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cultura com antibiose sobre uma população de insetos considerando a cultura secundária
disposta ao redor da cultura principal e uma distribuição de insetos inicial no centro
do domı́nio. Como resultado de seus experimentos, Dalmolin concluiu que a área da
cultura com antibiose não altera a dinâmica dos insetos. No entanto, ressalta que os
resultados poderiam ser diferentes para outra distribuição inicial dos indivı́duos e outras
configurações espaciais da cultura com antibiose.
A distribuição inicial no centro do domı́nio é, de fato, adequada para espécies
aladas que desenvolvem movimentos de longo alcance (na fase adulta). No entanto, se os
indivı́duos apresentam movimentação de curto alcance, a cultura com antibiose disposta
ao redor da cultura principal pode representar uma barreira para os insetos. Neste caso,
uma análise mais adequada deve pressupor uma condição inicial a partir da fronteira do
domı́nio.
xn+1 = f (xn , yn ),
(1)
yn+1 = g(xn , yn ),
onde, f e g são funções não lineares. Pela definição de solução de equilı́brio, x e y devem
satisfazer:
xn+1 = xn = x,
(2)
yn+1 = yn = y.
1
Substituindo (2) em (1), obtemos:
x = f(x,y),
(3)
y = g(x,y).
Analizemos agora o que acontece com a solução de equilı́brio do sistema (1) quando
submetida a pequenas perturbações x0 e y 0 , ou seja, considerar soluções da forma:
xn = x + x0 ,
(4)
yn = y + y 0 .
De (4) obtemos:
xn = x + x0 ⇒ x0n+1 = xn+1 − x,
(5)
yn = y + y 0 ⇒ yn+1
0
= yn+1 − y.
Usando os sistemas (1) e (3), temos:
x’n+1 = f (x + x0 + y + y 0 ) − x,
(6)
y’n+1 = g(x + x0 + y + y 0 ) − y.
0 0
∂f 0
∂f 0 ∂ k f (x0 )k ∂ k g (y 0 )k
f(x+x , y+y ) = f (x, y) + ∂x
x + ∂y
y + ... + + k ,
∂xk x,y k! ∂y x,y k!
x,y x,y
| {z }
T ermos não lineares muito pequenos
∂g
∂g ∂ k f (x0 )k ∂ k g (y 0 )k
g(x+x0 , y+y 0 ) = g(x, y) + ∂x
x0 + ∂y
y 0 + ... + + .
∂xk x,y k! ∂y k x,y k!
x,y x,y
| {z }
T ermos não lineares muito pequenos
2
0 0 ∂f 0 ∂f
f(x + x , y + y ) ≈ f (x, y) + ∂x
x + ∂y
y0,
x,y x,y (7)
∂g ∂g
g(x + x0 , y + y 0 ) ≈ g(x, y) + ∂x
x0 + ∂y
y0.
x,y x,y
∂f ∂f
x’n+1 = f (x, y) + ∂x
x0 + ∂y
y 0 − x,
x,y x,y (8)
∂g 0 ∂g
y’n+1 = g(x, y) + ∂x
x + ∂y
y 0 − y.
x,y x,y
0 0 0
xn+1 = a11 xn + a12 yn ,
0 0 0
(9)
yn+1 = a21 xn + a22 yn .
Onde,
∂f ∂f ∂g ∂g
a11 = ∂x
, a12 = ∂y
, a21 = ∂x
, a22 = ∂y
. (10)
x,y x,y x,y x,y
é a matriz Jacobiana do sistema de equações (1). Que pode ser escrito da seguinte forma:
com,
x0n
X0 n = . (13)
yn0
3
1-Achar a equação caracterı́stica de (9), da seguinte forma:
det(A − λI) = 0,
a11 − λ a12
det = 0,
a21 a22 − λ
Considerando β = a11 + a22 e γ = a11 a22 − a12 a21 , a equação (14) tem a seguinte forma:
λ2 − βλ + γ = 0. (15)
2-Determinar se as raı́zes da equação (15) tem magnitude menor do que um, ou seja,
|λ1,2 | < 1.
É possı́vel formular um critério de estabilidade para um sistema de equações a di-
ferenças através dos termos dos coeficientes da equação caracterı́stica. Uma condição ne-
cessária e suficiente para a estabilidade de um sistema de segunda ordem é (EDELSTEIN-
KESHET, 1998):
Um ponto de equilı́brio (x, y) do sistema linear (1) é localmente assintoticamente
estável se os autovalores λ1,2 da matriz jacobiana quando aplicados ao equilı́brio satisfazem
|λ1,2 | < 1. E esta condição é válida se, e somente se,
Prova:
Seja γ um ponto de equilı́brio estável, isto é, γ < 1. Ainda, sabemos que
Assim, encontramos γ < 1 e γ > |β| − 1, ou seja, 1 > γ > |β| − 1. Portanto,