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CONCURSO PÚBLICO
EDITAL No 001/2011
06

SEARH/SEEC
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS
SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS

PROFESSOR - GEOGRAFIA
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material:
a) este caderno, com o tema da REDAÇÃO (com valor de 10,0 pontos) e o enunciado das 50 (cinquenta) questões objetivas,
sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição:

Questões Objetivas No das Questões Valor por questão Total


Didática Geral e Legislação Educacional 1 a 15 1,00 ponto 15,00 pontos
Conhecimentos Específicos 16 a 50 1,00 ponto 35,00 pontos
Total: 50,00 pontos
b) 1 folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO grampeada ao CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões
objetivas formuladas nas provas.
02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no
CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique o fato IMEDIATAMENTE ao fiscal.
03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, com caneta esferográfica
transparente de tinta na cor preta.
04 - A REDAÇÃO deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta.
05 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e
preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta,
de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação
completamente, sem deixar claros.
Exemplo:

06 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-
-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens
superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA.
07 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só
uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma
alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA.
08 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado.
09 - SERÁ ELIMINADO do Concurso Público o candidato que:
a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores,
headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;
b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RES-
POSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO;
c) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da
REDAÇÃO, quando terminar o tempo estabelecido.
d) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA.
Obs.: O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas.
Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOS-
TA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, a qualquer momento.
10 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA.
11 - Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o
desenvolvimento da REDAÇÃO e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA.
12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS E DE REDAÇÃO É DE 4 (QUATRO) HORAS,
incluído o tempo para a marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar
o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO.
13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no
endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br).
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GEOGRAFIA

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GEOGRAFIA 2

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REDAÇÃO
Educadores contam como aprenderam com seus erros

Professores têm a competência de verificar habilidades, testar a compreensão de conteúdos


e ajudar cada estudante a reconhecer (e superar) os erros. Mas e quando o equívoco vem deles
próprios? Fingir que nada ocorreu não é a melhor saída. Ao contrário: se ficar evidente que alguma
atividade não deu certo em razão de uma falha pessoal, a autocrítica é fundamental para melhorar
a atuação profissional.
O ideal é que essa reflexão seja vivenciada de forma madura, sem culpa ou rigor excessivos
(afastando o risco de mergulhar no perfeccionismo, que paralisa a ação) e complacência extremada
(resvalando na atitude de quem a todo instante diz “tudo bem, deixa para lá”). Medo ou vergonha
são outros sentimentos que não cabem nessa hora. Afinal - não machuca repetir essa obviedade -,
todo mundo erra, mesmo grandes autoridades em Educação, profissionais respeitados que ocupam
cargos centrais no governo, pesquisadores de Universidades influentes, formadores de professores
e autores de livros que inspiram algumas de nossas melhores aulas.
Alguns tropeços podem parecer familiares: falar demais e alongar a parte expositiva,
despejar conteúdo sem levar em conta o ritmo dos jovens e seu universo cultural, desconsiderar
as necessidades de alunos com deficiência e negar o próprio papel ao levar em conta somente os
interesses das crianças.
A lista de falhas é diversa, mas a postura para avançar é a mesma: analisar o que falhou,
por que e como isso ocorreu. Muitas vezes, basta o distanciamento temporal do deslize para
percebê-lo. Em outras ocasiões, são as conversas com os colegas que nos trazem o alerta e, em
muitos casos, o estudo e a leitura são importantes aliados para a reflexão.
Essa revisão de ideias, pensamentos e ações exige uma visão relativista do erro - isso
significa ter em mente que o que não funciona em uma determinada classe, num determinado
momento, pode muitas vezes dar certo em outro contexto.
PAGANOTTI, Ivan. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. n. 230, mar. 2010.

Tomando como ponto de partida as ideias apresentadas no texto, elabore um


texto dissertativo-argumentativo, em que se DISCUTA A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO
DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROFESSOR, COM BASE NA REFLEXÃO SOBRE SUA PRÁTICA
PEDAGÓGICA. Justifique sua posição com argumentos.

No desenvolvimento do tema, o candidato deverá:


a) demonstrar domínio da escrita padrão;
b) manter a abordagem nos limites da proposta;
c) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo. Não serão aceitos textos narrativos nem poemas;
d) demonstrar capacidade de seleção, organização e relação de argumentos, fatos e opiniões para defender
seu ponto de vista.

Apresentação da redação
a) O texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo 30 linhas, mantendo-se no limite de espaço para a
Redação.
b) O texto definitivo deverá ser passado para a Folha de Resposta (o texto da Folha de Rascunho não será
considerado), com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta e em letra legível.
c) A Redação não deve ser identificada, por meio de assinatura ou qualquer outro sinal.

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DIDÁTICA GERAL 4
LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL A frequência às aulas no ensino regular é obrigatória, se-
gundo o estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996.
1
Assim, para obter a aprovação em qualquer nível de ensi-
Ao exercer o cargo de diretora de uma escola da rede no da educação básica, o aluno deve frequentar o percen-
estadual de Educação, Helena planejou com sua equipe tual mínimo de horas letivas oferecidas igual a
as atividades para o ano letivo, considerando que a edu-
(A) 80%
cação tem por finalidade, conforme a Lei de Diretrizes e (B) 70%
Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de de- (C) 75%
zembro de 1996, (D) 85%
(A) promover entre os educandos o fim das desigualda- (E) 90%
des sociais.
5
(B) possibilitar aos educandos o prolongamento de seus
A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos,
estudos até o ensino superior. conforme a Resolução no 07, de 14 de dezembro de 2010,
(C) preparar os educandos para o exercício da cidadania. do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educa-
(D) habilitar os educandos à profissão ao final da educa- ção Básica, que fixou Diretrizes Curriculares para o ensi-
ção básica. no fundamental de nove anos, teve como objetivo, dentre
(E) assegurar aos educandos o acesso aos benefícios do outros, favorecer a permanência de todos os alunos, em
desenvolvimento social. especial os que se encontram em situações sociais des-
vantajosas, que nem sempre poderiam cursar as chama-
das “classes de alfabetização”.
2
A legislação brasileira estabelece, como assinala a Lei de Tendo em vista essa Resolução, o conteúdo do primeiro
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de ano do Ensino Fundamental deve
20 de dezembro de 1996, em seu art. 35, que a educação (A) assegurar, como os dois anos subsequentes, a alfa-
no ensino médio tem como uma de suas finalidades betização e o letramento do aluno nele matriculado.
(B) apresentar conteúdo idêntico ao trabalhado pelo alu-
(A) promover a profissionalização desde a educação no em seu último ano da Educação Infantil.
infantil. (C) apresentar conteúdo idêntico ao da primeira série
(B) consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos (ano) do antigo Ensino Fundamental de oito anos.
no ensino fundamental. (D) voltar-se exclusivamente para o processo de alfabeti-
(C) habilitar para o ingresso no mercado de trabalho, vi- zação do aluno que nele está matriculado.
sando ao desenvolvimento social. (E) voltar-se exclusivamente para os processos de alfa-
betização e iniciação à matemática do aluno nele ma-
(D) permitir o acesso às novas tecnologias de comunica-
triculado.
ção e informação.
(E) possibilitar formação profissional de acordo com as 6
demandas econômicas da região. Entender as causas do sucesso ou do fracasso dos alu-
nos tem sido uma preocupação recorrente de professores
3 e educadores em geral. As características culturais dos
Apesar de todas as mudanças que ocorrem nas socieda- alunos vêm a ser um fator geralmente apontado como de-
des contemporâneas, escola e família são duas institui- terminante para a aprendizagem de crianças, adolescen-
tes ou jovens.
ções que continuam sendo apontadas pelos especialistas
da área da educação como fundamentais para o sucesso Considerando as teorias educacionais contemporâneas,
qual, dentre as afirmativas abaixo relacionadas, NÃO
dos processos educacionais porque
justifica essa situação?
(A) a interação mais intensa entre pais e professores (A) As perspectivas de sucesso na vida escolar tendem a
pode contribuir para superação de dificuldades na es- acompanhar as variações quanto à posse de capital
colarização de crianças e adolescentes. cultural por parte dos alunos.
(B) a mesma compreensão sobre educação pela família e (B) As possibilidades de sucesso escolar são maiores
pela escola assegura que os alunos desenvolvam as para alunos que possuem capital cultural idêntico ou
competências necessárias à sua escolarização. similar ao de seus professores.
(C) a presença cotidiana de pais ou responsáveis nas (C) Os alunos das classes populares, devido às suas ca-
escolas reduz possíveis diferenças de capital cultural racterísticas culturais, enfrentam maiores discrimina-
ções dificultando alcançar o sucesso escolar.
entre alunos e professores. (D) Os alunos de segmentos sociais em situação de des-
(D) os comportamentos socializados no espaço escolar vantagem e possuidores de menor capital cultural es-
são os mesmos que aqueles valorizados pela família. tão fadados ao fracasso na escola.
(E) os valores e comportamentos socializados no espaço (E) Os alunos que sofrem atos de discriminação na esco-
familiar são reafirmados pela escola durante a escola- la em função de suas características culturais tendem
rização das crianças e dos adolescentes. a se evadir com maior frequência.

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Acompanhando as transformações ocorridas no cenário Avaliações diagnósticas têm sido amplamente emprega-
mundial, o Estado brasileiro, desde os anos de 1990, tem das para a análise da qualidade do ensino oferecido em
tomado medidas de ordem legal objetivando a atualização redes públicas.
das políticas educacionais a fim de possibilitar mudanças No caso da Prova Brasil, o segmento no qual ela é aplica-
na realidade do ensino nacional. da, constitui-se dos alunos
Dentre essas medidas, tem-se o estabelecimento de Di- (A) do 2o ano (1a série) e do 5o ano (4a série) do ensino
retrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação fundamental
Básica, que têm como um dos seus objetivos (B) do 2o ano (1a série) e do 9o ano (8a série) do ensino
fundamental
(A) estimular a reflexão crítica dos participantes dos pro- (C) do 4o ano (3a série) e do 8o ano (7a série) do ensino
cessos de formulação, execução e avaliação do projeto fundamental
político-pedagógico das escolas de educação básica. (D) do 5o ano (4a série) e do 8o ano (7a série) do ensino
(B) superar a necessidade de construção de competências fundamental
e habilidades próprias à formação humana e cidadã (E) do 5o ano (4a série) e do 9o ano (8a série) do ensino
dos estudantes das escolas de educação básica. fundamental
(C) proporcionar aos alunos de escolas da educação bá-
sica a qualificação para o trabalho e para o exercício 10
da cidadania por meio do currículo nacional único. Estabelecido pela atual legislação brasileira, o Projeto
Político-Pedagógico deve contemplar a questão da quali-
(D) incentivar a participação de voluntários nas atividades
dade de ensino, em todas as suas dimensões, ordenando
docentes das escolas de educação básica, sem exi-
institucionalmente o trabalho escolar em suas especifici-
gências de formação e especialização acadêmicas. dades, níveis e modalidades.
(E) promover o desenvolvimento cognitivo e, quando pos-
Nesse sentido, o Projeto Político-Pedagógico
sível, o psíquico e o social dos alunos de escolas de
educação básica, considerando a realidade escolar. (A) compõe-se, exclusivamente, dos planos de ensino
das disciplinas e do planejamento anual das ativida-
des a serem desenvolvidas na escola.
8 (B) constitui a proposta de trabalho da escola, cuja ela-
A categoria de juventude foi construída ao longo da era boração compete, exclusivamente, ao Coordenador
moderna e está diretamente relacionada à educação nas Pedagógico e ao Diretor.
sociedades contemporâneas. Embora não haja uma con- (C) define anualmente os níveis e as modalidades de en-
ceituação universalmente reconhecida sobre o que é ju- sino a serem oferecidos pela escola e a abrangência
ventude, algumas características gerais são aceitas por da clientela escolar.
especialistas de diferentes áreas de conhecimento, e as (D) exige em sua construção a participação de todos os
políticas educacionais promovidas durante o século XX agentes do processo educativo: professores, funcio-
buscaram contemplá-las. nários, pais e alunos.
(E) estabelece as formas como, autonomamente, a esco-
Nesse sentido, tem-se que
la e seus professores se manifestarão frente a deci-
(A) persistem os efeitos decorrentes da origem social, im- sões governamentais.
possibilitando uma total homogeneidade cultural dos
jovens, o que legitima ações educacionais voltadas 11
para jovens em desvantagem social. Embora as práticas de avaliação acompanhem a história
(B) há uma homogeneidade cultural na juventude que é da educação escolar, contemporaneamente tem crescido
resultado do fluxo das comunicações em um mundo a preocupação em fazer dessa um componente importan-
globalizado, o que justifica a utilização das novas tec- te do processo de ensino e aprendizagem.
nologias de informação nas escolas. Considerando-se a realidade das escolas brasileiras, uma
(C) romper com as tradições culturais e políticas é um das funções que a avaliação deve ter é ser um instrumen-
aspecto característico da juventude nas sociedades to para
modernas, o que levou o tradicionalismo pedagógico (A) a escola apreender o grau de importância que os alu-
a apregoar o disciplinamento dos jovens. nos atribuem às disciplinas escolares.
(D) compartilhar hábitos de consumo e de estilo de vida (B) a coordenação delinear os diferentes tipos de provas
similares é característica da juventude nas socieda- a serem aplicadas.
des modernas, o que justifica criar propostas pedagó- (C) os professores controlarem a ação das famílias na
gicas com base no comportamento dos jovens. aprendizagem dos alunos.
(E) criticar a xenofobia, o machismo e o racismo são ca- (D) os professores reconhecerem o progresso e as dificul-
dades dos alunos na compreensão dos conhecimen-
racterísticas políticas da juventude nas sociedades
tos ensinados.
modernas, o que é um sinal do sucesso de propostas
(E) os diretores verificarem o entendimento dos professo-
pedagógicas progressistas e democráticas. res sobre a proposta pedagógica da escola.

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A produção e a definição de conteúdos curriculares esco- A avaliação tem sido um tema constante nos debates
lares estão relacionadas a vários fatores, dentre os quais sobre educação, em especial sobre sucesso e fracasso
se destacam, por sua importância, as características cul-
turais da sociedade em que esses conteúdos se consti- escolar. Nesse sentido, as mudanças na legislação brasi-
tuem e a cultura da escola onde eles são trabalhados. leira sobre educação vêm refletindo esses debates, como
Considerando-se esses dois fatores, demonstra a determinação sobre avaliação estabelecida
(A) a compreensão do processo de construção dos con- na Lei de Diretrizes e Bases, Lei Federal no 9.394, de 20
teúdos curriculares pelos professores não produz efei- de dezembro de 1996.
tos sobre a aprendizagem dos alunos. Essa Lei preconiza ter a avaliação do rendimento escolar
(B) o fato de os conteúdos curriculares estarem relaciona-
dos aos saberes científicos impede que professores (A) caráter classificatório, objetivando apontar os alunos
legitimem preconceitos em sala de aula. que estejam mais propensos ao fracasso escolar.
(C) as formas como os professores se apropriam dos con- (B) propriedade formativa, possibilitando que os alunos
teúdos curriculares não têm implicações sobre suas se apropriem dos valores normativos implícitos à
relações com seus alunos em sala de aula.
avaliação.
(D) os modos como os conteúdos curriculares são traba-
lhados em sala de aula pelos professores não produ- (C) foco nas necessidades econômicas e sociais dos
zem efeitos no desempenho dos alunos. alunos, visando à sua futura inserção no mundo do
(E) os professores devem fazer adequações nos conteú- trabalho.
dos curriculares, conforme as características sociais (D) prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quan-
de seus alunos e a cultura da escola.
titativos, visando à percepção contínua do desempe-
13 nho dos alunos.
A abordagem de temas abrangentes e contemporâneos (E) prioridade no domínio momentâneo dos conteúdos
tem sido uma preocupação dos educadores e objeto de programáticos, evitando que os alunos tenham de-
normatização legal no Brasil, em especial quanto às pos- sempenho insatisfatório.
sibilidades do desenvolvimento dos conteúdos programá-
ticos da base nacional comum do Ensino Fundamental.
Tais conteúdos devem ser permeados por temas que
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
(A) facilitem o apoio econômico dos educandos às suas
famílias durante seu percurso escolar.
(B) promovam a circulação de valores éticos pertinentes a 16
credos religiosos em particular. O princípio do desenvolvimento sustentável é o da utiliza-
(C) afetem a vida humana em escala global, regional e ção adequada dos recursos disponíveis de forma a aten-
local, bem como na esfera individual. der as necessidades do presente sem comprometer as
(D) contribuam para que os educandos concluam, em me-
possibilidades das gerações futuras na satisfação de suas
nor tempo, os seus percursos escolares.
(E) permitam aos educandos ingressar, de forma imediata necessidades. Para viabilizar esse princípio, fazem-se ne-
e com sucesso, no mercado de trabalho. cessárias a cooperação de todos os setores da sociedade
— governos, empresários, sociedade civil — e a difusão
14 da consciência ambiental com a capacidade de influen-
Uma das grandes preocupações da educação no sé-
ciar a opinião pública em várias escalas. Sem dúvida, há
culo XXI é contribuir para a redução de toda forma de ex-
clusão social. uma dificuldade de compatibilizar o modelo de desenvol-
Nesse sentido, cabe aos profissionais da educação e à vimento tecnológico moderno com o desenvolvimento
escola sustentável. Além dos interesses do capital associados ao
(A) promover ações que tornem a escola um espaço de consumo desenfreado, há impasses representados pelas
afirmação de valores individualistas e da elevação da políticas nacionais que dificultam o equacionamento da
autoestima dos educandos. questão.
(B) empreender práticas institucionais que levem à refle-
xão sobre discriminações com base em gênero, etnia, Para o sucesso dessa empreitada, com base na leitura
crença e classe social. acima, é necessário que os grupos sociais representados
(C) incentivar os educandos, no âmbito do espaço esco-
por associações de caráter ambientalista tenham autono-
lar, a ingressar em organizações e associações a que
estejam vinculados. mia, de forma ampla e abrangente, em relação
(D) possibilitar que os espaços da escola sejam utilizados (A) ao setor industrial e ao poder municipal
pela comunidade local para realização de jogos e fes- (B) ao setor agrícola e aos grupos sindicais locais
tividades.
(C) ao setor financeiro e à opinião pública
(E) organizar com os pais dos educandos atividades que
tenham por objetivo a crítica de comportamentos con- (D) ao poder econômico e ao Estado
siderados incomuns. (E) aos grupos religiosos e às entidades filantrópicas

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Existem várias formas para a representação do espaço
Há um desconhecimento dos clássicos que é fonte de
geográfico. Por exemplo, a representação do espaço
dois grandes equívocos na história do pensamento pode ser feita por meio de mapas e de vários campos
geográfico já de um século: a tradição das escolas e a discursivos – o científico, o literário, o jornalístico, etc.
tradição das geografias setoriais. Também nas salas de aula, as representações dos es-
A geografia tem a tradição da escola. Escola francesa, paços são construídas. Além de o espaço ser entendido
como resultado da relação natureza-sociedade-trabalho,
escola alemã, escola norte-americana ... Cada escola
há, hoje, uma tendência de se incorporar, na análise dos
é um país, cada país é uma escola. Talvez se flagre espaços geográficos, os valores, desejos e interesses dos
aqui o vínculo da Geografia com o Estado [...]. indivíduos que interferiram nas diferentes formas de orga-
nização espacial.
MOREIRA, Ruy. O Pensamento Geográfico Brasileiro: As matrizes
clássicas originárias. São Paulo: Contexto, V. 1, 2010. p.37. De acordo com o texto acima, a representação do espaço
na sala de aula, enquanto um discurso geográfico, além
Considerando a história do pensamento geográfico, a de evidenciar as engrenagens da produção de riquezas
vinculação mencionada no texto acima engendrou, já no materiais, incorpora os meandros da
século XX, o trabalho produzido pelo renomado geógrafo (A) dinâmica financeira do mundo
(B) produção simbólica do cotidiano
Yves Lacoste.
(C) formação geoeconômica do mundo
Nessa perspectiva específica, sua obra valoriza, entre ou- (D) valorização ambiental dos lugares
tros aspectos, uma discussão da Geografia usualmente (E) ação geopolítica dos blocos regionais
identificada com
20
(A) a ciência de síntese Um professor apresentou em sua aula a figura e o texto
(B) a interdisciplinaridade abaixo.
(C) as elites intelectuais
(D) os Estados Maiores
(E) os grupos sindicais

18
Há muitos significados para o termo “espaço”, podendo
esse ser tratado na perspectiva da Filosofia, da Física,
da Arte, da Sociologia, da Psicologia, da Geografia, etc.
Os geógrafos, ao destacarem o espaço como objeto de
estudo, procuram compreender o valor que ele representa
para cada sociedade. Isso pode ser explicado em duas
Disponível em: <basecomunitariamoinho.blogspot.com/2011/07/
linhas de raciocínio que se interagem. Uma delas tem es-
charge-vi-o-len-ci.html> Acesso em: 17 out. 2011.
treita relação com o exercício da cidadania – uma vez que
Ainda que haja grandes singularidades e grandes
o cidadão é “territorializado” e vive de acordo com as leis
paradoxos relacionados às desigualdades sociais, o
vigentes em determinado território. A outra linha de racio- peso da Geografia e o papel do Estado numa lenta
cínio tem importância para as relações de poder inerentes constituição de cidadania são aspectos reveladores
a cada sociedade. para a compreensão de como esse território se orga-
nizou, apesar dos contrastes, consolidando o setor
Considerando que o espaço é social, visto que não há socie-
industrial e se colocando, na atualidade, como uma
dade a-espacial e a História não se escreve fora do espaço, potência emergente.
essa última direção, mencionada no texto acima, destaca,
A associação entre a figura e o texto são mais bem apro-
um dos valores que o espaço encerra em si, que é o veitados, na sala de aula de Geografia, para uma análise
(A) cultural de um recorte espacial na escala geográfica
(B) natural (A) local
(C) econômico (B) regional
(C) nacional
(D) sociológico
(D) estadual
(E) estratégico (E) internacional

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De uso tão antigo, como a própria Geografia, o ter- Um professor utilizou, em sala de aula, a foto e o texto
mo escala encontra-se de tal modo incorporado ao abaixo.
vocabulário e ao imaginário geográficos que qualquer
discussão a seu respeito parece desprovida de senti-
do, ou mesmo de utilidade. Como recurso matemáti-
co fundamental da cartografia, a escala é, e sempre
foi, uma fração que indica a relação entre medidas do
real e aquelas da sua representação gráfica. Porém, a
conceituação de escala, como esta relação apenas, é
cada vez mais insatisfatória, tendo em vista as possi-
bilidades de reflexão que o termo pode adquirir, desde
que liberto de uma perspectiva puramente matemáti-
ca. Na Geografia, o raciocínio analógico entre escalas
cartográfica e geográfica dificultou a problematização
do conceito. Um dia, alguns pesquisadores em plena atividade de
CASTRO, Iná E. de. O problema da escala. In: CASTRO, Iná E. campo pediram pouso em uma fazendola comunitária,
de. (Org.) et al. Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: perdida em um remoto lugar do interior baiano. E a
Bertrand Brasil, 1995. resposta veio rápida e sincera, por parte da dona da
casa: “Eu vou-lhes dar abrigo, porque também tenho
A palavra escala expressa um conceito muito importante
filho no mundo.”
para a Geografia, e é usada em muitos contextos. Em-
bora a escala cartográfica e a escala geográfica possam AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil.
estar relacionadas, existem diferenças substanciais entre São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
elas. Enquanto a escala cartográfica se refere ao número
de vezes que a realidade foi reduzida, para determinada Nessa aula, o professor desejava trabalhar a relação na-
representação do espaço geográfico, a escala geográfica tureza-sociedade no domínio
confere visibilidade a certo estudo geográfico ao definir, (A) amazônico, em que os grupos humanos se desterri-
de forma ampla, a(o) torializam.
(A) área de abrangência para análise de determinado fe- (B) de mares de morro, em que ocorrem êxodos desne-
nômeno e/ou processo espacial cessários.
(B) área de ocorrência de determinado processo físico ou (C) de cerrado, em que a condição dos agricultores é mui-
natural to desfavorável.
(C) relação natureza-sociedade em determinado contexto (D) de pradaria, em que a modernização no campo serve
histórico de atração para chegada de migrantes.
(D) aspecto da complexidade dos processos históricos e/ (E) de caatinga, em que muitos indivíduos migram devido
ou sociológicos à “aridez” do solo e da situação econômica.
(E) aspecto da complexidade dos fenômenos de ordem
socioeconômica e/ou política 24
Seria uma visão reducionista considerar que a rede urba-
22 na é um simples conjunto de cidades ligadas entre si por
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da
fluxos de pessoas, bens e informações, como se isso em
Geografia fazem referência ao conceito de espaço con-
nada tivesse relação com outros mecanismos existentes
cebido por Milton Santos: “conjunto indissociável de siste-
em nossas sociedades.
mas de objetos e de sistema de ações que procura revelar
as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produ- Na perspectiva de que a rede urbana não é “inocente” e,
zem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar.” por meio dela, a gestão do território se exerce, há uma
São exemplos de sistemas de objetos e sistemas de relação mais estreita com os seguintes mecanismos de
ações, respectivamente, nossa sociedade:
(A) ruas e redes técnicas (A) hierarquia e fluxo de mercadorias
(B) atividade produtiva e prédios (B) instituições fortes e fluxo de pessoas
(C) consumo de mercadorias e ferrovias (C) modernização e infraestrutura completa
(D) estradas e organização do trabalho (D) exploração econômica e exercício de poder
(E) relações familiares e circulação de pessoas (E) mobilidade de transporte e progresso tecnológico

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25 28
A água é fonte de riqueza e conflitos. Pautada nos níveis tecnológicos de produção e nos cor-
respondentes níveis de qualificação da força de traba-
PORQUE
lho, a Nova Divisão Territorial/Internacional do Trabalho
A água foi transformada em uma mercadoria em escala permite distinguir recortes espaciais distintos em sua es-
internacional, o que gera interesses de grandes grupos pecialização: espaços que detêm o domínio do capital fi-
transnacionais e, ao mesmo tempo, sua distribuição natu- nanceiro e dos investimentos da produção; espaços com
ral não corresponde à sua distribuição política, de forma certa independência financeira que apresentam níveis in-
que, em alguns países, os recursos hídricos são mais do termediários de tecnologia e espaços com grande depen-
que suficientes e, em outros, os recursos são raros para dência do capital financeiro com baixo nível de tecnologia.
esse fim. Há, no entanto, outras combinações possíveis. Nesse
Analisando as afirmações acima, conclui-se que sentido, o Brasil é um exemplo porque há a conjugação
(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda de alta dependência do capital financeiro e níveis tecno-
justifica a primeira. lógicos que incorporam tanto a dependência de mão de
(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não obra extremamente barata (às vezes, escrava) até a pre-
justifica a primeira. sença de níveis expressivos de sofisticação.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. Essa alta dependência do Brasil, mencionada no texto
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. acima, é marcada, de forma mais expressiva por
(E) as duas afirmações são falsas.
(A) aceleração significativa da dívida externa
(B) taxas de juros elevadas para atrair o capital espe-
26
culativo
A metropolização corresponde ao processo de formação
(C) gastos com a qualificação dos trabalhadores
de metrópoles, que é acompanhado do crescimento ace-
(D) aumento do volume de capital que o FMI empresta
lerado de certas cidades, como reflexo da modernização
e da concentração econômica em alguns pontos do ter- ao país
ritório. (E) royalties pagos pelo uso de patentes de produtos ar-
Há, contudo, uma tendência atual de reversão no cres- gentinos
cimento das grandes metrópoles porque indústrias e
empresas do setor de serviços passam a escolher loca- 29
lizações geográficas alternativas às saturadas metrópo- De acordo com uma das linhas de pensamento expres-
les, provocando redução nos índices de crescimento das sivas nos meios intelectuais, revoltas em vários países
grandes cidades e aumento dos índices de crescimento representam uma resposta da juventude ao quadro de
das cidades médias. devastação social legado por décadas de neoliberalismo.
Qual o nome desse fenômeno? Na perspectiva do enfoque de análise apresentado, con-
sidere as afirmações.
(A) Megalópole
(B) Desmetropolização I - Para os europeus, por exemplo, causa estranheza o
(C) Metrópole expandida fato de as novas gerações estarem com nível de vida
(D) Macrocefalia urbana inferior ao de seus pais.
(E) Região metropolitana II - A crise financeira, com suas estratégias de austeri-
dade, afeta em demasia a classe média e os mais
27 humildes e piora o mal-estar geral.
Alguns geógrafos consideram que regionalizar não signi- III - A privatização dos serviços públicos consiste em
fica simplesmente dividir o espaço em frações, mas sim um aspecto particular do neoliberalismo que é con-
reconhecer processos cada vez mais complexos, que re- testado.
compõem o espaço de forma diferenciada. IV - Em vez de reagir, os governos dos países em crise,
Nesse sentido, deve-se reconhecer que a regionalização assustados com as quedas das bolsas de valores,
deve priorizar a perspectiva de uma insistem em satisfazer as necessidades dos merca-
dos e dos bancos.
(A) divisão do espaço em domínios naturais
(B) diversidade territorial em constante reorganização Está correto o que se afirma em
(C) individualização do espaço em unidades administrativas (A) I e II, apenas.
(D) repartição do espaço em áreas politicamente homo- (B) II e III, apenas.
gêneas (C) III e IV, apenas.
(E) diferenciação espacial com base nos índices de de- (D) I, II e IV, apenas.
senvolvimento humano (E) I, II, III e IV.

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30 32
Um importante marco histórico do processo de globaliza- Em relação ao Brasil, considere o texto a seguir.
ção é representado pelo ciclo de crescimento econômico Em pouco mais de 40 anos, deixamos a condição
do pós-guerra, acompanhado por novas bases tecnológi- de sociedade agrária. Rapidamente, o país vence a
cas que deram impulso, por exemplo, à indústria automo- etapa da inclusão – mais crianças nas escolas, mais
bilística em alguns países. trabalhadores nas cidades, mais consumidores no
Dessa forma, esse marco histórico do processo da glo- mercado. O desafio à frente é transformar crescimento
balização está associado, de forma mais explícita, ao se- em desenvolvimento.
guinte fator:
(A) repartição de classes sociais entre burgueses e ope-
rários
(B) investimentos no exterior das corporações transna-
cionais
(C) redução de centros públicos para inovação da ciência
e da técnica
(D) divisão internacional do trabalho simplificada entre
metrópoles e colônias
(E) divisão do mundo entre países desenvolvidos e paí-
ses em desenvolvimento

31
No texto dos Parâmetros Curriculares para o ensino fun-
damental (terceiro e quarto ciclos) está escrito:

No atual momento em que se discute a globalização,


dialeticamente ressurge o interesse de desvendar a
possibilidade das resistências que nascem no interior
de certos espaços, evidenciando que as regiões, como
conjunto de lugares que interagem solidariamente na
busca de uma autonomia e identidade, não desapare-
ceram. Segundo Paulo Cesar da Costa Gomes: “ De
qualquer forma, se a região é um conceito que funda
uma reflexão política de base territorial, se ela colo-
ca em jogo comunidades de interesses identificadas
a uma certa área e, finalmente, se ela é sempre uma
discussão entre os limites da autonomia face a um po-
der central, parece que estes elementos devem fazer
parte dessa nova definição ao invés de assumirmos
de imediato uma solidariedade total com o senso co- Revista Exame. São Paulo: Abril, Edição Especial n. 17,
mum que, nesse caso da região, pode obscurecer um p. 52-54, 21 set. 2011. Adaptado.
dado essencial: o fundamento [...] de controle e ges-
tão do território. O desafio de transformar crescimento em desenvolvimen-
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curri- to a ser enfrentado tem relação mais estreita com a ne-
culares nacionais: geografia/Secretaria de Educação Fundamental. cessidade de
- Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 20. (A) aumento do volume da produção nos setores do mer-
cado interno
Segundo a perspectiva de análise do autor citado nesse
(B) crescimento da quantidade de bens de produção da
trecho do documento oficial, no caso da região, é preciso
pauta de exportações
transpor o senso comum e colocar em evidência a dimen-
(C) melhoria das condições de crédito para produtores do
são de ordem
setor agrário
(A) social (D) aceleração da capacidade tecnológica nos setores
(B) natural produtivos de alta tecnologia
(C) política (E) maior preocupação com qualidade no lugar de quanti-
(D) simbólica dade, na perspectiva do atendimento das necessida-
(E) econômica des da população

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33 35
Sobre o conflito Israel-Palestina, quando o grupo Hamas Sobre a pobreza africana, considere o texto a seguir.
assumiu o controle da Faixa de Gaza, Israel decretou o
[...] uma linha de interpretação do fenômeno sugere
bloqueio ao território. Isso impedia a circulação de bens
que as economias africanas encontram-se presas
e pessoas, ou por terra ou por mar, e visava a impedir a
entrada de armas e militantes islâmicos. Tal situação pro- a uma “armadilha da pobreza” formada pelas teias
vocou reações e contestações no mundo, gerando grave entrelaçadas da baixa produtividade agrícola e das
crise humanitária. moléstias típicas dos climas quentes. [...] Essa teo-
ria sobre a pobreza africana também leva em conta
Observando a geopolítica no Oriente Médio, em rela-
as limitações ao comércio internacional geradas pela
ção aos acontecimentos mais recentes, do ano de 2011,
ausência de saídas marítimas e pelas distâncias entre
tem-se que
as áreas de produção e os portos exportadores.
(A) o Egito abriu sua fronteira com Gaza, permitindo a
circulação de pessoas e mercadorias, o que alivia a MAGNOLI, Demétrio. O Mundo Contemporâneo.
São Paulo: Atual, p.303. 2008.
pressão do bloqueio.
(B) os EUA não apoiaram o bloqueio da Faixa de Gaza
Ainda que não se possa negar que a pobreza africana tem
para garantir a situação de segurança de Israel.
suas origens na herança colonial, por conta das estruturas
(C) a perspectiva de união entre os grupos políticos ma-
políticas e econômicas criadas pelas potências europeias,
joritários palestinos (Hamas e Fatah) agradou ao go-
a combinação de todas as teorias leva a entender que o
verno de Israel.
(D) a defesa pelo reconhecimento do estado palestino, na principal fator explicativo para a situação é o(a)
Assembleia Geral da ONU, agradou aos povos árabes (A) avançado estágio da transição demográfica
e ao governo norte-americano. (B) nível elevado de produtividade do setor agroexporta-
(E) as tensões diminuíram na região devido à queda dos dor com inibição do setor industrial
ditadores em países árabes. (C) presença de nítidas desvantagens comparativas para
o dinamismo econômico
34 (D) ausência de instituições políticas nacionais para o
O renomado geógrafo Milton Santos considerou lícito pro- cumprimento das leis
por, a partir de algumas premissas, uma divisão regional (E) alta taxa de mortalidade e alta expectativa de vida
baseada, simultaneamente, numa atualidade marcada
pela difusão do meio técnico-científico-informacional e 36
pelas heranças do passado. Em nível global, a Amazônia é uma fronteira perce-
A partir daí, considere as informações do quadro abaixo a bida como espaço a ser preservado para a sobrevi-
respeito de um determinado recorte espacial. vência do planeta. Coexistem nessa percepção inte-
resses ambientalistas legítimos e também interesses
- Trata-se de área de povoamento antigo. econômicos e geopolíticos, expressos respectivamen-
- A influência do fenômeno da globalização e a insta-
te num processo de mercantilização da natureza e de
lação do meio técnico-científico-informacional em cer-
apropriação do poder de decisão dos Estados sobre o
tas manchas vão dar-se sobre um quadro socioespa-
uso do território.
cial relativamente engessado. A constituição do meio
mecanizado se deu de forma pontual e pouco densa. BECKER, Bertha K. Amazônia – Geopolítica na virada
A circulação de pessoas, produtos, informações e di- do III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009, p.21.
nheiro ainda era precária. O setor agrário evidenciava Considerando essa conjugação de interesses diversos,
baixos índices de mecanização, comparado ao de ou- no nível estratégico de escala nacional, a Amazônia é
tras regiões. percebida, principalmente, como uma fronteira de recur-
- Nos últimos anos houve um impulso na economia sos que corresponde à área de expansão do povoamento
marcado pelo interesse de empresas em extrair be-
e da economia brasileira, de forma a garantir a(o)
nefícios da vantagem comparativa representada pelo
baixo custo da força de trabalho e dos incentivos fis- (A) resposta imediata às demandas sociais no estado do
cais promovidos pelos governos estaduais. Amazonas
(B) soberania brasileira sobre o imenso território brasileiro
O conjunto de informações do quadro refere-se à região (C) substituição de atividades de baixa rentabilidade por
(A) Concentrada outras de maior eficiência para o avanço da economia
(B) Amazônica dos estados de maior extensão da região Norte
(C) Nordeste (D) abastecimento alimentar das populações ribeirinhas
(D) Centro-Oeste (E) dinamismo econômico relativo ao recorte espacial
(E) Centro-Sul do Pará

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37 40
Segundo muitos estudiosos, o mundo pós-guerra fria se- À medida que enriquece, a China começa a enfrentar um
ria caracterizado como uma “desordem”, um “caos”, mar- problema inesperado: a falta de gente para trabalhar nas
cados pela ausência de regulação, pela instabilidade do fábricas.
mercado, pela multiplicação dos conflitos e pela variada
manifestação da exclusão. Há também uma tendência de
pensamento de que vivemos num mundo em que há uma
combinação entre ordem e desordem, dialeticamente ar-
ticulados.
Do ponto de vista conceitual, a chamada des-ordem in-
ternacional refere-se a uma forma de organização do es-
paço mundial em função de relações de poder (político e
econômico) específicas, representativas de um determi-
nado período na estruturação do capitalismo e de um(a)
novo(a)
(A) poder da mídia
(B) ação de ONG
(C) economia regional
(D) geopolítica mundial
(E) atuação dos partidos políticos

38
O trabalho didático nas aulas de Geografia deve possibilitar
o desenvolvimento de competências e habilidades para
compreensão da dinâmica política, econômica e social do
mundo atual, a partir do reconhecimento, da interpretação,
da análise, da crítica do processo e da opção de política
econômica que acompanha a revolução técnico-científica.
A opção de política econômica definida nas últimas déca-
das e uma característica do modelo de acumulação flexí-
vel são, respectivamente,
(A) globalização e produção em série
(B) liberalismo e divisão rígida do trabalho
(C) keynesianismo e sofisticada qualificação do trabalhador
(D) marxismo e grandes investimentos em pesquisa
científica
(E) neoliberalismo e estratégia de produção e consumo
na escala global
Revista Exame. São Paulo: Abril, Edição Especial n. 17, p. 52-54,
21 set. 2011.
39
Na atualidade, a presença militar dos EUA com bases e
O conjunto de informações acima apresentadas, sobre a
tropas em todos os continentes representa que o país
China, revela um(a)
(A) tem origem no combate ao chamado eixo do mal da
Doutrina Bush. (A) efeito por ter adotado as políticas de abertura da eco-
(B) tem gastos militares comparados aos da Rússia e de nomia.
vários países europeus. (B) situação irrelevante para a economia porque o país é
(C) mantém o mesmo tipo de hegemonia política e econô- considerado uma potência demográfica.
mica da época da Guerra Fria. (C) consequência direta da política de filho único, instituí-
(D) considera que o poder geopolítico dos arsenais mi- da ao final da década de 1970.
litares garante sua posição de maior superpotência
(D) causa do frágil aproveitamento atual da população em
econômica.
idade produtiva.
(E) apresenta antagonismos políticos espalhados por
todo o planeta, devido ao confronto de interesses eco- (E) razão para o país combinar a economia de mercado
nômicos. com a ditadura do partido único.

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41

Texto I - A rede geográfica pode ser considerada como “um conjunto de localizações geográficas interconectadas entre si
por certo número de ligações”.

Texto II - A partir da década de 1970, num contexto em que o mercado se torna global, houve transformações no território
brasileiro. Ele passa a adquirir novos conteúdos de acordo com as possibilidades produtivas e de circulação de
mercadorias, de capitais, de ideias e de informações. Tal situação marca um novo meio geográfico, caracterizado
por diferenças entre as áreas contínuas no Sudeste e no Sul e as manchas e pontos do resto do país.

A associação entre os conteúdos dos dois textos revela uma estreita relação com
(A) sistema de acumulação flexível e hierarquização do trabalho
(B) desenvolvimento das comunicações e modelo de produção fordista
(C) processo de globalização e meio técnico-científico-informacional
(D) poder forte dos Estados nacionais e processo de fragmentação
(E) desordem territorial e economia na escala planetária

42

Para acrescentar US$ 1 ao PIB de Santiago, é necessário investir 60% mais recursos do que para gerar US$ 1 em
Helsinque, na Finlândia.
Revista Época. São Paulo: Globo, n. 697, p. 32, 26 set. 2011.

Uma afirmação conclusiva para análise dos gráficos que inclua uma razão para a situação retratada no texto é a seguinte:

(A) Há uma desaceleração nos índices de crescimento econômico de muitas das grandes cidades da América Latina, e
uma razão é a existência de problemas estruturais.
(B) As megacidades estão crescendo, do ponto de vista econômico, em ritmo acelerado, e a razão é a existência da es-
cassez de moradias.
(C) As cidades médias de países da América Latina estão com maior dinamismo econômico que as grandes cidades, e
uma razão é a existência de índices de crescimento acelerado da população.
(D) Os índices de crescimento da produtividade das grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, não
têm decepcionado, e uma razão é a inexistência de planejamento urbano.
(E) A manutenção da produtividade de certas cidades, como Buenos Aires, São Paulo e cidade do México, tem sido cada
vez mais difícil, e uma razão é o percentual elevado de população rural.

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43
A modernização é uma realidade no campo brasileiro, baseada nas mudanças da base técnica da produção agrária. No
entanto, há quem afirme que a distribuição de terras custa mais caro do que as políticas focadas na agricultura familiar.
Tal pensamento representa uma dificuldade para realizar a Reforma Agrária — uma reivindicação justa, segundo outros
segmentos de pensamento.
Diante do exposto, é possível concluir que, no país, a
(A) concentração de terras é uma realidade inconteste, mas a reforma agrária é vista por alguns estudiosos e políticos
como uma bandeira obsoleta.
(B) concentração de terras aumentou nas últimas décadas de forma acelerada, entretanto muitos estudiosos consideram
que a agricultura para o mercado externo deve ser privilegiada.
(C) concentração de terras vem diminuindo de forma expressiva, e, por isso, alguns estudiosos e políticos consideram que
a reforma agrária não é mais necessidade.
(D) justa distribuição de terras aconteceu de forma natural, e muitos estudiosos consideram que a razão para tal situação
foi o processo de modernização.
(E) justa distribuição de terras não aconteceu porque muitos estudiosos consideram que os trabalhadores e o MST desis-
tiram de lutar.

44
Considere as pirâmides etárias brasileiras de 1980 e 2010 e a projeção para 2050.

REVISTA ATUALIDADES. São Paulo: Abril, n. 14, p.141, 2011.

De acordo com os perfis das pirâmides apresentadas, conclui-se que


(A) o país já tinha completado a transição demográfica em 2010, mas a taxa de natalidade continuava alta.
(B) a base mais larga significava baixas taxas de natalidade e de mortalidade, em 1980.
(C) a evolução das pirâmides expressa a manutenção dos índices de natalidade altos.
(D) a evolução das pirâmides expressa queda da taxa de fecundidade e aumento da proporção de idosos.
(E) as taxas de mortalidade continuarão altas em 2050, apesar da reversão na estrutura populacional.

45
Estabelecendo-se uma relação entre espaço urbano/industrial e problemas ambientais, um dos desafios a ser enfrentado
no mundo é gerar cada vez mais energia, ampliando a participação de fontes renováveis e limpas.
Sobre a matriz energética brasileira, reconhece-se que, comparada à matriz energética mundial, ela apresenta
(A) mais equilíbrio, apesar de a participação do petróleo ultrapassar a média mundial.
(B) muito desequilíbrio, por ser mais dependente do petróleo que a maioria dos países.
(C) pouca expressão do setor renovável em relação ao setor não renovável.
(D) menor representação das fontes de energia limpa.
(E) participação inexpressiva do álcool combustível.

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46
Um colunista de uma revista semanal escreveu sobre o massacre ocorrido na Noruega, em julho de 2011:

Nesta era da internet a informação é instantânea. A desinformação, também. A notícia sobre os trágicos atentados
de Oslo chegou-me enquanto eu navegava pelos sites que costumo frequentar para me atualizar sobre o que ocorre
no mundo. Pus-me imediatamente em busca dos detalhes. Abri a página de uma respeitada revista internacional.
Além de alguns pormenores, obtive também a primeira explicação, que veria em seguida nas versões eletrônicas dos
jornais brasileiros, segundo a qual o perpetrador dos atos terríveis era alguém a serviço de um movimento fundamen-
talista islâmico. Dois dias depois do acontecido, quando ficou claro que, na verdade, se tratava de um extremista de
direita que pertenceu a movimentos neonazistas, ainda é possível encontrar, mesmo com ressalvas [...], a mesma
interpretação apressada, baseada no preconceito contra muçulmanos.
Revista Carta Capital, São Paulo: Confiança, n. 657, p.41, 3 ago. 2011. Adaptado.

Com base na leitura do texto, analise as afirmações.


I - Na Europa, em tempos de crise e de níveis elevados de desemprego, imigrantes, especialmente muçulmanos, não
são bem vistos e vêm sendo vítimas de atitudes preconceituosas.
II - Diante dos atentados “isolados” em Oslo, há uma tendência clara na Europa de iniciar uma reação generalizada con-
tra a islamofobia e de uma reação de estímulo à colaboração de imigrantes estrangeiros no processo de superação
da crise.
III - Após o atentado de 11 de setembro de 2001, interesses econômicos e políticos, e não apenas preconceitos, motiva-
ram a decisão de dirigentes de países desenvolvidos para o combate aos países de origem islâmica.
É correto o que se afirma em
(A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III.

47
Associe os países aos acontecimentos relacionados com as recentes revoltas no mundo árabe.
I - Egito P - Os protestos opuseram forças do coronel Muammar Kadafi a um movimento rebelde apoiado pelos
II - Líbia países ocidentais, e a ONU autorizou o regime de força contra o ditador para proteger os civis.
III - Síria Q - Os protestos contra Assad ganharam uma dimensão inédita, e a instabilidade criou uma preocupa-
ção para o Ocidente, visto que o país é um dos protagonistas das tensões no Oriente Médio.
R - O levante da maioria xiita contra a dinastia sunita, na capital Sanna, que preocupou os EUA, foi reprimido
com a ajuda militar da vizinha Arábia Saudita.
S - Depois da onda de protestos, no início de 2011, o ditador Mubarak deixou o poder sem oferecer
grande resistência.
As associações corretas são:
(A) I - P , II - Q , III - R
(B) I - P , II - R , III - S
(C) I - Q , II - S , III - P
(D) I - R , II - S , III - P
(E) I - S , II - P , III - Q

48
O trem entrou causando um estranhamento que nada seria capaz de despertar no homem de hoje. Ele era feito de
metal numa civilização construída de pedra e madeira; se movia por conta própria; era mais rápido do que quase tudo
que se conhecia; avançava em linha reta, num ritmo regular [...] e era capaz de transportar mais gente por terra que
um navio por mar.
Jornal Folha de S.Paulo, 2 fev. 1998.

Enquanto na Europa e nos EUA, o trem foi o maior símbolo da Revolução Industrial, no Brasil, as ferrovias testemunharam o(a)
(A) período pré-industrial, o que significou um paradoxo histórico.
(B) impulso ao setor de indústria pesada, o que significou a mesma simbologia da Europa.
(C) impulso da economia agrícola, o que significou sua permanência como opção principal de transporte até os dias atuais.
(D) modelo de substituição de importações, o que significou uma contradição com as possibilidades de modernização.
(E) integração nacional, o que significou o atendimento imediato da demanda de interconexão dos espaços.

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49
Tornou-se usual explicar a complexidade do mundo atual por meio do binômio globalização-fragmentação, visto que, de
acordo com alguns estudos, contrapor um aspecto ao outro é inadequado, pois ambos caminham juntos. Da mesma forma
que a globalização se revela de várias formas, a fragmentação também. Podemos, por exemplo, fazer referência a uma
fragmentação inserida de forma mais visível nos processos de globalização e a uma fragmentação paralela ou contrária
à globalização. Há uma fragmentação “inclusiva ou integradora” e há uma fragmentação “excludente ou desintegradora”.
Levando em conta a lógica de “fragmentar para melhor globalizar”, NÃO faz parte do processo de fragmentação “inclusiva
ou integradora” a seguinte característica:
(A) terceirização
(B) trabalho temporário
(C) padronização da produção
(D) flexibilização do circuito produtivo
(E) introdução de novos métodos de produção

50

Revista História Viva. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial, n. 96, p. 66. 2011. Adaptado.

Considerando que o processo histórico da humanidade, associado aos indicadores econômicos, é indispensável para o
entendimento das formas de organização espacial, considere as afirmações abaixo.
I - A partir de 1973, a crise do petróleo oficializou a existência de uma crise geral, lançando as bases para um espetacu-
lar desenvolvimento do capital especulativo.
II - O colapso do socialismo, que encheu de esperanças os grandes defensores do capitalismo, não acabou com as
crises, mas fez com que houvesse uma desaceleração na intensidade e na frequência das crises.
III - A crise econômica de 2008, iniciada com a explosão da “bolha” do mercado imobiliário americano, ainda não terminou
e até se intensificou, contagiando também o crédito público.
É correto o que se afirma em
(A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

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