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PRESIDENTE DA REPUBLICA FEDERATIVA DO CÔMITES TEMÁTICOS


BRASIL Comitê de Ações Fundiárias
Luiz Inácio Lula da Silva Comitê de Gestão Territorial
Comitê de Educação e Cultura, Esporte e Lazer
MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO Comitê de Infraestrutura e Meio Ambiente
Guilherme Cassel Comitê da Organização Sustentável da Produção
e Comercialização;
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO Comitê de Saúde e Saneamento
TERRITORIAL Comitê de Segurança Pública e Cidadania
José Humberto Oliveira Comitê de Turismo e Artesanato

DELEGADO FEDERAL DO DESENVOLVIMENTO EQUIPE DE ELABORAÇÃO E


AGRÁRIO DO CEARÁ ARTICULAÇÃO
Francisco Nelsieudes Sombra Oliveira Amélia Carmelita Gurgel dos Anjos –
Pedagoga
SECRETARIO DE DESENVOLVIMENTO Antonio Lacerda Souto – Pedagogo
AGRÁRIO Antonio Vitorino Linhares de Oliveira Filho –
Antonio Rodrigues Amorim Bacharel em Ciências Sociais.
Diego Rodrigues Holanda – Me em
BANCO DO NORDESTE Economia
Roberto Smith Francisca Sinhá Moreira Evangelista –
Ma Geógrafa
INSTITUTO AGROPOLOS DO CEARÁ Janaina Carla Farias – Turismóloga
Marcelo Souza Pinheiro Josefa Jéssica Macena Alves – Tecnóloga
em Saneamento Ambiental
GRUPO DE TRABALHO PELA TERRITORIALIZAÇÃO DO Leilamara do Nascimento Andrade – Ma
CEARÁ Engenharia de Pesca
Antonio Lacerda Souto – Articulador Estadual SDT/MDA Maria da Conceição do Nascimento – Licenciada
Antonio Marcos Vieira de Castro – Secretario – CEDR em Ciências Sociais
Cleber Leite Pereira – Coordenador – SDA/ Agropolos Rosimeiry Melo Carvalho – Dra Economia
Janaina Carla Farias – Coordenadora do Programa de Aplicada
Desenvolvimento Sustentável Integrado/Instituto Ruth Helena Linhares Leite – Bibliotecária
Agropolos
Jose Bartolomeu Cavalcante – Coordenador CODET/MDA
Maria de Fátima Costa Fernandes – Assessora
EMATERCE
Olimpio F. Queiroga Neto - Articulador Estadual SDT/MDA
Raimundo Adolfo Gurgel do Amaral Filho – CEDR/SDA
Wilkson Weiny Gondim – Agente de Desenvolvimento
Econômico SDT/MDA

I59p Instituto Agropolos do Ceará


Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável.
Resumo Executivo./ BNB. – Fortaleza: Instituto Agropolos do
Ceará, 2010.
v 1 il

1. Territorialidade 2. Desenvolvimento Sustentável


I. Banco do Nordeste II. Instituto Agropolos do Ceará III. Título

CDD: 304.2

catalo Catalogação na fonte: Ruth Helena Linhares Leite, CRB3- 403.

2
Cccc
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Taxa de Urbanização da População Urbana Rural e Taxa e 9
Ruralidade e População Total no Território Litoral Extremo Oeste.
TABELA 2 Características Geográficas Estratégicas nos Micro Territórios 10

TABELA 3 Estimativa da População de Mulheres, Jovens e Idosos no Território 11


Litoral Extremo Oeste.
TABELA 4 Índices de Desenvolvimento Humano por Município e Indice de 12
Desenvolvimento Municipal.
TABELA 5 Infraestrutura Educacional do Território Litoral Extremo Oeste por 13
Micro Território
TABELA 6 Situação da Saúde 1 – Números Inteiros e Porcentagem (%) 2007- 13
2009
TABELA 7 Taxa da Cobertura de Esgoto por Município 14

LISTA QUADROS
QUADRO 1 Resumo do Processo de Construção do PTDRS no Território Litoral 7
Extremo Oeste
QUADRO 2 Ambiente interno e externo da dimensão socioculturaleducacional 16
QUADRO 3 Ambiente Interno e Externo da Dimensão Ambiental
QUADRO 4 Ambiente Interno e Externo da Dimensão Socioeconômica
QUADRO 5 Ambiente Interno e Externo da Dimensão Político Institucional 33
QUADRO 6 Visão de Futuro, Diretrizes e Dimensão do Desenvolvimento e 35
Objetivos Estratégicos
QUADRO 7 Eixo: Saúde e Saneamento 37
QUADRO 8 Eixo: Segurança Publica e Cidadania 38
QUADRO 9 Eixo: Esporte e Lazer 39
QUADRO 10 Eixo: Educação e Cultura 40
Quadro 11 Eixo Meio Ambiente 43
Quadro 12 Eixo: agricultura familiar e agroecologia/ organização sustentável da 44
produção
Quadro 13 Eixo: Ações Fundiárias 45
Quadro 14 Eixo: Infraestrutura 46
Quadro 15 Eixo: Turismo e Artesanato 47
Quadro 16 Eixo 1: Gestão Territorial 48
Quadro 17 Eixos do Desenvolvimento 50

LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Mapa do Território Litoral Extremo Oeste 8
FIGURA 2 Gráfico da População Economicamente Ativa dos municípios do 24
Território Litoral Extremo Oeste
FIGURA 3 Composição do Colegiado Territorial 49
FIGURA 4 Rede Estadual de Colegiados Territoriais 50

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LISTA DE SIGLAS

ADAGRI Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará


APA Áreas de Proteção Ambiental
APP Áreas de Preservação Permanente
APRECE Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará
ATER Assistência Técnica de Extensão Rural
ATES Assessoria Técnica, Social e Ambiental
CAPS Centro de Atendimento Psicossocial
CMDS Conselhos Municipais de Desenvolvimento Sustentável
COGERH Companhia de Gestão de Recursos Hídricos
CONPAM Conselhos de Políticas e Gestão do Meio Ambiente
CREDE Centros Regionais de Desenvolvimento da Educação
CVT Centro Vocacional Tecnológico
DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra As Secas
EMATERCE Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FETRAECE Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMbio Instituto Chico Mendes
IDACE Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano
IFCE Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
IPECE Instituto de Pesquisas e Estratégias do Ceará
LACEN Laboratório Central de Saúde Pública
MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário
PRODETUR Programa de Desenvolvimento do Turismo
PSF Programa de Saúde da Família
SDA Secretaria de Desenvolvimento Agrário
SDT Secretário de Desenvolvimento Territorial
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa
SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SINE Sistema Nacional de Emprego
SRRF Superintendência Regional da Receita Federal

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 8
1 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO 8
2 ASPECTOS GERAIS DO TERRITORIO 10
2.1 População Rural e Urbana 10
2.2 Características Estratégicas do Território 11
2.3 Formação Histórica 12
3 DIAGNÓSTICO TERRITORIAL 13
3.1 Dimensão Sociocultural Educacional 13
3.1.1 Aspectos Sociodemográficos 13
3.1.2 Índice de Desenvolvimento Humano 14
3.1.3 Aspectos Educacionais 15
3.1.4 Aspectos da Saúde 15
3.1.5 Aspectos Culturais 16
3.1.6 Análise do Territorial da Dimensão Sociocultural Educacional 17
3.2 Dimensão Ambiental 19
3.2.1 Identificação do Patrimônio Ambiental 19
3.2.2 Unidades de Conservação 19
3.2.3 Características Geoambientais do Território 19
3.2.4 Bioma 23
3.2.5 Impactos e Desequilíbrios 23
3.2.6 Análise Territorial da Dimensão Ambiental 24
3.3 Dimensão Socioeconômica 25
3.3.1 Trabalho, Renda, Desigualdade e Pobreza. 26
3.3.2 Estrutura Fundiária 28
3.3.3 Infraestrutura e Economia 29
3.3.4 Análise Territorial da Dimensão Socioeconômica 30
3.4 Dimensão Político Institucional 31
3.4.1 Gestão Social do Território 32
3.4.2 Comprometimento dos Gestores Públicos com o Desenvolvimento Local e Territorial 32
3.4.3 Arranjos Institucionais 33
3.4.4 Negociação e Articulação Institucional 34
3.4.5 Análise Territorial da Dimensão Político Institucional 34
4 VISÃO DE FUTURO, DIRETRIZES, OBJETIVOS ESTRATÉGICOS 36
5 EIXOS DO DESENVOLVIMENTO 38

5
6 GESTÃO DO PLANO 51
CONSIDERAÇÕES FINAIS 54
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55

6
APRESENTAÇÃO

Este resumo antecede apresentar de forma objetiva as discussões realizadas


no Território Litoral Extremo Oeste para a consecução de todas as estratégias
possíveis de mobilizar os recursos disponíveis no território (humanos, financeiros e
materiais), a partir da negociação e concertação da diversidade de pensamentos,
interesses, práticas e sonhos existentes no território, manifestados através de um
diagnóstico, da visão de futuro, dos objetivos estratégicos, dos eixos de
desenvolvimento, programas e projetos através da elaboração do seu Plano Territorial
de Desenvolvimento Rural Sustentável - PTDRS.
O PTDRS é o instrumento que empodera os atores locais na gestão social
através dos colegiados territoriais e suas demais instâncias, compostas em equidade
pelo poder público e pela sociedade civil organizada. Esta iniciativa tem como
pressuposto iniciar um processo de construção de um novo modelo de
desenvolvimento.
Este documento consiste, pois em apoiar à gestão social sustentável, baseado
na experiência de um planejamento participativo do território, em contínua busca de
condições de elaborá-lo de forma crítica e criativa, durante a execução de seus
programas e projetos, aperfeiçoando-o continuamente através de um sistema de
gestão comprometido com a eficiência e eficácia dessas ações.
Com esta política de planejamento onde haja cooperação entre os territórios,
micro territórios e seus municípios, considerando suas especificidades, cria-se uma
estratégia comum de desenvolvimento sustentável, para a construção de arranjos
sócio-produtivos locais, com ações e projetos viáveis, que a partir dessa iniciativa,
possibilita reconhecer territórios constituídos nestas bases para articularem-se em
torno de projetos comuns e ainda ampliar e fortalecer a coesão social de seu espaço
criando as condições necessárias para melhor resolver seus problemas em torno do
desenvolvimento territorial.

7
1 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO

A construção do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável e


Solidário do Território Litoral Extremo Oeste, se deu a partir de um contínuo processo
de realização de oficinas territoriais, encontros, seminários e plenárias territoriais para
estruturação e gestão social do Território.

O PTDRS como documento, apresenta sua estrutura dividida em dois


componentes básicos e principais – o diagnostico territorial (focado no estado atual do
Território, potencialidades e limitações) e a visão de futuro do Território (com foco
sobre um ideal a ser alcançada num universo temporal a ser estabelecido pelo
Território, sendo incluídos os projetos estratégicos para consolidação dos diversos
eixos de desenvolvimento, os objetivos, resultados estratégicos, a gestão social a ser
estruturada e consolidada no Territorial e os valores e princípios do Território).

Dando seqüência ao processo de planejamento para construção do PTDRS,


consultores foram selecionados para sistematização acordada nas oficinas territoriais
dos dados de cada município, nos diversos aspectos (saúde, saneamento e acesso à
água, infraestrutura econômica, política e social, educação e cultura, estrutura
fundiária e produtiva, ambiental e gestão territorial, entre outros aspectos também
considerados). Como ferramentas auxiliares ao processo, foram utilizadas além das
informações repassadas pelos municípios, dados disponibilizados em fontes
secundárias como sites de instituições oficiais e com acesso livre para comparativos e
pesquisas de dados.

Foram realizadas oficinas nos municípios no período de 15 a 16 de outubro, em


Acarau, que objetivaram a constituição do colegiado e o agendamento das próximas
oficinas. As oficinas seguintes de 19 de outubro à 13 de novembro de 2009, tiveram
como objetivo a coleta e confirmação de dados para composição do diagnóstico. Os
demais componentes do PTDRS foram vivenciados conforme o Quadro 1 a seguir:

8
PERÍODO EVENTO LOCAL

04/02/2009 Pacto Social pela Territorialização do CE Fortaleza


17 e 18/ 02 /2009 Oficina Territorial Acaraú
Reunião para relacionar instituições que
23/06/2009 Camocim
farão parte da Plenária territorial
Oficina para implantação do Colegiado
15 e 16/ 10/2009 Acaraú
Territorial
Nos 12
Reunião nos municípios e micro territórios
19/10 a 13/11/2009 municípios do
para construção do diagnóstico
Território
12/11/2009 1ª Reunião do Núcleo Dirigente Jijoca
Oficina de Validação do Diagnóstico
01/12/2009 Cruz
Territorial
Oficina Territorial com coordenadores da
10 e 11 /12/2009 Fortaleza
SDA
14 a 16/12/2009 I Salão Estadual dos Territórios do Ceará Fortaleza
Plenária preparatória para Estruturação da
21/01/2010 Morrinhos
Rede Estadual de Territórios
17/03/2010 Encontro com os Gestores Municipais Granja
22 à 25/03/2010 II Salão Nacional dos Territórios Brasília
23/04/2010 6ª Reunião com Núcleo Dirigente Marco
21/05/2010 Reunião com os 8 Comitês Temáticos Camocim
10/06/2010 Reunião dos 4 Comitês Temáticos Morrinhos
16/06/2010 Reunião dos 4 Comitês Temáticos Cruz
23 e 24/06/2010 Consolidação e Validação do PTDRs Marco
Quadro 1- Resumo do Processo de Construção do PTDRS no Território Litoral
Extremo Oeste
Fonte: Arquivo do território, 2010.

9
2 ASPECTOS GERAIS DO TERRITÓRIO

Figura 1 – Mapa do Território Litoral Extremo Oeste


Fonte: Adaptação do IPECE, 2010.

O Território Litoral Extremo Oeste compreende uma área de 8.666,728 km²,


estando localizado na região Oeste do Estado do Ceará sendo constituído por quatro
Micro Territórios denominados: Micro Território I (Barroquinha, Camocim e Chaval);
pelo Micro Território II (Granja, Martinópole, Uruoca); pelo Micro Território III
(Acarau, Cruz e Jijoca de Jericoacoara); pelo Micro Território IV (Bela Cruz, Marco e
Morrinhos). Para estabelecer esta divisão foram considerados como critérios os
municípios unidos por um mesmo perfil econômico e ambiental e que tem identidade e
coesão social e cultural.

2.1 População Rural e Urbana

O Território Litoral Extremo Oeste detém uma população 323.677 habitantes


distribuídos no campo e nas áreas urbanas. A população residente no campo

10
compreende 145.006 habitantes. Nas áreas urbanas a população estimava 178.671
habitantes (IBGE, 2007).

A Tabela 1 mostra a população segundo a zona de moradia (rural e urbana) em


2007, a qual revela que a maioria da população do território é urbana com 178.671
habitantes, sendo 162462 homens e 155.657 mulheres.

Tabela 1 – Taxa de Urbanização da População Urbana Rural e Taxa e Ruralidade e


População Total no Território Litoral Extremo Oeste.
MICRO DENSIDADE DEMOGRÁFICA
MUNICIPIOS POPULAÇÃO TOTAL (Hab/Km²)
TERRITÓRIOS

Chaval 12.215 49,28


MICRO I Barroquinha 14.812 30
Camocim 58.470 48,12
Granja 51.410 18
MICRO II Martinópole 10.304 13,46
Uruoca 12.973 16,78
Acaraú 52.123 58,62
MICRO III Cruz 22.114 38,17
Jijoca 15.442 61,96
Marco 23.107 35,15
MICRO IV Bela Cruz 29.566 3,66
Morrinhos 21.111 44,54
Total do Território 323.677 -

Fonte: IBGE, 2007.

Conforme a Tabela 1 o território tem apenas três municípios (Camocim, Granja


e Acaraú) acima de 50 mil habitantes, o que corresponde a 25% do total de
municípios. Neste sentido, temos 75% dos municípios abaixo de 50 mil habitantes os
quais são segundo critérios adotados pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial
são considerados municipais rurais, portanto, o Territorial Litoral Extremo Oeste tem
um alto índice de ruralidade.

2.2 Características Estratégicas do Território

Na Tabela 2, verifica-se a área que abrange cada município, vias de acesso,


bem como a distância em linha reta à capital do Estado.

11
Tabela 2 – Características Geográficas Estratégicas nos Micro Territórios
DISTÂNCIA
MICRO ÁREA
MUNICÍPIOS À CAPITAL
TERRITÓRIOS (KM²) VIAS DE ACESSO (KM)

MICRO TERRITÓRIO Chaval 238,3 BR-222/CE-168 425,3


I Barroquinha 386.426 BR-222/CE-71/085 413,3
Camocim 1.123,94 BR-222/CE-71 379,3
MICRO TERRITÓRIO Granja 2.687,20 BR-222/CE-71/368 352,3
II Martinópole 298,948 BR-222/CE-71/362 334,3
Uruoca 696,97 BR-222/CE-362 310,3
MICRO TERRITÓRIO Acaraú 255,7 BR-222/CE-085 255,7
III Cruz 334,833 BR-222/CE-354 242,5
Jijoca km²
207,858 BR-222/CE-354 249,9
Marco 574,148 BR-222/CE-178 234,5
MICRO TERRITÓRIO BR-222/CE-168
Bela Cruz 841,718 242,5
IV
Morrinhos 408,878 BR-222/CE-354 220,7
Fonte: Adaptado do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil – PNUD, 2003.

2.3 Formação Histórica do Território

No Território Litoral Extremo Oeste, as cidades foram sendo formadas quase


que simultaneamente, através do crescimento de vilarejos em torno das capelas,
fazendas e tribos indígenas, que nesse período sofriam processo de catequese
jesuítica, esse território apresenta como característica: imigrantes oriundos de outras
regiões do estado, muitos fugindo da seca ocorrida em 1877. Hoje se denominam
através da historicidade vivida, as atuais cidades de Barroquinha, Uruoca, Acaraú,
Cruz, Jijoca de Jerocoacoara, Marco, Martinópole, entre outras.
A maioria desses municípios apresentava na sua formação tribos indígenas,
como a tribo dos índios Tremembés, comunidade indígena de queimada e a
comunidade indígena do córrego das Telhas, dentre outras. Essas tribos
desempenharam papéis importantes na formação histórica desse território,
apresentando até hoje algumas características de herança cultural, como o artesanato
e a alimentação.
No território não existem quilombos oficiais, mas registra-se a presença de
descendentes de quilombolas, existindo, portanto a necessidade do resgate cultural
desses habitantes.
O território ainda sofreu influência de pescadores imigrantes do Sul do País
que viram na região um potencial pesqueiro muito grande, como ocorreu com a região
onde hoje se encontra o município de Acaraú.

12
3 DIAGNÓSTICO TERRITORIAL
O diagnóstico é um componente fundamental na elaboração do PTDRS. Trata-
se de uma leitura participativa da realidade numa perspectiva territorial. Ele é
composto a partir das dimensões de sustentabilidade: sociocultural e educacional,
ambiental, socioeconômica e política institucional.

3.1 Dimensão Sociocultural Educacional

A dimensão Sociocultural Educacional procura identificar e resgatar a história


da formação dos territórios e as características sociodemográficas da diversidade
sociocultural, bem como as suas relações com os direitos à educação, saúde e o
fortalecimento da identidade cultural, visando à construção da sustentabilidade
democrática do desenvolvimento dos territórios. Com uma abordagem no contexto das
características demográficas, situação da saúde, saneamento, educação, índices de
desenvolvimento e cultura no território.

3.1.1 Aspectos Sociodemográficos

Os dados de mulheres, jovens e idosos foram obtidos através do último censo


do IPECE.

Tabela 3 - Estimativa da População de Mulheres, Jovens e Idosos no Território Litoral


Extremo Oeste
MICRO MUNICÍPIOS POP. DE MULHERES JOVENS** IDOSOS***
TERRITÓRIOS MULHERES* (%)
Barroquinha 7.258 49 38,24 6,22
MICRO Camocim 29.401 50,28 37,42 5,36
TERRITÓRIO I
Chaval 6.252 51,18 37,60 5,62

MICRO Martinópole 5.122 49,70 38,87 6,28


TERRITÓRIO II 48,62 39,62 6,16
Granja 24.996
Uruoca 6.356 48,99 37,53 6,68

MICRO Acaraú 25.192 49,29 38,42 5,95


TERRITÓRIO III 49,91 37,25 5,80
Cruz 11.052
Jijoca de 50,29 39 4,91
7.766
Jericoacoara
MICRO Bela Cruz 14.428 48,80 38,45 5,64
TERRITÓRIO IV 47,90 40,82 5,63
Marco 11.068
Morrinhos 9.962 47,19 40,08 6,36
Fonte IPECE, 2007*: IPECE, 2009**.

13
3.1.2 Índices de Desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, mede o desenvolvimento humano


de uma unidade geográfica através do cálculo da combinação de três componentes
básicos: educação – combinação da taxa de alfabetização de adultos e a taxa
combinada de matrícula nos níveis de ensino fundamental, médio e superior;
longevidade – reflete as condições de saúde da população, medida pela esperança de
vida ao nascer; e renda – medida pelo poder de compra da população, ajustado pelo
PIB per capita ajustado ao custo de vida local para torná-lo comparável entre países e
regiões. Quanto mais próximo de 1, o valor deste indicador, maior será o nível de
desenvolvimento humano do município ou região.
Tabela 4 – IDH, IDH-Educação, IDH-Longevidade, IDH-Renda do Território do Litoral
Extremo Oeste
IDH IDH IDH
MICRO IDH
MUNICÍPIO Educação Longevidade Renda
TERRITORIO

Barroquinha 0,551 0,626 0,570 0,457


I Camocim 0,629 0,715 0,630 0,541
Chaval 0,579 0,686 0,570 0,480
Martinopole 0,583 0,667 0,621 0,462
II Granja 0,554 0,559 0,660 0,442
Uruoca 0,587 0,631 0,681 0,449
Acarau 0,617 0,673 0,671 0,506
III Cruz 0,643 0,732 0,709 0,489
Jijoca de Jericoacoara 0,623 0,689 0,653 0,526
Bela Cruz 0,595 0,703 0,621 0,461
IV Marco 0,616 0,692 0,654 0,502
Morrinhos 0,608 0,697 0,654 0,472
Fonte: IBGE/IPECE. 2008.

Para classificar mais especificamente o desenvolvimento humano foram


estabelecidos três critérios: até 0,499 – nível considerado baixo; de 0,500 a 0,799 –
nível considerado médio e acima de 0,800 considerado alto. Nesta perspectiva o
território do Litoral Extremo Oeste apresenta tanto no IDH educação e longevidade um
nível médio de desenvolvimento, todavia no IDH renda do total de doze municípios,
apenas quatro apresentam um nível um pouco acima de 0,500. No índice geral da
combinação dos três indicadores o IDH em todo o território é classificado como médio.

14
3.1.3 Aspectos Educacionais
A área educacional é um complexo de atividades que envolvem informações
de muitas variáveis sobre ensino, aprovação, reprovação, aprendizagem e formação
do individuo. Desde a alfabetização de crianças até os adultos, da Educação Básica e
do Ensino Superior, são muitas as análises que foram diagnosticadas dentro do
território, para as proposições do PTDRS. Dentre as variáveis que retratam o
desenvolvimento humano e em especial a educação, para ilustrar um aspecto além do
índice de desenvolvimento já apontado como médio, a Tabela 5 apresenta a
infraestrutura existente no território em relação ao número de escolas estaduais,
municipais e particulares por cada micro território Litoral Extremo Oeste.

Tabela 5 – Escolas Estaduais, Municipais e Particulares do Território Litoral Extremo


Oeste
MICRO Escolas Escolas
Escolas Estaduais
TERRITÓRIOS Municipais Particulares
MICRO I 7 118 13
MICRO II 5 79 6
MICRO III 8 106 6
MICRO IV 4 115 8
TOTAL 24 418 33
Fonte: Dados Território, 2010.

3.1.4 Aspectos da Saúde

O IDH relativo à longevidade no Território Litoral Extremo Oeste apontado


anteriormente na tabela 4 reflete as condições de saúde da população, medida pela
esperança de vida ao nascer, que se encontra classificado como nível médio. É
possível apresentar outros aspectos da saúde no território, conforme a Tabela 6
quanto ao número de leitos por 1000/hab, e a quantidade de profissionais de saúde
que se constituem em indicadores de saúde que possibilitam a gestão territorial,
somados a outros. Com este somatório de aspectos é possível delinear o perfil
territorial na atenção a saúde como um grande aporte para o desenvolvimento
sustentável, se devidamente tratados.

15
Tabela 6 – Numero de Leitos e Profissionais da Saúde do Território Litoral Extremo
Oeste

Nº DE LEITOS (MIL Nº DE PROFISSIONAIS


MICROS MUNICÍPIOS
HAB.) DA SAÚDE

Barroquinha 0,0 50
I Camocim 2,10 251
Chaval 2,37 50
Martinópole 2,33 25
Granja 0,62 46
II
Uruoca 0,87 33
Acaraú 1,24 159
Cruz 2,50 100
III
Jijoca de Jericoacoara 0,0 77
Bela Cruz 1,01 97
Marco 1,42 123
IV
Morrinhos 0,94 68
Fonte: Dados municipais, 2010; IPECE, 2007; IPECE, 2009.
ND – Não disponível

3.1.4.1 Saneamento

A Tabela 7 apresenta a situação de saneamento básico rural/urbano no


território litoral do extremo oeste apresenta-se com algumas necessidades básicas.
Alguns municípios destacam-se por apresentarem taxas de cobertura mais elevadas,
em detrimento de outros que apresentam realidades que impõem à necessidade de
políticas públicas emergenciais. Pois a deficiência sanitária torna-se um dos grandes
problemas de saúde pública no território, apesar de alguns municípios iniciaram o
saneamento básico.

Tabela 7-Taxa da Cobertura de Esgoto por Município


Micro Municípios Taxa de cobertura Urbana de Esgoto
(%)
15
Barroquinha

I Camocim 35

Chaval ND

Martinópole ND

Granja ND
II
Uruoca 35

Acaraú 22,5

16
Micro Municípios Taxa de cobertura Urbana de Esgoto
(%)
III Cruz ND

Jijoca de Jericoacoara 6

Bela Cruz ND
IV Marco 5,2

Morrinhos ND
Fonte: Perfil Básico Municipal, 2009.
ND = Não divulgado

3.1.5 Aspectos Culturais

O Território Litoral Extremo Oeste por apresentar variadas manifestações


culturais desenvolve programas no sentido de apoiar, resgatar e divulgar sua cultura.
Contudo ainda há uma grande carência de investimentos e interesse por parte da
sociedade de incentivar este setor, embora já tenha havido mudanças que
incentivaram o apoio e desenvolvimento cultural.
Um dos exemplos de investimentos na cultura está no município de Uruoca,
que conta com uma pesquisa de campo denominada mapeamento cultural, com
levantamento das diversas áreas e manifestações da cultura, bem como, seus
participantes, organizadores locais e público alvo, tudo organizado em um cadastro
municipal. Este mesmo município apresenta o festival de música, além do festival de
quadrilhas.
Outros municípios investem em manifestações como em Jijoca de
Jericoacoara onde ocorre o Festival de Quadrilhas regionais no mês de Junho dias 26
e 27; a festa da padroeira local Santa Luzia de 04 a 13 de dezembro; e o campeonato
de Wind Surf em Jericoacoara, sendo que estes eventos já entraram para o calendário
cultural do município.
No município de Marco um dos mais importantes eventos culturais e que
atraem muitos visitantes é o Chitão Maravilha de Marco, abre com festival de
quadrilhas. Já foram realizados 45 eventos deste, anualmente deste1963. Em outros
municípios, como Morrinhos, os festivais de quadrilha sempre acontecem resgatando
uma antiga manifestação cultural da população.
Bela Cruz conta com programas permanentes de incentivo a leitura, através
da Biblioteca pública e as escolas municipais e aplica a metodologia de estudo de
nossa realidade com os temas transversais de história, arte, e cultura Afro -
descendentes e indígena.
17
3.1.6 Análise Territorial da Dimensão Sociocultural Educacional

AMBIENTE INTERNO
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
-Existência de espaços de participação -Participação da família na vida comunitária
social (conselhos setoriais)
-A inexistência e deficiência na atuação de
-Existência da Guarda Municipal em Conselhos de Direitos e Tutelar
alguns municípios
-Proximidade dos magistrados com
-Existência de casa de apoio para comunidade
crianças e adolescentes vítimas de
violência -Ausência de Centro de Reabilitação para
Usuários de Drogas e Ausência de IML.
-Conhecimentos de plantas medicinais
para a cura e tratamento de doenças -Subnotificação dos casos de HIV (em
particular no município de Marco)
-Cobertura de 100% da Estratégia da
Saúde da Família (Antigo PSF) -Altos índices de gravidez na adolescência

-As ações eficientes de conscientização e -Não existência de salas de estabilização


de vistoria no combate da dengue nos hospitais

-Baixa taxa de mortalidade materna e - baixa infraestrutura – ocasionando a


infantil proliferação da Doença de Chagas

-Alta cobertura vacinal -Deficiente trabalho continuado de educação


voltado aos agravos da saúde
-.Existência de um Hospital
-Deficiência no monitoramento da qualidade
-Cobertura de assistência de saúde da água
mental (CAPS)
-Insuficiência de equipamentos e de
– Sistema Integrado de Saneamento infraestrutura hospitalar, laboratorial e
Rural para realizar a gestão hídrica pela médica
sociedade civil
-Falta de legislação específica no
-Existência de LACEN (Laboratório central gerenciamento do saneamento na zona rural
de saúde pública)
-Ausência de código sanitário municipal.
-. Programa de Transporte Escolar
-Inexistência de aterros sanitários
-.Formação Continuada dos Professores
-Grande nº de cemitérios clandestinos
- Eventos Culturais
-Qualidade precária de ensino e
-Presença do Instituto Federal de aprendizagem
Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE
-Interferência política partidária na lotação
-Duas Escolas Indígenas no Território de professores e no sistema de avaliação de
desempenho.
-.Existência de capacitação de formação
de professores indígenas nível médio -Alto índice de evasão Escolar

-Fraca atuação das famílias na comunidade

18
escolar.

-Infraestrutura precária das escolas, em


particular na zona rural

AMBIENTE EXTERNO
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
-Exploração Sexual e tráfico de drogas -Vários programas de saúde
disponibilizados pelo governo federal e
-Turismo sexual estadual

-Não aprovação da Emenda 29 -Planos Municipais de Saúde em processo


(Passar de 10 % a 15% dos recursos de elaboração para 2010-2014
orçamentários previstos na Constituição)

-Assoreamento do Rio Acaraú -Políticas Públicas Federais e Estaduais

-Violência e trabalho infantil -Olimpíadas 2016, Copa 2014

-Emendas individuais de Deputados para -Investimentos nas zonas turísticas


grandes eventos apenas;
-Programa 2º Tempo e Esporte e Lazer na
-Concentração de investimentos em Cidade
grandes eventos na área da cultura
-Complexo esportivo – Praça da Juventude
– Ministério do Esporte
Quadro 2 – Ambiente interno e externo da dimensão socioculturaleducacional
Fonte: Arquivo do território, 2009.

3.2 Dimensão Ambiental

A Dimensão Ambiental consiste na valorização da proteção e conservação do


ambiente traduzido nas unidades de conservação e áreas prioritárias e avaliação da
situação das características do meio ambiente: geológicas, geo-climáticas,
geomorfológicas, hidrológicas, edafológicas e vegetativas dos territórios e seu bioma,
assim como a diminuição dos passivos ambientais , refletido pelos impactos e
desequilíbrios, portanto buscando o resgate socioterritorial e cultural de seu equilíbrio
para a sustentabilidade.

3.2.1 Identificação do Patrimônio Ambiental

No Território Litoral Extremo Oeste existe uma Unidade de Conservação, a do


Parque Nacional de Jericoacoara, resgatando o patrimônio local que se encontra livre
de desmatamentos e da ação humana.

19
3.2.2 Unidades de Conservação

No território pode ser apontado como Unidade de Conservação o Parque


Nacional de Jericoacoara. Este foi criado em fevereiro de 2002, a partir da
recategorização parcial da Área de Proteção Ambiental criada em 1984, e teve seus
limites redefinidos em junho de 2007. O objetivo é proteger amostras dos
ecossistemas costeiros, assegurar a preservação de seus recursos naturais e
proporcionar pesquisa científica, educação e interpretação ambiental e turismo
ecológico.
O Parque Nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade. A gestão da unidade é participativa junto às
comunidades do entorno. Possui um Conselho Consultivo composto por
representações da sociedade civil organizada, e instituições governamentais, de forma
paritária.
O Parque oferece um considerável e admirável potencial turístico, porém não
se pode perder de vista o predomínio do empresariado hoteleiro presente na praia.

3.2.3 Características Geoambientais do Território

3.2.3.1 Características Geológicas

No Território Litoral Extremo Oeste é constituído principalmente de rochas do


embasamento cristalino do Pré-Cambriano inferior e médio. No embasamento
predominam as seguintes litologias: gnaisses, xistos, filitos, anfibolitos e ardósias.
Também ocorrem rochas do Fanerozóico, bordejando a porção leste da bacia,
representadas pelo Grupo Serra Grande no período Siluriano-Devoriano. Afloram na
porção norte da área rochas do grupo Barreiras, depositadas durante o Terciário-
Quaternário. Além disso, ocorrem dunas, paleodunas, e aluviões do quartenário nas
regiões costeiras.

3.2.3.2 Características Geomorfológicas

As unidades geomorfológicas que compõe o território são os Tabuleiros Pré-


Litorâneos, Planície Litorânea e Depressão Sertaneja.
Tabuleiros Pré-Litorâneos constituem a unidade morfológica mais expressiva
da área. Trata-se de uma superfície plana com caimento suave em direção a linha da

20
costa, constituída por sedimentos mio-pleistocênico à formação Barreiras. A formação
barreiras é composta litologicamente por sedimentos areno-argilosos, de coloração
cinza-clara, avermelhada, creme ou amarelada, com granulação variando de fina a
média.
Planície Litorânea, esta feição é caracterizada por apresentar uma drenagem
sinuosa de canais largos; dunas que formam cordões quase contínuos ao longo da
costa, com notável paralelismo entre si, abrangendo uma faixa em tornos de 2,5 km de
largura. Situam-se entre a superfície pediplanada ou as formas tabulares e a faixa de
praia. Nestas áreas foram identificadas tanto dunas móveis como fixas.
A Depressão Sertaneja abrange ampla superfície pediplanada caracterizada
por altitudes baixas a médias, com altos e baixos estruturais, em que predominam
rochas do embasamento cristalino e solos pouco a moderadamente desenvolvidos
assim como formações vegetacionais diversas, com predomínio das caatingas. O
relevo é constituído por uma topografia plana à suavemente inclinada. Esta feição
caracteriza a área parcialmente instável, está sujeita a inundações periódicas por
ocasião do transbordamento dos leitos naturais dos rios da região.

3.2.3.3 Características Geoclimáticas.

O Território Litoral Extremo Oeste apresenta clima semiárido caracterizado por


duas estações distintas: uma chuvosa no verão e outra seca. A precipitação média
anual é da ordem de 1.000 mm, bem superior a média pluviométrica do Estado do
Ceará. Isto se justifica por estarem localizados na zona Litorânea, sendo que de
janeiro a abril se concentram 80% das chuvas. As chuvas ocorrem de forma bastante
irregular ao longo do ano, com caráter torrencial no primeiro semestre. Em alguns
municípios do território, principalmente naqueles localizados na Depressão Sertaneja a
média pluviométricas é inferior a 1000 mm.
Em relação à temperatura a média anual registrada pelas estações
meteorológicas localizadas no território está em torno de 28 °C. A temperatura máxima
média está em torno de 32ºC e a mínima média varia de local para local, em função da
maior ou menor exposição aos sistemas atmosféricos extratropicais. Esta variação fica
entre 28 °C a 32°C, resultando em índices de evapotranspiração superiores a 1.000
mm anuais.
Como características climáticas o território apresenta Média anual de 989,58, e
os meses mais chuvosos: março, abril e maio; meses menos chuvosos: outubro,
novembro e dezembro; Período chuvoso: 6 meses (janeiro a junho).

21
3.2.3.4 Características Edáficas

O Território apresenta uma grande variedade de solos e relevo, contribuindo


também para a diversificação vegetal, além de ser determinante para a agricultura.
Conforme Silva (2007) as classes de solos mais representativas do Território Litoral
Extremo Oeste, são Latossolos vermelho-amarelos; Argissolos vermelho-amarelos;
Planossolos (Planossolo Solódico e Solonetz Solodizado); Neossolos Flúvicos (Solos
Aluviais); Neossolos Litólicos (Solos Litólicos); Neossolos Quartzarênicos (Areias
Quartzosas); Gleissolos (Solonchak Solonétzico e Solos Indiscriminados de Mangue).

3.2.3.5 Características Vegetacionais

O território apresenta uma vegetação bastante diversificada em função das


condições de solo e clima predominantes de acordo com cada município integrante. A
vegetação predominante no território é a de Restinga e Manguezal, destacando-se as
áreas das formações pioneiras de influência marinha.
Áreas das formações pioneiras de influência marinha (vegetação de restinga e
manguezal), os mesmos sofrem influência fluviomarinha onde nasce uma vegetação
de ambiente salobro que também apresenta fisionomia arbórea e arbustiva; são
encontrados em quase todo o litoral brasileiro, mas as maiores concentrações
aparecem no litoral norte e praticamente desaparecem.
Áreas das formações pioneiras ou de influência fluvial (vegetação aluvial) é um
tipo de vegetação que ocorre nas áreas de acumulação dos cursos dos rios, lagoas ou
assemelhados; a fisionomia vegetal pode ser arbórea, arbustiva ou herbácea,
formando ao longo dos cursos dos rios as Matas-Galerias.
A Caatinga arbórea tem como principais espécies mais representativas o pau
branco, o angico, a aroeira, o pereiro, a imburana, o pau d‟arco e o juazeiro. O estrato
arbustivo é composto por espécies como feijão bravo, marmeleiro, jurema preta,
cumaru, violeta, pereiro, cardeiro e jurubeba. As folhas apresentam-se miúdas e em
hastes espinhentas, adaptadas para conter o alto índice de evapotranspiração,
geralmente superior a 2000 mm/ano.
Em todos os municípios do território Litoral Extremo Oeste uma das vegetações
mais predominantes é o complexo vegetacional da Zona Litorânea, estando ausente
apenas em Morrinhos, destacando também os mangues.

3.2.3.6 Características Hidrológicas

22
Quanto à cobertura hídrica, alguns municípios do Território Litoral Extremo
Oeste apresentam-se banhado pelas bacias hidrográfica dos rios Coreaú e Acaraú. Há
ainda o Perímetro Irrigado de Marco, que merece destaque entre os recursos hídricos
disponíveis no território além de outros pequenos açudes e lagos.

3.2.3.7 Bacia do Rio Acaraú

A Bacia do Acaraú compreende uma área de 14.500Km², cerca de 10% da


área total do estado e é formada pelo rio do mesmo nome e seus afluentes. É
considerada a segunda maior bacia hidrográfica do Ceará. A nascente do rio Acaraú
localiza-se na serra das Matas, no município de Monsenhor Tabosa. Vale destacar
que o assoreamento do vale do rio e o conseqüente transporte de sedimentos para a
zona costeira resultam em impactos tanto na fauna aquática fluvial quanto na fauna de
mangue, localizada na área de foz.

3.2.3.8 Bacia hidrográfica do Rio Coreaú

A bacia hidrográfica do Rio Coreaú drena uma área de 10.500 Km² e engloba,
além dela própria, algumas pequenas bacias que deságuam diretamente no Atlântico,
dentre as quais destacam-se a dos rios Timonha, Remédio, Pesqueira e a do riacho
Parezinho. O Coreaú, Rio mais importante da bacia, tem suas nascentes localizadas
no planalto da Ibiapaba. Em seu baixo curso, na faixa costeira, existem inúmeras
lagunas e lagoas de expressiva beleza. Vários são os açudes construídos na bacia,
destacando-se o Gangorra e o Angicos. Grande parcela da demanda da água da
região, voltada principalmente para o abastecimento humano, é atendida por lagoas,
sendo as principais: a Grande, da Moréia, do Boqueirão e da Jijoca. Os municípios
banhados pelo Rio são: Alcântaras, Camocim, Coreaú, Cruz, Granja, Jijoca de
Jericoacoara, Moraújo, Uruoca, Viçosa.
O território conta ainda como recurso hídrico artificial com o Perímetro Irrigado
Baixo-Acaraú que está localizado no trecho final da bacia do Rio Acaraú, abrangendo
áreas dos municípios de Acaraú, Bela Cruz e Marco. A implantação do perímetro
irrigado foi iniciada em 1983, enquanto os serviços de administração, operação e
manutenção da infra-estrutura de uso comum, tiveram início no ano de 2001.

3.2.4 Bioma

Entre os principais biomas do Território Litoral Extremo Oeste destaca-se os


mangues, as restingas e falésias e a caatinga.

23
No território podem ser encontrados os seguintes tipos de mangues, são eles:
O Rhizophora mangle é um arbusto facilmente identificado por suas raízes de formato
arqueado, que apóiam a planta no chão, aumentando sua área de sustentação -- uma
nítida adaptação ao solo pouco firme do manguezal. A Avicennia tomentosa,
popularmente chamada "siriúba", ocorre mais freqüentemente nos manguezais
próximos à orla marítima. Sua principal característica é apresentar raízes cujas
extremidades afloram perpendicularmente ao solo, os pneumatóforos. Outra
adaptação curiosa das plantas do manguezal é o alto potencial osmótico de suas
células, muito maior do que o das células de plantas que vivem em outras regiões.
Nos manguezais vivem diversas espécies de caranguejos e moluscos. Também são
encontradas aves aquáticas, entre as quais garças e diversas espécies de pássaros
(IESAMBI, 2009).

3.2.5 Impactos e Desequilíbrios Ambientais

Os fatores de desequilíbrio do território podem ser considerados de dois tipos:


Os naturais e os desencadeados pelos homens.Estas atividades juntamente com as
características naturais do próprio território são fatores responsáveis pela degradação
ambiental existente.
Dentre os problemas ambientais do território podem ser apontados os
desmatamentos, queimadas, a lixiviação do solo, a contaminação do lençol freático e a
eliminação de espécies de flora e fauna, aterramento do manguezal e degradação das
matas ciliares, problemas provenientes da agropecuária, poluição dos recursos
hídricos e desertificação.
Outras questões como o saneamento básico insuficiente, a falta de estradas
em boas condições, a grande deficiência quanto a mobilização para a preservação
ambiental, são fatores preocupantes do nosso território.
A degradação do manguezal tem causado desequilíbrios no ecossistema
estuarino, provocando mortandade da ictiofauna, crustáceos e moluscos,
desequilibrando o sistema ecológico e socioeconômico e afetando as populações que
subsistem desses recursos. Os desmatamentos aceleram a eutrofização e os
processos erosivos dilapidam as heranças ambientais registradas nas paisagens,
produzindo assoreamento dos fundos de vales, desarticulando o ciclo hidrológico e
impactando a biodiversidade.
Outra atividade com destaque no território é o turismo, devido a mudanças
estruturais nas formas de produção, no mosaico paisagístico, nas formas de uso e

24
ocupação da terra, deflagrando-se processos de desterritorialização da população
nativa e conflitos de uso pelos recursos naturais.

3.2.6 Análise Territorial da Dimensão Ambiental

A análise territorial foi trabalhada junto ao Colegiado através da metodologia da


matriz denominada „FOFA‟ para construir o instrumento de análise do ambiente interno
e externo que aponta no Quadro 3 os pontos fracos e fortes, bem como as ameaças e
oportunidades a partir do diagnóstico desta dimensão.
AMBIENTE INTERNO
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
-Pescadores nativos -Desmatamento e queimadas,
agrotóxicos.
-Programa Selo Município Verde
-Degradação dos recursos hídricos
- Grande quantidade de catadores de lixo (qualidade).
Coleta seletiva
-Lixão
-Boa parte dos municípios conta com o
Conselho CONDEMA -Precariedade da atuação das instituições
de fiscalização ambiental (CONDEMA,
-Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú SEMACE, IBAMA, CONPAM)

-Precariedade da utilização dos solos e


equipamentos, do Perímetro Irrigado do
Baixo Acaraú.

-Irrigado contaminação de vários


espelhos de água com esgotos e
agrotóxicos
AMBIENTE EXTERNO
AMEAÇAS OPORTUNIDADES

25
-Carcinicultura ilegal -PRODETUR – Programa de
desenvolvimento do Turismo (rota das
-Especulação imobiliária para a “emoções”)
implantação da energia eólica
desorganizada espacialmente. -Comitê de Bacia hidrográficas

-Falta de programa de educação -Experiências agroecológicas (ATER) das


ambiental ONG‟s e entidades.

- Aeroporto internacional (impacto -APA de Jericoacoara e do delta do


ambiental através da especulação Parnaíba
imobiliária turística)
-Projeto de proteção do peixe-boi
-Desrespeito as APP‟s dos rios Acaraú e (ICMBio + IBAMA)
Coreaú.
- Aeroporto internacional (infra-estrutura
de transporte)

-Órgãos ambientais municipais.

-Fóruns existentes: semi-árido, dentre


outros.
Quadro 3 – Ambiente Interno e Externo da Dimensão Ambiental
Fonte: Arquivo do território, 2010.

3.3 Dimensão Socioeconomica

O estudo desta dimensão visa identificar potencialidades e entraves para o


desenvolvimento dos municípios que compõem o território, através da agricultura e da
pecuária em bases agroecológicas; agregar valor com comercialização e implantação
de agroindústrias; apoiar e fortalecer a comercialização dos produtos da agricultura
familiar; e capacitar os agricultores com foco na diversidade e na realidade da
agricultura familiar.
A Figura 2 mostra o Gráfico da População Economicamente Ativa dos
municípios do Território Litoral Extremo Oeste.

26
Figura 2 - Gráfico da População Economicamente Ativa dos
Municípios do Território Litoral Extremo Oeste
Fonte: IPEADATA, 2000; PNUD/Atlas do Desenvolvimento Humano, 2003.

3.3.1 Trabalho, Renda, Desigualdade e Pobreza

Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), censo


demográfico de 2000, a população total do território Litoral Extremo Oeste é composta
de 286.167 habitantes, nos quais 36,47% da população é economicamente ativa. O
micro território com maior participação é no Micro Território IV com 38,42%, e também
nesse mesmo micro território está o município com maior e menor porcentagem da
IPEA, destacamos: Marco com 38,68%, e a menor porcentagem é no município de
Martinópole com 27,58%. A identificação desses dados torna-se importante para
compreender o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo
desse município. O IBGE considera economicamente ativas as pessoas com 10 anos
ou mais, que se encontram ocupadas ou que estão procurando uma ocupação.
O PIB per capita, produto interno bruto dividido pela população total, do território
Litoral Extremo Oeste, em 2007, atingiu o valor de R$ 2.755,08, valor este bem inferior
ao que foi registrado no Estado do Ceará no mesmo ano, R$ 6.149,03, dados
coletados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE, 2007).
Um segundo indicador que ajuda a identificar o grau de desenvolvimento e poder
aquisitivo da população é a renda per capita, Entende-se aqui por renda per capita
como razão entre o somatório da renda familiar per capita de todos os domicílios e o
número total de domicílios no município. A renda familiar per capita de cada domicílio
é definida como a razão entre a soma da renda mensal de todos os indivíduos das
famílias residentes no domicilio e o número dos mesmos. Segundo dados da
PNUD/Atlas do Desenvolvimento Humano (2003), o território Litoral Extremo Oeste
27
apresentou uma pequena variação entre os anos de 1991 e 2000, passou de R$ 52,85
para R$ 71,39 durante o período analisado. Com destaque para o município Camocim
com R$ 99,73 no ano de 2000. Os baixos valores de renda per capita refletem nos
níveis de pobreza da população do território dados estes que mostram a grande
disparidade que existe dentro desse território.
Outro fator analisado foi a porcentagem da renda proveniente de transferências
governamentais. Em 1991, apenas 11,84% da renda da população do território Litoral
Extremo Oeste foi proveniente de transferências governamentais. Já no ano 2000,
ocorre um salto para 19,00% dessa participação. Contraponto a esses dados, a
porcentagem da renda proveniente de rendimentos do trabalho, reduziu no mesmo
período, passou de 83,81% em 1991, para 59,43% no ano 2000. Um dos fatores que
explicam esse aumento das transferências e uma redução dos rendimentos do
trabalho foi a inclusão por parte do governo de auxílios de subsistência ou políticas de
transferência de renda para população mais carente.

3.3.2 Estrutura Fundiária

A estrutura fundiária do Território Litoral Extremo Oeste é fortemente


concentrada em grandes e médias propriedades com poucos imóveis e uma forte
concentração de terras para poucos agricultores. Os micro territórios I, II e IV detêm
quase a totalidade das grandes propriedades e boa parte das médias propriedades. A
concentração das terras na região é um dos grandes entraves no crescimento e
desenvolvimento da agricultura familiar. Essa forte concentração se torna um entrave
para o desenvolvimento da agricultura familiar de forma sustentável e o fortalecimento
da comercialização dos produtos da agricultura familiar.
Com relação aos assentamentos, diversas fontes de financiamentos são
direcionadas para esses trabalhadores da pequena propriedade, o agricultor familiar
ainda sofre com a concentração de terras e as áreas de assentamentos criadas não
são suficientes para a desconcentração de terras e o melhor aproveitamento dessas.
No período analisado existem apenas 415 imóveis de grande e média propriedade,
correspondendo assim a mais de 50% da área aproveitável, enquanto um pouco mais
de 4.000 imóveis são destinados aos pequenos agricultores. Muitos agricultores ainda
são obrigados a trabalhar em regimes de arrendatário e não conseguem acessar
crédito para qualquer investimento ou melhorias de vida já que falta o elemento
primordial para qualquer atividade que possa ser desenvolvida nos próximos anos.

28
3.3.3 Infraestrutura

Para o desenvolvimento de uma região é necessário infraestrutura em


transportes, energia elétrica e distribuição de água, dentre outros. Assim, foram
analisados os consumidores de energia elétrica por classes de consumo para o ano de
2008 no território. A maior utilização de energia elétrica é das residenciais com 68.715,
seguido pela população rural com 12.470 famílias sendo beneficiadas. A energia
elétrica é um importante indicador para o desenvolvimento econômico e a rede elétrica
precisa chegar de forma mais rápida no campo, pois o mesmo ainda é bastante
prejudicado pela falta de iluminação.

3.3.4 Análise Territorial da Dimensão Socioeconômica


AMBIENTE INTERNO
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
- Atividades econômicas - Terras de vazantes não aproveitadas por
diversificadas questões fundiárias
- Condições edafoclimáticas - Prática de desmatamento queimada e uso
- Oferta hídrica/perímetro irrigado indiscriminado de agrotóxico
-Litoral extenso - Mão–de-obra com pouca qualificação
-Terras de vazantes com pouco - Perda das identidades do homem e mulher
aproveitamento e sem do campo
questionamento fundiário - Escolas desvinculadas da realidade do
-Energias renováveis campo
-Cobertura vegetal ainda presente - Processo de comercialização desvantajosa
- Potencial aquícola para o produtos
- implantação da carcinocultura - Relação oprimido versus opressor anda
sustentável presente no campo
potencial turístico - Nível organizativo deficiente para acessar às
-Artesanato diversificado com políticas públicas, em particular no crédito,
disponibilidade de matéria prima beneficiamento e comercialização
-Praia arpoeira(a segunda maior Capacitação em artesanato deficiente
praia seca do mundo)
-Gastronomia regional - Pesca predatória
- Agroindústrias (ex. casas de farinha) - Implantação da carcinocultura praticada com
- Pequenos e médios efeitos danosos
empreendedores turísticos - Exploração intensiva de jazidas e areia
- Potencial para práticas de esporte - Efeitos negativos dos fenômenos naturais
radical potencializados pelas práticas agrícolas, de
-Terras produtivas pesca e aqüicultura inadequadas ou por não
-Disponibilidade hídrica efetivação de ações do poder público
-Zona litorânea municipal
-Perímetro Irrigado e assentamentos -Turismo sexual
-Cadeias - Carnaúba, mandioca, caju, - Energia eólica mal localizada
turismo, apicultura, - Pouca organização dos produtores
bovinocaprinocultura, artesanato e - Deficiência na comercialização da produção
pesca e na manutenção dos mercados públicos
29
-Riquezas naturais Ex. Jericoacoara -Infra-estrutura de turismo deficiente
enquanto Parque Nacional -Rede hoteleira insuficiente
-Rota turística estruturada de forma incipiente
-Sazonal idade da atividade turística
-Centros de venda de artesanato inexistentes
ou mal utilizado.
AMBIENTE EXTERNO
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
- Organizações criminosas voltadas - Parcerias pontuais
ao tráfico de drogas e a prostituição - Programas governamentais
- Alternativas para convivência com a - Organizações nacionais e internacionais
estiagem e enchentes voltadas ao desenvolvimento rural/territorial
-Especulação imobiliária -Programas governamentais voltados à
- Efeitos negativos dos fenômenos promoção da cultura e ao artesanato
naturais por não efetivação de ações - Território da Pesca e Turismo e Energias
governamentais, em particular, alternativas (eólica e solar)
voltados aos efeitos das enchentes -Energia eólica
para os pescadores - Linhas de crédito, editais para captação de
- Especulação imobiliária recursos
- Impacto ambiental por práticas - Aproximação do Porto de Pecém e
agrícolas, pesca ou mineral Construção de galpão de recebimento de
praticadas em outros territórios e por embalagens vazias de agrotóxicos
empreendimentos imobiliários -Comercialização em feiras territorial e
-Aumento de turismo sexual estadual da Agricultura Familiar com selo dos
-Grilagem de terras produtos.
-Política pública deficiente na
captação e distribuição de recursos
hídricos
- Uso indiscriminado de agrotóxicos e
destino inadequado para as
embalagens e Cultura de criação de
suínos nos lixões.
-Descontinuidade das políticas
públicas
-Oscilação dos preços no mercado
Quadro 4 – Ambiente Interno e Externo da Dimensão Socioeconômica
Fonte: Arquivo do território, 2009.

30
3.4 Dimensão Político Institucional

A Dimensão Político Institucional consiste na análise das estruturas de poder


existentes nos territórios, visando o fortalecimento das novas institucionalidades e sua
governabilidade sócio-territorial, na perspectiva da configuração de uma moderna
esfera publica ampliada e democrática.
No desenvolvimento dos Territórios Rurais de Identidade, tem surgido um
cenário inovador, com a oportunidade da sociedade civil e do poder público exercer a
tão sonhada democracia, bem como a sua cidadania. Este processo dialogado entre
as partes vem caminhando de forma positiva, com todos os entes participativos e
representativos no território, interessados em desenvolver o mesmo, melhorando as
condições de vida e promovendo o bem estar social.

3.4.1 Gestão Social do Território

A socialização do processo de políticas públicas e a territorialização é


fundamental para a construção da Gestão Social no Território. Quando se trata deste
tema é necessário o reconhecimento de que ainda há um caminho longo a percorrer
na implantação deste processo e conseqüentemente para a implantação do mesmo.

A composição do modelo de gestão, a partir da composição do colegiado


territorial, vem se dando aos poucos, pois estamos em um processo novo, que vem
sendo construído, buscando a equidade de uma representação dos segmentos da
Sociedade Civil, bem como dos órgãos públicos nas três esferas e conseqüentemente
a dinamicidade entre estes.

3.4.2 Comprometimento dos Gestores Públicos com o Desenvolvimento Local


e Territorial

O Território Litoral Extremo Oeste possui alguns contrastes quanto ao


desenvolvimento social e econômico dos municípios. Muitas vezes o potencial de um
município está “camuflado” sobre o desenvolvimento de outro. Dizemos então que
cada território abriga agentes com interesses diferentes. Contamos ainda com a quase
ausência de políticas que promovam uma reversão deste padrão.
As instâncias representativas Municipais, Estaduais e Federais no território,
foram convidadas a participarem conjuntamente para pensarmos alternativas que

31
promovam a implementação e o fortalecimento de políticas públicas para atuar de
forma eficaz nas potencialidades e deficiências do território. Na perspectiva de
consolidar um padrão de desenvolvimento que venha a beneficiar e redistribuir o
planejamento.
Neste intuito foram realizadas as Plenárias e reuniões em vários municípios,
reunindo às Micros, ou todo o território. Na expectativa de favorecer um maior
envolvimento e construir um canal de participação entre os núcleos dirigentes e as
suas respectivas entidades. Possibilitando desta forma, a estas instâncias
representativas um maior envolvimento com o poder público.
Ademais, por mais que tenhamos preparando um “terreno fértil”, para a
lapidação das possibilidades de evolução social, educacional, econômica, ambiental,
entre outros, é visível a tenacidade de algumas representações. Fator este que vêm
dificultando em muitos casos a implementação destinada a solidificar um compromisso
mais eficiente na funcionalidade das políticas públicas.
Torna-se preciso, a participação mais efetiva dos gestores municipais nas
Plenárias e reuniões. Destacando que os representantes têm como função apresentar
um poder de decisão, para que possa tornar mais dinâmico os debates e contribuir na
sugestão de melhorias para suas localidades.
Situações e pistas concretas podem ser reveladas no sentido de demarcar e
aprofundar essa realidade institucional, ambiente profícuo de formulação das políticas
públicas.

3.4.3 Arranjos Institucionais

Os arranjos no território são trabalhados de forma que exista integração


entre poder público e sociedade civil, onde cada um contribui na disposição para que
estes eventos e ações venham se realizar com êxito. Assim os resultados aparecem
com efeitos positivos, sendo que os parceiros buscam se apoiar para o bom
desempenho dos eventos, sempre voltado para o desenvolvimento sustentável e
solidário do território.
O Território Litoral Extremo Oeste possui um capital organizacional
considerável, entre estes pode-se citar o Fórum de convivência pela vida no semiárido.
O Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STTRs, uma Regional da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará – FETRAECE,
associações comunitárias, conselhos, Federações, Comitês municipais, colegiados
territoriais, Comitês das bacias hidrográficas da região e instituições públicas
32
estaduais e Federais como a ADAGRI, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, as
Câmaras Municipais, COGERH, DNOCS, EMATERCE, IBAMA, IDACE, SEMACE,
SEBRAE, FUNASA, IDT, CREDE e Prefeituras Municipais.

3.4.4 Negociação e Articulação Institucional

No Território existem muitas instituições que apóiam e buscam o processo de


desenvolvimento territorial. Entretanto, estas instituições são pouco dinâmicas no
diálogo com a população, sendo que a adoção da perspectiva territorial contempla
uma série de instrumentos de apoio às famílias rurais, que são priorizadas na política
de fomento ao desenvolvimento territorial.
Estamos cientes de muitos problemas que atingem principalmente o meio rural
de nosso território, como as precárias coberturas de abastecimento de água,
saneamento, energia, e a extrema falta de alfabetização, dentre outros.
Seria imprescindível, se pensar estratégias facilitadoras que tem como intuito
nortear e esclarecer de forma dialógica o maior envolvimento da sociedade civil, em
especial às populações rurais. Para que elas possam atuar de forma mais dinâmica
com os setores públicos e ampliar às suas linhas de crédito ligadas aos projetos
desenvolvimentistas.
Os programas sociais do Governo Federal são exemplos práticos que podem
ser mostrados como políticas públicas integradoras nos três níveis governamentais. O
Programa Garantia Safra pode ser destacado, bem como o programa Fome Zero, o
programa educacional Arca das letras e o programa Pescando Letras, dentre outros,
os quais desempenham um apoio concreto a sociedade civil.

33
3.4.5 Análise do Território da Dimensão Político Institucional

AMBIENTE INTERNO
PONTOS FRACOS PONTOS FORTES
-Fragilidade das Instituições que atuam - A constituição do colegiado territorial
no âmbito da Fiscalização propiciando a - A dinâmica do território abriu o canal de
pesca predatória. articulação entre as instituições.
-Nível organizativo deficiente para
acessar às políticas públicas, em
particular no crédito, beneficiamento e
comercialização
- Associações irregulares e alto grau de
inadimplência.

AMBIENTE EXTERNO
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
-Política pública deficiente na captação e -Linhas de crédito, editais para captação
distribuição de recursos hídricos. de recursos
-Drogas, exploração infantil e -Investimentos em educação do campo,
aculturação hotéis e no Aeroporto Internacional em
- Uso indiscriminado Cruz
de agrotóxicos e destino inadequado - Território da Pesca e Turismo
para as embalagens - Aproximação do porto do Pecem
- Cultura de criação de suínos nos lixões - Construção de galpão de recebimento de
- Descontinuidade das políticas públicas embalagens vazias de agrotóxicos
- Oscilação dos preços no mercado - Comercialização em feiras territorial e
Inexistência de leis municipais que estadual da Agricultura Familiar com selo
protejam o meio ambiente (Criação de dos produtos
APAs) e atuação efetiva dos diversos - Regulamentação da Lei de ATER
Conselhos. -Recursos para construção de
-Lixo como entulho abatedouros
-Descontinuidade políticas públicas -Consórcios Micro Territoriais de Aterros
-Contaminação da bacia hidrográfica por Sanitários
ocasião da usina de urânio

Quadro 5 – Ambiente Interno e Externo da Dimensão Político Institucional


Fonte: Arquivo do território, 2009.

34
4 VISÃO DE FUTURO, DIRETRIZES E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
VISÃO DE FUTURO
Os municípios do território Litoral Extremo Oeste integrados, realizam ações,
projetos e investimentos, visando com que todos os municípios se desenvolvam com
sustentabilidade de modo a contribuir para a consolidação de uma identidade forte e
ativa.

DIRETRIZES

 Convivência com o semi-árido e preservação do Meio Ambiente


 Integração das políticas públicas
 Educação de qualidade e contextualizada com a realidade do território;
 Inclusão e fortalecimento de comunidades tradicionais, mulheres, jovens
 e pessoa idosa;
 Inclusão social e produtiva priorizando a agricultura familiar e
 empreendimentos solidários;
 Enfrentamento dos índices de pobreza do território com a efetivação de
 políticas sociais;
 Gestão social ampliada, democrática e participativa;
 Diminuir as desigualdades;
 Fortalecer ações intersetoriais;
 Propor programas e projetos de forma integrada;
 Garantir a acessibilidade;
 Valorização da cultura local;
 Assegurar o acesso à saúde.

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO
1. Contribuir para a melhoria da
qualidade dos serviços prestados nas
áreas de saúde e saneamento através da
implantação de infraestrutura e
qualificação dos profissionais

SOCIOCULTURALEDUCACIONAL

1. Melhoria na qualidade de vida, garantir


AMBIENTAL a sustentabilidade dos municípios das
famílias e gerações futuras, atuação
contínua dos órgãos de fiscalização e
agilidade nos processos de fiscalização

35
1. Melhorar as condições sociais e
fortalecer a identidade da agricultura
familiar, respeitando e considerando os
saberes e a universalização do
conhecimento e da ATER/ATES,
SOCIECONÔMICA articulação entre poder público e
sociedade civil organizada, através do
acesso a renda, a melhoria da qualidade
de vida e do respeito ao meio ambiente,
promovendo assim a produção
sustentável.

2. Agregar valor a produção via


processamento da produção.

1. Assegurar a participação o
empoderamento da população na
construção do desenvolvimento do
território.

2.Criar mecanismos para o controle


POLÍTICO INSTITUCIONAL social das ações de apoio ao
desenvolvimento territorial

3.Promover a capacitação do Núcleo


Dirigente em gestão social e apoio
logístico, além de dotar o território com
personalidade jurídica

Quadro 6 – Visão de Futuro, Diretrizes e Dimensão do Desenvolvimento e Objetivos


Estratégicos
Fonte: Arquivo do território, 2009.

36
5 EIXOS DO DESENVOLVIMENTO

Os eixos do desenvolvimento são aqui apresentados por cada dimensão


enquadrando os objetivos estratégicos com os programas e projetos em ordem de
prioridade, elencados pelos colegiados.

DIMENSÃO SÓCIOCULTURALEDUCACIONAL
EIXO: SAÚDE E SANEAMENTO
OBJETIVOS
PROGRAMA PROJETOS
ESPECIFICOS
1. Contribuir para a Programa 1. Projetos de Prioridade
melhoria da qualidade Contribuir para
dos serviços prestados a melhoria da 1.Articulação para agilizar a
nas áreas de saúde e qualidade dos conclusão das obras inacabadas de
saneamento através serviços saneamento básico
da implantação de prestados nas 2.Criação do CAPS 1 e AD (Saúde
infraestrutura e áreas de saúde básica) municípios que ainda não
qualificação dos e saneamento sejam atendidos,
profissionais através da
implantação de 3.Criação de um Centro de
infraestrutura. Atendimento Especializado às
Pessoas com necessidades
especiais

4.Saúde básica voltada para a


juventude

5.Ampliação do quadro de
profissionais da saúde

6.Articulação com os órgãos


competentes para a readequação
dos projetos técnicos de saneamento

Programa 2. Projetos de prioridade


Promover a
capacitação e 1. Articulação em prol da elaboração
qualificação de legislação sobre grau de
dos responsabilidade dos órgãos e
profissionais da entidades que gerenciam o sistema
área de saúde. de abastecimento de água no meio
rural.

2. Aquisição e/ou reposição de


equipamentos de infra estrutura
hospitalar, laboratorial e médica.

3. Criação de Centros para à Saúde

37
DIMENSÃO SÓCIOCULTURALEDUCACIONAL
EIXO: SAÚDE E SANEAMENTO
OBJETIVOS
PROGRAMA PROJETOS
ESPECIFICOS
das Mulheres

Programa 2. 4. Adaptação dos sistemas de


Promover a abastecimento de água na zona rural
capacitação e para adicionar flúor
qualificação
dos 5.Instalação de equipamentos para o
profissionais da Laboratório de Análise em Águas,
área de saúde. Solos e Alimentos em processo de
implantação no campus da IFCE -
Acaraú

6.Construção de matadouros e
aterros sanitários intermunicipais
equipados

7.Hospitais equipados com Sala de


Estabilização para atendimento de
primeiros socorros de alta
complexidade

8. SAMU por micro território

Quadro 7: Eixo: Saúde e Saneamento


Fonte: Arquivo do território, 2009.

38
DIMENSÃO SÓCIOCULTURALEDUCACIONAL
EIXO: SEGURANÇA PUBLICA E CIDADANIA
OBJETIVOS
PROGRAMA PROJETOS
ESTRATÉGICOS
Projetos de prioridade:

1.Construção e modernização das


Delegacias do Território

2.Construção de um espaço para


reabilitação de usuários de drogas.

3.Implantação de uma Delegacia


Programa 1. Territorial de Atendimento
Promover a especializado para as Mulheres.
modernização da
Infra-Estrutura e 4. Melhorar as condições de
qualificação Dos segurança na locomoção das
1. Modernizar a profissionais da pessoas, principalmente as com
infraestrutura área. deficiência física, nas vias de
acesso e prédios públicos.

5. Promoção de Cursos de
educação de trânsito nas escolas e
Campanhas educativas sobre
segurança no trânsito

6. Criação de Guarda Municipal nos


moldes do Programa Pro-
Cidadania.

Programa 2.
1. Formação continuada dos
Promover a
Conselheiros/as (Conselhos de
formação
Direitos e Tutelares) e apoio
continuada dos
logístico.
conselheiros

Quadro 8- Eixo: Segurança Publica e Cidadania


Fonte: Arquivo do território, 2009.

39
DIMENSÃO SÓCIOCULTURALEDUCACIONAL

EIXO: ESPORTE E LAZER


OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
1. Contribuir para a Programa 1. Projeto de Prioritários:
melhoria dos serviços Capacitação
prestados nas áreas de continuada para 1. Implantação de infraestrutura
esporte e lazer e da os profissionais esportiva e de lazer
cultura. da área de 2. Qualificação de profissionais na
esporte e lazer. área esportiva e com metodologia de
jogos cooperativos

2. Implantação de Programa 2. 1. Promoção do Campeonato


infraestrutura na promoção Promover ações territorial esportivo (várias
de eventos e qualificação de integração modalidades) com intuito de
dos profissionais da área. através de integração (ex. pipa, peteca)
eventos de
esporte e lazer 2. Promoção da Olimpíada dos
comunitário. Jogos das Comunidades
Tradicionais

Quadro 9: Eixo: Esporte e Lazer


Fonte: Arquivo do território, 2009.

DIMENSÃO SÓCIOCULTURALEDUCACIONAL
EIXO: EDUCAÇÃO E CULTURA
OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
Projetos Prioridade 1:
1. Fortalecimento da Rede de Ensino
Profissional em nível técnico e
1. Contribuir para a
tecnológico, através de apoio
melhoria da qualidade financeiro, respeitando as demandas
dos serviços prestados Programa 1. locais.
nas áreas de educação Promover 2. Promoção do Festival de Talentos
e cultura através da ações do Território.
implantação de educativas e 3. Implantação do projeto de
integração família e escola priorizando
infraestrutura e culturais
os laços.
qualificação dos 4. Realização de um estudo para
profissionais identificação do patrimônio histórico
natural, imaterial e material.
5. Construção de espaço cultural
multiuso nas aldeias.

40
Projetos prioridade
1.Revitalização da frota de transporte
Programa 2. escolar
Moderniza a 2.Capacitação de lideranças
infra-estrutura e comunitárias em recursos,
a aquisição de negociação, elaboração, gestão,
equipamentos monitoramento e avaliação de
modernos para o projetos.
sistema 3.Trabalho com teatro, a dança, a
educacional e música e o artesanato nas escolas
cultural do como forma de terapia ocupacional
território. nos contra turnos
4.Fortalecimento das Escolas Família
Agrícolas
Projetos prioridade
1. Criação de um Centro de Cultura e
Arte por meio de uma Fundação
Territorial de Cultura e Arte
Programa 3. (Promoção de Campanha do Ócio
Propiciar criativo).
capacitação 2.Qualificação para profissionais que
continuada para lidam com necessidades especiais
os profissionais 3. Aquisição de biblioteca, de
da área de videoteca, de cine e circos itinerantes
educação e para a Zona rural.
cultura 4. Ampliação e modernização da
infraestrutura das escolas de Ensino
Fundamental e Médio.
5. Estruturação e expansão de
escolas para comunidades
tradicionais.
Quadro 10 – Eixo: Educação e Cultura
Fonte: Arquivo do território, 2009.

41
DIMENSÃO AMBIENTAL
EIXO: MEIO AMBIENTE
OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
1. Melhoria na 1. Promover ações de Projetos de prioridade:
qualidade de vida, sensibilização de
garantir a gestores e sociedade 1.Recuperação das áreas
sustentabilidade civil sobre as degradadas.
dos municípios das dimensões da 2.Capacitação para o
famílias e gerações sustentabilidade reaproveitamento de materiais
futuras, atuação ambiental e articulação recicláveis e dotação de
continua dos órgãos interinstitucional equipamentos
de fiscalização e visando implantação de
agilidade nos projetos produtivos 3.Projeto de incentivo à produção
processo de respeitando o meio orgânica
fiscalização ambiente.
4.Ação voltada para educação e
fiscalização do uso indiscriminado
de agrotóxicos e o destino de suas
embalagens

5.Controle mais rigoroso na


compra e venda das terras da
União e no licenciamento para a
implantação de atividades
econômicas.

6.Implantação de um projeto de
educação ambiental permanente
nos municípios

7.Implantação do projeto de
biodigestor nos municípios por
meio de incentivo econômico às
unidades produtivas.

8. Avaliação de impacto dos


parques eólicos no território.

Quadro 11: Eixo Meio Ambiente


Fonte: Arquivo do território, 2009.

42
DIMENSÃO SÓCIO ECONÔMICA
A. EIXO: AGRICULTURA FAMILIAR E AGROECOLOGIA/ ORGANIZAÇÃO
SUSTENTÁVEL DA PRODUÇÃO
OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
Projetos por prioridade:

1.Universalização da ATER-
Fortalecimento e implantação nas
esferas municipal, estadual e
federal;

2.Garantir ATER/ATES/ATEPA
1. Fortalecer a identidade continuada, sistemática e
da agricultura familiar, multidisciplinar
respeitando e
3.Promover a conscientização e
considerando os saberes
organização dos pescadores/
e a universalização do
Programa 1 Zoneamento das áreas de pesca e
conhecimento e da
.Fortalecimento da ordenamento das artes de pesca/
ATER/ATES, articulação
agricultura familiar Capacitação dos pescadores/
entre poder público e
através da Descentralização da fiscalização
sociedade civil
organizada, através do ATER/ATES
4.Incentivar o envolvimento da
acesso a renda, a sociedade civil no planejamento e
melhoria da qualidade de acompanhamento das políticas
vida e do respeito ao públicas
meio ambiente,
promovendo assim a 5.Implementar projetos que
produção sustentável. promovam a criação de redes
articuladas entre instituições/
organizações voltadas as
atividades da agricultura familiar e
a pesca

6.Utilização dos canais de


irrigação para piscicultura

7.Incentivar a gestão
compartilhada dos produtores

43
DIMENSÃO SÓCIO ECONÔMICA
A. EIXO: AGRICULTURA FAMILIAR E AGROECOLOGIA/ ORGANIZAÇÃO
SUSTENTÁVEL DA PRODUÇÃO
OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
8. Preparar o futuro produtor para
o projeto Agrinho (SENAR).

9. Minimizar a poluição do
ambiente com a utilização de
filtros e reutilização das sobras na
pavimentação das estradas.

10. Zoneamento das áreas de


exploração das jazidas.

11. Estimular alternativas de


construção para atender as
demandas da construção civil de
modo a possibilitar um menor
impacto ambiental.

2. Agregar valor a Programa 2. 1. Articular órgãos competentes


produção via Estruturação de nas principais cadeias produtivas
processamento da agroindústrias das do Território
produção. Cadeias Produtivas
da Agricultura 2. Zoneamento das áreas de
Familiar cultivo para o camarão.

3. Melhorar a participação da
sociedade civil através de
audiências públicas, objetivando o
repasse de royalties para
compensação dos danos
causados nas comunidades e
gerenciado por um comitê misto
com a sociedade civil.

4. Promover formação para os


diversos atores em cada
segmento produtivo, desde a
gestão à comercialização.

Quadro 12 – Eixo: agricultura familiar e agroecologia/ organização sustentável da


produção
Fonte: Arquivo do território, 2009.

44
DIMENSÃO SÓCIO ECONÔMICA
B. EIXO: AÇÕES FUNDIÁRIAS
OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
1. Regularização fundiária Programa 1. Avançar Projetos de prioridade
e serviços públicos de na regularização
ATER, para capacitação fundiária, 1.Esclarecimento sobre as
do Núcleo Dirigente em redistribuição de terras propriedades nos leitos do rio
gestão social e apoio e nos serviços 2.Agilização do Programa de
logístico; além de dotar o públicos de ATER. Regularização Fundiária
território com
personalidade jurídica e 3.Ampliação da ATER com
fortalecer o processo de profissionais qualificados
articulação entre as
instituições do poder 4.Extensão do Programa de
público e sociedade civil Regularização Fundiária aos
para consolidar as ações pescadores e marisqueiras.
territoriais.
5.Agilizar a articulação para
criação das Bases de Serviço de
Comercialização no Território.

6.Fortalecer o processo de
articulação entre as instituições
do poder público e sociedade
civil para consolidar as ações
territoriais.

7.Garantia de apoio logístico e


financeiro para o Núcleo
Dirigente.

Quadro 13 - Eixo: Ações Fundiárias


Fonte: Arquivo do território, 2009.

45
DIMENSÃO SÓCIO ECONÔMICA

C. EIXO: INFRAESTRUTURA
OBJETIVOS
PROGRAMA PROJETOS
ESTRATÉGICOS
1. Garantir a Programa 1. Projetos de prioridade
infraestrutura básica Integração Viária no
como suporte para o Território 1. Infra-estrutura: Projeto de
desenvolvimento social ampliação e construção de estradas
e produtivo do território. vicinais em todos os municípios;
revitalização da CE 176 entre os
municípios de Cruz e Marco.

2. Infraestrutura: Projeto de água


potável para todos.

3.Construção de barragens
subterrâneas e cisternas de placa.

2. Melhoria nas vias de Programa 2. 1. Manutenção de pontes existentes


acesso do território e Infraestrutura Hídrica e construção de pontes e
promover maior passagem molhada nos municípios
integração territorial
onde se estendem os rios Acaraú e
Coreaú e alguns afluentes.
(Município de Bela Cruz-Sede
Bahia).

Quadro 14 - Eixo: Infraestrutura


Fonte: Arquivo do território, 2009.

DIMENSÃO ECONOMICA
D.EIXO: TURISMO E ARTESANATO
OBJETIVOS
PROGRAMAS PROJETOS
ESTRATÉGICOS
Programa 1.Promover o Projetos de Prioridade
artesanato como uma 1. Desenvolver ações
das alternativas de educativas para os campos de
trabalho e renda, turismo no território ou
1. Potencializar o
inclusão social, projetos nos campos da
Turismo e o Artesanato
agroecologia, sócio Agroecologia\Aqüicultura
do Território
economia solidária, (Secretaria Meio Ambiente;
gestão compartilhada, Agricultura e Pesca; Educação
preço justo, respeito e Cultura; Ação Social, com o
valorização e apoio da EMATERCE,

46
fortalecimento da SEMACE, SENAR, IFCE,
identidade cultural. CVT, EMBRAPA, SEBRAE,
INSTITUTO TERRA MAR,
PERÍMETRO IRRIGADO).
2. Realização de Oficinas,
Intercâmbios no estado, fora
do estado e entre municípios.
3. Promoção de intercâmbios
turísticos e socioculturais no
território com
acompanhamento técnico.
1. Mapeamento da culinária
regional e das embarcações
Programa 2. Promover a para potencializar o turismo no
sustentabilidade do território.
turismo e o 2. Cada secretaria ter seu
fortalecimento da próprio orçamento.
identidade cultural, assim 3. Envolvimento de todos os
como modernizar municípios do Território nos
infraestrutura existente e eventos culturais realizados
qualificação de (Ex. Festival de Quadrilhas).
profissionais. 4. Criar um site turístico para o
território.
5. Organização e
fortalecimento da cadeia do
artesanato, a partir da
experiências dos artesãos
(Ex.renda, biojóia, crochet,
bordado, tucum, escama de
peixe e palha da carnaúba,
etc).
6. Criação de um Centro de
Artesanato para o Território na
perspectiva do Comércio
Justo.
Projetos de Prioridade

1. Aproveitamento de
Infraestruturas existentes
(CAMPUS DA UVA).

2. Implantação de curso de
Turismo para o território,
2. Valorizar e dinamizar o Programa 1. Apoio ao incluindo cursos de línguas,
potencial turístico do Desenvolvimento do informática e habilitação -
território. Artesanato CNH.

3. Capacitação,
credenciamento e
padronização de guias
turísticos existentes.

4. Criação e revitalização de
espaços culturais existentes

47
no Território

5. Identificação e promoção de
Festivais de Talentos da Terra
no Território

6. Promoção de feiras de
artesanato na perspectiva da
economia solidária

7.Continuidade das Feiras


Culturais nos municípios e
promovê-las territorialmente,
com características itinerantes.

8. Tombamento e restauração
do patrimônio cultural material
(casas, edifícios, etc.) e
imaterial (festejos, etc).

9. Promoção de rotas com


valorização à cultura local e
destaque aos pontos turísticos
rústicos no território

10.Desenvolvimento do
ecoturismo, turismo rural e
solidário.

Quadro 15 - Eixo: Turismo e Artesanato


Fonte: Arquivo do território, 2009.

DIMENSÃO POLÍTICO INSTITUCIONAL

EIXO: GESTÃO TERRITORIAL


OBJETIVOS
PROGRAMA PROJETOS
ESTRATÉGICOS
1. Assegurar a Projetos de prioridade
participação o Programa 1.
empoderamento da 1. Capacitação do Núcleo Dirigente em
Estruturação e
população na gestão participativa de políticas públicas.
Fortalecimento dos
construção do Colegiados 2. Garantia de apoio logístico e financeiro
desenvolvimento do Territoriais, para o Núcleo Dirigente representar o
território. Municipais e dos território em eventos territoriais e extra
Comitês e Fóruns territoriais
Setoriais.
3. Agilizar a articulação para criação das
Bases de Serviço de -Comercialização no
Território

4. Fortalecer o processo de articulação


entre as instituições do poder público e

48
sociedade civil para consolidar as ações
territoriais

Projetos 2:
2.Criar mecanismos
para o controle social Programa 2. Criar um -Capacitação do Núcleo Dirigente em
das ações de apoio ao Sistema de Gestão gestão participativa de políticas públicas.
desenvolvimento das Ações Territoriais
territorial -Garantia de apoio logístico e financeiro
para o Núcleo Dirigente

3.Promover a
capacitação do Núcleo
Projeto 3:
Dirigente em gestão
social e apoio logístico,
-Dotação do Colegiado do Território com
além de dotar o território
personalidade jurídica
com personalidade
jurídica

Quadro 16- Eixo 1: Gestão Territorial


Fonte: Arquivo do território, 2009.

49
6 GESTÃO DO PLANO

O processo de implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação


do plano será de responsabilidade do colegiado territorial, de acordo com os papéis
atribuídos as suas instâncias.

Figura 3 - Composição do Colegiado Territorial


Fonte: DAS, 2009.

A. PLENÁRIA GERAL: Instância de decisão e deliberação sobre os rumos


estratégicos do desenvolvimento do território. No PTRS tem papel fundamental em
acompanhar a implementação do plano, com atenção especial no alcance e
cumprimento da Visão de Futuro, Diretrizes e Objetivos Estratégicos.

B. NÚCLEO DIRIGENTE: Instância de coordenação política do colegiado, coordena o


processo de implementação das deliberações da Plenária Geral. No PTDRS exercerá
função fundamental na negociação de recursos e no acompanhamento do processo
de implementação das ações e dos projetos.

C. COMITÊS TEMÁTICOS: Instância de proposições de ações e de projetos a serem


deliberadas pela Plenária Geral do Colegiado Territorial. No PTDRS atua no
acompanhamento ao processo de implementação das ações previstas nos projetos
territoriais. Cada comitê será capacitado na elaboração de um plano de ação que
assegure a implementação do seu eixo de desenvolvimento, conforme descrição a
seguir:

EIXOS DO DESENVOLVIMENTO

EIXO DO PTDRS COMITÊ RESPONSÁVEL

Agricultura Familiar e Agroecologia Comitê da Organização Sustentável da


organização sustentável da produção Produção

Infraestrutura e Meio Ambiente Comitê de Infraestrutura e Meio Ambiente

50
Gestão territorial Comitê de Gestão Territorial

Ações fundiárias Comitê de Ações fundiárias

Turismo e Artesanato Comitê de Turismo e Artesanato

Segurança Pública e Cidadania Comitê de Segurança pública e cidadania

Educação e Cultura Comitê de Educação e Cultura, Esporte e


Lazer
Esporte e Lazer

Saúde e Saneamento Comitê de Saúde e Saneamento

Quadro 17 – Eixos do Desenvolvimento


Fonte: Arquivo do território, 2009.

D. NÚCLEO TÉCNICO: Instância de elaboração de projetos territoriais. No PTDRS


exerce função estratégica na elaboração dos projetos propostos pelos comitês
temáticos e deliberados pela Plenária Geral do Colegiado Territorial.

E. REDE ESTADUAL DE COLEGIADOS TERRITORIAIS:

NÓDULOS/ELOS DA REDE

C2 C3
C1 C4
C5

C13 REDE ESTADUAL C6


DE COLEGIADOS
TERRITORIAIS
C12
C7

C11 C8
C10 C9

Figura 4 - Rede Estadual de Colegiados Territoriais


Fonte: Arquivo do território, 2010.

F. INSTÂNCIAS DA REDE ESTADUAL DE COLEGIADOS TERRITORIAIS

G. PLENÁRIA POLÍTICA: Composta pelos integrantes das Plenárias Gerais dos 13


territórios do Ceará. São 1.460 integrantes, sendo 788 da sociedade civil e 676 do
poder público.

H. PLENÁRIA ESTADUAL: Composta por 52 integrantes, 4 de cada colegiado dos 13


territórios do estado do Ceará, sendo 2 da sociedade civil e 2 do poder público.

51
I. COORDENAÇÃO POLÍTICA: Composta por 13 integrantes, 1 de cada colegiado
territorial, sendo 7 da sociedade civil e 6 do poder público.

J. COORDENAÇÃO EXECUTIVA: Composta por 4 integrantes, sendo 2 da sociedade


civil e 2 do poder público. Dois ocupa a coordenação política, um a coordenação
técnica e um a secretaria executiva.

No PTDRS a rede tem papel de contribuir na sua divulgação e na negociação de


recursos técnicos, humanos e financeiros que assegure a implementação das ações e
dos projetos definidos nos Planos de Ação de cada Comitê Temático e nos Projetos
Territoriais.

52
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme descrição no processo metodológico de elaboração do Plano


Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável – PTDRS, este foi elaborado com
ampla participação do Colegiado Territorial de acordo com o papel atribuído a cada
uma de suas instâncias. Portanto, do ponto de vista da apropriação do documento
como ferramenta de gestão para a construção do desenvolvimento do território,
entendemos que o colegiado fará uso deste documento respeitando as diretrizes
definidas pela própria plenária geral do colegiado, quais sejam: Convivência com o
semi-árido e preservação do meio ambiente; integração das políticas públicas;
educação de qualidade e contextualizada com a realidade do território; inclusão e
fortalecimento de comunidades tradicionais, mulheres, jovens e pessoa idosa; inclusão
social e produtiva priorizando a agricultura familiar e empreendimentos solidários;
enfrentamento dos índices de pobreza do território com a efetivação de políticas
sociais; gestão social ampliada, democrática e participativa; diminuir as desigualdades;
fortalecer ações intersetoriais; propor programas e projetos de forma integrada;
garantir a acessibilidade; valorização da cultura local e assegurar o acesso à saúde.
Quanto ao processo de planejamento, também avaliamos ter havido um grande
esforço na perspectiva de se levar em conta as especificidades e a realidade do
Território Litoral Extremo Oeste. O território é constituído de subespaços denominados
por quatro micro territórios, neste sentido, na metodologia de elaboração do
diagnóstico e das proposições do plano, aconteceram diversas oficinas micro
territoriais na perspectiva de se fazer uma leitura da realidade de cada micro e do
território, com base nesta realidade foram definidas as propostas de ações e de
projetos.
Por fim, destacamos a importância do papel que o colegiado territorial irá
desempenhar em conjunto com a rede estadual de colegiados territorial na divulgação
e na negociação de recursos visando à implementação das ações e dos projetos
territoriais.

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