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MARIA I
6ª Rainha da 4ª Dinastia
Cognome: "A Piedosa" por possuir profundos sentimentos religiosos. A Rainha era
amante da paz e dedicada a obras sociais.
A aclamação de D. Maria I enquanto Rainha de Portugal e dos Algarves teve lugar a 13 de Maio
de 1777, em cerimónia pública na Praça do Comércio, em Lisboa, cerca de dois meses e meio
após a morte de seu pai, D. José I.
A rainha tinha 42 anos, e era casada com o seu tio, D. Pedro III. Foi esta cerimónia a primeira
aclamação de uma rainha reinante em Portugal.
O seu primeiro acto como rainha, iniciando um período que ficou conhecido como a Viradeira,
foi a demissão e exílio da corte do Marquês de Pombal, a quem nunca perdoara a forma brutal
como tratou a família Távora durante o Processo dos Távoras.
A Rainha era amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas
franceses fugidos ao Terror da Revolução Francesa (1789-1799).
Era, no entanto, dada a melancolia e fervor religioso de natureza impressionável!
O seu reinado foi de grande actividade legislativa, comercial e diplomática. Puseram-se restrições
ao monopólio da Companhia do Vinho do Porto. Foi suprimida a Companhia do Grão-Pará e
Maranhão; criada a Junta da Administração de todas as fábricas deste Reino e Águas Livres.
Impulsionou novas manufacturas. Assinou um tratado de amizade, navegação e comércio com a
Rússia. A exportação do vinho do Porto desenvolveu-se largamente.
Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a Angola, Brasil,
Cabo Verde e Moçambique, e a fundação de várias instituições, entre elas a Academia Real das
Ciências de Lisboa, Aula Pública de Debucho e Desenho, no Porto, e a Aula Régia de Desenho de
Lisboa e a Real Biblioteca Pública da Corte. Fundou ainda a Academia Real de Marinha para
formação de oficiais da Armada.
No âmbito da assistência, fundou a Real Casa Pia de Lisboa, obra de Pina Manique.
Criou Hospitais no Brasil e na metrópole. Criou a lotaria para alargar os serviços da Misericórdia
de Lisboa.
A 5 de Janeiro de 1785 promulgou um alvará impondo pesadas restrições à actividade industrial
no Brasil.
Durante seu reinado ocorreu o processo, condenação e execução do alferes Joaquim José da
Silva Xavier, o Tiradentes.
Mentalmente instável, desde 10 de Fevereiro de 1792 foi obrigada a aceitar que o filho tomasse
conta dos assuntos de Estado.
Em 1799, sua instabilidade mental agravou-se com a morte do seu marido Pedro III (1786) e do
seu filho, o príncipe herdeiro José, Duque de Bragança, Príncipe da Beira, Príncipe do Brasil,
morto aos 27 anos (1788), a marcha da Revolução Francesa, e execução do Rei Luís XVI de França
na guilhotina e o filho e herdeiro João assumiu a regência : João VI de Portugal.
Em 1807, embarcou com toda a família real para o Brasil, por ocasião da entrada dos franceses
em Portugal.
Viveu no Brasil oito anos, até que sucumbiu. O seu cadáver veio para Lisboa, e foi sepultado,
num sumptuoso mausoléu na igreja da Estrela, que ela fundara. Na Biblioteca Nacional de Lisboa,
logo à entrada, está a estátua de D. Maria I, em mármore de Carrara.