimitada
e serão solidários entre eles.
Já no que tange a Sociedade em Conta Participação (vide artigos 991 ao 996 do Código
Civil) Aqui aplico subsidiariamente os dispositivos das sociedades simples.
Esta sociedade é secreta. O sócio ostensivo é aquele que administra a sociedade em conta
participação. Os demais são sócios ocultos, ou seja, são meros investidores e não aparecem na
Sociedade em Conta Participação.
Mas esta sociedade não tem Personalidade Jurídica? O sócio ostensivo, como é ele que
gestiona o negócio, será a pessoa que irá contratar. Os demais sócios ocultos (investidores)
ficarão na realidade aguardando a entrada de dinheiro para recuperar o capital investido e
auferir dividendos (ter lucro).
E quanto aos empregados acaso queiram ajuizar demanda trabalhista? Irão demandar
somente contra o sócio ostensivo. Este sócio é que responde por todos os riscos atinentes a
atividade. Os demais não terão responsabilidade contra terceiros. Isto vale também no tocante
ao recolhimento de tributos e contribuições sociais.
Mas se um sócio oculto pratica algum ato de gestão, por aquele ato ele responderá
solidariamente junto com o sócio ostensivo. Ademais, conforme artigo 996 do CC, poderemos
ter mais de um sócio ostensivo.
A Sociedade em Conta Participação não poderá ter nome empresarial (vide artigo 1.162
do CC). Logo se ela tem natureza secreta, não poderá ter identificação.
Ademais a Sociedade em Conta Participação não poderá ser declarada falida, mas
poderão falir os sócios. Acaso o sócio ostensivo venha falir, a sociedade deverá ser dissolvida.
Mas atenção: falindo o sócio participante, não haverá a dissolução automática da Sociedade em
Conta Participação. (vide artigo 994 do CC).
(Questão Exame XX) - O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário de quatro fazendas onde ele
realiza, em nome próprio, a exploração de culturas de soja e milho, bem como criação intensiva de gado.
A atividade em todas as fazendas é voltada para exportação, com emprego intenso de tecnologia e
insumos de alto custo. Zacarias não está registrado na Junta Comercial. Com base nessas informações, é
correto afirmar que
(Questão Exame XX) - O estatuto de uma sociedade empresária do tipo anônima estabelece que seu
objeto social é a exploração de serviços aéreos públicos de transporte regular e não regular. Diante do
processamento da recuperação judicial da referida sociedade empresária, o exercício dos direitos
derivados de contratos de arrendamento de aeronaves ou de seus motores pelos credores
a) ficará suspenso pelo prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado da data do
processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos arrendadores
de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
b) não ficará suspenso, e os arrendadores podem continuar suas ações e execuções, mas, durante o
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do processamento da recuperação, não é permitida
a venda ou a retirada do estabelecimento das aeronaves, por serem bens de capital essenciais à empresa.
c) ficará suspenso até a concessão da recuperação judicial, exceto se o plano de recuperação
estabelecer que as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente
definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos.
d) não ficará suspenso em nenhuma hipótese e os créditos decorrentes dos contratos de
arrendamento não se submeterão aos efeitos da recuperação judicial, prevalecendo os direitos de
propriedade sobre a coisa e as condições contratuais.
(Questão Exame XX) - Sebastião e Marcelo constituíram uma sociedade sem que o documento de
constituição tivesse sido levado a registro. Marcelo assumiu uma dívida em seu nome pessoal, mas no
interesse da sociedade. Barros é credor de Marcelo pela referida obrigação. Barros poderá provar a
existência da sociedade
a) de qualquer modo, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo.
b) somente por escrito, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo.
c) de qualquer modo, e somente os bens particulares de Marcelo respondem pelos atos de gestão
por ele praticados.
d) somente por escrito, e os bens particulares de Marcelo e Sebastião respondem pelos atos de
gestão praticados por Marcelo.
(Questão Exame XXII) - Fagundes e Pilar são noivos e pretendem se casar adotando o regime de
separação de bens mediante celebração de pacto antenupcial. Fagundes é empresário individual e titular
do estabelecimento Borracharia Dona Inês Ltda. ME. Celebrado o pacto antenupcial entre os nubentes,
o advogado contratado por Fagundes providenciará o arquivamento e a averbação do documento
(Questão Exame XXII) - Matheus, empresário individual, pretende alugar um imóvel para instalar seu
estabelecimento e nele localizar seu ponto empresarial. Antes de celebrar o contrato, ele procura você
para, como advogado(a), informar-lhe sobre aspectos concernentes à locação não residencial. Sobre a
locação não residencial, assinale a afirmativa correta.
a) Na ação de despejo que tiver por fundamento exclusivo o término do prazo contratual, tendo
sido proposta a ação em até 30 dias do cumprimento de notificação ao locatário comunicando o intento
de retomada, será concedida liminar para desocupação em quinze dias, ouvida a parte contrária e se
prestada caução pelo autor no valor equivalente a dois meses de aluguel.
b) Na locação não residencial de imóvel urbano, na qual o locador procede à prévia aquisição do
imóvel especificado pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este locado por prazo determinado,
poderá ser convencionado no contrato a renúncia ao direito de revisão do valor dos aluguéis durante o
prazo de vigência do contrato.
c) Nas locações de espaço em shopping centers, o locador poderá recusar a renovação do contrato
pleiteada pelo locatário se o imóvel vier a ser utilizado pelo locador, que não poderá ser destinado ao
uso no mesmo ramo da atividade do locatário.
d) Nas locações por prazo determinado de imóveis utilizados por estabelecimentos de ensino
autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, o contrato poderá ser rescindido por denúncia do locador,
a qualquer tempo, independentemente de notificação ou aviso.
AULA 03
RECUPERÁÇÁO JUDICIÁL & FÁLENCIÁ
Ambas as figuras têm como objetivo facilitar a continuidade de atuação das empresas
operacionalmente viáveis traduzido pelo princípio da preservação da empresa, sustentado
justamente pelos credores das empresas em estado falimentar, pois muitas responsabilidades
estão em jogo, como trabalhista, tributária, previdenciária etc., e decretar a falência não será a
solução na maioria destes casos comprometidos em saldar suas dívidas.
A recuperação judicial, por sua vez, é tida, por alguns doutrinadores, como a principal
alteração proposta pela nova lei em substituição da concordata suspensiva, espécie de
moratória solicitada pela empresa à Justiça até que seja regularizado o pagamento das dívidas.
Isso porque, por intermédio deste processo, seria possível evitar a quebra de empresas
consideradas viáveis, por meio de acordo entre estas e uma comissão formada pelos credores.
A recuperação extrajudicial, por seu turno, substituiu a concordata preventiva.
Como dito, o objetivo maior da nova lei, não obstante tenha sido mantida a possibilidade
da quebra, passa a ser o saneamento da empresa, buscando a continuidade de suas atividades
para preservar sua capacidade produtiva e a geração de riquezas e empregos para a sociedade.
Entre as inovações da Lei 11.101/2005, encontra-se a criação de disposições comuns à
recuperação judicial e à falência, evidenciando o caráter de objetividade que baliza o novo
diploma legal, bem como a extinção do inquérito judicial, destinado à apuração de eventuais
crimes falimentares cometidos; o síndico passa a ser chamado de administrador judicial e
altera-se a ordem de classificação dos créditos.
Atenção: as ações de Concordata que foram ajuizadas antes da presente lei, estarão
abrigadas pela lei antiga e não pela nova lei que acima fora vista introdutoriamente.
Vale ressaltar ainda que a presente lei nova não se aplica as: estatais (empresas
públicas e sociedades de economia mista (todas estas serão de forma absoluta).
Ademais para pedir Recuperação Judicial terá que estar em atividade regular à mais de
dois anos. Ou seja, terá que estar registrado na Junta Comercial.
Nao ser falido. Mas se ja foi falido, tera que ter sentença de extinçao das obrigaçoes
do devedor.
Sera que uma empresa que ja passou por recuperaçao, podera ter novamente? Nao
podera ter ha menos de 5 anos obtido recuperaçao judicial. Mas cuidado com a
pegadinha: este prazo de 5 anos nao e contado da distribuiçao da açao, mas conto os
5 anos da data da concessao da recuperaçao judicial.
nao ter, ha menos de 8 anos, obtido concessao da recuperaçao judicial com base no
plano especial (ME).
nao ter sido condenado, ou nao ter, como administrador ou socio, por crime
falimentar. Mas cuidado, podera ser homicídio ou roubo. So o que impede e crime
falimentar.
Mas afinal de contas, quais são os créditos Sujeitos Aos Efeitos da Recuperação Judicial.
Será que é qualquer tipo de crédito que poderão fazer parte? Vide art. 49 da Lei. Todos os
créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos (assim os vincendos também).
Os créditos posteriores ao pedido (depois), não poderão mais fazer parte do plano de
recuperação judicial. Assim quais são os créditos que estão excluídos:
- Crédito Trabalhista (aqui não tem limitação de 150 SM) e de Acidente de Trabalho.
- Crédito com Garantia Real (hipoteca, penhor).
- Crédito com Privilégio Especial. (art. 964 e 965 do CC)
- Crédito com Privilégio Geral (art. 964 e 965 do CC)
- Créditos Quirografários (Cheques, Títulos).
- Créditos Subordinados.
Imagine que um fornecedor vendeu várias mercadorias para empresa que está em
Recuperação Judicial. Será que posso fornecer para empresa que está em Recuperação? Qual é
o mecanismo que o legislador trouxer para continuar ao fornecimento? Todo crédito de
fornecimento fornecido dentro da Recuperação Judicial será classificado como Extra Concursal,
assim se a empresa falir, ele terá preferência no recebimento. Ademais, se por ventura houver
créditos quirografários, este crédito poderá pular para o crédito com privilégio geral.
Outrossim a Recuperação Judicial tem início com uma Petição Inicial. Ela terá que
observar os requisitos do art. 51 da Lei.
- Estar em estado de crise econômica financeira.
- Terá que expor as causas da crise.
- Demonstrativos Contábeis dos últimos 3 exercícios sociais.
- Relação de Credores.
Esta petição inicial vai para o juiz, assim vai verificar os requisitos. Se preencher os
requisitos, o juiz dará despacho de processamento (vai autorizar o processamento, mas não é
autorizar o plano, mas sim somente o despacho de processamento). Neste despacho de
processamento:
- Nomeação do Administrador Judicial (art. 52).
- Na forma do art. 6º haverá suspensão de todas as ações/execuções contra o devedor
(prazo de 180 dias – tal prazo é improrrogável). Mas vide o Enunciado 42 da I Jornada de Direito
Comercial: o prazo de suspensão previsto no art. 6º, §4º, se o retardamento do feito não puder
ser imputado ao devedor.
- Tem alguma ação que não é suspensa? As ações fiscais não serão suspensas.
- A jurisprudência diz que desta decisão de processamento: caberá agravo de
instrumento.
É importante que se saiba que temos liberdade de plano de recuperação (art. 50). Traz
meios para sair da crise. Mas atenção ao art. 54, onde afirma que o plano de recuperação judicial
não poderá trazer prazo superior a 1 ano para pagamento dos créditos trabalhista ou acidentes
de trabalho até a data do pedido de recuperação. Assim teremos a limitação do parcelamento:
não poderá ser superior a 1 ano no tocante ao direito do trabalho e acidente de trabalho.
E se o nome do credor não estiver na lista? O credor terá que fazer Habilitação de Crédito.
Qual é o prazo? O art. 7, §1º, é de 15 dias contados da publicação do edital. Para quem é
encaminhado? Para o administrador judicial, ou seja, não é para o juiz.
Encerrado o prazo de 15 dias início a contagem de novo prazo, de 45 dias, para que o
administrador judicial providencie uma nova relação de credores. Relação está no art. 7º, §2º.
Vai acrescer os créditos que eventualmente foram habilitados.
Credor poderá impugnar esta relação? Ação de Impugnação. Esta segue o rito ordinário,
na forma do art. 13 e 15. Tem prazo de 10 dias na forma do art. 8º. Atenção: até o MP poderá
pedir impugnação a relação de credores. Também poderá apresentar impugnação: credor e
devedor.
Outrossim se o Credor quiser rejeitar portanto terá que apresentar Objeção na forma do
art. 55 – tenho prazo de 30 dias para apresentar objeção ao Plano de Recuperação Judicial.
Assim é o instrumento processual utilizado pelo credor para rejeitar o Plano de Recuperação
Judicial.
Se no prazo de 30 dias não existiu objeção? Significa que o Plano foi aprovado. Agora se
no prazo de 30 dias houve objeção, ou seja, algum credor não concordou. Aqui neste caso,
qualquer credor poderá apresentar. O art. 56 diz que neste caso o juiz vai ter que convocar uma
Assembleia Geral de Credores. Nesta Assembleia Geral de Credores poderá aprovar o plano ou
reprovar o plano. Se o plano for aprovado, está perfeito. Agora se o Plano for reprovado, o que
ocorrerá? Por força no art. 56, §4º, se a Assembleia reprovar o plano o juiz decretará a Falência.
A assembleia geral de credores será composta por 3 classes:
Tenho que ter aprovação de todas as classes para aprovar. Assim, temos duas possibilidades
de aprovação: quando não existe objeção, e quando existe objeção, mas todos as classes
aprovam em assembleia.
Se o Plano é aprovado pelos credores, o juiz terá que dar uma decisão concessiva.
(Questão Exame XX) - A sociedade Boaventura & Cia. Ltda. obteve concessão de recuperação judicial,
mas por insuperáveis problemas de fluxo de caixa a recuperação foi convolada em falência. Um dos
fornecedores de produtos agrícolas à devedora antes do pedido de recuperação judicial era Barra do
Jacaré EIRELI ME. Contudo, com o pedido de recuperação judicial e inclusão do crédito no plano, a
fornecedora interrompeu imediatamente a entrega dos produtos e resiliu o contrato. Os créditos estão
representados por duplicatas de venda, sendo o valor total de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais), exigíveis antes da recuperação judicial e ainda não pagos. Com base nessas informações e na regra
estabelecida na Lei nº 11.101/2005, assinale a afirmativa correta.
(Questão Exame XXII) - Mauriti & Cia Ltda. celebrou contrato de alienação fiduciária em garantia com a
sociedade empresária Gama. Com a decretação de falência da fiduciante, o advogado da fiduciária
pleiteou a restituição do bem alienado, sendo informado pelo administrador judicial que o bem se
encontrava na posse do falido na época da decretação da falência, porém não foi encontrado para ser
arrecadado. Considerando os fatos narrados, o credor fiduciário terá direito à restituição em dinheiro
do valor da avaliação do bem atualizado?
(Questão Exame XXI) - A sociedade empresária Monte Santo Embalagens Ltda. EPP requereu
homologação de plano de recuperação extrajudicial, que continha, dentre outras, as seguintes
disposições: i) estabelecia a produção de efeitos a partir da data de sua assinatura, exclusivamente em
relação à modificação do valor de créditos dos credores signatários; ii) o pagamento antecipado de
dívidas em relação aos credores com privilégio especial, justificando a necessidade em razão do fluxo de
caixa; iii) a inclusão de credores enquadrados como microempresas e empresas de pequeno porte; iv)
previa, como meio de recuperação, o trespasse de duas filiais. O devedor enviou carta a todos os credores
sujeitos ao plano, domiciliados ou sediados no país, informando a distribuição do pedido, as condições
do plano e o prazo para impugnação. Você, como advogado(a) de um desse credores, pretende impugnar
a homologação porque o plano a ser homologado
É o conjunto de regras que regulam os títulos de crédito. Títulos de crédito são os títulos
necessários para as relações comerciais (exercício de um direito literal). Temos como exemplo:
cheque, duplicata, nota promissória, letra de câmbio. Vale ressaltar ainda que os títulos de
crédito servem para a circulação e riquezas.
Vale ressaltar que existem algumas leis especiais que tratam sobre os títulos de crédito.
Exemplo: Lei do Cheque, Convenção de Genebra.
Literalidade: os títulos de credito sao documentos literais. Vale ressaltar que tudo
aquilo que esta escrito no título poderei utilizar para cobrar o devedor. Ágora o que
nao estiver literalmente escrito nao poderei utilizar para cobrar o devedor. Tudo esta
limitado o que literalmente esta escrito na cartula.
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: (Redação dada pela Lei nº
5.925, de 1º.10.1973)
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir
força executiva. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
Atenção Vide Súmula 387 do STF o credor de boa-fé poderá completar o título de
crédito antes da execução ou do protesto. Uma vez obviamente aceito pelo devedor (assinado
em branco, por exemplo).
17.2 - Letra de Câmbio e Nota Promissária (Decreto 57.663/66 – Lei Uniforme de Genebra –
LUG)
Letra de Câmbio
Letra Câmbio trata-se de título de crédito que deve ser emitido a pessoa determinada.
Vale ressaltar que mesmo sendo emitido a pessoa certa, isto não impede que o terceiro transfira
a letra de câmbio através de endosso. Assim a Letra de Câmbio tem circularidade.
Esta Letra de Câmbio representa uma ordem de pagamento, ou seja, contra uma pessoa
devedora. São figuras representadas (posições jurídicas) na Letra de Câmbio:
- Emitente da Letra de Câmbio = Sacador.
- Contra Quem Emite-se Letra de Câmbio = Sacado.
- Favorecido da Letra de Câmbio = Tomador.
Observação: não é impossível que uma pessoa apresente-se como duas pessoas
jurídicas, ou seja, como sacador e sacado.
Exemplo: A (Sacador) emite Letra de Câmbio contra B (Sacado) que tem como favorecido
C (Tomador da Letra - este estará na posse da Letra de Câmbio). O que C deverá fazer? Procurar
B (Sacado) para que ele aceita a Letra de Câmbio, ou seja, passando (como aceitante) a ser
devedor principal daquela Letra de Câmbio.
Mas será que o aceite é obrigatório na Letra de Câmbio? O aceite é facultativo. Acaso não
exista o aceita na Letra de Câmbio, logicamente B (Sacado) não estará investido na condição de
devedor principal. Aí como ficará o tomador (C)? Ele deverá protestar a Letra de Câmbio em
razão do não aceite. Este protesto deverá ser realizado no prazo de legal de 2 dias à contar da
recusa do aceite, isto irá gerar o vencimento antecipado do título. Este vencimento antecipado
irá ser contra A (Sacador) e seus avalistas caso existam (e coobrigados cambiários).
Art. 26. O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma
parte da importância sacada. Qualquer outra modificação introduzida
pelo aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de aceite. O
aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite.
Mas o que ocorre se houver aceite parcial? Diante da recusa parcial do aceite, poderá o
tomador dentro do prazo legal protestar o título, o que irá gerar o vencimento do título contra
o sacador e os demais coobrigados cambiários.
4. a época do pagamento;
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo
anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados
nas alíneas seguintes:
E no tocante aos coobrigados cambiários, como por exemplo o aval? Trata-se de garantia
cambial, constituída através da assinatura do avalista, à fim de garantir o pagamento de
determinado título de crédito. Atenção: o aval poderá ser realizado pela própria pessoa que já
esteja obrigada ou por terceiros. Vale ainda ressaltar que o aval é garantia especializada para
títulos de crédito.
Não existe a possibilidade de aval parcial. Mas atenção: o Código Civil é o que veda o aval
parcial. Entretanto a LUG (artigo 30 c/c 77) possibilita o aval parcial na Letra de Câmbio, Nota
Promissória e o Cheque (artigo 29). Assim é totalmente permitido isto porque: o Código Civil é
aplicado subsidiariamente.
Art. 12. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele
seja subordinado considera-se como não escrita.
É possível Endossar sem Garantia? É possível que o endossante lance a cláusula sem
garantia, ou seja, transfere escrevendo que o título não apresenta garantia. Logo, temos uma
exceção, eis que aqui acaso tenha inadimplemento o endossatário não torna-se coobrigado
cambiário.
E no tocante ao Endosso, poderá existir ele de maneira parcial? O Endosso parcial é nulo,
eis que não posso transferir parte do valor que está representado no título.
Atenção Cláusula Não à Ordem é cláusula impeditiva de Endosso, mas não impede
a circulação do título que é realizada através da Cessão Civil de Crédito. Mas se isto ocorrer,
será que aquele cedente será coobrigado? Aqui não, eis que é efeito próprio do Endosso.
Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a
cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso.
Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito
antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto.
Nota Promissória
A Nota Promissória é transferida por Endosso, poderá ser garantida por Aval e não
comporta Aceite (isto porque quem emite a Nota Promissória é o próprio devedor).
3. a época do pagamento;
4. a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento;
Art. 76. O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo
anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos
determinados das alíneas seguintes.
- artigo 70 e 71 da LUG.
- Execução contra Aceitante de Letra de Câmbio Prazo de 3 anos.
- Execução contra Endossantes e Contra Sacador Prazo de 1 ano.
O Cheque é transferido por Endosso, poderá ser garantida por Aval e não comporta
Aceite (isto porque quem emite o Cheque é o próprio devedor – deve manter saldo na conta
corrente para garantir o pagamento).
Será possível Endosso Parcial do Cheque? Endosso Parcial não pode, mas aval parcial
pode.
Se o credor (portador) deixa transcorrer o prazo sem nada fazer dentro do prazo
prescricional. O que ocorre? Ele não poderá mais propor a ação de Execução. Mas ele poderá
entrar com Ação de Locupletamento Ilícito (inicia-se a contagem desta ação após o final do
prazo para execução) e o prazo prescricional desta ação será de 2 anos, conforme artigo 61 da
Lei do Cheque. Vale ressaltar: esta Ação de Locupletamento Ilícito é também ação cambial, logo
posso chamar a lide os coobrigados cambiários.
Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros
obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do
cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar
a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.
Por fim, também caberia a Ação Monitória que tem prazo prescricional de 5 anos,
bastando para tanto documento comprobatório do débito (prova escrita), servindo o cheque
como exemplo. Só que aqui não trata-se de ação cambiária. Hoje não existe igualmente
necessidade de prova do negócio jurídico pré-existente, que deu razão a emissão do documento,
no caso de ingresso da Ação Monitória. Já o devedor dentro da Ação Monitória poderá se
defender inclusive discutindo a formação do porquê do título, através dos Embargos
Monitórios.
Ademais qual é o prazo prescricional para ingresso da Ação Monitória? 5 anos. Este
prazo começara a contar da data seguinte da data de emissão do título de crédito.
Atenção para cobrar dos co-devedores (coobrigados cambiários), o cheque deve ter
sido apresentado a instituição financeira e devolvido por insuficiência de fundos.
A Duplicata poderá ser transferida por endosso, assim como poderá ser garantida por
aval. O aceite da duplicata será obrigatório, conforme artigo 2º, §1º, da Lei das Duplicatas. Este
último trata-se de requisito formal inclusive.
O aceite não seria obrigatório quando? Quando por exemplo o produto adquirido venha
com problemas. Já no caso das duplicatas da prestação de serviços também temos exceções de
não obrigação do aceite.
(Questão Exame XX) - Alvarenga, empresário individual, utilizou duplicata para a cobrança do preço
referente à venda de laticínios do Serro que realizou em favor de Belmiro Braga. Consta no verso do
título a assinatura de Brás Pires, na condição de avalista e sem indicação do avalizado. Após a prestação
do aval, houve lançamento de endosso-mandato em favor do Banco Botelhos S/A. Sobre o aval e as
informações do enunciado, de acordo com a disposição da Lei de Duplicatas, o(s) avalizado(s) será(ão)