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PARLAMENTO NACIONAL

Secretariado da Bancada Parlamentar de FRETILIN

COMUNICADO DE IMPRENSA
FRETILIN Vota Contra a Proposta de Alteração da Lei Nº. 13/2005
apresentada por Deputados das Bancadas do CNRT, PLP, KHUNTO, PD e UDT/Frente
Mudansa

Dili, 14 de Novembro de 2018

Os Deputados da Bancada da FRETILIN no Parlamento Nacional votaram contra a proposta de


alteração da Lei nº 13/2005 sobre Atividades Petrolíferas, que foi apresentada por alguns
deputados das Bancadas do CNRT, PLP, KHUNTO, PD e UDT/Frente Mudansa.

Em relação a proposta para alterar o Artigo 2º, que faz referência ao Tratado sobre Fronteira
Marítima assinado no dia 6 de Março de 2018, a FRETILIN vê esta alteração como uma
violação à Constituição da República Democrática de Timor-Leste e às Leis Internacionais
sobre Tratados Internacionais, visto que o Tratado sobre Fronteira Marítima assinado pelas
duas nações (Timor-Leste e Austrália) ainda não foi ratificado e por isso ainda não vincula.

Esta proposta de Alteração, com a alteração do Artigo 22º, procura atribuir competências ao
Conselho de Ministros ou Primeiro-Ministro para decidir sobre a participação de pessoas
coletivas públicas ou outros. A FRETILIN é de opinião que esta alteração poderá abrir caminho
para que certos grupos em Timor-Leste possam enriquecer-se cada vez mais e aproveitarem-
se das riquezas de Timor-Leste.

O Deputado Antoninho Bianco, da FRETILIN, argumentou que “esta alteração pode contribuir
para o aparecimento de conluio e nepotismo, e abrir caminho para um pequeno grupo
controlar as riquezas de Timor-Leste.”

A alteração deste artigo dá autorização a efetuarem-se contratos de compra e venda, de


aquisições e transferências relacionadas com atividades petrolíferas, sem estarem sujeitos a
fiscalização previa pela Câmara de Contas.

fb.me/FRETILINPN Página 1 de 2
O Deputado Joaquim Santos Boraluli, da FRETILIN, afirmou que “esta alteração é negativa
para o Estado de Timor-Leste porque retira o poder de fiscalização do Tribunal de Contas e
permitir que não passe pelo Orçamento Geral de Estado.

“Uma das consequências desta Alteração de Lei poderá também dar maior força a um poder
informal, fora da estrutura do poder formal, para controlar o Estado,” continuou o Deputado
Boraluli.

“A FRETILIN rejeita esta alteração da Lei sobre Atividades Petrolíferas porque esta alteração
retira o poder de fiscalização do Tribunal de Contas. Isto é inconstitucional, e também contra
o princípio de transparência, boa governação e check-and-balance do nosso Estado,” concluiu
o Deputado Joaquim Boraluli.

FIM

Para mais informações contacte pelo Deputado Francisco Miranda Branco pelo número
7723 7124

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