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UM CHAMADO DA MORTE PARA VIDA

EFÉSIOS 2:1-10

INTRODUÇÃO:
Na mensagem anterior em Efésios 1:15-23, nós vimos como a igreja deve olha para as
bênçãos espirituais: Primeiro, devemos olhar com gratidão; Segundo, devemos olhar para
as oportunidades; Terceiro devemos olhar para o poder de Deus em ação, ou seja, foram
por essas razoes que Paulo orou pela igreja de Éfeso.
Quando Paulo orar pela igreja, ele está mostrando a importância e a necessidade da igreja
desenvolver uma vida de oração, pois através do seu exemplo a igreja deveria continuar
buscando conhecer a vontade de Deus para sua vida, ou seja, quando a igreja decide orar
ela não precisa decidir mais nada, porque a oração vai te ensinar a decidir – Deus vai
decidir por você.
Aplicando para vida:
A igreja perde muito quando deixar de orar, a igreja de Deus é a mais prejudicada quando
deixa de buscar a Deus em oração, pois Deus abriu o novo e vivo caminho para ter um
relacionamento com homem, mas o que temos visto ultimamente são pessoas que ainda
tem buscado ele através da religião.
ATENÇÃO: “O nosso senhor Jesus Cristo não morreu em cruz para que você seja um
religioso, mas ele morreu e ressuscitou para que você seja filho, e os filhos se
relacionam com seus pais!!! Então seja filho!!! Porque ele quer ser seu pai.
Adentrando no texto:
No texto bíblico de hoje nós iremos abordar o texto de Efésios 2:1-10, onde temos o
seguinte tema: um chamado da morte para vida, neste texto bíblico, o apóstolo fala da
nossa salvação pela graça de Deus, mostrando o que éramos no passado, o que somos
agora e o que seremos no futuro.
Meus irmãos o que Paulo está nos mostrando aqui no texto é como devemos testemunhar
da fé, ou seja, ele está demonstrando nossa antiga condição, a nova condição e nosso
futuro, e quando quisermos testemunhar para alguém da nossa transformação em Cristo,
é só pegarmos Efésios 2 como referência.
Em resumo seria assim: o que nós éramos antes de Deus, o que Deus fez por nós, o que
nos tornamos em Cristo, e o que nos aguarda no futuro.

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Para nossa melhor compreensão do texto bíblico podemos dividi-lo em quatro partes
principais: 1) O QUE ÉRAMOS (vv.1-3); 2) O QUE DEUS FEZ (vv.4-
7); 3) COMO DEUS FEZ (vv.8-9); 4) POR QUE DEUS FEZ (v.10):

1. O QUE ÉRAMOS – vv.1-3


(1) Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, (2) nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos
filhos da desobediência; (3) entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza,
filhos da ira, como também os demais.

a. (1) Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
Em primeiro lugar, estávamos mortos espiritualmente – Note meus
irmãos como Paulo inicia o verso 1, ele está a condição do homem
sem Deus, e dentro dessa afirmação precisamos destacar quatro
coisas:
(i) Primeiro, Paulo não está falando de morte física –
Quando ele diz que estávamos mortos, significa que nós
estávamos mortos espiritualmente, e ainda quando ele falar
que alguém está morto espiritualmente, ele não dizendo
que essa pessoa não possa fazer coisas boas.
 Por exemplo: o indivíduo não regenerado pode levar
uma vida moralmente aprovada, civilmente decente
e familiarmente responsável.
 Por exemplo: uma pessoa não regenerada pode ser
um bom cidadão, um bom pai, uma boa mãe, um
bom filho.
(ii) Segundo, Paulo está falando de uma morte espiritual
– Note que antes de Cristo, o homem está vivo para as
atrações do pecado, mas morto para Deus, ou seja, o
homem é incapaz de entender e apreciar as coisas
espirituais, pois Ele não possui vida espiritual nem pode
fazer nada que possa agradar a Deus.
 Por exemplo: da mesma maneira que a pessoa morta
fisicamente não responde a estímulos físicos,
também a pessoa morta espiritualmente é incapaz de
responder a estímulos espirituais.
 Por exemplo: um cadáver não vê, não ouve, não
sente, não tem fome nem sede. Ele está morto.
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Também uma pessoa morta espiritualmente não tem
percepção para as coisas espirituais nem gosto por
elas.
 Por exemplo: uma pessoa morta espiritualmente não
tem apetite pelas coisas espirituais. Não tem prazer
nas coisas lá do alto. As iguarias do banquete de
Deus não lhe apetecem. O indivíduo morto em suas
transgressões e pecados não se deleita em Deus.
(iii) Terceiro, a causa da morte são os delitos e pecados –
A palavra “delito” significa escorregar, cair, tropeçar ou se
desviar do caminho certo. Já a palavra “pecado”, traz a
ideia de errar o alvo. O Novo Testamento fala do pecado
como o ato de uma pessoa não obedecer a Palavra de Deus.
 Assim como a morte separa o corpo da alma, a morte
espiritual separa o homem de Deus: “Mas as vossas
iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que vos não ouça” (Is 59:2).
 Ou seja, é como se o mundo todo fosse um imenso
cemitério e cada pedra tumular tivesse a mesma
inscrição: “morto por causa do pecado”.
(iv) Quarto, o incrédulo não está apenas doente, ele está
morto – O não crente não necessita apenas de restauração,
mas de ressurreição, ou seja, ele não precisa de reforma,
mas ele precisa é nascer de novo.
 Por exemplo: o mundo é um grande cemitério, cheio
de pessoas que estão mortas espiritualmente,
embora ainda vivas fisicamente, estão mortas
espiritualmente.
 Por exemplo: a igreja não tem que anunciar um
evangelho que apenas verniza o velho homem, mas
ela precisar pregar o evangelho que transforma o
homem.

b. (2) nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência;

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Em segundo lugar, estávamos controlados pelos padrões
mundanos – Note que a expressão “mundo” usada aqui por Paulo
não é a natureza criada por Deus, mas o mundo aqui se refere ao
sistema que pressiona cada pessoa para se conformar aos seus
valores. “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no
Maligno” (1Jo 5:19).
(i) Primeiro, O apostolo Paulo fala sobre a necessidade de
não se conformar com o sistema do mundo:
 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).

(ii) Segundo, O apóstolo João é enfático ao dizer que quem


ama o mundo não pode amar a Deus:
 “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se
alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque
tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do
Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como
a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de
Deus permanece eternamente” (1Jo 2:15-17).

(iii) Terceiro, Tiago declara com a mesma ênfase que quem


é amigo do mundo é inimigo de Deus:
 “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga
de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo
constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4).

(iv) Quarto, Jesus nos diz que amar o sistema do mundo é


uma verdadeira perca de tempo, e que no final seremos
punidos eternamente por isso.
 “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se
perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da
sua alma?” (Mt 16:26).

c. (2) nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência;
Em terceiro lugar, estávamos controlados por satanás – Note meus
irmãos que "o espírito que agora atua nos filhos da desobediência",
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obviamente se refere a Satanás, isso não significa que Satanás opere
pessoalmente na vida de cada indivíduo não salvo, uma vez que ele
é um ser criado e limitado pelo espaço, mas, por meio de seus
ajudantes, os demônios.
(i) Primeiro, O diabo é um rebelde – O seu desejo é ver
todos os homens "filhos da desobediência, pois ele
rebelou-se contra Deus e deseja que os homens também
desobedeçam a Deus.
 Por exemplo: Ele tentou Eva no Éden com a mentira e
levou nossos pais à desobediência.

(ii) Segundo, O diabo é o pai da mentira – A sua maior


vontade é que todos os homens sejam mentirosos assim
como ele é, ele quer levar os homens vivarem na mentira,
sendo inimigos de Deus.
 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os
desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou
na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere
mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai
da mentira” (Jo 8:44).

(iii) Terceiro, O diabo é um destruidor – O propósito dele


é que todos os homens sejam destruídos, que tenham suas
vidas roupadas, mortas e destruídas, essa é sua missão, e
ele não para enquanto não conseguir.
 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim
para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10).

 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em


derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar” (1Pe 5:8).

d. (3) entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as


inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos;
e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Em quarto lugar, estávamos controlados pela velha natureza –
Note meus irmãos que a expressão “carne” não é o nosso corpo, mas
a nossa natureza caída com a qual nascemos e que deseja controlar a
nossa mente e o nosso corpo, levando-nos a desobedecer a Deus.
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(i) Primeiro, o pecador perdido vive para agradar os
desejos da carne – As suas ações são pecaminosas, porque
seus desejos são pecaminosos, e sem que seja restaurado
até Deus e sem habitação do Espírito de Deus em si, o
homem não apenas é dominado por paixões egoístas, mas
também é encontrado fazendo a vontade da carne.
 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição,
impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito
das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que
não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam (Gl
5:19-21).

(ii) Segundo, o pecador perdido vive para agradar os


desejos da sua mente – As inclinações da carne incluem
os desejos errados da mente e não somente do corpo, ou
seja, pecados tais como a soberba intelectual, a falsa
ambição, a rejeição da verdade conhecida, e pensamentos
maliciosos e vingativos.
 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis
como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios
pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de
Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do
seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se
entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda
sorte de impureza (Ef 4:17-19).

e. (3) entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as


inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos;
e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Em quinto lugar, estávamos condenados – Note que o homem não
convertido, por natureza, é filho da ira e, pelas obras, é filho da
desobediência. À parte de Cristo, o homem está morto por causa do
pecado, escravizado pelo mundo, pela carne e pelo diabo, além de
condenado sob a ira de Deus.
(i) Primeiro, a ira de Deus é sua reação pessoal frente a
qualquer pecado, qualquer rebelião contra ele, ou seja, é
sua santa repulsa a tudo aquilo que conspira contra sua
santidade. Ao invés de todos os homens serem filhos de
Deus, como muitos gostam de pensar, aqueles que não
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receberam a salvação através de Jesus Cristo são, por
natureza filhos da ira.
 “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo
3:18).

(ii) Segundo, a ira de Deus não é apenas para esta vida, mas
também para a era vindoura. Aqueles que vivem debaixo
da ira de Deus são entregues a si mesmos pela escolha
deliberada que fizeram de rejeitar o conhecimento de Deus
e de se entregar a toda sorte de idolatria e devassidão; além
disso, terão de suportar por toda a eternidade a
manifestação plena do furor do Deus Todo-Poderoso.
 “... e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele
ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira
vindoura” (1Ts 1:10).

2. O QUE DEUS FEZ – vv.4-7


(4) Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, (5) e estando
nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, (6) e,
juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; (7)
para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em
Cristo Jesus.

a. (4) Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com
que nos amou,
Em primeiro lugar, Deus nos amou – Note que a expressão “Mas
Deus” a interrompeu. Em forte contraste com a necessidade e
pecaminosidade do homem, e indo de encontro a tal necessidade e
pecaminosidade, surge o amor de Deus, e a ação que procede de Sua
compaixão, ou seja, a misericórdia de Deus ser grande e ilimitada,
Ele providenciou um caminho para que voltássemos para a Ele.
(i) Primeiro, embora muito ofendido com o pecado, por
causa de Sua grande misericórdia, Deus ofereceu perdão e
reconciliação para nós como faz a todo pecador
arrependido.
 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”
(Rm 5:8).

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(ii) Segundo, embora em seu pecado e rebelião todos os
homens participaram da maldade da crucificação de Jesus,
a misericórdia e o amor de Deus fornecem uma maneira
para que todos participem na justiça de Sua crucificação.
 “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a
própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15:13).

b. (5) e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo, — pela graça sois salvos,
Em segundo lugar, Deus nos vivificou – Note meus irmãos que Deus
nos tirou da sepultura espiritual que o pecado havia nos colocado, ou
seja, Deus realizou uma poderosa ressurreição espiritual em nós pelo
poder do Espírito Santo, pois quando cremos em Cristo passamos da
morte para a vida, e recebemos vida nova, a vida de Deus em nós.
(i) Primeiro, para encorajar os crentes que duvidam do
poder de Cristo em suas vidas, Paulo lembra-lhes que se
Deus era poderoso e amoroso o suficiente para dar-lhes
vida espiritual juntamente com Cristo, Ele é certamente
capaz de sustentar a vida.
 Por exemplo: quando nos tornamos cristãos,
tornamo-nos espiritualmente vivos através da união
com a morte e ressurreição de Cristo e, assim, pela
primeira vez, tornamo-nos sensíveis à voz de Deus.
Paulo chama isso de andar em “novidade de vida”
(Rm 6:4).
(ii) Segundo, o poder que nos criou e nos tirou do pecado
e da morte e nos deu vida juntamente com Cristo é o
mesmo poder que continua a dinamizar todas as partes da
nossa vida cristã.
 Por exemplo: pela primeira vez podemos entender a
verdade espiritual e desejo as coisas espirituais.
Porque agora temos a natureza de Deus, agora
podemos buscar coisas piedosas, “as coisas lá do
alto” e não “as coisas aqui da terra” (Cl 3:2).
c. (6) e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus; (7) para mostrar, nos séculos vindouros, a
suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.

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Em terceiro lugar, Deus nos exaltou – Note meus irmãos que a
salvação tem um propósito, no que diz respeito a nós e em relação a
Deus, pois não somos ressuscitados dentre os mortos e deixados no
cemitério, porque estamos unidos a Cristo, fomos exaltados com Ele
e estamos compartilhando do seu trono nos céus.
(i) Primeiro, a pessoa viva não pode andar envolta nas
ataduras da morte – Note que quando Jesus ressuscitou a
Lázaro dentre os mortos Sua primeira instrução foi:
 “Desatai-o e deixai-o ir” (Jo 11.44).
(ii) Segundo, a pessoa viva possui uma cidadania celestial
– Note que a nossa nova cidadania por meio de Cristo está
no céu, Deus nos fez assentar com Ele nos lugares
celestiais em Cristo Jesus.
 “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fl 3:20).

(iii) Terceiro, a pessoa viva está no lugar onde nossas


bênçãos estão e onde temos comunhão com o Pai, o Filho,
o Espírito Santo, e com todos os santos.
3. COMO DEUS FEZ – vv.8-9
(8) Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
(9) não de obras, para que ninguém se glorie.
a. (8a) Porque pela graça sois salvos,
Em primeiro lugar, Deus nos salvou pela graça – A salvação não
pode ser pelas obras, porque a obra da salvação já foi plenamente
realizada por Cristo na cruz.
(i) Primeiro, nós não podemos acrescentar mais nada à
obra completa de Cristo, ou seja, agora não existe mais
necessidade de sacrifícios e rituais.
(ii) Segundo, nós fomos reconciliados com Deus
gratuitamente, pois o véu do templo foi rasgado, e pela
graça, somos salvos, e tanto a fé como a salvação são
dádivas de Deus.
b. (8b) ... mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; (9) não de
obras, para que ninguém se glorie.

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Em segundo lugar, Deus nos salvou mediante a fé – A salvação é
pela graça, mas também “por meio da fé”.
(i) Primeiro, somos salvos pela instrumentalidade da fé –
Paulo não está falando de qualquer tipo de fé, ou seja, a
questão não é a fé, mas o objeto da fé.
(ii) Segundo, somos salvos pela fé colocada no deus
verdadeiro – Não é a fé na fé, ou a fé nos ídolos, não é fé
nos ancestrais, não é fé na confissão positiva, não é fé nos
méritos, mas é a fé em Cristo, o Salvador!
4. POR QUE DEUS FEZ – v.10
(10) Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas.
a. (10) Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
Em primeiro lugar, somos o poema de Deus – A palavra usada para
“feitura” é poiema, que quer dizer “poema”, ou seja, somos a obra de
arte de Deus, a obra-prima do Todo-Poderoso.
A salvação é a nova criação de Deus. Não criamos a nós
mesmos. Não produzimos vida em nós mesmos.
A salvação é uma obra exclusiva de Deus por nós e em nós.
Deus está trabalhando em nós. Ele ainda não terminou de
escrever o último capítulo da nossa vida.
Seu propósito eterno não é só nos levar para a glória, mas
nos transformar à imagem do Rei da glória.
b. (10) Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
Em segundo lugar, nossa tarefa como salvos – Note meus irmãos
que não fomos salvos pelas boas obras, mas para as boas obras, ou
seja, nós somos salvo pela fé, somente podemos ser justificados por
meio da fé, mas a fé que justifica jamais vem sozinha.
Não somos salvos pela fé mais as obras, mas pela fé que
produz obras. Em relação à salvação, as obras são o
resultado, não a causa. Nossas obras não nos levam para o
céu, mas levamos nossas boas obras para o céu (Ap 14.13).
10
c. (10) Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
Em terceiro lugar, o tempo da nossa salvação – Enquanto o
descrente anda segundo o curso deste mundo, o crente anda nas boas
obras que Deus preparou para ele de antemão.
Isso quer dizer que Deus tem um plano para nossa vida e
que podemos realizar, em vida, esse plano que Deus traçou
para nós.

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